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Juvenal: na mira.
Juvenal: na mira.

Geddel Vieira Lima, ex-deputado federal e ex-ministro da Integração Nacional, puxa uma ala de peemedebistas que defendem o desembarque do PMDB do Governo Dilma. Antes, já havia defendido que o partido devolvesse todos os cargos do consórcio PMDB-PT.

Por causa disso, começa a surgir pressão grande para que peemedebistas indicados por Geddel e que ocupem cargo no governo seja ejetados. Um dos alvos da pressão tem sido o superintendente da Ceplac na Bahia, Juvenal Maynart.

Juvenal jogou papel importante na Ceplac, acha que já deu e, agora, só espera o Diário Oficial. Tem olho grande na vaga dele. E o chefe, Geddel Vieira Lima, joga, assim, para tirá-lo do cargo.

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Azevedo fora do páreo? (Foto Jornal Bahia Online).
Azevedo fora do páreo? (Foto Jornal Bahia Online).

O ex-prefeito de Itabuna Capitão Azevedo deslocou-se a Salvador na última quarta-feira (22). Queria uns dedinhos de prosa com os donos do PMDB baiano, Lúcio e Geddel Vieira Lima. Voltou para casa cabisbaixo, segundo uma fonte.

Motivo: os Irmãos Vieira Lima não receberam o ex-prefeito.

Os peemedebistas não veem Azevedo, hoje no DEM, disputando a cadeira principal do Centro Administrativo Firmino Alves devido ao fator Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Azevedo teve todas as contas de sua gestão rejeitadas pelo órgão, que apontou até mesmo irregularidades graves e insanáveis.

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marco wense1Marco Wense

O que se comenta nos corredores do Palácio de Ondina é que o PCdoB, com Vane fora da disputa, tende a uma reaproximação com Geraldo Simões, sob pena de ficar isolado no processo sucessório

Pessoas bem próximas do ex-deputado Geraldo Simões, assentadas no argumento de que o PT não faria tamanha malvadeza com um ilustre e histórico filiado, tratavam sua saída da legenda como uma invencionice.

Os geraldistas, para fugir do assunto e encerrar a conversa, diziam que era mais uma intriga da oposição, da desinformação de setores da imprensa e de incautos comentaristas políticos.

E quando os “incendiários de plantão” citavam o PMDB dos irmãos Vieira Lima como opção partidária, era um Deus nos acuda, cruz credo, um xô satanás.

Esses mesmos correligionários, que achavam que tudo não passava de mais uma picuinha inerente ao movediço e traiçoeiro processo político, já defendem um xaveco do líder-mor com o peemedebismo.

O problema é que a candidatura de Geraldo Simões depende do prefeito Claudevane Leite. Ou seja, GS só será candidato se o enigmático chefe do Executivo não disputar o segundo mandato.

São favas contadas que a reeleição de Vane conta com o apoio do governador Rui Costa e do diretório estadual do PT, tendo na linha de frente o ex-geraldista e ex-vereador Everaldo Anunciação.

E como fica o PCdoB? Se Vane for candidato, fica tudo no mesmo. E se o prefeito desistir da reeleição, os comunistas lançam candidato próprio? Confesso que tenho minhas dúvidas.

Aliás, o que se comenta nos corredores do Palácio de Ondina é que o PCdoB, com Vane fora da disputa, tende a uma reaproximação com Geraldo Simões, sob pena de ficar isolado no processo sucessório.

O que se espera, diante de um iminente e inevitável bafafá entre o PCdoB e o PRB, entre os prefeituráveis Davidson Magalhães e Roberto José, é uma neutralidade do chefe do Executivo.

O dilema de Geraldo Simões vai ficar cada vez mais intenso, já que a posição do prefeito Claudevane Leite só será conhecida na véspera do limite permitido para se mudar de partido.

Vale ressaltar que o “sim” de Vane, decidindo enfrentar as urnas na eleição de 2016, está condicionado ao comportamento do segmento evangélico diante da reeleição.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Jabes se filiará ao PP de Jabes Ribeiro.
Jabes se filiará ao PP de Jabes Ribeiro.

O vice-prefeito de Ilhéus, Cacá Colchões, anunciou em entrevista coletiva, hoje, no Palácio Paranaguá, que está de malas prontas para deixar o PMDB. O político anunciou que se filiará ao mesmo partido do prefeito Jabes Ribeiro, o PP.

