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As empresas estão tendo que usar a criatividade para vender em meio às mudanças impostas pela pandemia da covid-19. No sul do estado, a Bahia Cacau manteve a produção de chocolates e adota sistema delivery de vendas e promoções em datas comemorativas.

“Vivemos um momento muito preocupante para as pequenas indústrias e principalmente para a Bahia Cacau, que é uma cooperativa de pequenos produtores, com a redução grande das vendas”, afirmou Osaná Crisóstomo do Nascimento, presidente da Bahia Cacau/Coopfesba.

A empresa é a primeira agroindústria da agricultura familiar de chocolate de alto teor de cacau no Brasil. Segundo Osaná, todos foram pegos de surpresa com o bloqueio das vendas e o isolamento social, frustrando as perspectivas de todos os negócios no mundo inteiro.

INOVAÇÃO

Apesar das dificuldades, os dirigentes e seus colaboradores da fábrica não desanimam. “Temos feito os novos modelos de vendas como delivery e buscado novas alternativas para obter receitas e sair da crise. Fizemos promoções especiais nas datas comemorativas da Páscoa e agora com os kits no Dia das Mães, onde tivemos bons resultados” contou Osaná.

Ainda segundo o diretor, a Bahia Cacau definiu planejamento para manter a marca no mercado, fomentar a produção de cacau dos cooperados e manter a produção de chocolate de qualidade para os clientes e apreciadores. “Apesar de estarmos distanciados da forma física, estamos unidos para vencer essa pandemia e os obstáculos”, diz ele.

ATENDIMENTO

A fábrica está funcionando em dias alternados durante a pandemia. A produção ocorre às segundas, quartas e sextas-feiras e a loja da fábrica, numa das margens da BR-415, em Ibicaraí, trabalha em forma de delivery. Em Salvador, além das vendas de chocolate para outros empreendimentos mesmo em quantidades menores, tem o serviço de venda delivery.

Os canais de vendas são pelo Instagram (@bahiacacau), email (vendasbahiacacau@hotmail.com) e telefones 73 99967-6790 (Ibicaraí e sul do Estado) e 73 98136-7935 (para Salvador e outros Estado do país).

Produção de cacau e de chocolate muda vida de indígenas || Foto Istoé
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A quaresma e a Páscoa provocam o aumento da procura por chocolates em várias partes do mundo. A tradição de se consumir chocolates nesta época vem do século XIX, e foi incorporada aos símbolos da Páscoa e da ressurreição.

No Brasil, para indígenas yanomami e ye’kwana, o chocolate também é sinônimo de vida nova. Os índios transformaram a cultura tradicional do cacau, já utilizado nas comunidades como remédio, em alternativa de sustento e luta contra o garimpo que assola a terra indígena Yanomami nos estados de Roraima e Amazonas.

A liderança indígena Júlio Ye’kwana explicou como o cacau e o chocolate vêm mudando as perspectivas das comunidades frente às ameaças do garimpo ilegal, que traz doenças e mortes.

“É uma alternativa ao garimpo porque alguns jovens estão sendo aliciados por garimpeiros. Então, os jovens se envolvem por algum dinheiro. Mas o ouro pra gente é sagrado, não pode mexer. Mas o cacau não é assim. O cacau é remédio tradicional. E não derrubamos. Em vez de destruir, plantamos mais. Dá pra gerar renda sem nenhuma destruição do meio ambiente” contou.

Desde o ano passado, os Yanomami e Ye’kwana estão comercializando o chocolate produzido com cacau nativo, beneficiado na comunidade waikás e transformado em barras pelo chocolatier César de Mendes. O produto é composto por quase 70% de cacau puro, e cerca de 30% de rapadura orgânica.

Mais de mil pessoas são beneficiadas com a produção do Chocolate Yanomami, que, segundo especialistas, tem perfume e sabor diferenciados. O incentivo, a produção e distribuição do produto têm o apoio do Instituto Socioambiental.

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Mais de 40 produtores de cacau e chocolate de origem do Brasil se preparam para representar o País na 25ª edição do Salon Du Chocolat de Paris, maior evento mundial do segmento, entre os dias 30 de outubro e 3 de novembro. Eles integram a Missão Empresarial Brasileira, que reúne empreendedores da Bahia, do Pará, São Paulo e outros estados para uma imersão no mercado europeu.

O Brasil já foi líder mundial na produção do cacau como commodity. Atualmente em sexto lugar nesse ranking global, o País vem se destacando na produção do cacau fino e premium, investindo em tecnologia, pesquisa e inovação para obter amêndoas de alto padrão. Em paralelo, ações de estimula à verticalização da matéria-prima, com investimentos em capacitação, novas unidades industriais e a realização de eventos em todo país, tem permitido o crescimento anual do mercado de chocolate de origem, com qualidade e potencial para exportação dentro dos segmentos bean to bar e gourmet.

