JERÔNIMO, ROMA e ACM NETO
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O candidato do União Brasil ao Governo da Bahia, ACM Neto, não participou do primeiro debate deste ano, promovido pela Band e, agora, é desafiado, pelos adversários Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PL), a comparecer ao debate da TVE, hoje (6), às 21h.

“A ausência é uma covardia, um desrespeito à população”, disparou Jerônimo. “Crie coragem e venha debater comigo”, emendou, dirigindo-se ao candidato do União Brasil. Para João Roma, Neto tem feito justiça à alcunha de “fujão”.

De acordo com a TVE, ACM Neto informou à emissora que não vai ao debate. Além de Jerônimo e Roma, o candidato do PSOL, Kleber Rosa, confirmou participação.

Os candidatos Giovani Damico (PCB) e Marcelo Millet (PCO) não foram convidados, segundo a emissora, porque os partidos deles não têm ao menos cinco parlamentares no Congresso Nacional.

O debate desta noite também será transmitido pela rádio Educadora FM. Internautas poderão assistir a transmissão ao vivo pelo canal da TVE no Youtube, disponível a seguir.

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O PT homologou, nesta sexta-feira (29), em Salvador, a candidatura de Jerônimo Rodrigues ao Governo da Bahia. No mesmo ato, o partido formalizou 57 candidaturas para as eleições proporcionais, sendo 27 à Câmara dos Deputados e 30 à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

Na convenção, Jerônimo disse que sente orgulho de representar o projeto político que tem à frente, na Bahia, o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner e, no cenário nacional, o ex-presidente Lula.

Ex-secretário de Desenvolvimento Rural e de Educação da Bahia, ele também afirmou que apenas os partidos de esquerda permitem o acesso de pessoas de origem humilde às grandes disputas políticas. “O PT vai ter um governador professor, negro, descendente de índio, nascido na roça, de origem pobre, filho de uma costureira e um vaqueiro. Nenhum partido a não ser dos campos da esquerda fazem isso”.

TRAJETÓRIA

Jerônimo Rodrigues, 57, nasceu no povoado de Palmeirinha, zona rural de Aiquara, município do Médio Rio de Contas. Aos 9 anos, deixou a terra natal para estudar em Jequié, onde concluiu a educação básica. Cursou Engenharia Agrônoma na Universidade Federal da Bahia (UFBA), campus de Cruz das Almas.

Foi nesse período que ingressou no movimento estudantil e, em 1987, filiou-se ao Partido dos Trabalhadores. Também na UFBA, fez mestrado em Agronomia. De volta a Aiquara, exerceu os cargos de professor do Colégio Municipal Américo Souto e de secretário Municipal de Agricultura.

Desde o início do primeiro governo Wagner, em 2007, Jerônimo ocupou diferentes postos na gestão estadual e, em 2015, tornou-se secretário de Desenvolvimento Rural, depois de ter coordenado o programa de governo de Rui Costa. No pleito seguinte, em 2018, coordenou a campanha de reeleição do atual governador. De 2019 a março de 2022, foi secretário de Educação da Bahia, cargo que deixou em razão da candidatura.

Na eleição deste ano, tem ao seu lado o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior, Geraldinho (MDB), que será oficializado candidato a vice-governador da Bahia na convenção dos partidos da base governista, neste sábado (30), às 9h, no Parque de Exposições de Salvador. A chapa majoritária também é composta pelo senador Otto Alencar (PSD), candidato à reeleição.

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Mantido o cenário das pesquisas até aqui, o ex-presidente Lula se avizinha daquela já esperada volta triunfal, interrompida em 2018, quebrando, inclusive, o paradigma de uma vitória no primeiro turno.

 

Rosivaldo Pinheiro

O mundo vive um momento de tensão e, diante dele, as democracias vêm sendo testadas. Aqui no Brasil, também estamos vivenciando este momento da história da humanidade. O nosso ambiente político está bastante conturbado e seu estopim começou a ser visto a partir da votação de Aécio Neves para presidente da República, em 2014, quando disputou com Dilma Rousseff, que acabou reeleita, mas, diante das circunstâncias, não conseguiu estabelecer a governança no seu segundo mandato. Os fatos deste período são de amplo conhecimento de todos nós e o fechamento desse ciclo aconteceu com o impeachment da ex-presidente, assumindo o seu lugar o vice, Michel Temer.