A mudança tem a ver com a nova postura do ex-padrinho Geddel Vieira Lima, dono do PMDB baiano. Já em 2014, Geddel e o irmão, Lúcio, lançaram o nome do deputado estadual Pedro Tavares à sucessão em Ilhéus.

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marco wense1Marcos Wense

O imbróglio envolvendo o PDT e o médico Antonio Mangabeira, cada vez mais distante da legenda brizolista, vem criando um desentendimento entre pai e filho.

O pai, Félix Mendonça, que já foi prefeito de Itabuna, quer o comando do pedetismo municipal com o prefeiturável Mangabeira. O filho, Félix Júnior, insiste em manter a professora Acácia Pinho na presidência do partido.

Volto a ratificar que o PDT, se não tiver candidato próprio, vai cair no colo do também pré-candidato Augusto Castro (PSDB), junto com o PMDB de Renato Costa e o DEM de Maria Alice.

O que se espera de Félix Júnior é uma posição clara em relação a 2016. O PDT vai ou não disputar a sucessão de Claudevane Leite?

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Geraldo Simões 3Geraldo Simões, ex-deputado federal e ex-prefeito de Itabuna, concedeu sua primeira entrevista, após mais de dois meses de reflexões. O petista deixou o parlamento federal em janeiro e, hoje, começa a trabalhar a pré-candidatura a prefeito de Itabuna. Por ela, disse, pode até sair do PT, mas afirmou estar tranquilo. A tranquilidade talvez tenha vindo depois de longa conversa com o ministro da Defesa, o ex-governador Jaques Wagner.

Se vai sair do PT, é algo que será definido até o outubro. É o prazo máximo. Pode ir para o PMDB ou PSB. Nesta entrevista ao PIMENTA, Geraldo fala de alianças para 2016 (disse que irá além do centro), dos próprios erros que resultaram em não reeleição, futuro de Itabuna e diálogo com o PT e partidos. Também aborda acenos de alianças com partidos como Pros, Solidariedade e PTB. Revelou que pode até conversar com Fernando Gomes e Azevedo por 2016, “pensando em Itabuna”.

Confira.

BLOG PIMENTA – O senhor não conseguiu ser reeleito para deputado federal em 2014 e de lá para cá disse que entraria em um momento de reflexão. Fez essa reflexão?

GERALDO SIMÕES – Tenho refletido muito. Primeiro, pela situação da cidade, a situação da região. O que foi feito no mandato, o que poderia ter sido feito e que não foi, o que podemos fazer daqui pra frente e onde eu cometi erros que não me ajudaram na reeleição.

E dessa reflexão, a que conclusão o senhor chegou?

Foi uma eleição difícil, em que as realizações, os feitos de um parlamentar tiveram um peso pequeno. O peso maior foi o dos recursos volumosos nas campanhas. E eu nunca tive relação com pessoas que financiam campanhas. As minhas sempre foram modestas. Eu sempre me elegi deputado federal com R$ 300 mil, que é um valor de eleição de vereador. Esse é um erro que eu acho que vou continuar com ele, não ter relações com grandes financiadores de campanha. Acho que poderia ter mais aliados e também poderia, antes da campanha, ter trabalhado mais em Itabuna.

O senhor falou em ter mais aliados. O que faltou? Foi um erro seu, de movimentação do próprio mandato?

Eu perdi aliados exatamente porque a concorrência ganhou de mim na ajuda financeira. Foi uma eleição difícil, do ponto de vista de financiamento

Então, hoje, o senhor diria que para se eleger é dinheiro?

Espero que Brasília mude. O PT tomou uma decisão de não receber dinheiro de empresas. O PT. Os candidatos ainda podem receber dinheiro de empresas, e isso vai ser decidido no congresso do partido. Mas o PT decidir sozinho não é bom, porque fica uma luta desigual. Como é que o PT não vai receber dinheiro de empresários e outros partidos vão receber? Tinha que ter uma mudança na legislação eleitoral que se proíba financiamento de empresas nas campanhas. Poderia até pessoa física, mas pessoa jurídica jamais.

O senhor vê saída para o PT?

Vejo, sim. Nós já passamos por dificuldades – claro que nenhuma com essa dimensão. É a gente corrigir os erros, mudar comportamentos e práticas, principalmente nessa relação com os empresários, e colocar o país para gerar empregos e melhorar a vida das população.

