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Jerberson Josué

 

O tempo dirá se Lula triunfará diante das tentativas de seus opositores de tentar mudar o Código Penal brasileiro para usar politicamente, ou se a direita se recuperando abate novamente a maior liderança popular política do mundo.

 

 

Após a saída do ex-presidente Lula da prisão, o cenário político brasileiro muda completamente. Primeiro, o governo Bolsonaro agora tem um adversário com vasta experiência em fazer oposição e com uma militância aguerrida para fazer repercutir suas vontades e estratégias políticas.

Já no primeiro discurso, Lula mostrou um pequeno arsenal em forma de oratória e críticas aos atos do governo e de parte da imprensa. Só em anunciar que iria rodar o Brasil, já deixou a esquerda – e em especial o PT – eufórica. E a direita, o governo e quem o odeia, em estado de apreensão. Sentiram o golpe ao correrem ao Congresso na tentativa de tirar da gaveta velhos projetos que tentam mudar o Código Penal e até a Constituição, essa última menos provável.

Parte da imprensa tentar construir uma narrativa que jogue a sociedade contra o Congresso tentando pressioná-los a aceitar uma mudança rápida. O motivo é puramente político e nada tem a ver com corrupção ou justiça.

Os opositores de Lula sabem que o poder de convencimento e sedução do ex-presidente Lula é eficiente e encontra terreno fértil diante de argumentos sobre suas ações e situação que pegou e deixou o país ao sair da presidência após 8 anos de governo com 90% de aprovação e tantos êxitos na economia e em projetos de transferência de rede.

Lula, de forma assertiva, inicia pelo Nordeste sua caravana. E já pela Bahia, onde tem maiores níveis de aprovação e onde o PT governa há 13 anos e com exitoso projeto com eleições e reeleições de Wagner e Rui. O último com 75% dos votos válidos na disputa. A avaliação do governador Rui Costa bate a casa dos 80%. O agora senador Wagner, teve a maior votação da história de um senador no norte Nordeste brasileiro. Ou seja, o time de Lula na Bahia é implacável com os adversários nas disputas estaduais. Até aqui.

Lula chega na Bahia com um clima positivo e enche de força sua militância, a esquerda e o PT. As suas andanças podem fortalecer projetos eleitorais da esquerda e do PT, onde quer que ele passe, já para a eleição de prefeito em 2020.

Em Ilhéus e Itabuna, um caso aparte. Uma relação pessoal do ex-prefeito Geraldo Simões, que sonha em voltar a dirigir o município grapiúna, com o ex-presidente pode ser fundamental na garantia de boa disputa. Em Ilhéus, o empresário Nilton Cruz é o pré-candidato do PT na eleição a prefeito em 2020. E também tem laços íntimos com Lula e a cúpula nacional do partido.

Em Salvador, os petistas também já se movimentam no intuito de ter uma candidatura na cidade onde Lula é altamente popular e seria uma cabo eleitoral fantástico. Em centenas de cidades do Brasil, a esquerda e o PT podem virar o jogo diante da derrota no pleito nacional de 2018 e eleger prefeitos nas principais cidades do Brasil, em especial no Norte e no Nordeste.

Voltando ao Lula, um incrível poder de aglutinação em torno de sua figura causa frio na barriga dos adversários e arrasta multidões apaixonadas em sua volta. Para 2022 ainda é cedo para se cogitar algo. Mas, para as eleições de prefeitos e na reorganização das oposições, é um fato consumado dizer que Lula mudou TUDO.

O tempo dirá se Lula triunfará diante das tentativas de seus opositores de tentar mudar o Código Penal brasileiro para usar politicamente, ou se a direita se recuperando abate novamente a maior liderança popular política do mundo.

Importante ficar atento aos resultados da economia. Isso será fundamental para qualquer projeção de qualquer grupo político. Lulismo e antilulismo terão reflexos nos resultados da economia. Conta contra o governo Bolsonaro as peripécias da Família Bolsonaro. Lula livre traz, inegavelmente, uma influência na política brasileira.

Jerberson Josué se define como um estudante na escola da vida.

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Jerberson Josué

 

 

Os petistas propõem para as eleições de 2022 uma chapa com Wagner governador, tendo um pepista como vice e Otto assegurado na chapa para reeleição ao Senado Federal.

 

O senador Jaques Wagner é, reconhecidamente, incansável em suas movimentações políticas e este fato resultou na convergência de um arco de alianças entre correntes internas do PT, que acabou elegendo um aliado seu para o comando do partido no estado, Eden Valadares, embora o grupo do deputado federal licenciado, Josias Gomes, seja mais sólido e detenha prerrogativas para debates e decisões da Executiva do partido.