Olhando com uma lupa mais atenta, perceberemos que os fios desse novelo começaram a ser enrolados desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula, quando, no primeiro ciclo de gestão, foi acusado de firmar acordos para manter o poder político com o Congresso, no chamado Mensalão, e, posteriormente, Petrolão. Esses movimentos, no entanto, não se materializaram. E, assim, através do seu grande poder de diálogo, Lula estabeleceu a sua liderança e superou aquelas dificuldades, sendo reeleito e concluiu o segundo ciclo de governo com uma aprovação recorde – 96%, entre ótimo, bom e regular; apenas 4% o reprovaram. Isso naturalmente o colocava no tabuleiro da disputa em 2018, quando a Operação Lava Jato, já com quatro anos de funcionamento, mirava toda a sua artilharia contra o ex-presidente.

A Operação Lava Jato, aliás, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro e tendo como célula de acusação o Ministério Público Federal (MPF) e principal articulador Deltan Dalagnol, foi apoiada por tentáculos globais, tendo os ianques como mola mestra, e contando com setores da política e da economia como braços internos para dar sustentação para evitar a volta triunfal de Lula. Através desta mega articulação, o ex-presidente foi condenado e preso quando liderava as pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial daquele ano.

Neste cenário, operado por influentes instrumentos, tendo na mídia uma poderosa aliada, a orquestrada Lava Jato formou a opinião do grande público e acabou emancipando para o centro do debate um pré-candidato franco-atirador, que bem se aproveitou do momento para pregar sua teoria que contrariava todas as bandeiras sociais defendidas pela Constituição de 1988, que, aliás, fazem parte do modelo de gestão praticado por Lula e Dilma. Com todo este enredo, Bolsonaro sagrou-se eleito em 2018. Esse ambiente de polarização acabou se arrastando e essas eleições de 2022 são uma espécie de tira-teima, de confronto direto entre os dois campos: Lula x Bolsonaro.

Essa polarização tornou-se tão forte que não foi possível, até aqui – e dificilmente será, o surgimento de um outro nome capaz de disputar a presidência da República. O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) até tentou e insiste em se estabelecer no tabuleiro, mas seu êxito tem como limitante a forma raivosa com que ele tem se dirigido a Lula, por esse posto já ser assumido por Bolsonaro, e quando ataca Bolsonaro, por não ter a materialidade histórica que Lula já possui. Acabou isolado, e não consegue estabelecer um centro tático que o possibilite avançar.

Mantido o cenário das pesquisas até aqui, o ex-presidente Lula se avizinha daquela já esperada volta triunfal, interrompida em 2018, quebrando, inclusive, o paradigma de uma vitória no primeiro turno. Esse fato tem como razão de ser o fracasso do governo Bolsonaro, que muito prometeu aos que com ele se identificam e pouco entregou, tendo como únicos beneficiados os mais ricos ancorados pelo sistema financeiro e o agronegócio. Essa resposta quem vai dar é quem atualmente enfrenta as consequências de um governo que atropela os mais vulneráveis e que não leva em consideração as políticas públicas que outrora garantiam um ambiente mais digno para a população em geral.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento de Cidades (Uesc) e comunicador.

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Tido como um “às” nas negociações políticas e eleitorais,  o senador Jaques Wagner revelou que atuará nas campanhas de Jerônimo Rodrigues (governo da Bahia) e Lula (presidência da República). No sábado (4), Wagner esteve em Itabuna para participar de atividade da pré-campanha de Jerônimo, reunindo dezenas de lideranças políticas e cerca de 8 mil pessoas, na Avenida Princesa Isabel, no São Caetano.

O senador vê, neste ano, um cenário muito parecido com as eleições de 2006 e de 2014, quando os nomes petistas – ele e Rui, respectivamente – começaram atrás na disputa, viraram e acabaram eleitos no primeiro turno.

– Agora, tem que ter humildade, paciência, trabalhar. Não pode ter ansiedade. Jerônimo ainda não é conhecido, tá crescendo em conhecimento. Eu vejo a repetição do filme [do que ocorreu] comigo e com Rui [Costa].

Também disse que o voto útil de eleitores de Ciro Gomes (PDT) poderá definir a disputa nacional em 2 de outubro, a favor de Lula. “Quando ele [o eleitorl] ver que Ciro não disputa, que pode ajudar o outro lado a ir pro segundo turno, na minha opinião, acho que vai ter voto útil”. Confira os principais trechos da rápida conversa com o PIMENTA.

