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Marco Wense
O ex-prefeito Fernando Gomes, até mesmo como manda-chuva do PMDB de Itabuna, partido que dispõe de quase oito minutos de tempo no horário eleitoral, vai fazer parte do seleto grupo dos protagonistas da sucessão de 2012.
O ex-mandatário de Itabuna, que já governou a cidade por quatro vezes, não descarta a possibilidade de disputar o Centro Administrativo Firmino Alves na primeira eleição do pós-centenário.
O incrível é que Fernando Gomes de Oliveira, que muitos acreditavam que estaria politicamente sucumbido, principalmente em decorrência do desastroso último governo, ainda é motivo de preocupação entre os que lhe fazem oposição.
A viabilidade eleitoral de sua candidatura depende de um desentendimento entre o PT de Geraldo Simões e o PCdoB dos “meninos” Davidson Magalhães, Luiz Sena e o vereador Wenceslau Júnior, todos prefeituráveis pela legenda comunista.
O pega-pega entre os vermelhinhos fica cada vez mais acirrado com as declarações de petistas, membros do diretório municipal, de que o PCdoB não terá candidatura própria, que o partido está blefando, que a finalidade é a candidatura de vice-prefeito.
Essa posição do PT de Itabuna, debochando e tratando uma possível candidatura própria do PCdoB com desdém, achando que o partido é um eterno aliado e coadjuvante, só faz piorar – e muito – o relacionamento entre os “companheiros”.
O “morto” Fernando Gomes, agora mais vivo do que nunca, espera contar com o apoio dos deputados Augusto Castro (estadual-PSDB), Coronel Santana (estadual -PTN) e Félix Mendonça Júnior (federal-PDT).
Sobre o Capitão José Nilton Azevedo, Fernando Gomes, depois de uma enxurrada de críticas, diz que o chefe do Executivo não será candidato à reeleição, seja por desistência voluntária ou impedimento legal.
Em relação a Geraldo Simões, o “morto” acha que seu maior adversário terá as mesmas dificuldades suas. Ou seja, uma campanha cheia de constrangimentos e com um alto índice de rejeição.
A candidatura de Fernando Gomes exclui automaticamente a da petista Juçara Feitosa. Aliás, o governador Jaques Wagner não abre mão do nome de Geraldo para a sucessão de 2012. Não quer correr o risco de mais uma derrota.
Fernando Gomes versus Geraldo Simões. O retorno do duelo e das velhas armas. “Cuma” buscando o quinto mandato. “Minha pedinha” atrás do terceiro.
PS (1) – O deputado estadual Coronel Santana, também na lista dos prefeituráves, está preocupado com o governo Azevedo. Como é colega de farda do prefeito, Santana teme que o fracasso administrativo termine respingando na sua pré-candidatura.
PS (2) – Vai ficar gravado no imaginário do povo que prefeito-militar não sabe governar, que é melhor ficar no quartel fazendo o que sabe fazer. Santana também não quer o sucesso de Azevedo a ponto de credenciá-lo para um segundo mandato (via reeleição).
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense
Todo mundo sabe que a imagem dos vereadores de Itabuna perante a opinião pública é desastrosa. Essa é, sem nenhuma dúvida, a pior Casa Legislativa da história política do município.
Em votação relâmpago, na base do vapt-vupt, com as articulações sendo efetuadas na calada da noite, o senhores parlamentares – deputados federais e senadores – aumentaram os seus vencimentos para R$ 26.723,13.
Como o efeito é de cascata, as Assembleias estaduais podem conceder aumento aos seus deputados, já que a lei permite uma remuneração de até 75% do federal. As Câmaras Municipais também podem engordar o din-din dos edis.
Os vereadores de Itabuna têm a grande oportunidade de, pelos menos, amenizar um pouco o desgaste com o eleitor. Como não merecem aumento nenhum, nem mesmo de centavos, abririam mão do efeito dominó, deixando os salários congelados.
Aproveitando o clima natalino, é melhor acreditar em papai Noel ou, então, que o PT de Geraldo Simões, em detrimento de candidatura própria, vai apoiar o candidato do PCdoB na sucessão do prefeito Azevedo (DEM).
E por falar nos aloprados tupiniquins, não se espera outra atitude do Ministério Público Estadual e da Polícia Federal que não seja a de apurar toda a roubalheira que tomou conta da “Casa do Povo”.
O SEGUNDO ROUND

