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WAgner e Luís Amaral em Itamari
Wagner recebe cumprimentos efusivos de Amaral, do PMDB.

O prefeito de Jequié, Luís Amaral (PMDB), chamou a atenção de todos na passagem de Jaques Wagner por Itamari. O peemedebista fez questão de ir ao encontro do governador, cumprimentando-o de forma efusiva. Os cenários sombrios para o lado da candidatura do ministro Geddel Vieira Lima, também do PMDB, tem levado boa parte dos correligionários a aproximar-se do seu principal adversário na disputa de 2010, o petista JW. Amaral, por exemplo, não perde tempo.

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Abade: entre a cruz e a espada.

O clima esquentou de vez em Porto Seguro. Acossado por denúncias de irregularidades em seu governo, o prefeito Gilberto Abade (PSB) foi surpreendido com o pedido de prisão preventiva do seu braço-direito, o secretário de Governo e Comunicação, Edésio Lima, este já exonerado ontem.

Não bastasse esta carga, lá vem mais uma: o vereador Gilvan Florêncio, do PT, entrou com pedido de impeachment do prefeito. O requerimento será analisado pelo legislativo local. Gozado é que, há menos de uma semana, o partido negociava a sua entrada no governo do pessebista.

A cúpula petista, aliás, está da vida com o vereador, pois acredita que houve precipitação e suspeita que tenha alguém querendo aparecer no processo. Seria o próprio Gilvan, que deseja disputar uma vaga à Assembleia Legislativa em 2010.

Quem está rindo à toa com esses acontecimentos é o ex-prefeito Ubaldino Júnior (PMDB), destronado do governo em 2002, após ser acusado de desviar mais de R$ 50 milhões dos cofres públicos municipais.

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Da coluna Tempo Presente, de A Tarde

Os ventos sopram tão suaves para os petistas que até o ex-deputado Josias Gomes, náufrago nas urnas de 2006 por ter sido o único baiano envolvido no escândalo do Mensalão, está animado. Domingo último ele fez encontro em Salvador esperando 150 pessoas e apareceram mais de 350. Lá estavam o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano, e o presidente da CUT, Martiniano Costa.

Só faltou mesmo José Dirceu se oferecendo para coordenar a campanha.

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O mais novo quiprocó no PT ilheense envolve o secretário municipal de Planejamento, Alisson Mendonça, e o vereador Rafael Benevides. Alisson licenciou-se do mandato para assumir o Planejamento no governo de Newton Lima, e Rafael ganhou a vaga, na condição de primeiro suplente da coligação petista.

Valendo-se da condição de eleito, Alisson quer manter seus assessores nos mais de 10 cargos. Rafael, claro, deseja indicar os deles. E até sugeriu que cada um ficasse com metade das indicações das “boquinhas”. Alisson bateu pé. Quer ceder apenas um carguinho. O suplente tá da vida.

Resultado: Rafael ameaça entrar com mandado de segurança para que a Justiça o autorize a ocupar todos os cargos. Do outro lado, Alisson revida com a possibilidade de abandonar a Secretaria de Planejamento e reassumir o mandato.

Como a engenharia é daquelas difíceis de explicar ao partido e aos eleitores, a desculpa alissoniana inventada por estes dias é a de que disputará uma vaga à Assembleia Legislativa, buscando votos para Geraldo Simões e Josias Gomes, ambos disputando vaga à Câmara Federal.

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Marco Wense

O tempo fechou para o tucanato da Avenida Paulista. A pesquisa divulgada neste domingo (28) pelo instituto Datafolha, realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro, aponta situação de empate técnico entre José Serra e a ministra Dilma Rousseff.

Na corrida para o Palácio do Planalto, Serra (PSDB) tem 32%, Dilma (PT) 28%, Ciro Gomes (PSB) 12% e Marina Silva (PV) 8%. Na última consulta, a vantagem do tucano sobre a petista era de 14 pontos. Hoje é de quatro.

É evidente que bastam só os números da pesquisa para deixar os tucanos e seus principais aliados – o DEM e o PPS – preocupadíssimos. Em apenas dois meses, a diferença caiu 10 pontos.