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É o pior momento da história do PT e muito desgaste de nosso partido. E com muita dificuldade de governar da presidenta Dilma, por conta do aumento da inflação, do desemprego, de promessas de campanha que ela ainda não teve condições de cumprir.

 

Como o senhor está enxergando os governos de Rui e de Dilma?

Nós estamos passando pelo pior momento do Partido dos trabalhadores em toda sua existência, muito desgaste de nosso partido. E com muita dificuldade de governar da presidenta Dilma, por conta do aumento da inflação, do desemprego, de promessas de campanha que ela ainda não teve condições de cumprir, enfim, um momento difícil do governo. Aí, junta a crise do PT com o momento difícil do governo e dá uma situação ruim. E na Bahia, o que tenho notícias, é que Rui, em reuniões que realiza, diz que não tem dinheiro para investir esse ano. Para se ter ideia, o reajuste do funcionalismo, que seria a correção da inflação, está sendo dividido em duas parcelas. Isso é uma situação concreta da situação financeira do estado e do país. Então, tudo isso atrapalha o PT.

O senhor fez uma reflexão de resultado eleitoral. Mas, em relação aos seus mandatos, no que eles ajudaram mudar a vida da cidade e da região?

Em Brasília, eu votava nos grandes temas. Mas eu apenas votava. Os temas regionais eu tomava a frente, encampava, propunha. Hoje, vejo colegas meus querendo ir em frente da Petrobras, frente do Banco do Brasil, disso, daquilo. Não vejo ninguém falando em frente do cacau, da Ceplac, a frente para o terreno da Universidade Federal do Sul da Bahia. [O último].

Mas como avalia a sua atuação parlamentar?

Foi meu melhor mandato. Começo pela Universidade Federal do Sul da Bahia, que não vinha para Itabuna. Dilma, Haddad, Mercadante, queriam em Porto Seguro. Ela dormiu em Porto Seguro e amanheceu em Itabuna. Veja o Preço mínimo do cacau. A política de preço mínimo existe desde 1940 no Brasil, e o cacau nunca havia sido incluído, por que Brasília pensava que cacau era produto de gente rica. Eu convenci a presidenta Dilma a incluir o cacau e nunca mais teremos a arroba de cacau sendo vendida a R$ 50,00, como foi há oito anos. Veja a proposta de demarcação de terras indígenas ali em Ilhéus, Buerarema, Una. É uma barbaridade. São 47 mil hectares, demarcar significa expulsar 20 mil agricultores e trabalhadores rurais. A demarcação está prontinha lá em Brasília. Não saiu, pode ter certeza, pelo meu trabalho. E espero que não saia, porque seria uma demarcação injusta. Emendas de bancadas para a rodovia Ilhéus/Itabuna, para a barragem do rio Colônia e recursos, como ninguém nunca botou, para cidades da região. Nunca vi outros deputados, nesses últimos 50 anos, fazer tanto quanto eu fiz nesse último mandato. Mas é o que eu disse: os feitos nessa eleição pesaram menos que os financiamentos de campanha.

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Eu pretendo ser candidato a prefeito nas eleições de 2016 em Itabuna. Vou manter a minha candidatura

No cenário mais próximo, o senhor é pré-candidato a prefeito?

Eu pretendo, com um conjunto de amigos meus e em torno de 70% do Diretório do Partido dos Trabalhadores, ser candidato a prefeito nas eleições de 2016 em Itabuna.

O PT, pelo menos parte dele, não apoia o governo municipal, que é da base do governo estadual e também do federal. O senhor iria para o enfrentamento para garantir…

Vou manter a minha candidatura.

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marco wense1Marco Wense

Geraldo Simões no PMDB é a maior preocupação de Augusto Castro. O prefeiturável tucano, além de perder o invejável tempo no horário político, teria que enfrentar um novo e imprevisível cenário eleitoral.

Uma desmesurada euforia começa a tomar conta dos prefeituráveis de oposição ao governo Rui Costa. Todo o alvoroço é assentado em pesquisas que apontam uma crescente insatisfação com o PT.

Os pré-candidatos oposicionistas atingem o ápice do otimismo quando parte do eleitorado diz que não vota em candidato petista em hipótese nenhuma, nem que a vaca tussa.

Lá em Salvador, a reeleição de ACM Neto é dada como certa. A cúpula do Democratas fala até em uma vitória acachapante, a maior da história sucessório soteropolitana.