O primeiro round entre o PT e o PMDB, no período pós-eleição, terminou sem derrotados. Como o governo Dilma precisa do PMDB e o peemedebismo não vive longe do poder, chegou-se a um entendimento na composição ministerial.
Vem agora o segundo round, que será travado no Congresso Nacional em torno da Proposta de Emenda Constitucional que não permite mais ao vice-presidente suceder o titular em caso de vacância.
Pela PEC, que já foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o vice passaria a ser apenas o substituto temporário do presidente. Ou seja, não completaria o seu mandato.
Em caso de morte, doença gravíssima ou de impeachment do presidente, seria convocada novas eleições em 90 dias. Se a vacância acontecer nos dois últimos anos de governo, o processo sucessório seria de forma indireta, via Congresso Nacional.
A PEC, que ainda vai causar muito tititi e alvoroço entre os senhores parlamentares, enfraquece a figura do vice-presidente da República, que é do PMDB

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O azar de Dilma é o pragmático PMDB com maior poder de pressão na busca de mais ministérios, cargos no primeiro e segundo escalões e de outras benesses.


Marco Wense
A presidente eleita Dilma Rousseff vai contar com uma maioria parlamentar na Câmara dos Deputados e no Senado, com dez partidos apoiando a governabilidade, incluindo aí o PT e suas diversas tendências.
Sem dúvida, um Congresso Nacional menos oposicionista e barulhento quando comparado com o do governo do presidente Lula, que foi até ameaçado de afastamento no escândalo do mensalão.
O azar de Dilma é o pragmático PMDB mais forte do que no governo anterior, com maior poder de pressão na busca de mais ministérios, cargos no primeiro e segundo escalões e de outras benesses.
O PMDB se fortalece com Michel Temer, presidente nacional da legenda, no exercício da vice-presidência da República, sendo o substituto imediato de Dilma nos casos previstos na Constituição.
O peemedebismo não se contenta com pouco. Vai querer mais, mais, muito mais. Toda vez que receber uma negativa, até mesmo um “nãozinho”, vai criar problemas para o governo nas duas Casas Legislativas.
Como não bastasse o PMDB, Dilma deve enfrentar a ala do PT insatisfeita com a composição ministerial. Sem falar nos aloprados petistas que contaminam o governo com suas estripulias e travessuras.
É bom lembrar que a expressão “aloprado” foi usada pelo presidente Lula para separar o joio do trigo. Petistas foram flagrados carregando dólares na cueca. A banda ruim da política tem que ser extirpada, sob pena de corromper a boa.
A figura do aloprado é universal. Existe em todas as agremiações partidárias. Não é exclusividade do PT. Se há alguma diferença em relação a outros países, fica por conta da impunidade, já que os aloprados brasileiros costumam debochar da justiça.
Dilma defende o petista Cândido Vaccarezza para a presidência da Câmara dos Deputados. Arlindo Chinaglia e Ricardo Berzoini, este último ex-presidente nacional da legenda, trabalham para eleger o desconhecido Marco Maia (PT-RS).
A primeira derrota política de Dilma, que deveria ser proveniente de uma articulação envolvendo os oposicionistas do PSDB e do DEM, vai terminar sendo construída pelos “companheiros”.
É o PT versus PT, para o desespero de Dilma e a alegria dos tucanos e democratas.

NOVA ELEIÇÃO, NOVA CHAPA

O desfecho do imbróglio envolvendo a Câmara Municipal de Itabuna, se haverá ou não nova eleição para a Mesa Diretora, continua sob nuvens cinzentas.
Tem até gente falando em nova chapa, encabeçada por Milton Cerqueira, com o apoio do prefeito Azevedo e dos vereadores Clóvis Loiola, Roberto de Souza, Raimundo Póvoas e Milton Gramacho. Outro edil, guardado como “segredo de justiça”, está sendo sondado para ser o primeiro-secretário.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Lula sai com maior aprovação da história.

Um ex-torneiro mecânico sairá da presidência da República com a maior aprovação de um mandatário brasileiro na redemocracia. De acordo com o Datafolha, Luiz Inácio Lula da Silva deixa o cargo com 83% de aprovação popular. O levantamento ouviu 11.281 pessoas em novembro e tem margem de dois pontos percentuais, tendo 13% de regular e 4% de ruim ou péssimo.
Desde a redemocratização, afirma o Datafolha, Fernando Collor saiu com 9% de aprovação. Fernando Henrique Cardoso tinha 26% de ótimo bom, o que dá 57 pontos a menos que Lula.
Quem ficou mais próximo de Lula, Itamar Franco, atingiu 41% de aprovação ao deixar o cargo de presidente da República. O Datafolha também buscou saber do eleitor se o governo Lula melhorou o país. Para 84%, sim.
O petista conseguiu eleger a sua candidata. A ex-ministra Dilma Rousseff (PT) é quem sucederá Lula no cargo, no próximo dia 1º. Não é pouco. Dilma será a primeira mulher presidenta do Brasil e reforça o projeto de 20 anos de petismo no poder.