PIMENTA – O senhor vai para a coordenação da campanha de Lula?
Jaques Wagner –
Não. Eu vou ficar lá e cá. Não tem um coordenador. Eu ajudo em todos os lugares, mas não tem um coordenador.

Como o sr. avalia a pré-campanha de Jerônimo? Há espaço para o que ocorreu nas eleições de 2006 e 2014?

Eu acho que está muito bem. Igualzinho ao que sempre foi. Na minha opinião, não há dúvida [da vitória]. Agora, tem que ter humildade, paciência, trabalhar. Não pode ter ansiedade. Jerônimo ainda não é conhecido, tá crescendo em conhecimento. Na minha opinião, eu vejo a repetição do filme [do que ocorreu] comigo e com Rui [Costa].

No cenário nacional, a eleição caminha para terminar em primeiro turno?

Na minha opinião, vai chegar no dia 2 de outubro com esse quadro, com o presidente Lula e o atual presidente, e há uma chance muito forte de Lula ganhar a eleição.

Com o voto útil definindo o pleito?

É muito possível que haja. O voto de Ciro é, fundamentalmente, de quem quer derrotar Bolsonaro. [O eleitor] Vai acompanhar Ciro por lealdade. [Mas] Quando ele ver que Ciro não disputa, que pode ajudar o outro lado a ir pro segundo turno, na minha opinião, acho que vai ter voto útil.

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Presidente do PCdoB da Bahia e secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Davidson Magalhães vê um cenário diferente na sucessão do governador Rui Costa após as movimentações políticas dos dois últimos meses. “Tiramos aquele pessimismo que ocorreu [com a desistência de Jaques Wagner]”, avalia o político e também professor universitário. “A eleição agora dá um grande impulso, com possibilidade real de vitória de Jerônimo [Rodrigues, do PT]”, completa. 

Na entrevista a seguir, Davidson fala da desistência de Wagner, da saída do PP da base governista e da chegada do MDB. Destes três movimentos, ele conclui que não houve a imaginada sangria na base e que a recomposição se deu de forma rápida. 

Ainda opina que o governador Rui Costa demonstrou sua capacidade de aglutinação, fazendo gestão e política – contrariando o que dizia o antes aliado Marcelo Nilo, deputado federal que deixou a base e pode ser candidato a vice-governador na chapa de ACM Neto (União Brasil).

Davidson ainda fala dos próximos passos da pré-campanha e campanha de Jerônimo. E por que ele acredita na vitória do petista na corrida ao Palácio de Ondina? A aposta do presidente estadual do PCdoB, dentre outros fatores, se dá pelos cabos eleitorais fortes do petista, o governador Rui Costa e o ex-presidente Lula. Confira a entrevista concedida ao Pimenta e ao Diário Bahia.

Como o sr. avalia a pré-campanha de Jerônimo Rodrigues?

Tiramos aquele pessimismo que ocorreu [com a desistência de Jaques Wagner] e a impressão de que as eleições eram favas contadas [para ACM Neto]. A eleição agora dá um grande impulso, com possibilidade real de vitória de Jerônimo.

Na sua avaliação, o que mudou para que ocorresse essa mudança de perspectiva eleitoral?

Sempre reclamavam de que o governador [Rui Costa] não fazia política. Temos um governador bem avaliado, um dos principais cabos eleitorais de Jerônimo. Rui foi a campo e demonstrou, dentro deste espaço de prefeituras e de lideranças regionais, a sua capacidade de aglutinação.

E a saída do PP?

Parecia que iríamos ter uma sangria. E isso não ocorreu. Foi importante a atitude do governador de virar essa chave, de casar administração com política. Rui só chegou a 16% em agosto. Jerônimo chegou a isso agora em maio. Então, é um crescimento muito grande. Veja: os governadores anteriores não iam aos municípios. Rui e Jaques Wagner mudaram essa cultura de governador ficar no Palácio [de Ondina]. Rui e Wagner foram aos municípios, visitaram bases, constituíram bases. O segundo elemento dessa estratégia é a discussão do PGP [Programa de Governo Participativo] nas regiões, também pega e aglutina as forças políticas nas regiões, que estavam distanciadas.