Puxando para Itabuna, o tucano Augusto Castro, obviamente do PSDB, não pode enveredar pelo caminho do “já ganhou”. O menosprezo aos adversários é uma inominável burrice.

Castro, reeleito para o parlamento estadual, pode até comemorar o bom resultado da consulta popular, em que aparece na frente dos ex-alcaides Fernando Gomes, Geraldo Simões e José Azevedo.

Desaconselhável é a comemoração com soberba, como andam fazendo os correligionários bem próximos do tucano, achando que sua eleição para o cobiçado Centro Administrativo é irreversível. São favas contadas.

O petista Geraldo Simões foi eleito prefeito de Itabuna pegando carona no impeachment do então presidente Collor. Augusto Castro, além da alta rejeição do governo Vane, é quem mais se beneficia com o desgaste do PT.

Vale ressaltar que muitos petistas de Itabuna, até mesmo integrantes do diretório municipal, estão mudando de opinião. Ou seja, que a saída de GS do PT já não é tão ruim como pensavam.

Geraldo tem duas opções: o PSB da senadora Lídice da Mata e o PMDB dos irmãos Vieira Lima. O segundo caminho é mais impactante, já que GS entraria no peemedebismo sob a compulsória condição de fazer oposição ao governador Rui Costa e a presidente Dilma Rousseff.

Geraldo Simões no PMDB é a maior preocupação de Augusto Castro. O prefeiturável tucano, além de perder o invejável tempo no horário político, teria que enfrentar um novo e imprevisível cenário eleitoral.

Não posso deixar de registrar que a ex-primeira dama Juçara Feitosa é a maior defensora da permanência de “minha pedinha” no petismo: “Dou risada quando falam que Geraldo vai sair do PT”.

Percentualmente, diria que GS tem 40% para permanecer no Partido dos Trabalhadores, 30% para se tornar um neogeddeliano, 20% para o PSB e 10% para outra legenda.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Flávio Barreto: convite foi para Geraldo...
Flávio Barreto: convite foi para Geraldo.

O PMDB baiano convidou o ex-deputado e ex-prefeito de Itabuna Geraldo Simões para filiar-se ao partido. Duas vezes prefeito de Itabuna, deputado estadual na década de 90 e federal por três mandatos, o fundador do PT em Itabuna terá, ainda, tempo razoável para se decidir. O prazo final de filiação para quem pretende disputar eleição em 2016 é outubro.

Este blog perguntou ao presidente do PT itabunense, Flávio Barreto, se ele também pode ir para o PMDB. Aliado do ex-deputado, Flávio não quis dar espaço para problemas internos:

– O convite [do PMDB] foi para Geraldo e [esses convites] é muito natural na política, principalmente neste período que antecede o prazo limite para filiação. Ainda que fosse para mim, tenho uma tarefa para cumprir, que termina em 2017. Temos muito a conquistar à frente do nosso partido – afirmou, descartando deixar o PT.

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marco wense1Marco Wense

A prioridade do oposicionismo baiano, tendo na linha de frente o DEM, PSDB e o PMDB, é a reeleição do prefeito soteropolitano ACM Neto. A sucessão em Itabuna vai girar em torno das articulações na capital.

Continua o impasse entre o deputado Félix Júnior, presidente estadual do PDT, e o médico Antonio Mangabeira, pré-candidato a prefeito de Itabuna na eleição de 2016.

A declaração de Félix – “quero o partido crescendo com honra e de forma independente, sem ser bengala de A ou B” – pressupõe que o comandante do pedetismo defende candidatura própria na sucessão municipal.

O problema é que Félix Mendonça Júnior diz uma coisa e toma decisões que vão de encontro ao que anda pregando. Ou seja, empurra o PDT para a dependência e o papel de coadjuvante.

Ora, ora, o melhor caminho para o fortalecimento de uma agremiação partidária, para mostrar sua existência e tirar a militância do ostracismo e do desânimo, é ter candidato à majoritária.

O presidente do brizolismo regional caminha na contramão. O PDT não pode se distanciar do eleitorado e, muito menos, destruir sua identidade para ser apêndice de outras legendas.

O PDT de Itabuna, por exemplo, tem a oportunidade de ter candidato próprio à sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB). E um pretendente como Antonio Mangabeira, que pode significar a tão esperada renovação política.