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Em Ibicaraí, Pinheiro afasta-se do palanque para atender telefonema de Brasília.

No flagra de Fábio Roberto, do Pimenta, o senador eleito Walter Pinheiro (PT) fala ao telefone com o que seria um membro da equipe da presidenta Dilma Rousseff. Logo após, e com pressa, o deputado sobe ao palanque onde está Jaques Wagner, na solenidade em Ibicaraí. Exibe semblante tenso. A conversa ocorre depois de Wagner revelar ter recebido ligações de Dilma momentos antes. Perguntado pelo PIMENTA se era com Dilma que ele falava, Pinheiro respondeu, já mais aliviado: “Quase isso, quase isso”.
Era negociação de cargos? – perguntamos
Estamos negociando inclusive mais recursos para a Bahia – despistou Pinheiro.

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Engana-se quem imagina que o voto do petista Alisson Mendonça não teria influência sobre o resultado da última eleição para a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Ilhéus, realizada nesta quarta-feira, 15.
À primeira vista, como a oposição tinha sete votos “assegurados”, o voto de Alisson poderia somente reduzir o tamanho da derrota para 7 x 6, em vez dos 7 x 5 que afinal se registraram. Mas a matemática não seria exatamente essa…
Fonte do próprio PT revelou ao PIMENTA que o candidato Paulo Carqueja, do partido, tinha uma carta na manga. Um dos sete da oposição havia sido cooptado e votaria no PT, o que inverteria a vantagem na disputa. Assim, hoje o presidente eleito seria Carqueja e não Dinho Gás (PSDC).
O vereador que mudaria de lado somente decidiu cancelar a operação quando percebeu que Mendonça não compareceria à sessão. Este alegou ter ficado preso no trânsito, uma desculpa na qual ninguém acreditou.
O mesmo petista que conversou com o PIMENTA afirma que Mendonça se ausentou da sessão porque sabia da articulação para atrair um oposicionista e estava ciente de que seu voto seria decisivo. Entre ajudar a eleger um correligionário, com o qual não se afina, e sabotar uma costura política que beneficiaria o próprio governo que “apóia”, Mendonça fez a segunda opção.

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Dinho Gás aponta geladeira vazia… Situação deve melhorar para ele e a oposição

Como o PIMENTA antecipou, a divisão interna do PT e o surto de Pilatos do prefeito Newton Lima (que lavou as mãos) permitiram que o vereador Edivaldo Nascimento de Souza, o Dinho Gás, do PSDC, fosse eleito há pouco para a presidência da Câmara de Ilhéus.
O vereador disputou o comando da casa com Paulo Carqueja, do PT, que terminou com cinco dos treze votos. Seu colega e correligionário Alisson Mendonça, que também queria ser candidato a presidente, sequer apareceu para votar e, mesmo que aparecesse, não evitaria a derrota petista.
Carqueja é ligado ao deputado federal eleito Josias Gomes (PT), que fez um acordo com o ex-prefeito Jabes Ribeiro para eleger o aliado. Contudo, prevaleceu a articulação feita pelo atual presidente, Jailson Nascimento (PMN), que há algum tempo formou o bloco de sete vereadores na oposição a Newton Lima.
Ganharam Jailson e a oposição. Perderam o governo e o sempre dividido PT.

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Da coluna Painel (Folha de São Paulo):
Camarote Segunda corrente petista, a Mensagem ao Partido assiste à disputa entre Cândido Vaccarezza (SP) e Marco Maia (RS) pela presidência da Câmara dos Deputados concentrada num só objetivo: eleger Paulo Teixeira (SP) líder da bancada.
Mais um Com a bancada do PT, que se reúne hoje, em ponto de fervura, além de candidaturas avulsas em fase de “teste”, também Júlio Delgado (PSB-MG) resolveu sondar colegas sobre a possibilidade de se lançar à presidência da Câmara.
Vespeiro Em privado, Lula tem opinado que também o Senado deveria adotar um rodízio entre PMDB e PT no comando da Mesa.