 

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Sempre reclamavam de que o governador [Rui Costa] não fazia política. Temos um governador bem avaliado, um dos principais cabos eleitorais de Jerônimo. Rui foi a campo e demonstrou, dentro deste espaço de prefeituras e de lideranças regionais, a sua capacidade de aglutinação.

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O PGP é feito por regiões. Não é limitado quanto a capilaridade eleitoral?

É uma estratégia positiva, porque faz a região, faz centralizado na região, mas há todo um processo de articulação política nas regionais. Isso é a fase da pré-campanha, fundamental para fazer isso.

Com o nome de Jerônimo desconhecido do eleitorado, essa é a melhor estratégia?

Acho que sim. Tem que conjugar com um terceiro momento, que são as ações de massa com pré-candidaturas [a deputado], porque isso vai colocando Jerônimo em contato com as lideranças. Acho que vai ser rediscutida essa agenda de pré-campanha, porque a agenda precisa ir, agora, nos pré-lançamentos de campanhas, que reúne a base eleitoral dos candidatos. Então, não é mais falar só para lideranças. Essa etapa do PGP e das discussões das ações de governo vai continuar, porque é muita ação de governo, é muita coisa.

E quais seriam as outras estratégias para que o pré-candidato ganhe visibilidade?

Temos aí junho e esse período de São João, toda uma agenda que exponha ele, além das inserções de TV, que precisamos aproveitar para projetá-lo ainda mais. Claro, hoje é diferente do passado, hoje você tem as redes sociais, que aceleram processo de conhecimento.

Claro que a população ainda não está pensando em eleição. Então, quando a gente associar as ações e êxitos do governo, passada essa etapa de PGPs e outras ações e massificar as ações políticas, vinculando Jerônimo aos nomes do Lula, do Rui e do Wagner e do reforço com a candidatura do Otto… A saída do Leão foi um grande prejuízo político… Leão tinha estatura de vice-governador.

 

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A vinda do MDB causou prejuízo na principal base eleitoral do ACM Neto, que é Salvador. E aquela saída do MDB [do grupo de Neto] foi muito simbólica. Trouxe um partido do centro, mas não só isso.

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Essa recomposição após a saída de Leão, o sr. acha que foi rápida?

Tem um dado importante, que foi a vinda do MDB, o que causou prejuízo na principal base eleitoral do ACM Neto, que é Salvador. E aquela saída do MDB [do grupo de Neto] foi muito simbólica. Trouxe um partido do centro, mas não só isso, pois trouxe o presidente da Câmara de Salvador, [Geraldo Junior, escolhido pré-candidato a vice da chapa], e bagunçou o projeto deles de hegemonia completa em Salvador. Então, isso foi importante do ponto de vista da chapa majoritária, pois trouxe a liderança do presidente da Câmara. Foi um fato político. Somado tudo isso, cria um caldo muito propício à vitória [de Jerônimo].

O que o sr. tem visto que prenunciaria um “repeteco” das 4 últimas eleições, esse caldo a que o sr. se refere?

São os eventos, a reação das lideranças. Você não está vendo grande desagregação da base eleitoral que elegeu Rui, que elegeu Wagner. Do primeiro mandato para o segundo [de Wagner], saiu o MDB, entrou o PP. Agora, saiu o PP, entrou o MDB. Você não teve, do ponto de vista político, uma desagregação dessa base, que se manteve unida.

Quando chegar o final de julho, início de agosto, você acredita que mantém essa base de apoio nos municípios?

Muito se fala ´ah, os prefeitos estão querendo pegar convênio’. Mas aí entra o Fator Lula. Ele não pode entrar agora, com força, porque ainda não estamos na campanha eleitoral. Lula veio aqui uma vez [em março, no lançamento da pré-candidatura de Jerônimo], mas ele não tá visível na pré-campanha, pedindo voto. Quando esses que podem vacilar tiverem a perspectiva de vitória federal e o crescimento estadual… Nós ganhamos a primeira eleição com quantos prefeitos? A base tem em torno de 300 prefeitos. Em 2006, com Wagner, ganhamos com 30 prefeitos. Com essa ação do governo estadual… Me diga, qual a região que o governo não está presente, não está forte? Uma região que tínhamos uma certa fragilidade política era o extremo-sul.