Se a decisão de não ter candidato já é dada como certa, como favas contadas, que o PDT deve apoiar o tucano Augusto Castro, então diga ao doutor Mangabeira: “Olhe, doutor, é melhor o senhor procurar outro partido”. Ponto final.

A prioridade do oposicionismo baiano, tendo na linha de frente o DEM, PSDB e o PMDB, é a reeleição do prefeito soteropolitano ACM Neto. A sucessão em Itabuna vai girar em torno das articulações na capital.

Vale lembrar que a professora Acácia Pinho, que comanda a provisória municipal, apoiou, de maneira até entusiasmada, o prefeiturável Augusto Castro (PSDB) na sua reeleição à Assembleia Legislativa.

Outro detalhe é que Félix Júnior sonha com a possibilidade, ainda que remotíssima, de ser o candidato a vice na chapa encabeçada por ACM Neto, sem dúvida a tábua de salvação do demismo nacional.

O PDT vai terminar sendo bengala dos democratas, peemedebistas e dos tucanos, com o discurso da independência e da honra se tornando cada vez mais frágil, inconsistente e contraditório.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marco wense1Marco Wense

Uma inominável bobagem. É o mínimo que se pode dizer para os que só acreditam nas informações dos jornais e blogs da capital, nos comentários e opiniões dos articulistas políticos soteropolitanos.

Saiu lá, então é verdadeiro, inquestionável. A notícia tem credibilidade. O que se diz é conclusivo e liquidante. O jornalismo do interior é alienado e desinformado. Ledo engano.

Francamente, como diria o saudoso estadista Leonel de Moura Brizola, não vejo nada de surpreendente na imprensa da “capitá”, principalmente quando o assunto é política.

Aliás, é comum perceber a falta de conhecimento de jornalistas de Salvador em relação ao processo sucessório no interior. Uma das poucas exceções é Samuel Celestino.

Escrevi, em fevereiro, que a oposição decidiu ter um só candidato nos colégios eleitorais maiores. Itabuna, por exemplo, com o ex-prefeito Fernando Gomes (DEM) ou o deputado estadual Augusto Castro (PSDB).

Disse ainda que o parlamentar tucano não criaria nenhum problema para o ex-gestor. Ou seja, abriria mão de sua legítima postulação em nome da importante e imprescindível unidade.

E mais: que depois de Salvador, com a reeleição de ACM Neto, o consenso oposicionista seguiria para Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Itabuna.

Só agora, mais de um mês depois, a Coluna Satélite, do Correio da Bahia, noticia sobre a decisão da oposição de lançar um só candidato nas grandes e médias cidades.

Nossa imprensa é forte, atuante e bem informada. Temos bons jornais, blogs e, principalmente, bons comentaristas políticos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Ministro Zavascki retirou sigilo e divulgou nomes envolvidos (Foto Divulgação).
Ministro Zavascki retirou sigilo e divulgou nomes envolvidos (Foto Divulgação).

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou hoje a lista de políticos (com ou sem mandato) alvos de investigação na Operação Lava-Jato. O ministro Teori Zavascki, do STF, também revogou o sigilo na tramitação dos processos e deferiu 21 pedidos de abertura de inquérito para investigar políticos com mandato.

Políticos baianos estão na lista, dentre eles o vice-governador João Leão (PP) e o conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), além do deputado federal Roberto Britto. Outro nome é o do ex-deputado federal Luiz Argôlo, hoje do Solidariedade, mas ex-filiado ao PP.

A “Lista de Janot” – referência ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot – tem nomes do PSDB, SD, PT, PTB, PP e PMDB, dentre eles vice-governador, senadores, deputados e ex-deputados federais. Chama a atenção os nomes de dois políticos que ocupam dois dos mais importantes cargos da República: Renan Calheiros (presidente do Senado) e Eduardo Cunha (presidente da Câmara dos Deputados), ambos do PMDB.

Há, ainda, o nome de um ex-presidente da República, o senador Fernando Collor de Melo. Quem estimulou a sua queda naquele período, o ex-cara pintada Lindbergh Farias (PT-RJ) também foi denunciado e tornou-se alvo de inquérito da Procuradoria-Geral da República. O PP é o partido com mais políticos na lista. O PSDB aparece com o senador Antonio Anastasia, ex-governador de Minas Gerais. Confira a lista com os políticos identificados pelo portal UOL.