Outros elementos, no entanto, são mais preocupantes do que os números em si, como, por exemplo, a perda de 3 pontos de Serra na região sudeste, que tem 42% do eleitorado do país. E mais: a taxa de rejeição ao tucano subiu de 19% para 25%.

O pior, para o desespero do tucanato, é que a capacidade de transferência de voto de Lula para Dilma tem bastante oxigênio. Ou seja, 14% do eleitorado, que vai votar de qualquer jeito no candidato do presidente, ainda não sabe que Dilma é a candidata do “cara”.

Com a pesquisa do Datafolha, aumenta a pressão da cúpula do PSDB por uma composição puro sangue, com o governador Aécio Neves (MG) como vice na chapa encabeçada por Serra.

Sinceramente, não acredito que Aécio, mesmo com os emocionantes apelos do tucanato da Avenida Paulista, venha a ser o companheiro de chapa do ex-ministro do então governo FHC.

Pelo menos do meu modesto ponto de vista, a queda de Serra nas intenções de voto é um obstáculo a mais para a chapa puro-sangue. O mineiro não vai trocar uma eleição garantida para o Senado da República por uma cada vez mais duvidosa.

As nuvens para o tucanato podem até clarear. A previsão, no entanto, é de que elas fiquem mais cinzentas, bem escuras.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Nonato (dir.) queria Wagner na disputa nacional.

O prefeito de Umburanas, Raimundo Nonato (PSDB), fez juras de amor a Jaques Wagner em praça pública, hoje. Historicamente ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, o ex-tucano Marcelo Nilo, Nonato confessou seu desejo de ver o “Galego” candidato a sucessor de Lula. “Torci muito para o governador ser candidato à presidência da República, mas continuo sendo um aliado na reeleição para governador, este ano”.

As juras de amor ocorreram após o governador entregar obras de infraestrutura e uma unidade do Centro Digital de Cidadania. Umburanas completou 21 anos de emancipação política nesta quarta, 24.

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Arruda: de estrela política a detento vip.

O Democratas foi criado há menos de três anos e – tão novo – já enfrenta uma crise daquelas! O partido reservava ao governador distrital José Roberto Arruda o papel de estrela eleitoral da legenda. 2010, então… Mas não deu. Arruda caiu. E foi (está) preso.

O vice-governador do DF também era do Democratas. Paulo Octávio substituiu, interinamente, o Carequinha do Panetone. Não resistiu. Renunciou ao cargo nesta tarde de sexta-feira. Alegou que o momento exige condições excepcionais para governar e não teria encontrado estas forças para seguir em frente.

Quem assume o governo do Distrito Federal é um aliado de Arruda, o Wilson Lima (PR), presidente da Câmara Legislativa do DF. A manutenção de Octávio no poder ficou insustentável desde quando a Polícia Federal descobriu suposta participação do vice também no esquema de corrupção de Arruda, o homem do panetone.

E o escândalo afeta o DEM justamente em um ano em que eleitores vão às urnas para escolher de deputados estaduais e federais a senadores, governadores e presidente.

Qual será o impacto da atual crise no capital eleitoral do ‘menino’ DEM? Uma das lideranças do partido, o deputado Rodrigo Maia, tentou lamber as feridas: “o partido fica sem governo, mas com os seus princípios”. Enigmática. Quais seriam esses princípios?

Às vésperas das eleições de 2010 o DEM experimenta um tombo semelhante ao do seu “algoz”, o PT, que soube se refazer após as denúncias do Mensalão, apoiado na máquina central e na popularidade do governo Lula.

Diferenças existem. Os ‘vermelhos’ eram os detentores do poder central. E resistiram. O escândalo dos ‘demos’ é de impacto imprevisível. Nos subterrâneos da política, certeza é que Arruda irrigou os companheiros de partido em diversas campanhas.

Passado o afastamento do governador do DF, agora vem a parte mais dolorosa, pois a Câmara Legislativa analisará pedido de impeachment do ‘hômi’. A essa altura, o carequinha elogiado – e amigo – do governador José Serra (PSDB) e do presidente Lula (PT) talvez não tenha forças para manobrar e evitar a ‘espada’.