 

 

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No extremo-sul, na enchente, Rui, Wagner, Otto Alencar, as nossas lideranças, todo mundo colocando o pé na lama para acudir o povo. Outras lideranças tiveram férias no exterior… Isso chamou muito a atenção do povo. Falta de solidariedade.  

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Por que o sr. considera que o quadro mudou?

No extremo-sul, na enchente, as lideranças políticas de responsabilidade, todas elas, tiveram presença efetiva no extremo-sul. Rui, Wagner, Otto Alencar, as nossas lideranças, todo mundo colocando o pé na lama para acudir o povo. Outras lideranças tiveram férias no exterior… Isso chamou muito a atenção do povo. Falta de solidariedade. O povo passando necessidade, ponte caindo, mortes, e onde estavam algumas lideranças políticas? No exterior, tomando champanhe francês, fora daqui.

A expectativa é de que a transferência de votos de quem vai votar em Lula e de quem votou em Rui nas últimas eleições seja principal trunfo para eleger Jerônimo governador?

Qual é o elemento importante? Quando alguém é candidato, representa um grupo, um conjunto de ações, não é ele sozinho. Representa um campo político. Quando sai um nome novo, como foi Jerônimo – e da forma que saiu e que pegou muita gente de surpresa, inclusive, nós, que estávamos na direção de campanha, quer dizer, até que cole a imagem do grupo ao candidato, leva um tempo, mas, na hora que cola, não tem jeito. É 13, aí você coloca as pesquisas… Isso é um processo de transferência de votos da liderança. É normal isso. Quantos prefeitos pegam aí candidato pouco conhecido e elegem? Ali é a expressão da liderança dele.

A expectativa é de esse louro aí seja colhido em que mês da campanha?

Aí vai depender muito de desempenho. Você vê com Rui, com Wagner. Olhe bem como foi Wagner. Eu estava na coordenação. O último evento da campanha de Wagner foi onde? Em Itabuna, aqui na região inteira, depois caminhada na Cinquentenário. No outro dia, o que as pesquisas diziam, na véspera da eleição? Sábado, a pesquisa dava dúvida se iria ter segundo turno. O cara [Wagner] ganha no primeiro. Então, a gente tem que ter convicção. Essa vitória [de Jerônimo] está bem encaminhada. Na Bahia, estamos no caminho certo da vitória.

 

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A terceira via desapareceu… Eu acho que vai acontecer um fenômeno, de acumular ainda mais votos para Lula, o voto útil. É bem provável que essa eleição seja decidida no primeiro turno.

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E no plano federal?

A rejeição de Bolsonaro é enorme. Ninguém ganha com uma rejeição daquela [refere-se à pesquisa Ipespe, divulgada na semana de 20 de maio]. A terceira via desapareceu… Eu acho que vai acontecer um fenômeno, de acumular ainda mais votos para Lula, o voto útil. É bem provável que essa eleição seja decidida no primeiro turno.

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O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) ordenou que o PT retire das suas páginas e perfis na internet uma publicação que trata o pré-candidato a governador ACM Neto (UB) como aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL). Responsável pela ordem, a desembargadora eleitoral Zandra Anunciação Alvarez Parada deu prazo de 48h para o seu cumprimento, sob pena de multa diária de R$ 2 mil.

Na publicação divulgada pelo PT-Bahia, ACM Neto e Bolsonaro aparecem juntos, em preto e branco, associados às expressões fome, desemprego, gasolina cara e autoritarismo. No lado oposto, a mesma montagem mostra o pré-candidato a governador pelo PT, Jerônimo, ao lado do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, com os termos comida no prato, emprego, salário mínimo valorizado, gasolina barata e democracia.

Na decisão, que atende pedido do União Brasil, partido de Neto, a magistrada concordou com o argumento de que a publicação desabona a imagem política do ex-prefeito de Salvador.

– O contexto apresentado aponta para a plausibilidade da tese jurídica invocada na exordial, com potencial para provocar desequilíbrio de oportunidades no pleito, tendo em vista que a publicação guerreada, nos moldes em que apresentada, demonstrando, a priori, o único objetivo de criar circunstância desabonadora da imagem do pré-candidato vinculado ao partido demandante, quando o associa a projeto político que, nos dizeres da postagem, estaria gerando mazelas sociais.