Vice-governador
João Leão (PP-BA) – vice-governador da Bahia

Senadores
Renan Calheiros (PMDB-AL) – presidente do Senado e do Congresso Nacional
Gleisi Hoffmann (PT-PR) – senadora pelo Paraná e ex-ministra da Casa Civil
Lindbergh Farias (PT-RJ) – senador pelo Rio de Janeiro e ex-candidato ao governo do Estado
Edison Lobão (PMDB-MA) – senador pelo Maranhão e ex-ministro de Minas e Energia
Fernando Collor (PTB-AL) – Senador por Alagoas e ex-presidente da República
Humberto Costa (PT-PE) – Senador por Pernambuco e ex-ministro da Saúde
Ciro Nogueira (PP-PI) – senador pelo Piauí e presidente nacional do PP
Benedito de Lira (PP-AL)
Gladison Cameli (PP-AC)
Romero Jucá (PMDB-RR) – senador por Roraima e ex-líder do governo no Senado
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Valdir Raupp (PMDB-RO)

Deputados
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – presidente da Câmara e ex-líder do PMDB na Câmara
João Pizzolati – (PP-SC) – deputado federal por Santa Catarina
Simão Sessim (PP-RJ) – deputado federal pelo Rio de Janeiro
Vander Loubet (PT-MS) – deputado federal por Mato Grosso do Sul
Aníbal Gomes (PMDB-CE)
Arthur Lira (PP-AL)
José Otávio Germano (PP-RS)
Luiz Fernando Ramos Faria (PP-MG)
Nelson Meurer (PP-PR) – deputado federal pelo Paraná
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Eduardo da Fonte (PP-PE)
Aline Oliveira (PP-SP) – deputada federal por São Paulo
Dilceu João Sperafico (PP-PR)
Jeronimo Goergen (PP-RS)
Sandes Junior (PP-GO)
Alfonso Hamm (PP-RS)
Missionário José Olimpio (PP-SP)
Lázaro Botelho (PP-TO)
Luiz Carlos Heinze (PP-RS)
Renato Delmar Molling (PP-RS)
Roberto Britto (PP-BA)
Waldir Maranhão Cardoso (PP-MA)
Roberto Balestra (PP-GO)
José Mentor (PT-SP)

Políticos sem mandato

Mário Negromonte (PP-BA) – ex-ministro das Cidades, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia
Roseanna Sarney (PMDB-MA) – ex-governadora do Maranhão e ex-senadora
Cândido Vaccareza (PT-SP)
Roberto Teixeira (PP-PE)
Luiz Argôlo (SD-BA)
José Linhares (PP-CE)
Pedro Corrêa (PP-PE)
Pedro Henry (PP-MT)
Vilson Luiz Covatti (PP-RS)
Carlos Magno (PP-RO)
José Vaccari Neto (PT-SP)

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marco wense1Marco Wense

 

Posso afirmar, com todas as letras maiúsculas, que Augusto Castro será candidato a prefeito com o apoio do PMDB, DEM, PPS, PV e, pelo andar da carruagem, do PDT.

 

No campo moral, o médico Renato Costa é impecável: nada que macule sua vida pública, sempre sólida e ilibada. No movediço mundo político foi inseguro e instável.

Renato passou por várias agremiações partidárias e diferentes correntes políticas: fernandismo, geraldismo e, por último, o azevismo, sendo o vice do Capitão Azevedo na sucessão de 2012.

Como deputado estadual, pelo PSB, teve uma atuação marcante. Foi eleito o melhor parlamentar da Assembleia, não só pelos colegas como pela imprensa soteropolitana.

Renato Borges da Costa deixa o comando do diretório municipal do PMDB de Itabuna para o primeiro vice, o advogado e empresário Pedro Arnaldo Martins.

“Em quatro anos (duas gestões) consegui organizar o PMDB e criar um clima de companheirismo, de fraternidade. O partido se reúne toda semana”, diz o satisfeito Renato Costa.

Discordo de Renato quando diz que o PMDB vai ter candidato a prefeito na sucessão de Claudevane Leite (PRB), colocando seu próprio nome à disposição do peemedebismo.

A possibilidade do PMDB disputar o Centro Administrativo Firmino Alves é zero. O partido, seguindo orientação da estadual, vai apoiar o deputado Augusto Castro (PSDB). A contrapartida é indicar o companheiro de chapa do tucano.

