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marco wense1Marco Wense

Um Aldenes Meira independente, com personalidade, conduzindo a digna instituição com respeito, enfraquece a corrente do PCdoB contrária a sua legítima pretensão de se candidatar ao Parlamento estadual.

Já começou o burburinho em torno da votação das contas de 2011 e 2012 do ex-prefeito José Azevedo, ainda filiado ao Partido do Democratas, o DEM de Maria Alice.
O “ainda” é porque Azevedo quer trocar o DEM pelo PMDB do médico Renato Costa, que vai terminar vivendo o dilema do “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.”
O bicho pega porque Renato não pode ser ingrato com o ex-prefeito, seu aliado na sucessão de 2012. A dobradinha DEM-PMDB colocou Renato como candidato a vice na chapa da reeleição.
O bicho come porque o discurso da ética, que sempre norteou a carreira de Renato, com a filiação de um político que vai ser alvo de inúmeros e variados processos, fica comprometido. Desacreditado.
Alguns membros do diretório do PMDB querem que a filiação de José Azevedo fique condicionada à aprovação das suas contas pela Câmara de Vereadores.
O “condicio sine qua non” não agrada o comando estadual da legenda, já que o ex-prefeito pode ser um importante aliado de Geddel Vieira Lima na sucessão do governador Jaques Wagner (PT).
A grande expectativa fica por conta de Aldenes Meira, presidente do Legislativo municipal e pré-candidato a deputado estadual pelo PCdoB, partido sob a batuta do vice-prefeito Wenceslau Júnior.
Aldenes sabe que sua ascensão política depende do seu desempenho na Casa. E nada melhor do que a rejeição das contas do ex-alcaide para colocá-lo na mídia. Na vitrine eleitoral.
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ACM Neto descartou o Palácio de Ondina em 2014, mas as pesquisas...
ACM Neto descartou Ondina em 2014, mas as pesquisas…

Deputados de oposição ao Governo Wagner partiram em romaria ao prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), na última terça, 12. Ouviram o prefeito, mas a visita tinha, na verdade, o intuito de saber das intenções dele quanto à sucessão de Jaques Wagner.
Neto – estrategicamente, talvez – disse que seus planos para 2014 passam longe do Palácio de Ondina. O foco dele é outro palácio, o Thomé de Sousa, onde pretende ficar até 2016. E, quem sabe, disputar a reeleição.
A oposição considera o prefeito de Salvador o nome mais viável para fazer frente à candidatura governista e a pontinha de esperança dos oposicionistas vem das pesquisas. Em geral, elas mostram que há espaço para a oposição.
O deputado tucano Augusto Castro, por exemplo, cita levantamento em Itabuna que confere quase 40% das intenções de voto, na estimulada, para o neto de Antônio Carlos Magalhães, dado que não difere muito do quadro em todo o Estado. “Essa é a nossa esperança [trunfo]”, diz Castro.
Outros nomes no tabuleiro oposicionista são os de José Ronaldo (DEM), prefeito de Feira de Santana e agora no terceiro mandato, e João Gualberto (PSDB), ex-prefeito de Mata de São João. Outras alternativas: o tucano Antônio Imbassahy e o peemedebista Geddel Vieira Lima.

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ricardo xavier siteQuem acompanha de perto a briga de Solon Pinheiro pelo mandato do vereador Carlos Coelho, ambos do DEM, é o peemedebista Ricardo Xavier.
Entendendo a possibilidadade de anulação dos votos de Coelho pode determinar recálculo do quociente eleitoral , o diretório do PMDB interpôs embargos de declaração na justiça . Quer saber qual a extensão da sentença do juiz André Vieira Dantas, da 28ª Zona Eleitoral, que cassou o mandato do democrata por compra de votos.
A interpretação da legenda é a de que, caso os votos sejam anulados, o DEM ficará abaixo do quociente e até Solon Pinheiro dança. Nesse caso, quem pode ser dar bem é Xavier.