PT RECEBE DECISÃO COM SURPRESA, AFIRMA ÉDEN VALADARES

O presidente do PT baiano, Éden Valadares, afirmou que a determinação judicial é surpreendente, pois, segundo ele, veda a manifestação de opinião política. O dirigente informa que o partido aguarda a citação formal para cumprir a ordem e avaliar a possibilidade de recorrer da decisão.

“O PT Bahia entende que se trata única e exclusivamente de direito de expressão e não de propaganda eleitoral, devendo o pré-candidato em questão explicar ou confirmar aos eleitores quais são suas relações com o Presidente da República”, diz trecho da nota do petista.

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Ex-ministro da Cidadania no Governo Bolsonaro e deputado federal, o pré-candidato a governador da Bahia João Roma (PL) afirmou, nas andanças pelo estado neste final de semana, que o PT não correspondeu com investimentos a confiança recebida no estado. “Pelo contrário, foi um período que envergonhou e decepcionou muita gente”.

O pré-candidato bolsonarista recorreu ao que é pregado pelo movimento de apoio ao presidente da República para atacar as gestões petistas. “Só com os desvios que ocorreram [durante as gestões do PT], dava para fazer cem vezes a transposição do Rio São Francisco, que era uma obra bilionária. Mais de cem vezes, se não tivesse prejuízos na Petrobras, no BNDES, para construir porto em Cuba, ações em vários outros países; e aqui nem uma rodovia BA dessa a gente vê asfaltada”.

Roma também salientou que a Bahia não é terra cativa do petismo. “Dizem que a Bahia é terra cativa do PT; o PT por várias vezes levou a confiança e o voto dos baianos e, durante todo esse tempo que ficou no governo federal, nenhum quilômetro de BR foi duplicado no estado da Bahia – no estado da Bahia, que tem a maior malha de BRs do Brasil. Em três anos do governo Bolsonaro, já são vários trechos duplicados”, disse Roma, que se referiu às BRs 101 e 116, por exemplo.

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O deputado federal bolsonarista e pré-candidato ao governo da Bahia, João Roma (PL), trata como “notícia plantada” a informação do Valor Econômico de que o presidente Jair Bolsonaro negocia o apoio de ACM Neto para a sua reeleição.

– Não corresponde aos fatos o que vem sendo veiculado na imprensa de que minha pré-candidatura estaria sendo avaliada pelo presidente Bolsonaro. A notícia plantada revela apenas à vontade de quem se sente ameaçado pelo crescimento da minha pré-candidatura que continua firme e forte ao lado do presidente Bolsonaro – afirmou Roma por meio de nota.

João Roma ainda diz que o Valor esquecem de ouvir o presidente sobre o assunto. A publicação fala do esforço do deputado carlista Elmar Nascimento (União Brasil) e do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, para atrair o apoio de Neto para Bolsonaro. O PL é o partido do presidente da República e também de Roma. Até o momento, nem Elmar Nascimento nem Valdemar da Costa Neto reagiram publicamente à publicação do Valor.

ACM NETO FUJÃO

Roma ressalta que esqueceram de ouvir o presidente Bolsonaro sobre o assunto. “Não se lê uma aspa dele. Falam por ele, quando sabemos que não é de seu feitio terceirizar suas posições”.

O pré-candidato a governador pelo PL ainda ironizou ACM Neto, que desistiu de disputar o governo baiano em 2018 temendo embate com o governador Rui Costa (PT), que acabou reeleito.

– Só se vence eleição disputando-a e depois de contabilizado o último voto. Mas tem gente que acha possível ser de outra forma. Ser eleito pelas pesquisas antes de outubro. Não tem coragem de enfrentar o que foge ao seu controle: a vontade do povo da Bahia – reiterou.

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Antônio de Anízio, Tonho de Anízio (PT), começou a articular reunião com prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e lideranças do Território Litoral Sul para organizar o encontro do Programa de Governo Participativo (PGP) do pré-candidato a governador da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, no sul da Bahia. “O momento é de unir e juntar forças nos municípios para fortalecer ainda mais a pré-campanha de Lula, Jerônimo e Otto”, afirmou Tonho.

Nesta terça-feira (17), Tonho participou de encontro com o senador e pré-candidato à reeleição Otto Alencar (PSD), Jerônimo e o vice do petista, Geraldo Júnior (MDB), e o governador Rui Costa (PT), em Salvador. No encontro em Salvador, Tonho, que tem se notabilizado como articulador regional no sul da Bahia, observou a necessidade de união neste momento:

– Precisamos deixar nossas diferenças nos municípios para outro momento. Se estamos todos no mesmo sentido, vamos dar as mãos e eleger Lula, Otto e Jerônimo – conclamou o prefeito de Itacaré e presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável Litoral Sul (CDS-LS).