Posso afirmar, com todas as letras maiúsculas, que Augusto Castro será candidato a prefeito com o apoio do PMDB, DEM, PPS, PV e, pelo andar da carruagem, do PDT.

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marco wense1Marcos Wense

Além do escândalo da Petrobras, da crise moral, do fraco desempenho na economia e da dificuldade da presidente Dilma Rousseff para governar, tem o PT versus PT, o PT engolindo o próprio PT. O PT autofágico.

É inquestionável que o Partido dos Trabalhadores, de tantas lutas a favor da democracia, deixou de ter existência política para ter existência puramente eleitoral, como dizia o jornalista Marcelo Coelho, em 2002.

E mais: “O PT buscava ser diferente, ser uma novidade na política brasileira: tratava-se de um partido com programa definido, com instâncias democráticas de decisão, com vocação de massas e níveis de moralidade acima da média. Podia-se concordar ou não com o PT, mas essas qualidades eram reconhecidas por todos”.

O tempo passou. De 2002 a 2015 são 13 anos, coincidentemente o número 13 da legenda. A estrela do PT não brilha mais, caiu na vala comum da corrupção. O PT de antigamente, que tinha o respeito até do mais radical e intransigente oposicionista, escafedeu-se.

Como não bastasse o “tudo aquilo que o PT não é mais”, vem agora o PT intervencionista, o PT que quer impor seus candidatos a prefeito sem nenhum tipo de constrangimento. O PT de cima para baixo.

Depois de três consecutivas reuniões, sobressaltadas lideranças petistas, com o apoio de Flávio Barreto, presidente do diretório municipal, optaram pelo fim do angustiante silêncio.

Segue, na íntegra, ipsis litteris, um trecho do manifesto dirigido a Everaldo Anunciação, comandante estadual do petismo, com cópia para Josias Gomes, secretário de Relações Institucionais do governo Rui Costa.

“Em nosso Estado, passado a euforia do pós-eleitoral, a militância do nosso partido se deparou com uma triste realidade: um Diretório Estadual inacessível, insensível e indiferente às demandas dos diretórios regionais. Prega-se o discurso do pensamento único e da obediência cega ao poder, como se isso fosse possível no PT. Tem-se usado o mandato de dirigente estadual do PT para acertos de diferenças pessoais e políticas, a partir da prática da perseguição às lideranças e diretórios regionais, a exemplo de Itabuna, onde articula-se ações políticas com diretórios e lideranças de outros partidos em desfavor do PT local”.

Que inferno astral, hein! Além do escândalo da Petrobras, da crise moral, do fraco desempenho na economia e da dificuldade da presidente Dilma Rousseff para governar, tem o PT versus PT, o PT engolindo o próprio PT. O PT autofágico.

GERALDO, GEDDEL E O PMDB

Geraldo Simões 3Até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que o PMDB, com o segundo maior tempo no horário eleitoral, é a legenda mais cobiçada da sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB).

Existe uma notória preocupação no PT de Itabuna com uma possível saída do prefeiturável Geraldo Simões de Oliveira, hoje em posição confortável nas pesquisas de intenção de votos.

A desfiliação do ex-gestor de Itabuna não é mais remota e, muito menos, remotíssima. Passa a ser uma possibilidade que não pode ser descartada e nem subestimada.

Francamente, como diria o saudoso e inesquecível Leonel Brizola, acho difícil que o PMDB seja o futuro partido de GS. Mas como na política tudo é possível, prefiro não apostar.

Pedro Arnaldo, presidente interino do diretório municipal, anda dizendo que o comandante-mor Geddel Vieira Lima não faz política com o fígado, deixando nas entrelinhas que uma reaproximação entre Geraldo e Geddel não pode ser defenestrada.

Não à toa que vanistas e comunistas querem o PMDB na administração do governo municipal. Uma maneira pragmática de afastar Geraldo Simões do peemedebismo. O vezeiro toma-lá-dá-cá.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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josias gomesJosias Gomes

Quero dar o testemunho de quem conviveu com a atual senadora Kátia Abreu, ao tempo em que ela exercia a função de deputada federal, e, juntos, participávamos da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.