Dólar na cueca, dinheiro na meia… Depois do ‘roubolation’, vai começar o ‘rebolation’.

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Do Uol Notícias

Procuradoria acha que Wagner tá 'apressadinho'.

A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) na Bahia pediu a suspensão, por 24 horas, de todo o conteúdo informativo de uma página do microblog Twitter (www.twitter.com/imprensawagner) que divulga as ações do governador Jaques Wagner (PT) por considerar que foi cometida propaganda eleitoral antecipada.

Foi pedido também o pagamento de uma multa que pode variar de R$ 5 mil a R$ 25 mil. A representação foi movida pelo PMDB, partido comandado no Estado pelo ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).

Depois de trabalhar pela eleição do governador, Geddel rompeu com Jaques Wagner e anunciou sua candidatura ao Palácio de Ondina (residência oficial do governo estadual).

De acordo com o partido, na condição de chefe do Executivo, Jaques Wagner mantém uma página no Twitter para divulgar informações sobre sua candidatura à reeleição, além de projetos, programas e obras de sua gestão.

A assessoria de imprensa do governador negou que Wagner tenha perfil pessoal no microblog e alegou que a página mantida por profissionais de imprensa ligados ao gabinete do Palácio de Ondina apenas divulga a agenda de visitas do petista e ações de sua administração.

A assessoria do governador disse também que o PMDB já foi frustrado pela Justiça Eleitoral em uma primeira liminar e que tenta se valer do expediente pela segunda vez.

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Marco Wense

O movimento em defesa do voto regional, tendo como alvo principal o eleitorado do sul da Bahia, especificamente de Itabuna e Ilhéus, é coisa do passado.

Com o intuito de fortalecer a representatividade política da região cacaueira, elegendo deputados federais e estaduais comprometidos com a terra, o movimento foi logo denominado de “Bancada do Cacau”.

O receio de magoar o forte carlismo, nitidamente contrário ao voto regional, fez com que as entidades, clubes de serviços, OAB, CDL, ACI e muitos outros órgãos começassem um processo de boicote contra a “Bancada do Cacau”.

Como não bastasse o então Partido da Frente Liberal (PFL), as agremiações partidárias de esquerda, com destaque para o PCB e PC do B, eram contra o movimento, já que dependiam dos votos de Itabuna e Ilhéus para eleger seus deputados.

O carlismo e os comunistas, com uma parcela significativa de petistas, se uniram para derrubar o voto regional. Os jornais da época até que ensaiaram uma defesa do movimento, mas logo desistiram.

A “Bancada do Cacau” foi marcada por muito cinismo. Lideranças políticas e empresariais davam declarações públicas de apoio. Mas, nos bastidores, na calada da noite, tramavam contra a iniciativa do voto regional.

Hoje, a “Bancada do Cacau” é apenas uma lembrança de um tempo de muito romantismo político, quando se tinha uma verdadeira preocupação com a próxima geração. Tudo desprovido de demagogia e hipocrisia.

Por culpa dos “nossos” parlamentares, que preferem direcionar os recursos provenientes das suas emendas para outras bandas da Bahia, o voto regional sucumbiu para sempre.

ESQUECERAM DE TUDO!

Os tucanos, obviamente do PSDB, cometeram uma injustiça com Paulo Souto, então candidato (reeleição) ao governo da Bahia na eleição de 2006, quando foi derrotado por Jaques Wagner logo no primeiro turno.

O tucanato dizia que Souto e o soutismo eram sinônimos de atraso. Pregava por todos os cantos que a Bahia precisava de uma urgentíssima mudança. Essa mudança era Jaques Wagner (PT).

O ex-prefeito de Salvador e presidente estadual da legenda, Antonio Imbassahy, diz agora que “a Bahia precisa avançar”. De repente, o petista Wagner é o atraso e o democrata Paulo Souto a solução de todos os problemas.

Como a falta de memória é ingrediente inerente ao eleitor brasileiro, os políticos deitam e rolam.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marcos Coimbra

O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina?

Tucanos e petistas, com suas adjacências, passaram boa parte da semana discutindo sobre quem fez mais nos períodos em que governaram. Foi um debate de “alto nível”, não pelo clima em que transcorreu, mas por ter envolvido os notáveis dos partidos, sem deixar de lado a ministra Dilma.