CACAU DO BRASIL

Essa elevação do status brasileiro no exterior é fruto de esforços dos produtores, tanto individualmente quanto através de suas instituições representativas, mas principalmente incentivados pelo projeto intitulado Cacau do Brasil, que há 11 anos atua na qualificação do processo produtivo e na promoção do cacau fino, contando desde o início com o apoio dos governos estaduais da Bahia e do Pará, onde se concentram as principais áreas de cultivo do fruto no país.

A Missão do Cacau do Brasil no Salon de Paris é hoje uma das mais importantes formas de divulgação e prospecção de mercado para o cacau brasileiro. “A capital francesa é um dos mais avançados centros do mundo no segmento e o evento é o maior ponto de encontro para participantes globais da cadeia produtiva”, ressalta o produtor baiano de cacau fino e chocolate Pedro Magalhães, presidente da Associação Chocosul.Leia Mais

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Yrerê lança nova linha de produtos no Salon du Chcolat, em Paris || Foto Divulgação
Yrerê lança nova linha de produtos no Salon du Chcolat, em Paris || Foto Divulgação

A Fazenda Yrerê lançou nova linha chocolates e derivados do cacau (nibs e amêndoas caramelizadas) durante o Salão do Chocolate, em Paris, no último final de semana.

A nova linha da Yrerê conta agora com seis produtos, que vão de chocolates com 55% e 72% de cacau, em formatos de oitenta e trinta gramas e caixas de duzentos gramas de amêndoas de cacau caramelizadas com açúcar demerara orgânico e nibs de cacau.

Os produtos da Fazenda Yrerê são feitos com cacau colhidos na fazenda, elaborados no sistema cacau fino de pós-colheita e fabricados da Bahia Cacau. Além de produtora da chocolates e derivados, a Fazenda Yrerê trabalha também com turismo rural e está localizada na Rodovia Jorge Amado (BR-415), em Ilhéus, no sul da Bahia.

A participação da fazenda Yrerê no Salão do Chocolate em Paris, segundo Gerson Marques, é resultado da parceria da Associação dos Produtores de Chocolates do Sul da Bahia (Chocosul) com a Secretaria de Desenvolvimento Rural da Bahia (SDR) e Federação da Indústria do Estado da Bahia (Fieb).

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Cerca de 30 mil pessoas visitaram o festival na edição de 2013.
Cerca de 30 mil pessoas visitaram o festival na edição de 2013.

A ideia de reunir em um só evento as cadeias produtivas do cacau e do chocolate era ousadia demais para 2009. Deu muito certo. Cinco anos depois, o Festival Internacional do Cacau e do Chocolate da Bahia já está consolidado. E ganhou uma edição paraense.
A sexta edição do festival internacional baiano começa na próxima quinta (24), no centro de convenções de Ilhéus, às 19 horas. Serão quatro dias de promoção do chocolate de origem e de fomento aos negócios da cacauicultora.
O evento reunirá a Feira do Chocolate, Ateliê do Chocolate e o II Fórum sobre Produção de Cacau e Chocolate de Origem 100% Brasileira, além de música regional.
FÓRUM
O fórum reunirá especialistas, fabricantes e consumidores interessados nas discussões em torno do chocolate e cacau de qualidade. Mediado pelo jornalista e crítico Josimar melo, terá participação do produtor e pesquisador João Tavares, e do presidente e fundador da Harald, Ernesto Neugebauer.
Participam também o diretor agrícola e comercial da CooperBahia, Eimar Rosa; e a diretora de hospitalidade e gastronomia da Laureate Brasil, Rosa Moraes; e Cíntia Lima, chocolatière e sócia-proprietária da Chocolat Des Arts.
chocodayCHOCODAY E COZINHA SHOW
O festival terá espaço para troca de experiências sobre a produção mundial de cacau e chocolate, o ChocoDay.
Quem busca receitas culinárias envolvendo o chocolate, haverá o Cozinha Show, com a participação de chefs renomados, como Alexandre Bispo (“Chocolate: uma paixão nacional), Giuliana Cupini (pastilhagem de chocolate para doces de luxo) e André Bispo (técnicas de decoração). A Cozinha será sempre das 16h às 21h, nos dias 25, 26 e 27.
Cozinhashow mvu
A programação completa do evento pode ser conferida no site http://www.festivaldochocolate.com/bahia/2014/.

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Comentário do produtor José Roberto Benjamin no post “Documentário expõe lado obscuro (da produção) de chocolate na África“, que denuncia escravização de crianças em lavouras de cacau em Gana e Costa do Marfim:

É esse cacau que, manchado com sangue e suor de crianças, ainda é misturado com cadáveres em putrefação de africanos clandestinos durante a travessia da África para Ilhéus. E se transforma em chocolate. Feliz Páscoa!!!