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O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

Marco Wense

No momento certo, início do segundo semestre de 2012, em plena efervescência do processo eleitoral, o PT, o PCdoB, o PDT e o PSB vão conversar sobre a sucessão do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo.

A orientação para que petistas, comunistas, pedetistas e socialistas procurem o diálogo como meio de solucionar qualquer impasse, virá do comando estadual.

É unânime a opinião de que o entendimento entre o PT, PCdoB, PDT e o PSB é indispensável para a retomada do Poder Executivo, hoje sob a batuta do Partido do Democratas (DEM).

O ex-prefeito Fernando Gomes (PMDB) condiciona sua candidatura a uma provável desunião entre essas agremiações partidárias. Se houver a cisão, o fernandismo volta a ficar vivo.

O critério para a escolha do candidato que irá encabeçar a chapa é o maior obstáculo para que se chegue a um denominador comum, evitando assim um racha entre os “vermelhinhos”.

O PT não abre mão das pesquisas de intenções de voto como fator decisivo na escolha do candidato. O PCdoB, PDT e o PSB não aceitam a consulta popular como único critério.

Para o PT, Juçara Feitosa – na frente em todas as pesquisas – é quem tem mais chance de derrotar o DEM do prefeito Azevedo e o PMDB de Fernando Gomes.

O PDT e o PCdoB defendem a capacidade de agregar como critério principal, formando assim uma grande coligação de partidos em torno do candidato escolhido.

Lideranças do PCdoB, PDT e do PSB acham que Juçara Feitosa não tem jogo de cintura, carisma, discurso e capacidade política para se manter na dianteira durante a campanha.

Na eleição de 2008, Juçara Feitosa, que passou um bom tempo como favorita, terminou sendo fragorosamente derrotada pelo então candidato Capitão Azevedo.

A derrota para o candidato do DEM, que colocou 12 mil votos de frente, foi atribuída a uma infeliz articulação de Geraldo Simões com o também militar Fábio Santana, que desistiu da candidatura para apoiar Juçara.

Os prefeituráveis do Partido Comunista do Brasil – Wenceslau Júnior, Luís Sena e Davidson Magalhães – apostam também no desgaste de “Minha Pedinha” com os partidos que compõem a base aliada do governador Jaques Wagner.

Depois de peremptórias declarações de independência, que o PCdoB não é legenda submissa ao PT, os comunistas não podem mais recuar de uma candidatura própria, sob pena de cair em total e irreversível descrédito.

O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

PCdoB versus PT. A única saída digna para os comunistas de Itabuna.

Marco Wense é articulista da revista Contudo.

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Do Política Livre:

Na disputa com Yulo, J. Carlos chegou a ser ameaçado de expulsão do PT

No momento mais tenso da reunião em que a bancada estadual do PT decidiu no voto, na última terça-feira, que o candidato à primeira-secretaria da mesa diretora da Assembleia Legislativa seria o deputado estadual Yulo Oiticica e não mais J. Carlos, o parlamentar preterido teria trocado ameaças com o então líder petista na Casa, Paulo Rangel.

Quando os votos foram apurados, confirmando a indicação de Yulo em detrimento dele, J. Carlos avisou que lançaria em plenário sua candidatura avulsa à primeira-secretaria. Em resposta, Paulo Rangel lembrou que a indisciplina partidária poderia ser punida até com a expulsão. J. Carlos não retrucou, saiu da reunião e procurou os líderes partidários.

Queria saber se teria apoio suficiente para enfrentar o colega de partido no dia seguinte. Ouviu de volta da maioria deles manifestações explícitas de incentivo que, pelos seus cálculos, poderiam resultar em cerca de 50 votos, número suficiente para emplacar o cargo na mesa diretora e impor uma derrota fragorosa a Yulo em plenário.

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O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Zé Neto (PT), entrou em contato com o PIMENTA e afirmou que não recebeu multa da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A versão do deputado é que estava ao telefone com o senador Walter Pinheiro (PT) e decidiu parar em plena BR-324 porque o sinal da operadora apresentava falhas. “Policiais me abordaram para saber se o veículo havia quebrado”, conta.

O parlamentar diz que não estava ao volante em sua SW4, mas o seu motorista. Zé Neto disse ainda que um dos policiais que o abordaram era seu amigo e conversaram sobre a movimentação na rodovia após a implementação do pedágio. A conversa foi ao fundo do veículo e com um dos policiais com uma prancheta na mão.