Tonho de Anízio, de terno e no centro, com Jerônimo, Geraldo e Otto, além de Lenildo e Marcos Japu

O próprio Tonho deu um exemplo de Itacaré. No município, o petista, reeleito com mais de 60% dos votos, foi buscar o apoio de Nego de Saronga, ex-aliado de ACM Neto, para reforçar o apoio a Lula, Jerônimo e Otto Alencar.”Essas movimentações precisam acontecer para mudar o Brasil com Lula e continuar com Jerônimo mediante excelente serviço que os governadores Wagner e Rui fizeram na Bahia”, ressalta Tonho de Anízio.

ELOGIADO POR RUI

A fala de Tonho de Anízio foi elogiada pelo governador Rui Costa, que até brincou com o líder do Governo na Assembleia Legislativa (Alba), Rosemberg Pinto (PT). “Rosemberg, em 2026, você já tem aí um sucessor para a Alba (deputado estadual). Você segue para a Câmara Federal e traz Antônio aqui para ser deputado estadual”, brincou. Acompanhado do ex-prefeito de Ibicaraí Lenildo Santana (PT) para o evento, Tonho de Anízio sorriu diante da proposta.

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Éden Valadares, presidente do PT baiano, ironizou a tentativa do União Brasil, partido do pré-candidato ACM Neto, de impedir a participação do pré-candidato a governador da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, e o seu vice, Geraldo Júnior, em eventos oficiais do Estado (clique aqui para entender). Éden diz que a ação do UB “não tem fundamento jurídico” e demonstra temor da oposição da chapa governista.

“Essa é mais uma prova de que o ex-prefeito de Salvador e seus aliados estão com medo do crescimento de Jerônimo, que vem sendo conhecido mais a cada dia, abraçado pela população e recebido apoio de lideranças políticas de todas as regiões, inclusive de prefeitos e vereadores de partidos que compõem a oposição”, disse Éden.

Éden lembra da participação de ACM Neto em eventos oficias em municípios do interior e em Salvador. “Nós nunca acionamos a justiça, pois trata-se de ação absolutamente legal. Sua reclamação na Justiça é um ato de desespero de quem sabe que a derrota se avizinha”.

O presidente do PT baiano afirmou que não há nenhum impeditivo legal para que os pré-candidatos participarem de inaugurações até três meses antes da eleição. Por outro lado, aponta Éden Valadares, ACM Neto cometeu irregularidades eleitorais e já sofreu duas derrotas na Justiça por antecipar propaganda eleitoral, uma por publicidade em outdoor e outra por pedido de voto antes do período autorizado pela Justiça.

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O vice-governador João Leão (PP) desistiu da disputa ao Senado Federal, informou o site Metro1, da Metrópole FM, na noite desta segunda-feira (2). O site não divulgou o motivo da desistência de Leão, que deixou o grupo político do governador Rui Costa e do senador Jaques Wagner, ambos do PT, para apoiar ACM Neto (UB).

Ainda segundo a publicação, João Leão teria desistido após pedido de ACM Neto “para que houvesse a troca na composição”. Coincidentemente ou não, o vice-governador desiste da disputa após desentendimento, no ar, em uma entrevista à Metrópole, com o apresentador Zé Eduardo (reveja abaixo). O vice-governador será substituído na chapa pelo deputado federal e filho Cacá Leão.

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Ex-candidato a prefeito de Itacaré pelo DEM em 2016 e 2020, quando encerrou a disputa em segundo lugar, Nego de Saronga anunciou apoio à pré-candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) a governador da Bahia. Nego foi recebido por Jerônimo nesta quinta-feira (28), em Salvador, quando confirmou que marchará com o petista, além de Otto Alencar (PSD) para Senador. Do encontro também participaram o secretário Marcus “Japu” Sousa, representando o prefeito Tonho de Anízio (PT), e o vereador Djones (PSB).

