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Renan caiu por se opor a negociação suspeita.

O ex-secretário da Saúde de Itabuna, Renan Araújo, exonerado em julho, afirma que o município já poderia ter retomado a gestão plena da saúde desde agosto e, se ainda não o fez, a responsabilidade é do prefeito Claudevane Leite (PRB).

A afirmação de Araújo foi feita em entrevista concedida do blog Políticos do Sul da Bahia. Ele lembra que o prefeito aceitou acordo intermediado pelo Ministério Público, pelo qual a plena somente seria retomada após a eleição do Conselho Municipal da Saúde (ocorrida no dia 28 de setembro).

“Essa etapa já estava superada e a Sesab e o Ministério (da Saúde) prontos para fazer o repasse, independente do Conselho. A culpa pela desarticulação do CMS foi da antiga diretoria”, declarou o ex-secretário.

Araújo também voltou a reclamar de boicote e disse ter sido criticado pela falta de insumos nas unidades de saúde, mas que esse foi um problema gerado na área de licitações do governo.

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Renan cai por falta de "resolutividade".
Médico diz que foi tratado com preconceito

OS ALVOS: TOM RIBEIRO, CLAUDEVANE LEITE E ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PREFEITURA

O médico Renan Araújo tenta adotar um discurso de tranquilidade e dever cumprido em sua saída da Secretaria da Saúde de Itabuna, mas não consegue esconder certa mágoa. Isso ficou evidente na entrevista que ele concedeu ao  Blog do Gusmão (leia e escute aqui), na qual listou feitos de sua gestão e atribuiu a queda a uma campanha de desgaste executada por setores da imprensa.

Dando “nome aos bois”, Araújo mirou principalmente no âncora do programa Balanço Geral (TV  Cabrália), Tom Ribeiro. Segundo o médico, o apresentador “fez um trabalho sujo” e o atacou “de maneira baixa e vil, com chacotas e comentários desqualificantes”. Ele chamou a ofensiva de “missa encomendada”.

Diante de uma intervenção do entrevistador, que fez referência à vinculação política do apresentador com o PRB, partido do prefeito Claudevane Leite, o ex-secretário declarou que os motivos da “campanha” deveriam ser investigados. Mas ele se queixou também da imprensa local de maneira genérica, pois esta o teria tratado com preconceito, baseando-se em sua condição de “forasteiro”.

Na entrevista de quase 15 minutos, Araújo também lamentou não ter conseguido maior autonomia na Secretaria da Saúde, inclusive para realizar licitações que permitiriam abastecer as unidades com insumos e medicamentos. Ao dizer que não teve apoio do governo para formar as comissões licitantes, ele desabafou, mudando a direção da artilharia: “a caneta é do prefeito”.

Como avalia que conseguiu avanços importantes em todas as metas das quais se incumbiu, principalmente o retorno do comando único do SUS, o médico declarou que o motivo da sua saída deveria ser perguntado a Claudevane Leite.

Uma “bala” do arsenal do ex-titular da Saúde foi reservada para a Assessoria de Comunicação da Prefeitura, que, na opinião de Araújo, não teria sido generosa com sua atuação. “O que foi feito de positivo não chegou ao público; a volta da plena passou quase despercebida”, disse o médico.

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Azevedo, Augusto Castro, Solla, Luiz Argôlo e Magela na reunião que discutiu o retorno da plena

 

O prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo (DEM), bateu nesta segunda-feira, 14, às portas da Secretaria da Saúde da Bahia, para reivindicar o retorno da gestão plena da saúde ao município. Da conversa com o titular da Sesab, Jorge Solla, participaram o secretário municipal da pasta, Geraldo Magela, o deputado federal Luiz Argôlo (PP) e o estadual Augusto Castro (PSDB).

Segundo Magela, que em 2008, quando era secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, votou pela cassação da plena em Itabuna, agora a situação é outra e não há mais justificativa para manter o quadro atual. “Demonstramos que hoje não existem os problemas causadores da retirada da plena, o que foi comprovado pelo secretário Solla”, afirma Magela.

O secretário municipal acredita que, dentro de 60 dias, Itabuna já terá recuperado a gestão plena da saúde, mas isso ainda depende de alguns procedimentos. Primeiro, o município precisa apresentar um plano operativo ao Conselho Municipal da Saúde e aguardar que este emita seu parecer. Posteriormente, a situação será avaliada no âmbito da CIB (Comissão Intergestores Bipartite), que dará a palavra final sobre o caso.

O PIMENTA tentou falar sobre o assunto com a presidenta do Conselho Municipal da Saúde, Maria das Graças Santos, mas não conseguiu o contato.