Tudo começou, como sabemos, com o artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado domingo último, intitulado “Sem Medo do Passado”. Nele, o ex-presidente diz que aceita o desafio de comparar seu governo ao de Lula, provavelmente por entender que, na comparação, é ele quem ganha.

Não deixa de ser um gesto de coragem, indispensável a quem exerce um papel de liderança intelectual e política no conjunto das oposições. Com o artigo, FHC mostra que não está disposto a permanecer acuado pela ameaça do plebiscito e que vai enfrentar “o touro a unha”, como se dizia antigamente.

Ou seja, para ele, o embate plebiscitário que Lula propõe começou, sendo seu texto (e as reações que provocou no PT) apenas o primeiro round. É como se dissesse que, se é inevitável que a eleição presidencial deste ano se torne um plebiscito, que seja feito e que comece logo: “Podem vir quentes, que eu estou fervendo!”.

Foi Lula quem inventou essa ideia de eleição plebiscitária. Ainda no final de 2007, ele passou a defendê-la, afirmando que os eleitores deveriam ser convidados a fazer uma escolha na hora de votar: se estivessem de acordo com seu trabalho nos últimos 8 anos, que votassem na candidatura que representa sua continuidade. Quem gostasse dele, que votasse em Dilma.

Até aí, nada demais. É natural que um partido que está no governo tenha um candidato identificado com a continuação (ainda mais quando conta com mais de 80% de aprovação). Já vimos isso mil vezes no plano estadual e municipal, e ninguém acha estranho. Pode ser que o indicado seja uma pessoa conhecida, que já disputou eleições e tem notoriedade. Mas não necessariamente, pois o candidato do governo pode ser até um completo desconhecido. Vem daí a ideia de “poste”, que reaparece com frequência nas situações em que administrações bem-sucedidas são representadas por candidatos sem grande biografia.

Assim, depois de ter ficado oito anos no poder, nada mais compreensível que o PT tenha uma candidata cuja proposta básica é manter as coisas como estão. O fato de Dilma ser pouco conhecida pelo eleitorado é quase irrelevante, como foi no caso de vários outros candidatos com perfil semelhante (a maioria dos quais vitoriosa, é bom lembrar).

O interessante no plebiscito que Lula quer fazer acontece fora do PT. Para começar, ele pressupõe que o vasto condomínio partidário que se representa em seu governo se coligue formalmente em torno da ministra, o que tem como primeira consequência que o tempo de propaganda eleitoral de todos os partidos será somado e oferecido a ela. Hoje, pelo andar da carruagem, falta pouco para isso seja confirmado.

Mas o mais interessante é que o plebiscito não é, propriamente, algo que saiu de sua cabeça. Antes, é sua resposta a algo que ele considerava inevitável, a candidatura de Serra. Foi procurando se adaptar a ela que a estratégia do plebiscito foi elaborada.

Se as oposições estavam prontas a marchar unidas em torno do governador, ex-ministro e candidato sempre apoiado por FHC, o cenário de um plebiscito entre os dois presidentes estava montado. Bastava fazer o mesmo de seu lado, com sua colaboradora como candidata, que o eixo da eleição poderia ser deslocado para uma escolha entre quem foi melhor como presidente, Lula ou Fernando Henrique?

Ao longo da semana, o sistema político se posicionou nos termos do plebiscito desejado por Lula. Todas as oposições tiveram que se pronunciar, defendendo FHC e assumindo a defesa de seu governo. Do lado do presidente, foi com gosto que seus correligionários mostraram sua preferência por Lula.

O plebiscito, de fato, começou. O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina? Será que consegue recuperar sua imagem nos próximos 8 meses, fazendo o que não conseguiu nos últimos 8 anos?

Marcos Coimbra é diretor do Vox Populi (artigo publicado no Correio Braziliense).

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Marco Wense

Borges e Dilma Rousseff.

O senador César Borges, cria política de Antônio Carlos Magalhães (ACM), presidente estadual do PR, quando questionado sobre sua posição diante da sucessão do governador Jaques Wagner, diz que tem “mais afinidade com o DEM, mas…”.