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dilma51Da Agência Brasil
Um dia após o anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, que ficou em 0,9%, abaixo das expectativas do governo, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje – ontem –  (2), durante a Convenção Nacional do PMDB, que o Brasil voltará a crescer este ano. Ela criticou os “mercadores do pessimismo”, que apostam no fracasso do país.
Ao lado das principais lideranças peemedebistas, como o vice-presidente da República, Michel Temer, e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), Dilma frisou que vão errar aqueles que apostam no fracasso econômico do Brasil.
“Mais um vez, os mercadores do pessimismo vão perder. Vão perder como perderam quando previram o racionamento de energia em janeiro e fevereiro e, mais uma vez agora, quando apostam todas as fichas no fracasso do país. Eles vão se equivocar. Tenho certeza de que todos vocês sabem que torcer contra é o único recurso daqueles que não sabem agir a favor do Brasil”, discursou a presidenta para militantes do PMDB.
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Geddel: "humilhado" com cargo 'de m...." na Caixa.
Geddel: jogando com o inimigo.

O jornalista Jorge Bastos Moreno, d´O Globo, diz em seu blog que os irmãos Vieira Lima jogam para promover a discórdia na relação Dilma Rousseff-PMDB.
A nota começa falando da negativa do governo em relação a um possível, porém improvável, rompimento entre petistas e peemedebistas. E explica por que a presidente da República, hoje, não pôde falar de nova dobradinha com o PMDB em sua estratégia de reeleição. A presidente participou de convenção peemedebista.
Na parte final da nota, Bastos Moreno atribui a Geddel Vieira Lima, hoje na Caixa Econômica, e ao deputado Lúcio Vieira Lima a estratégia de parte do PMDB em desestabilizar a relação com o governo, já com vistas a 2014.
Eis parte do texto:
“O Planalto identificou nos irmãos Geddel/Lúcio Vieira Lima toda a tentativa de desestabilizar a relação do governo com o PMDB.
Geddel mesmo reconhece que seu cargo no governo não passa de uma sinecura.
Dilma só ainda não o demitiu porque é malvada: quer humilhá-lo nesse cargo insignificante.
Dilma alega que não perde tempo com Geddel.
Geddel, por sua vez, fala mal da Dilma pra todo mundo e diz que não tem medo de perder “esse cargo de….”, ah, vc sabe, leitor, como diria Ancelmo.”
Confira aqui a íntegra da nota.

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Os administradores de distritos da pequena Arataca, no sul da Bahia, foram definidos por meio do voto. Os cargos são de livre nomeação, de confiança.Só que o gestor de lá, Fernando Mansur, conhecido como Ferlu, quis fazer diferente. Com muita gente de olho em um salário de R$ 1,1 mil, ele passou a decisão para os moradores de Anuri, Prata e Vila Jequié.
A escolha no voto foi à moda antiga, na cédula. Nada de urna eletrônica. Por enquanto, ninguém reclamou de compra de voto ou favorecimento. Ferlu diz que a forma de escolha dá legitimidade aos novos administradores. José Zózimo de Oliveira, o Zé de Sota, foi eleito em Anuri, Elias Reis de Matos levou em Pratas e em Vila Jequié o Cláudio da Silva, o Dingola, foi o ungido.

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Policiais federais cumprem mandado de busca e apreensão na prefeitura de Ilhéus (Foto Gidelzo Silva/GovIL).
Policiais federais cumprem mandado na prefeitura de Ilhéus (Foto Gidelzo Silva/GovIL).