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No mesmo palanque, portanto, Wenceslau Júnior, Fernando Gomes, Lúcio Vieira Lima e o mano Geddel. Todos no mesmo barco e com o mesmo objetivo: derrotar o PT.

Marco Wense

O presidente do PCdoB de Itabuna, o vereador-prefeiturável Wenceslau Júnior, sonha com uma grande composição de partidos em torno do seu nome na sucessão municipal de 2012.

Diz que está “mexendo os pauzinhos” para reunir na mesma mesa o PMDB, PV, PSB, PDT, PRB, PTB, PMN e o PHS. Vai também convidar o PT e até o PSDB.

Pois é. Wenceslau só deixou de fora o DEM. A inclusão do PMDB na coligação do comunista, que anda eufórico com a votação que teve na eleição para deputado estadual, causou certo espanto.

Como o PMDB de Itabuna vai seguir o caminho traçado por Fernando Gomes, que é o presidente de honra da legenda, o PCdoB de Wenceslau vai ter uma conversa com o ex-prefeito.

No mesmo palanque, portanto, Wenceslau Júnior, Fernando Gomes, Lúcio Vieira Lima e o mano Geddel. Todos no mesmo barco e com o mesmo objetivo: derrotar o PT, com Juçara Feitosa ou Geraldo Simões.

O ex-alcaide Fernando Gomes, em conversas reservadas, já disse que na sucessão do prefeito Azevedo só não apoia o próprio Azevedo (reeleição) e o candidato do PT.

A modesta Coluna Wense, agora na revista Contudo, não sabe informar a posição de Davidson Magalhães e Luís Sena diante da inusitada aliança do PMDB com o PCdoB.

Marco Wense e articulista da revista Contudo.

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Fred Cabala | fredericocabala@gmail.com

Para além dos óbvios paralelos e resguardadas as proporções, as realidades do município itabunense e da nação brasileira possuem como perceptível semelhança o fato de há tempos ambas se encontrarem enclausuradas e reféns de um sistema de polarização do campo político que a poucos satisfaz.

Enquanto o Brasil assiste ao jogo de forças entre PT e PSDB desde 1994, quando Fernando Henrique Cardoso levou a cabo o plano antiinflacionário Real, a terra grapiúna se destaca por ser solo fértil para o conveniente passa-repassa entre petistas e democratas desde que Geraldo Simões emergiu nas eleições de 1992.

Com o passar de quase duas décadas, a perspectiva de um diferente cenário político minguou a cada eleição e se transformou na naturalização do atual dualismo partidário. Todas as tentativas de caminho alternativo e implementação de uma terceira via acabaram sempre fracassando.

Em síntese, pode-se atribuir o fiasco da terceira via, tanto no Brasil quanto em Itabuna, ao fato de nenhuma alternativa e novidade substanciais terem sido verdadeiramente discutidas e apresentadas com clareza aos cidadãos. Para desespero do ideólogo do conceito, o cientista social britânico Anthony Giddens, que pensava o terceiro setor como um “centro radical” com traços que chamassem atenção pelo aspecto diferencial e cujo objetivo seria uma completa reforma do Estado.

Ora, o que tem se visto nos âmbitos municipal e nacional é a via alternativa promovendo o próprio funeral exatamente por confundir-se com os dois blocos ao invés de delimitar firme posição. A ausência de um discurso original que deveria se sobrepor aos polos já desgastados cedeu lugar à ideia do continuísmo e revela falta de personalidade política.

Em uma análise séria, é certo afirmar que esse transtorno bipolar da política muito contribui para que grande parte das pessoas sinta náuseas quando o assunto eleições se aproxima. O mal é grave.

Fred Cabala é itabunense e estuda jornalismo na Universidade Federal de Viçosa.

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De um lado, vejo Juçara pronta, ávida, só aguardando a sua vez de assumir essa cidade massacrada pelo desdém. Do outro lado, vejo Maria Alice sempre atuante.

Manuela Berbert

A mulher deixou de ser o sexo frágil há muito tempo. Hoje, ela sai para trabalhar, estuda, monitora o crescimento dos filhos, paga suas contas e ainda arranja tempo para cuidar de si. Cansei só de escrever e imaginar tanta atividade diária, mas essa é a realidade.

Antigamente, eu poderia citar uma enorme lista de profissões exercidas apenas pelo sexo masculino, mas, hoje em dia, encontrar uma delas tem se tornado uma tarefa mais complexa. As mulheres andam se esforçando cada vez mais para não deixar dúvidas quanto à sua competência, e isso inclui, claro, a política.