O placar ficou 14 a 12 pra o ampliado grupo de Wagner, na Executiva Estadual do PT. Quase que simultaneamente, um movimento assertivo foi feito e o nome do ex-governador Wagner virou quase que unanimidade na base e um trunfo internamente no PT. Foi praticamente alijada qualquer possibilidade de convergência à candidatura majoritária do senador Otto Alencar (PSD), para unificação do situacionismo na sucessão de Rui Costa.

Até o deputado federal Otto filho (PSD) considera impertinente o alinhamento do PSD ao grupo da oposição, tendo em vista os laços do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

Os petistas propõem para as eleições de 2022 uma chapa com Wagner governador, tendo um pepista como vice e Otto assegurado na chapa para reeleição ao Senado Federal. Para os aliados do PSB e PC do B, os esforços sinalizariam para viabilizar-se a eleição de um maior número de seus representantes para o Congresso Nacional e Assembleia Legislativa da Bahia.

Este processo eleitoral tem sido, meticulosamente, bem articulado e capitaneado pelo habilidoso Jaques Wagner. Sua desenvoltura assegura favoritismo para a permanência do petismo no comando de mais quatro anos de governo estadual na Bahia e tem merecido reconhecimento, até de adversários políticos, e este é o caso do senador Flávio Bolsonaro, que vê em Wagner um dos mais inteligentes políticos do país.

Jerberson Josué se define como um estudante na escola da vida.

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Ex-presidente deverá participar de evento do PT em Salvador

Libertado depois de 580 dias preso em uma sala na PF de Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve desembarcar em Salvador na próxima semana para a reunião da Executiva Nacional do PT, marcada para quinta-feira que vem. A informação foi antecipada na tarde de ontem à Coluna Satélite por parlamentares e líderes do partido.

De acordo com as fontes, a vinda de Lula estava fora do roteiro, já que o encontro havia sido agendado há oito dias, antes que o Supremo derrubasse a prisão de condenados em segunda instância. Agora, afirmam, a presença do petista é dada como certa. Logo após a Justiça determinar a soltura do ex-presidente, a cúpula do PT começou a articular a participação dele no evento.

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Na foto com Wagner, Miralva Moitinho ainda acredita em acordo na disputa em Itabuna

Vencedora do primeiro turno da eleição à presidência do diretório do PT de Itabuna, a professora Miralva Moitinho disse ter esperança de unidade no Processo de Eleições Diretas (PED) do PT no município. “Trabalharemos até o último momento [sábado (21), véspera do pleito] para que esta unidade aconteça, respeitando as diferenças e reconhecendo o que nos une, a exemplo de bandeiras como o Lula Livre é a defesa dos direitos sociais”, disse ela ao PIMENTA. A candidata venceu o primeiro turno com 514 votos ante 437 de Jackson e 106 de Valdir Mesquita.

Miralva e o deputado estadual Rosemberg Pinto defenderam acordo com a chapa do segundo colocado, Jackson Moreira, o que evitaria um novo bate-chapa. O acordo passaria por alternância de poder no período do mandato, no qual Miralva presidiria o partido na primeira metade do mandato e Jackson ficaria à frente do diretório na metade final.

– Entendemos que todos estão trabalhando em busca de apoio dos filiados, mas nós acreditamos nessa unidade pelo fortalecimento do PT de Itabuna e das nossas bandeiras, e, também, tendo em vista as eleições de 2020 – afirmou Miralva, que representa, na disputa, diferentes correntes do partido e deputados como Rosemberg Pinto, Osni, Joseildo Ramos, Maria Del Carmem e Afonso Florence e o senador e ex-governador Jaques Wagner.

Miralva enfatizou que a proposta de unidade surgiu do terceiro colocado na disputa, Valdir Mesquita, e aceita por ela antes que se soubesse o resultado do pleito no primeiro turno, no último dia 8 de setembro. A candidata disse que o grupo de Jackson, liderado pelo ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões, rejeitou a proposta de unidade, mesmo havendo predisposição do cabeça da chapa em aceitar. Assim, o grupo de Jackson optou por manter a disputa eleitoral.

Mas, na visão de Miralva, ainda há esperança de que a outra chapa volte atrás, porque, segundo ela, seria um importante passo para o fortalecimento do partido em nível local. Ainda, para a candidata, também seria a demonstração do amadurecimento das lideranças na cidade, além de passar uma mensagem para os partidos da base do governo Rui Costa sobre a necessidade de abrir mão de vaidades em prol da unidade.