A denúncia do líder comunitário de uma das localidades que deveriam ser atendidas por verbas do Ministério da Integração Nacional, em 2010, foi o estopim para que a Polícia Federal deflagrasse a Operação Inundare, hoje, em Ilhéus. O líder comunitário fez a denúncia ao descobrir que a sua comunidade constava como contemplada no pacote do Ministério da Integração, mas as obras não foram realizadas.
As obras deveriam ser executadas em 2010, quando o Ministério da Integração Nacional era comandado pelo baiano João Santana, ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima. A operação resultou no cumprimento de sete mandados de busca e apreensão, um deles cumprido na residência do ex-secretário da Fazenda, Jorge Bahia, que também foi chefe de gabinete do ex-prefeito Newton Lima.
A verba de R$ 10 milhões para obras de contenção de encostas e ações contra desastres naturais foi repassada quando o ministério ainda estava sob o controle do PMDB baiano.
Nos bastidores da política ilheense, há o temor de que as investigações respinguem em nomes do PMDB da Bahia e em lideranças que antes pertenciam ao PSC e hoje estão abrigadas em outras siglas.
De acordo com a Polícia Federal, pelo menos R$ 400 mil foram, comprovadamente, desviados por meio de uma empreiteira subcontratada. Os valores foram sacados em espécie e repassados a ex-funcionários da Prefeitura. Existe a possibilidade de que parte do dinheiro tenha irrigado campanhas de políticos ligados ao esquema.
DINHEIRO E ARMAS
Durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão na residência do ex-secretário Jorge Bahia, agentes da Polícia Federal apreenderam cerca de R$ 21 mil em dinheiro, além de arma. Bahia foi conduzido coercitivamente (à força) para a sede da PF em Ilhéus para ser ouvido, sendo liberado após depoimento.

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Wagner defende aliado na disputa presidencial em 2018.
Wagner defende aliado em 2018.

O governador Jaques Wagner surpreendeu petistas em sua passagem pela capital pernambucana, na noite da segunda-feira, 25, quando defendeu que o PT abra espaço na disputa pela presidência da República a um dos partidos aliados em 2018. O gesto, logo em Recife, foi visto como uma forma de agradar o governador Eduardo Campos, que é do PSB e faz jogo (não tão claro) com vistas à disputa de 2014.
– Eu posso falar que em 2018 a gente vai inteirar 16 anos de governo, de um projeto político que tem aliados sem os quais a gente não teria andado e que tem o PT na condução; mas que não tem, obrigatoriamente, que ter o PT na condução.
Wagner, segundo reportagem do Valor, também disse que a melhor forma é “caminhar agregando” para que não dar chances aos adversários. Afirmou isso ao discorrer sobre alianças e participação do PSD no governo da presidenta Dilma Rousseff.
Enquanto isso, não se sabe qual o jogo de Wagner para 2014 na sua área, a Bahia. O partido dele, o PT, tem, pelo menos, quatro nomes na disputa pela cadeira principal do Palácio de Ondina, dos quais se destacam o senador Walter Pinheiro e os secretários estaduais José Sérgio Gabrielli e Rui Costa.
Do lado da oposição, nomes ventilados são os do peemedebista Geddel Vieira Lima e do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), que – por enquanto – descarta entrar na disputa do próximo ano.

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Geddel critica governo da Bahia (foto André Reis/Política Livre)
Geddel critica governo da Bahia (foto André Reis/Política Livre)

O vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima, do PMDB, reafirma seu desejo de ser candidato a governador da Bahia em 2014. Em nota do site Política Livre, o peemedebista diz que, se o seu nome for o que mais aglutine a oposição, espera contar com o apoio do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Segundo Geddel, também não haveria dificuldade em apoiar Neto, caso o democrata se revele mais viável.
Sobre a possibilidade de reconstruir a aliança com o PT, nos moldes do plano federal, nada feito. O peemedebista diz não ser uma questão pessoal, mas uma decorrência do fato de que o atual governo é “frágil no ponto de vista da execução de políticas públicas que possam beneficiar a Bahia”.

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O presidente do PSB, Eduardo Campos, orientou ontem os líderes no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), e na Câmara, Beto Albuquerque (RS), a não entrarem no jogo de interesses do PT e do PMDB. Acha que 2013 é ano de o PSB marcar posição. De temperamento calmo, comentou que o ex-presidente Lula está muito afobado para encontrar solução eleitoral para 2014. Da coluna de Ilimar Franco, n´O Globo.

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Denunciado, Eduardo Alves é o novo presidente da Câmara dos Deputados.
Denunciado, Eduardo Alves é o novo presidente da Câmara dos Deputados.

