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Bebeto e Vivaldo abordaram situação do Polo de Informática.
Bebeto e Vivaldo abordaram situação do Polo de Informática.

A nomeação do ilheense José Vivaldo Mendonça para o comando da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação reacendeu um tema adormecido há anos, a revitalização do Polo de Informática de Ilhéus. Ontem, o deputado federal Bebeto Galvão – do PSB assim como o novo secretário, teve audiência com José Vivaldo.

Bebeto relembrou o peso do polo na economia ilheense. “Tínhamos 74 fabricantes [no polo], 2,5 mil empregos diretos, participação de 20% na produção nacional de computadores e faturamento anual dos fabricantes em torno de R$ 2,1 bilhões”, citou. Hoje, o faturamento do polo de informática ilheense caiu para R$ 1,1 bilhão e emprega em torno de mil pessoas.

Para o parlamentar, é necessário analisar as demandas do polo e a convergência de agendas comuns, focando em fortalecimento do negócio e melhoria do ambiente de negócios na cidade. Segundo ele, “é necessário fazer uma transição, transformando Ilhéus em polo tecnológico, com inovação, conhecimento, agregando valores a novos produtos”.

O parlamentar defende, nesta linha, aprofundar relação e definir estratégias com as universidades Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Federal do Sul da Bahia (UFSB). “Para além da cidade se tornar polo tecnológico, transformar o eixo de Ilhéus–Itabuna em áreas do conhecimento e inovação e o eixo Ilhéus–Uruçuca como pólo do chocolate, pois essas ações resultarão no maior desenvolvimento regional”.

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Empresa se nega a entrar no Distrito Industrial e trabalhadores seguem a pé (Foto Marcos Souza).
Empresa se nega a entrar no Distrito Industrial e trabalhadores seguem a pé (Foto Marcos Souza).

Funcionários de empresas instaladas no Polo de Informática de Ilhéus estão sendo obrigados a andar até mais de um quilômetro para chegar ao trabalho. As empresas de ônibus, alegando prejuízos, já não mais entram no Distrito Industrial. Buraqueira, lamaçal e falta de acostamento impedem a livre circulação dos ônibus.

O sindicalista Marcos Souza diz haver um jogo de empurra entre Governo do Estado e Prefeitura de Ilhéus quanto a quem deve fazer a manutenção e conservação das vias de acesso ao distrito. “É um absurdo isso”, afirmou o sindicalista ao PIMENTA.

Como consequência, os trabalhadores são submetidos aos riscos de andar por vias abandonadas e com o matagal tomando conta dos acostamentos. Além da caminhada, o risco de ataques de bandidos.

O polo tem aproximadamente 40 empresas das áreas e informática e eletroeletrônica. A perda de competitividade do polo fez perder quase metade das empresas nos últimos dez anos. Até a tradicional Feira de Informática de Ilhéus deixou de ser realizada. O abandono do distrito industrial é reflexo da fase de decadência do polo.

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Acesso ao Polo de Informática mais parece pista de rally (Foto do leitor).
Acesso ao Polo de Informática mais parece pista de rally (Foto do leitor).

Executivos de empresas instaladas no Polo de Informática de Ilhéus vivem momentos de “aventura” em trecho de 100 metros do Distrito Industrial. O asfalto deu lugar à buraqueira e à lama, mais parecendo pista de rally.

A rua que aparece na foto acima dá acesso a alguma das principais empresas do Polo (Unicoba, Comtac, BitWay, 2M, Dynatec, Lavin e Mucambo e aos depósitos da Joanes e Cargil), mesmo assim nem a prefeitura nem a Superintendência de Desenvolvimento da Indústria (Sudic) dão o ar da graça.

O consultor Nirval de Branco diz que os 100 metros de pista “infernizam vidas, danificam os caminhões” e as empresas de ônibus urbanos ameaçam não mais circular pelo distrito.

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Cepedi: produção insignificante (Foto JBO).

Uma intensa briga de bastidores coloca em lados opostos o Sindicato das Indústrias Eletroeletrônicas e de Informática (Sinec) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). O sindicato quer tomar da universidade o controle do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico em Informática e Eletroeletrônicos de Ilhéus (Cepedi).

O Sinec alega que a instituição de ensino não tem conseguido cumprir sua missão no controle do Cepedi. E o reitor da Uesc, Joaquim Bastos, contra-ataca, afirmando que o Polo de Informática de Ilhéus não desenvolve tecnologia:

– O que é preciso reconhecer é que o Pólo de Informática de Ilhéus não produz tecnologia. É um mero apertador de parafusos – disse o reitor ao Jornal Bahia Online. Por igual estrada, caminha o Cepedi. Tá feia a coisa.

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