Não é novidade que a mulher dos governos do ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, sempre foi Maria Alice. De olhar profundo e voz firme, foi temida e respeitada por todos. Não é novidade também que foi graças a ela que o atual prefeito, Capitão Azevedo, ganhou as eleições. Suas articulações são certeiras. Sempre foram. Tanto que hoje, depois dessa rejeição toda que sua administração está enfrentando, quem foi chamada para apaziguar os ânimos e dar as cartas? Ela, Dona Maria Alice.

Do outro lado, no meu sempre humilde ponto de vista, temos duas dúvidas e uma certeza. A primeira dúvida é se o PCdoB vai conseguir manter-se independente do PT nas próximas eleições. A segunda é, caso consiga, quem eles vão indicar para prefeito daqui. Quanto à certeza, é a de que o PT vai lançar, mais uma vez, Juçara Feitosa. E ela já anda até comandando reuniões do diretório e circulando por aí.

Eu defendi a ideia de um novo líder, mas não estou conseguindo enxergar essa possibilidade. A política local é fechada, traçada, pensada sempre pelas mesmas mentes inquietas. E em menos de dois anos, caro fiel leitor, me rendo à hipótese de não haver mudança. A menos que seja de gênero. Em tempos de Dilma presidente, quem sabe? De um lado, vejo Juçara pronta, ávida, só aguardando a sua vez de assumir essa cidade massacrada pelo desdém. Do outro lado, vejo Maria Alice sempre atuante, embora não saiba qual seja sua verdadeira vontade hoje.

Como observadora do cotidiano, gostaria de ver esse embate. Como cidadã itabunense, apostaria na sensibilidade feminina. Como jornalista, sinceramente, eu queria muito ver esse circo todo pegar fogo…

Manuela Berbert é jornalista, estudante de Direito e colunista da Contudo.

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A terceira edição da revista Contudo chega às bancas neste sábado com forte potencial para alimentar o burburinho político em Itabuna. Na capa do designer gráfico Maheus Vital, a publicação do grupo Diário Bahia traz as “cartas” do PT para a sucessão municipal itabunense.

Numa entrevista, o deputado estadual Augusto Castro admite que participa do governo José Nilton Azevedo, com indicações, mas afirma que não assegura apoio à reeleição do alcaide. Ou seja, na hora da “onça beber água”, o capitão da nau à deriva que se cuide…

Outro destaque é a coluna Babadão, de Manuela Berbert. Em semana apimentada, ela sugere uma disputa de peso entre Juçara Feitosa (PT) e Maria Alice Araújo (DEM) para a Prefeitura de Itabuna. Só Manuela mesmo!

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O ex-deputado Renato Costa entregou os pontos. Numa entrevista concedida à revista Contudo, além de analisar os resultados da sua aliança com o ex-prefeito e ex-inimigo Fernando Gomes, o médico anuncia que vai pendurar as chuteiras. Está fora da política e 2010 terá sido a sua última disputa eleitoral.

No ano passado, Costa concorreu a uma vaga à Assembleia Legislativa pelo PMDB, mas acabou derrotado. A edição da revista estará nas bancas já nesta manhã de sábado e traz ainda entrevista com o prefeito Capitão Azevedo (DEM) e os desejos do PCdoB. Os cururus não querem mais ser satélites do PT. A revista é editada pelo grupo Diário Bahia e tem o comando da jornalista Celina Santos.

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O diretor-geral do Instituto Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida, está com um pé fora do cargo. As notícias vindas de Salvador apontam que o grupo dos deputados estaduais Jota Carlos e Rosemberg Pinto e do deputado federal Geraldo Simões terá direito a indicar o novo dirigente do instituto.

É certo que a escolha parte de membros da diretoria da Biofábrica, mas é forte a ingerência política. A ser verdade o que repassou uma fonte ao PIMENTA, a Agricultura pode voltar ao controle do PT. Tudo dependerá das negociações de Jaques Wagner com o PP, que anda guloso e chutando canela de aliados como o PDT.

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Pimenta votará em Caetano

Cresce o favoritismo do prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, na disputa pela presidência da UPB (União dos Municípios da Bahia). Apesar de enfrentar um opositor interno (o prefeito petista de Maracás, Nelson Portela, pretende bater chapa), Caetano tem uma candidatura mais consolidada e conta com a preferência do governador Jaques Wagner.