Assim como o novo presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, o presidente eleito da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, é do PMDB. E, também, é alvo de denúncias de corrupção. Eduardo Alves foi eleito no início da tarde desta segunda, 4, para mandato de dois anos à frente da Câmara Federal (2013/2015). Alves locou veículos na Global Transportes e Executiva com dinheiro público. As empresas estão em nomes de laranjas.
Levou a disputa em primeiro turno ao obter 267 votos ante 165 de Júlio Delgado (PSB-MG). A disputa ainda teve candidatura de Rose de Freitas (PMDB-ES) e Chico Alencar (PSOL-RJ) que obtiveram, respectivamente, 47 e 11 votos. Informações da Agência Brasil.

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Da coluna Tempo  Presente (A Tarde):
Anfitrião do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) – que esteve ontem na Bahia à caça de votos para a eleição à presidência da Câmara -, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB) levou o companheiro de partido para uma visita ao governador Jaques Wagner.
PMDB e PT, todos sabem, são oposição na Bahia, porém estão juntos no governo federal.
Na chegada à Governadoria, Lúcio ouviu piadinhas dos colegas por estar na “casa do inimigo”.
Saiu-se com esta:
– Ninguém resiste ao encanto desses olhos azuis – apontou para o governador.
Risos generalizados.

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sócrates santanaSócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

É como narra o escritor José Saramago no antológico O evangelho segundo Jesus Cristo sobre o maniqueísmo cristão: “Este bem que eu sou não existiria sem esse mal que tu és”.

A metáfora – nuvem de poeira – do governador Jaques Wagner levanta do subterrâneo da política, crônicas de uma guerra particular entre tucanos e petistas. A verborragia de dos dois ex-presidentes, FHC e Lula, reaparece de maneira extenuante com o paulatino crescimento de novas forças e alianças de poder no Brasil. A ascensão do PSD de Gilberto Kassab, bem como o despontar do PSB de Eduardo Campos e o prelúdio de uma rebelião peemedebista orquestrada de dentro do Palácio da Alvorada, reposiciona os mísseis de petistas e tucanos contra si.

A dicotomia entre PSDB e PT vem sendo corroída ao longo dos anos. O próprio jogo sucessório, a repetição dos discursos e a assustadora convergência de interesses entre personagens antes inconciliáveis, a exemplo de ACM e FHC, Paulo Maluf e Lula, diminuiu a distinção ética entre os dois partidos pelo próprio curso da história de quem governa e de quem faz oposição. Ora, é obvio que as diferenças continuam vivas, mas, o esforço argumentativo para estabelecer o antagonismo entre ambos vem sendo o grande desafio das agências de publicidade.

Apesar do freqüente enfoque negativo da opinião publicada, ainda resta aos petistas à vantagem de quem dirige o país. De quem pode cartear, impor regras e criar artifícios para enfraquecer o principal oponente, mas, nunca eliminá-lo. É como narra o escritor José Saramago no antológico O evangelho segundo Jesus Cristo sobre o maniqueísmo cristão: “Este bem que eu sou não existiria sem esse mal que tu és”.

O outro lado da moeda, obviamente, é tucano. Com a permissividade petista, Aécio Neves é inflado a lançar candidatura à presidência. É evidente que os efeitos colaterais são inevitáveis. O arsenal do PSDB vem acompanhado de uma avalanche de ataques e, inclusive, demarcações de projetos e interesses, a exemplo do embate sobre a redução das taxas de energia elétrica no país.

Enclausurados no ninho paulista por uma década, o PSDB insurge de um empoeirado cômodo carioca. O mistério dos bastidores é assistido pela alta cúpula do PT, sem perder de vista a articulação movediça de aliados, cada vez menos confiáveis, cada vez mais arredios. A guerra fria entre PT e PSDB, portanto, interessa a ambos os lados.

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Marco Wense

Os peemedebistas querendo manter Michel Temer como companheiro de chapa de Dilma e os socialistas reivindicando o nome do próprio Eduardo Campos.