É esse “mas” que preocupa os democratas e, principalmente, o pré-candidato Paulo Souto. O “mas” de Borges pode ter várias interpretações, mas nenhuma delas a favor do soutismo.

Uma das interpretações é que o “mas” se refere a confortável posição de Wagner nas pesquisas de intenção de voto, com a possibilidade de reeleição já no primeiro turno.

Se esse “mas” diz respeito aos resultados das consultas populares, o senador vai buscar sua reeleição na chapa majoritária encabeçada pelo candidato com mais chances de vitória.

César Borges, ex-governador da Bahia, aquele da “água e óleo não se misturam”, fazendo uma alusão ao então PFL e ao PT, se acha, como diz o ditado popular, o “rei da cocada preta”.

DILMA E O PSDB

O tucanato, infantilmente e ingenuamente, entra no jogo do popular e carismático presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista dos petistas. O petista-mor.

É perda de tempo ficar questionando na justiça que o presidente Lula faz campanha antecipada para Dilma Rousseff. Fica parecendo que o PSDB está com medo da ministra (Casa Civil).

Os tucanos erram quando atacam a pré-candidata do PT, chamando a petista de “liderança de silicone”, “ventríloquo” e “Frankenstein”. A impressão, principalmente no eleitorado feminino, é que existe um preconceito contra a figura da mulher na política.

Se os tucanos continuarem com essa política de agressão pessoal, de desqualificar a ministra, a vaca vai para o brejo mais cedo. Depois, a Inês é morta. Não adianta chorar o leite derramado.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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O presidente Lula e a ministra e pré-candidata Dilma Roussef são as estrelas do comercial de 30 anos do PT que está desde o início desta noite no ar em emissoras de televisão. Trata-se de inserções gratuitas asseguradas a todos os partidos. Hoje, houve uma overdose de um filme de 1 minuto, contando as mudanças brasileiras em três décadas de história.

O comercial vai ao ar no momento em que a ministra da Casa Civil mais se aproxima do líder nas pesquisas à presidência da República, José Serra (PSDB), e quando Dilma se torna alvo de uma estratégia do ex-presidente FHC: fuzilar a petista pré-candidata.

FHC saiu do governo em 2002 com baixo índice de aprovação popular e agora sai em defesa do seu capital e, timidamente, de José Serra. Do outro lado, o presidente de maior popularidade da história brasileira aparece ao lado da sua candidata, Dilma Roussef.

“Eu Sou PT, a Dilma é PT, todos nós somos PT. E você?” é a frase-chamamento de Lula. Na verdade, uma apresentação da ministra feita pelo seu maior defensor. E Dilma, na mesma toada: “Venha com a gente, vamos continuar mudando o Brasil”. Quais os reflexos deste comercial comemorativo dos 30 anos do PT? Só as novas pesquisas dirão.

Confira o vídeo, abaixo.

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O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu não acatar o pedido feito pelo PMDB da Bahia, que denunciou como propaganda eleitoral antecipada os cartões de boas-festas enviados aos baianos, com as assinaturas do governador Jaques Wagner e da primeira-dama, Fátima Mendonça.

Com isso, o partido de Geddel perde mais uma batalha na guerra que deve esquentar os tribunais até a eleição.

Nas hostes governistas, há quem diga que Geddel está atuando como uma espécie de linha auxiliar do DEM e do PSDB, a quem tem feito seguidos afagos, embora ocupe o cargo de ministro de Lula e, portanto, integra (ou deveria integrar) a base aliada.

Isso nem é mais fogo amigo. É fogo inimigo mesmo!

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– NEWTON SE REUNIU COM GEDDEL APÓS FECHAR COM WAGNER

– ENCONTRO OCORREU NA SEDE DO PMDB, HOJE

Newton tem encontro secreto com Geddel.

O prefeito Newton Lima (PSB), de Ilhéus, viajou a Salvador e teve encontro a portas fechadas com o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, na manhã desta segunda-feira.

O encontro ocorreu na sede do PMDB, no Costa Azul. Newton foi pontual. Chegou minutos antes da hora marcada: 8h30min. Levou a tiracolo o secretário de Serviços Urbanos, Carlinhos Freitas, que é presidente do PTB ilheense.