Nego foi adversário de Antônio de Anízio (PT) na eleição passada, ficando em segundo lugar. Ele estava ligado ao grupo de ACM Neto, mas diz entender que o melhor nome ao governo é o de Jerônimo Rodrigues. “A Bahia não pode deixar de responder ao melhor governador do Brasil. Rui Costa merece nosso respeito e Jerônimo é um homem do interior, conhece bem nossas necessidades e tem o compromisso de dar seguimento fazendo um bom governo”, explicou.

O ex-candidato a prefeito de Itacaré também observou que nunca recebeu atenção devida em mais de 10 anos no DEM (hoje União Brasil), nem mesmo quando foi candidato, em 2016 e 2020. “Nunca recebemos uma visita nem ligação. Ligação [telefonema] se dá quando ganha e quando perde. Nunca recebi”, afirmou Nego ao PIMENTA, por telefone e ainda apontando desprezo de Neto pelo interior. “Vou com Jerônimo, também, por tudo que o governador Rui Costa tem feito pela Bahia e pelo trabalho de Tonho de Anízio em Itacaré”, reforçou Nego, que já havia manifestado a sua decisão política em março (reveja aqui).

Ainda no encontro em Salvador, Jerônimo se colocou à disposição, agradeceu e falou da importância dos apoios. “Estamos recepcionando lideranças de um município que nos orgulha. Antônio é um amigo e companheiro de partido que faz o diferencial nas suas últimas gestões. Itacaré está de parabéns”, disse ele. Jerônimo também afirmou que o apoio de Nego “dobra o compromisso” de um governo seu com o município sul-baiano.

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A juíza eleitoral Cristiane Cunha Fernandes determinou, nesta quinta-feira (28), que outdoors com fotos de ACM Neto e do deputado federal Paulo Azi, ambos da União Brasil, sejam recolhidos. Instaladas em Alagoinhas, as peças devem ser removidas em até 48h.

A decisão é provisória e acata pedido do Diretório do PT no município do interior baiano. A magistrada concordou com a alegação de que, sob pretexto da concessão do título de cidadania do município, as peças antecipam a propaganda eleitoral deste ano, pois Neto é pré-candidato a governador e Azi pretende tentar a reeleição.

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A Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, foi registrada hoje (18) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffman, assumiu a presidência da federação. Luciana Santos (PCdob) e José Luís Penna (PV) são o vice e segundo vice-presidente, respectivamente.

A Assembleia Geral da Federação terá 60 membros. Nove deles serão indicados pelos partidos, de modo equânime, 3 por cada. Já as outras 51 cadeiras serão distribuídas conforme a proporção dos votos obtidos por cada partido nas eleições de 2018 para a Câmara dos Deputados. Cada partido terá de indicar no mínimo 30% de mulheres e no mínimo 20% respeitando o critério étnico-racial.

A nota conjunta dos partidos indica a construção de uma frente ampla em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como necessidade histórica para restaurar a democracia e reconstruir o Brasil. Clique em Leia Mais para conferir a íntegra do comunicado.

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O MDB apresentou várias propostas a serem incluídas no futuro plano de governo do petista Jerônimo Rodrigues. O documento foi entregue ao Partido dos Trabalhadores como uma contribuição para a construção do plano de gestão a ser apresentado à Bahia na campanha eleitoral.

Embora desde 2014 a escolha das propostas a serem incorporadas ao Plano de Governo se dê por meio do Programa de Governo Participativo (PGP), por meio de plenárias territoriais, estas sempre partem de eixos e temas orientadores à construção coletiva. O documento emedebista é uma contribuição, em áreas estratégicas, e prioriza a incorporação do conhecimento acadêmico aplicado à gestão pública, em benefício de toda a sociedade.

O documento elaborado pela Comissão Executiva do MDB, apresenta propostas áreas da gestão pública – Emprego e Renda, Agricultura, Educação e Saúde.

O objetivo é criar alternativas de convivência entre as diversas classes sociais que visam ao bem-comum do conjunto da sociedade baiana. Na cacauicultura e na educação, por exemplo, o documento aproveita experiências da extensão regional e estudos acadêmicos, especialmente da UFSB, por meio de um renomado time de doutores.

O MDB deixa claro, na contribuição ao Programa de Governo, que pretende ocupar o espaço do centro, fazendo a mediação entre o mundo prático e os avanços já disponíveis. A proposta é estimular a adoção de tecnologias capazes de garantir o máximo de produtividade nos diversos setores, com redução de custos de produção e flexibilização das relações trabalho e consumo. Clique aqui e confira as propostas.