A bola da vez, quando o assunto envereda para a disputa do Palácio do Planalto, é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Todo esse oba-oba, envolvendo o neto do saudoso Miguel Arraes, decorre do sucesso eleitoral do PSB, que foi a sigla que mais cresceu (40% a mais de prefeitos) desde 2008.

Não é o bom desempenho da legenda que vai ditar as regras para a eleição presidencial de 2014. A candidatura de Campos está condicionada a uma queda acentuada na popularidade da presidenta Dilma Rousseff.

A verdadeira disputa é o PMDB versus PSB. Os peemedebistas querendo manter Michel Temer como companheiro de chapa de Dilma e os socialistas reivindicando o nome do próprio Eduardo Campos.

A ELEIÇÃO DE HADDAD

É evidente que o ex-presidente Lula tem os seus méritos e foi o grande responsável pela vitória de um “poste” na sucessão paulistana.

O então candidato Fernando Haddad saiu do zero em todo sentido: pesquisas de intenção de voto, apoios de partidos e de lideranças políticas. Só contava com o entusiasmo de Lula.

É bom lembrar que o toma-lá-dá-cá funcionou a todo vapor. Marta Suplicy, por exemplo, só virou Haddad desde criancinha depois que passou a ser ministra da Cultura.

É o toma-lá-dá-cá, digamos, “interna corporis”.

A BRIGA PELO PT

A briga é de “cachorro grande”. A disputa é pelo comando do diretório do PT de Itabuna. De um lado, o deputado Geraldo Simões. Do outro, o também parlamentar Josias Gomes.

Josianistas são da opinião de que o momento é agora, já que o ex-prefeito, depois de três derrotas consecutivas na sucessão municipal, se encontra politicamente debilitado.

Uma coisa é certa: Geraldo Simões, em caso de uma nova derrota política, vai ficar no mato sem cachorro.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Sócrates Santana | soulsocrates@gmail.com

A ascensão do PSB nas cidades mais pobres do país simboliza também a redescoberta de uma quarta força partidária no Brasil, antes ocupada pelo metafisico DEM/PFL, reanimado com a vitória em Salvador e Aracaju.

Não existe mais uma pedra no meio do caminho do senador Aécio Neves. Ao menos, no PSDB. Afinal de contas, a derrota de José Serra não significou apenas a vitória do PT em São Paulo. Representou o término de um ciclo paulista no ninho tucano, onde a mensagem de despedida dos serristas à presidência passou de um até logo para um adeus melancólico das urnas do seu principal reduto eleitoral. “A festa acabou”, diria o poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, que comemoraria hoje – se vivo fosse – 110 anos.

Em Minas Gerais, o PSDB venceu em 143 municípios, enquanto o PT elegeu 114 e o PMDB 119 prefeituras. Mas, restou ao PSB do governador pernambucano Eduardo Campos a cereja do bolo: Belo Horizonte. Com o apoio de Aécio Neves, o prefeito reeleito Márcio Lacerda (PSB) derrotou o ex-ministro Patrus Ananias (PT), apoiado pela presidenta Dilma Rousseff. Mas, a única cidade acima de 200 mil eleitores governada pelo PT a partir de 2013 em território mineiro será Uberlândia.

A disputa na capital mineira serviu como uma prévia da eleição presidencial de 2014. De um lado, a aliança entre o PSDB e o PSB. Do outro, a manutenção de um casamento temerário entre PT e PMDB. Fora da disputa, após perder a eleição municipal para Fernando Haddad (PT), o ex-presidenciável José Serra, com a chave na mão, “quer abrir a porta”, mas, “não existe porta”, porque, Aécio Neves levou para Minas Gerais.

O deslocamento político do ninho tucano para Minas Gerais é acelerado na mesma medida que ocorre também um reposicionamento da hegemonia petista do nordeste de volta para o eixo sul do país. Dos eleitores a serem governados por prefeitos petistas a partir de janeiro, a maioria absoluta (51%) estará no Estado de São Paulo. Além da capital, o partido ganhou em municípios de peso na Região Metropolitana, como Guarulhos, Osasco e São Bernardo do Campo.

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