Tem muito de rebate exagerado no que a mídia divulga sobre as reações de petistas à indicação da senadora Kátia Abreu para futura ministra da Agricultura do segundo governo da presidenta Dilma Rousseff.
Apesar do exagero, é conveniente reconhecer a existência, sim, de divergências decorrentes de posições firmes, de um lado e do outro, na defesa de pontos de vista econômicos, e, até, políticos, durante a história mais recente da política nacional.
Nada, porém, que a própria história, ora em diante, não consiga fazer superar a partir de uma visão de complementaridade entre a agricultura que se pratica em larga escala e a agricultura familiar. Ambas, da maior importância para a agricultura brasileira.
Fundamental que se reconheça o papel desempenhado pelos governos Lula e Dilma no fortalecimento da agricultura brasileira como um todo. Uma agricultura que se impõe de forma irresistível no cenário econômico mundial.
Assim, considero absolutamente acertada a decisão da presidenta Dilma Rousseff em convocar a senadora Kátia Abreu para o Ministério da Agricultura, decisão tomada pela presidente com os olhos voltados para um presente e um futuro de unidade total da agricultura brasileira.
Em segundo lugar, porque a provável futura ministra da Agricultura é filiada a um partido da maior importância na aliança estabelecida pelo PT no governo, que é o PMDB. O mesmo PMDB do vice-presidente reeleito, Michel Temer.
Volto a destacar, pelo bem da verdade: nunca a agricultura brasileira como um todo foi tão beneficiada no Brasil quanto aconteceu desde 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu e nomeou para ministro da Agricultura o empresário Roberto Rodrigues.
Desde aquela data que o Ministério da Agricultura bem representa os negócios da agropecuária em escala de alta produção, enquanto o Ministério do Desenvolvimento Agrário passou a representar – bem, e sem contestação – a agricultura familiar.
Nessa medida, Kátia Abreu deve assumir a Agricultura para dar continuidade a uma política que elevou a agricultura nacional a padrões internacionais de produtividade, com o reconhecimento do mundo inteiro.
O PT está firme no propósito de ajudar a presidenta Dilma na continuidade do seu excelente governo, apesar de reconhecer a existência de questionamentos localizados, e legítimos, mas possíveis de serem superados.
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marco wense1Marco Wense

Como não bastasse a turma das mãos sujas, o Parlamento corre o risco de ser presidido por Eduardo Cunha, líder do PMDB. O deputado carioca tem mais de 50 processos contra veículos de comunicação e jornalistas.

A bancada mais numerosa da próxima legislatura, superando a do PT, PMDB e PSDB, respectivamente com 70, 66 e 54 parlamentares, é a dos reeleitos com problemas na justiça.
Os 73 deputados federais respondem a 150 inquéritos e várias ações penais: corrupção, formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, tráfico de influência, sonegação fiscal e crime contra a Lei de Licitações.
Como são “representantes” do povo e “respeitados” homens públicos, a previsão é de que não aconteça nada com nenhum deles. O nada aí é cadeia, ficar atrás das grades, literalmente presos.
Como não bastasse a turma das mãos sujas, o Parlamento corre o risco de ser presidido por Eduardo Cunha, líder do PMDB. O deputado carioca tem mais de 50 processos contra veículos de comunicação e jornalistas.
Se Cunha fosse do PT, os jornalões e a revista Veja estariam cobrando da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) uma posição firme em relação ao pretendente.
E por falar na ABI, ela sumiu. Escafedeu-se. Qualquer semelhança com a União Nacional dos Estudantes, a ex-atuante UNE, é fato.
marina-versus-dilmaMARINA VERSUS DILMA
Marina Silva anda dizendo, se referindo a sua ex-rival na disputa pelo Palácio do Planalto, que “a realidade desmantela o marketing eleitoral da presidente Dilma”.
A declaração da ambientalista foi provocada pela elevação da taxa básica de juros de 11% para 11,25 pelo Banco Central.
Marina não tem crédito para falar de mudança de comportamento. Como pré-candidata fazia uma defesa implacável da “nova política”. Quando virou candidata, mudou. Subiu até no palanque da família Bornhausen, lá em Santa Catarina.
Dizia que a polarização entre o PT e o PSDB era nociva à democracia, que nunca apoiaria nem o petismo e, muito menos, o tucanato. Terminou apoiando Aécio Neves no segundo turno.
O próximo passo de Marina é retomar a coleta de assinaturas para legalizar a Rede Sustentabilidade. Ninguém sabe se para ser candidata ou vice de Aécio na sucessão de 2018.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.