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Gilson vinha tomando posições contrárias ao prefeito, principalmente no campo político, onde o terreno é movediço e traiçoeiro.

Marco Wense
Na sucessão municipal de 2008, o então candidato Capitão Azevedo, do Democratas (DEM), teve a sorte de contar com um tripé – Gilson Nascimento, Carlos Burgos e Josias Miguel – que terminou sendo imprescindível para sua vitória.
Cada um no seu cada qual, fazendo o que sabia fazer. Carlos Burgos, o advogado, cuidando dos entraves jurídicos inerentes ao processo eleitoral. Josias Miguel, o publicitário, dando conta do recado. E Gilson, o sargento, cuidando das negociações políticas.
É bom lembrar, até mesmo por uma questão de justiça, que Josias também participou, com bastante desenvoltura, da aproximação do candidato Azevedo com os partidos e suas respectivas lideranças.
Com a eleição do Capitão Azevedo para prefeito de Itabuna, Gilson Nascimento, Carlos Burgos e Josias Miguel viraram secretários, respectivamente de Administração, Finanças e Ações Governamentais.
Josias Miguel deixou o governo. Não saiu atirando. Mas totalmente decepcionado com o prefeito, principalmente com sua pouca autoridade diante dos que ocupam cargos de confiança.
Agora é a vez do “rebelde” Gilson Nascimento. Sua saída provoca um vácuo político no governo, um desmoronamento no diálogo com os partidos, lideranças partidárias e comunitárias.
O prefeito José Nilton Azevedo não ficou surpreso com o pedido de exoneração do colega de farda. Em conversas reservadas, o chefe do Executivo já teria dito que a situação de Gilson era insustentável.
Na cúpula do azevismo, a opinião que prevalece é a de que o sargento Gilson vinha tomando posições contrárias ao prefeito, principalmente no campo político, onde o terreno é movediço e traiçoeiro. Gilson seria o protagonista-mor de um “governo paralelo”.
O prefeito-capitão e o secretário-sargento continuam amigos. A sintonia política acabou. Cada um vai seguir o seu rumo. Integrantes do diretório do PT de Itabuna não descartam a possibilidade de Gilson apoiar Geraldo Simões (ou Juçara Feitosa) na sucessão de 2012.
REMANESCENTE
O ex-marinheiro Raimundo Vieira, que tem suas hilariantes histórias contadas pelo empresário “Mané Cem”, é o mais fiel remanescente do fernandismo. É companheiro de todos os minutos do ex-prefeito Fernando Gomes.
Somente três pessoas participaram da primeira reunião com Lúcio Vieira Lima, presidente estadual do PMDB, para tratar da campanha de Renato Costa à Assembleia Legislativa do Estado: Fernando Gomes, Juvenal Maynart e Raimundo Vieira.
Entre o ex-alcaide, que é o presidente de honra do PMDB de Itabuna, e o aposentado Raimundo Vieira, ex-proprietário de empresa funerária, existe uma recíproca e inabalável confiança.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Jackson defende expulsão de Ioná.

Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmar a cassação da prefeita Ioná Queiroz (PT), a Justiça em Camamu determinou para a próxima terça-feira, 7, às 9 horas, a diplomação de José Américo (PR), no fórum local. Américo assume depois que Ioná foi cassada por abuso de poder econômico e compra de votos na eleição de 2008. A posse ocorrerá em solenidade na Câmara de Vereadores, também prevista para o período da manhã.
Enquanto isso, a prefeita cassada tenta manter-se no cargo apresentando recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Ioná Queiroz sofreu um duro golpe nesta semana com o posicionamento de Jackson Cabral. Fundador do PT em Camamu, Cabral defende a imediata expulsão de Ioná do partido.
Cabral acusa a prefeita cassada de ter negligenciado as bandeiras históricas do partido, ter promovido nepotismo em altíssimo grau. A família da prefeita controla 70% do orçamento do município e ocupa os principais cargos na prefeitura.
O fundador do PT de Camamu também acusa Ioná por diversas irregularidades, como desvio de recursos para construção de hospital e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), além de ter prejudicado o PT no segundo turno da eleição presidencial, quando Dilma Rousseff perdeu para o tucano José Serra no município.