O prefeito quer que Geddel tire da cartola uma grande obra para a Terra de Gabriela. Segundo uma fonte peemedebista, o prefeito de Ilhéus apresentou o pedido e entoou bela música aos ouvidos do ministro: fez críticas nem tão leves ao governador Jaques Wagner.

Para o prefeito, o petista não teria correspondido ao apoio eleitoral anunciado na primeira semana de janeiro, dias após o “surto da caneta”. Até agora, teria relatado, o máximo que o governador garantiu à sua gestão foram uns trocados para a realização do carnaval e umas atrações “diretas do túnel do tempo”.

O encontro foi considerado bom, segundo a fonte. É possível que Newton volte atrás na sua decisão de apoiar Wagner. Mais ainda: não levou adiante o plano de devolver o diretório do PTB de Ilhéus a Geddel. Como se sabe, o partido saiu da base governista e fechou com o ministro da Integração Nacional, que é pré-candidato a governador.

Caso decida por apoiar Geddel, Newton terá de resolver um problema no Palácio Paranaguá: dois dos principais cargos do seu governo foram preenchidos, mês passado, por indicados do PT, partido de Wagner. São eles os de secretário de Saúde (Antônio Rabat) e Planejamento (Alisson Mendonça).

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Azevedo, do DEM, pode confirmar nos próximos dias o apoio a Wagner, do PT

Informações colhidas pelo Pimenta dão conta de que o apoio do prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM), é visto com bons olhos pelo governador Jaques Wagner, mas não é encarado com muita simpatia pelo deputado federal Geraldo Simões (PT).

Neste sábado (06), Azevedo confirmou que vai pedir votos para eleger Luiz Argôlo (PP) para deputado federal. Hoje integrante da base de Wagner na Assembleia Legislativa, Argôlo tentará um mandato em Brasília, inclusive compondo a mesma coligação proporcional do PT.

Para muitos, a união entre Azevedo e Argôlo é meio caminho andado em direção ao governador. E o próprio prefeito já declarou que ficará com Wagner, caso este cumpra alguns compromissos com Itabuna. Entre eles, a construção da barragem no Rio Colônia e a duplicação de um trecho da BR-415 (rodovia federal estadualizada), entre os bairros de Nova Itabuna e Ferradas.

Fonte ligada ao governo estadual afirma que Wagner estaria disposto a realizar as duas obras e ainda teria mais um pacote de ações para anunciar em benefício de Itabuna, que neste ano chega ao centenário.

Na semana passada, Azevedo e mais alguns secretários municipais reuniram-se com o titular da Secretaria do Planejamento da Bahia, Walter Pinheiro. Oficialmente, conversaram sobre um projeto de R$ 4 milhões para revitalizar o Centro Comercial de Itabuna. Extraoficialmente, o assunto foi o embarque do prefeito na nau governista.

“O prego está batido, só falta virar a ponta”, resume a fonte ouvida pelo Pimenta. “E a fidelidade partidária?”, pergunta este blogueiro. Resposta: “essa é uma questão que por enquanto só atingiu mandatos legislativos, onde muitas vezes o cidadão é eleito com os votos do partido, o que não ocorre nos cargos majoritários e, portanto, isso ainda depende de uma avaliação maior”.

Quem estaria preocupado com o enlace político é o deputado federal Geraldo Simões.  Neste sábado, ele compareceu à Feijoada do Tarik, onde também estavam Azevedo, Argôlo e o ex-secretário de Assuntos Governamentais e Comunicação de Itabuna, Josias Miguel. GS chegou com um grupo grande e sentou-se ao lado do diretor-presidente da Sudic, Nilton Cruz. Pouco circulou pela área da festa.

PERDA DE ESPAÇO

A preocupação do petista seria com a perda de espaço junto ao poder estadual. Segundo a fonte do Pimenta, há oito meses foi feita uma pesquisa de opinião em todo o Estado e a região na qual o governador apresentava um de seus piores desempenhos era o sul da Bahia. Há três meses, esse quadro mudou significativamente, muito em funç%