O gestor de Camaçari está recebendo também o apoio de diversos prefeitos de outras legendas, e até do DEM. Este é o caso específico do prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta, que recebe Caetano nesta terça-feira, 17, na sede do governo feirense, onde anunciará adesão irrestrita ao candidato.

Pimenta, aliás, é há bastante tempo um membro atípico do DEM, dadas as suas demonstrações de simpatia pelo governo Wagner.

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Por meio do Twitter, o deputado estadual Zé Neto (PT) manifestou toda a sua indignação com a empresa TWB, que opera o sistema de ferry-boat na Baía de Todos os Santos.

Neto aguardou hoje à tarde nada menos que duas horas para embarcar no ferry Ivete Sangalo. “Em plena quarta!”, fez questão de frisar o deputado, que já decidiu convocar uma audiência pública para discutir o problema na Assembleia Legislativa.

“A TWB tem prestado péssimos serviços aos baianos e vamos pra cima com gosto”, avisa.

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Caetano foi coordenador da campanha de Jaques Wagner à reeleição

O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), sonha com um céu de brigadeiro na disputa pela sucessão de Roberto Maia na presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB). Derrotado na última tentativa de comandar a instituição, Caetano agora conta com o forte apoio do governo baiano e ainda se beneficia da desarticulação dos opositores.

Para a coisa ficar ainda melhor, do jeito que o petista espera, só falta mesmo ele conseguir articular uma candidatura única. Caetano acredita nessa possibilidade.

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Entre Negromonte e Florence, Popó corre risco de perder luta por vaga (Montagem Pimenta).

O ex-secretário de Desenvolvimento Urbano da Bahia, Afonso Florence (PT), foi eleito deputado federal e no dia 1º passou a integrar a equipe do governo de Dilma Rousseff, assim como o colega Mário Negromonte (PP). Florence é ministro do Desenvolvimento Agrário e Negromonte comanda a Pasta das Cidades.

Florence e Negromonte são dois dos 43 eleitos para a Câmara Federal que não vão exercer o cargo – pelo menos nesse início de legislatura. Do total, 36 assumirão secretarias estaduais e sete foram nomeados ministros pela presidenta da República, segundo levantamento feito pelo Valor.

Eles tomam posse na Câmara no dia 1º de fevereiro e, imediatamente, licenciam-se do mandato para votar aos seus postos de ministros da Dilma. Pela regra atual, o partido mais beneficiado com a vacância no legislativo federal seria o PRB, que teria mais 4 deputados à sua bancada na condição de suplentes.

Veja o caso de Acelino “Popó” de Freitas. Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) respondeu a uma consulta formulando que o mandato pertence ao partido, mas a decisão foi em caráter liminar. O ex-pugilista e campeão do mundo  assumirá o mandato se confirmado que a vaga pertence à coligação. Ele é do PRB e integrou o chapão com PT, PP, PDT, PHS, PSB e PCdoB.

Do contrário, se a vaga ficar mesmo com o partido, assumem Emiliano José e Zé Carlos da Pesc. Emiliano foi o petista mais votado entre os suplentes. Zé Carlos é o primeiro suplente do PP. O PRB elegeu apenas um deputado na Bahia, o bispo Márcio Marinho, da Igreja Universal.

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Assim como em Itabuna, a eleição da mesa diretora da Câmara de Vereadores de Itororó também teve que ser resolvida na justiça. Na cidade do sudoeste baiano, o juiz Rébio Tiba Xavier determinou que dessem posse à petista Marli Santos, que substitui Cristina Resende (PMDB). A cerimônia aconteceu na manhã desta segunda-feira, 03, com a presença do prefeito Adroaldo Almeida (PT).

Marli Santos foi eleita no dia 14 de dezembro, em uma sessão tumultuada. Opositores queriam “melar” o processo e a então presidente Cristina Rezende (PMDB) não aguentou a pressão. Ou melhor, ela abandonou a sessão.

Foi a própria Marli que deu prosseguimento aos trabalhos, na condição de primeira-secretária da Câmara. Sua vitória foi questionada pela oposição, numa briga que terminou com a decisão judicial. O juiz estabeleceu multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento de sua sentença.

Conciliadora, a petista afirmou em sua posse que, na presidência, fará “valer a vontade da maioria”, mas sem “deixar de ouvir a opinião da minoria”.