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A atitude surpreendente e corajosa do diretório do PT, contrariando o prefeiturável Geraldo Simões, deixou muito gente sobressaltada

Marco Wense
Nesse lamaçal que toma conta da Câmara de Vereadores de Itabuna, sem precedente na história do Legislativo tupiniquim, o diretório do Partido dos Trabalhadores fez o que deveria ser feito.
O PT cuidou da sua imagem. O partido, defendendo candidatura própria à presidência da Casa, com o vereador Claudevane Leite, se livrou de qualquer responsabilidade diante da sujeira do processo eleitoral.
A legenda, presidida pela professora Miralva Moitinho, não pode ser acusada de ter sido conivente com o que pode acontecer em decorrência desse imbróglio protagonizado pelos “representantes do povo”.
O deputado Geraldo Simões caminhou em sentido contrário ao PT. Além de desconsiderar a decisão dos companheiros, aconselhou Claudevane a apoiar Ruy Machado, que terminou sendo “eleito”.
O ex-prefeito de Itabuna, para justificar sua posição, usa o forte argumento de que uma candidatura própria poderia contribuir para a vitória de Milton Gramacho, líder do prefeito Azevedo (DEM).
Fugindo de uma provável derrota, com a eleição de um azevista para o comando do Legislativo, Geraldo Simões, também de olho em um pedido de impeachment do chefe do Executivo, optou pelo apoio ao amigo Ruy Machado (PRP).
A atitude surpreendente e corajosa do diretório do PT, contrariando o prefeiturável Geraldo Simões, deixou muito gente sobressaltada. Sem entender “bulufa” nenhuma.
PS – Geraldo Simões é o Lula de Miralva. O PT está sob sua rigorosa batuta. Os adversários do ex-prefeito, incluindo aí muitos petistas, costumam dizer que Geraldo é o “coroné” do PT de Itabuna.
TRÊS REFEIÇÕES
O vereador Ruy Machado, sem dúvida um espertíssimo articulador político, do tipo que consegue dar nó em pingo de éter, tomava café da manhã com o prefeito Azevedo (DEM), almoçava com Fernando Gomes (PMDB) e jantava com Geraldo Simões (PT).
Agora, depois da eleição para a presidência da Câmara Municipal, com o apoio entusiasmado de Geraldo Simões, o Capitão e o ex-alcaide não querem mais saber do tititi de Ruy, já que o edil está afinadíssimo com o petista.
Sobrou para Geraldo Simões, que vai ter que “bancar” as três refeições de Ruy Machado (PRP).
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Secretário de Organização do PT baiano, Everaldo Anunciação acabou ouvindo o que não queria num encontro com representantes da executiva municipal do partido em Ibirataia. Everaldo se opõe à filiação do médico Bruno Araújo no partido. Alega que o profissional é acusado de irregularidades no hospital do município sul-baiano.
Como resposta, ouviu dos representantes do diretório petista de Ibirataia que nem José Dirceu nem Josias Gomes, por exemplo, foram expulsos do PT por terem sido acusados de envolvimento com o Mensalão federal, em 2005. Sorriso amarelo do outro lado…
Os petistas de Ibirataia dizem que a oposição de Everaldo ao novo filiado teria a ver com a negativa em apoiar o projeto eleitoral de Josias Gomes, que retorna à Câmara Federal em fevereiro de 2011.

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Marco Wense
Qual o melhor nome do Partido dos Trabalhadores (PT) para disputar a prefeitura de Itabuna na sucessão de 2012, Geraldo Simões ou Juçara Feitosa?
Como existe um equilíbrio nas opiniões, com argumentos favoráveis a Geraldo e Juçara, a pertinente pergunta, mais cedo ou mais tarde, vai tomar conta do diretório municipal da legenda, presidido pela professora Miralva Moutinho.
A favor do macho, como diria o irreverente jornalista Eduardo Anunciação, um melhor jogo de cintura para buscar alianças com outras agremiações partidárias. A favor da fêmea, o argumento de que a eleição de Dilma Rousseff vai influenciar o voto feminino.
Certeza mesmo, sem nenhuma pontinha de dúvida, é que o PT terá candidatura própria e fará todo o esforço para ter um comunista – Wenceslau Júnior ou Luis Sena – como vice na chapa encabeçada por Geraldo ou Juçara.
O plano B do PT, depois de esgotadas todas as possibilidades de coligação com o PCdoB, é uma chapa com Juçara Feitosa e o Capitão Fábio. Uma chapa puro-sangue, tendo o vereador Vane como vice, não está descartada. O PT-PT é o plano C.
PARLAMENTO
A derrota de Josias Gomes, ex-presidente estadual do PT, para a Câmara Federal, iria provocar um natural relaxamento na atuação parlamentar do reeleito deputado Geraldo Simões.
Com a eleição de Josias Gomes, adversário de Geraldo nas hostes internas do petismo, o ex-prefeito de Itabuna vai ter que mostrar serviço como deputado, já que sua atuação será, inevitavelmente, comparada com a do “companheiro” de partido.
Josias e Geraldo, ambos prefeituráveis, respectivamente de Ilhéus e Itabuna, sabem que ser bom deputado fortalece a legítima e democrática pretensão de suceder Newton Lima (PSB) e o Capitão Azevedo (DEM).
Josias versus Geraldo. Um bom duelo. A sabedoria popular costuma dizer que é “briga de cachorro grande”. Como os protagonistas são políticos civilizados, não há motivos para preocupações.
PDT
O Partido Democrático Trabalhista, presidido aqui na Bahia pelo bom gaúcho Alexandre Brust, pode abrigar duas ilustres figuras do cenário político de Itabuna: Leninha Alcântara e Acácia Pinho.
Leninha e Acácia estão insatisfeitas com seus partidos políticos, respectivamente o PPS e o PMDB.  Para o ex-vereador Otávio Menezes, pedetista histórico, “o PDT só tem a crescer com filiações de pessoas de bem”.
PSDB VERSUS PSDB
2006. O PSDB mineiro concorda com a candidatura de Geraldo Alckmin à presidência da República. Alckmin representa o tucanato da Avenida Paulista.
2010. O PSDB mineiro abre mão da pré-candidatura de Aécio Neves e aceita, mesmo contrariado, a candidatura de José Serra, então governador de São Paulo.
Novembro de 2010. José Serra quer ser presidente nacional do PSDB para impedir a pré-candidatura de Aécio Neves. O ex-governador de São Paulo pretende disputar pela terceira vez o Palácio do Planalto.
2014. Se o insistente José Serra sair novamente candidato, o povo mineiro, com toda razão, promete triturá-lo nas urnas, linchá-lo eleitoralmente.
Serra versus Aécio. Os tucanos, com as bicadas entre eles, ficam cada vez mais depenados.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Em conversa com o PIMENTA, o vereador Claudevane Leite declarou ter sido autorizado pelo deputado federal Geraldo Simões (PT) a desconsiderar uma resolução do diretório municipal do partido. Na sexta, a presidente local do PT expediu o documento, que orientou o vereador a não apoiar Ruy Machado para a presidência da Câmara e determinou que ele lançasse candidatura própria.
“Geraldo (Simões) me telefonou e disse que eu estou no caminho certo, que relevasse a resolução do PT”, declarou o vereador. Para Claudevane Leite, a opção por Ruy Machado seria “a menos grave”.
Sobre a não-entrega do relatório da Comissão Especial de Inquérito da Câmara de Vereadores ao Ministério Público, Claudevane Leite informou que o documento ainda não foi encaminhado por causa de obstáculos criados pelo presidente da do legislativo, Clóvis Loiola. Ele estaria utilizando prerrogativas regimentais para impedir o encaminhamento do relatório e dos autos da investigação.
“Loiola quer entregar o relatório e os autos somente após a eleição da mesa (na próxima terça-feira)”, declarou o petista.

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Segundo nota publicada no blog O Trombone, o vereador Claudevane Leite, do PT de Itabuna, faz um voo solo em seu apoio ao colega Ruy Machado (PRP) para a presidência do legislativo municipal. Machado, que é governista, encabeça chapa que terá votos tanto da oposição quanto da situação. A eleição será na próxima terça-feira, 30.
A única voz dissonante, por enquanto, é a do vereador Roberto de Souza (PR), insatisfeito por não ter entrado na composição da futura mesa, onde pretendia manter o cargo de primeiro-secretário.
Nesta sexta-feira, 26, o PT local emitiu uma resolução, na qual afirma “não referendar o voto e/ou apoio favorável do vereador do PT, Sr. Claudevane Moreira Leite, a qualquer composição para a nova mesa diretora da Câmara de Vereadores de Itabuna, conforme veiculação da imprensa”.
O partido sugere posicionamento de independência, a fim de não comprometer seu discurso em 2012. E recomenda que Claudevane Leite, conhecido como Vane, lance candidatura própria, deixando uma ameaça nas entrelinhas da resolução: “qualquer decisão do vereador, diferente do que está elencado nesta Resolução, é de sua inteira responsabilidade”.
Vane teria dito que apoia Machado por ele ser “a opção menos grave”. As alternativas são o líder do governo, Milton Gramacho (PRTB) e o vereador Milton Cerqueira (DEM).