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Marco Wense

 

A relação política de Gleisi Hoffmann com Fernando Haddad é cordial diante dos holofotes. Ambos fazem questão de mostrar um bom relacionamento. Em conversas reservadas, no entanto, não é bem assim.

 

As eleições internas do Partido dos Trabalhadores, que acontece nos dias 22, 23 e 24 de novembro, para o comando nacional da legenda, será tranquila no olhar do público e agitada nos bastidores.

Tranquila porque vai passar a impressão que tudo ocorreu de maneira consensual, com as várias correntes chegando a um acordo. Agitada porque existe uma acirrada disputa entre os que querem a permanência de Gleisi Hoffmann na frente do partido e os defensores do nome do ex-presidenciável Fernando Haddad.

A corrente Construindo Um Novo Brasil (CNB), majoritária no petismo, está dividida entre renovar e continuar com Hoffmann, que ainda não desistiu de ser a candidata ao Palácio do Planalto na sucessão de 2022, já que a inelegibilidade de Lula vai durar um bom tempo.

No frigir dos ovos, o controle da direção nacional do PT vai ficar com quem o ex-presidente Lula quiser. E Lula quer Gleisi. Portanto, ponto final. A deputada vai continuar no comando da legenda. O resto é oba-oba. Puro teatro.

A tal da renovação vai ficar para depois, quando Lula achar conveniente. É melhor um “pássaro” na mão, que é a Gleisi, sua porta-voz desde que foi preso, em 7 de abril de 2018, do que dois voando, Fernando Haddad, o “poste” da eleição que elegeu Jair Messias Bolsonaro, e o governador da Bahia Rui Costa. Ambos também companheiros, mas não tanto confiáveis como Hoffmann.

Por dois motivos a deputada federal do Paraná permanecerá no posto. O primeiro, é que ninguém vai peitar a inconteste liderança de Lula. O outro é de puro companheirismo. Seria imperdoável Lula preso e ainda derrotado no processo eleitoral do partido. O movimento pró-Haddad tende a enfraquecer em decorrência desses dois fatos.

O presidente do PT da Bahia, Everaldo Anunciação, já sinalizou sua posição: “Lula tem uma afinidade com Gleisi, que tem cumprido um papel importante no PT, em uma conjuntura muito difícil”. Obviamente, a “conjuntura difícil” que se refere Anunciação diz respeito a dois pontos: a prisão do líder maior e o enraizado antipetismo.

A relação política de Gleisi Hoffmann com Fernando Haddad é cordial diante dos holofotes. Ambos fazem questão de mostrar um bom relacionamento. Em conversas reservadas, no entanto, não é bem assim. Vale lembrar que a parlamentar fez de tudo para impedir a candidatura do ex-prefeito de São Paulo na sucessão de Michel Temer. Gleisi queria ser a candidata do PT.

A torcida, digamos, “gleisiniana” pode ter um invejável reforço: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a decisão do STJ de diminuir sua pena, poderá ser solto em setembro. De fora da prisão, a campanha para Gleisi será mais intensa, inclusive convencendo os adversários a desistir de enfrentá-la. Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Otto fala de relação com Rui e diz que Augusto será candidato a prefeito

O senador e presidente do PSD da Bahia, Otto Alencar, disse que o ex-deputado Augusto Castro será o candidato do partido à Prefeitura de Itabuna em 2020, independente do aval ou não do governador Rui Costa. “Ele será candidato pelo PSD e poderá ou não formar aliança com partidos [da base] do governo”, afirmou ao PIMENTA.

Otto Alencar ainda elogiou a postura política do de Augusto, recém-filiado ao PSD e novo aliado do governador Rui Costa. E reforçou que a audiência de Augusto com Rui Costa (entenda clicando aqui) depende apenas de um pedido do ex-deputado:

– Ele sempre está em contato comigo, mas nunca me falou para pedir audiência ao governador. Augusto tem muita personalidade, altivez, caráter. Veio para somar no PSD e sua candidatura [a prefeito de Itabuna] independe de aval ou apoio do governador – disse.

O senador baiano e presidente estadual do PSD diz, ainda, que, pela lógica político-partidária, o governador Rui Costa deverá adotar a neutralidade na eleição a prefeito de Itabuna em 2020. “Até porque, outros partidos aliados terão candidatos em Itabuna”, reforçou.

RELAÇÃO ESTREMECIDA COM RUI E O PT?

Otto também disse que a relação do PSD com o PT baiano e com o governador não foi abalada pelas críticas que ele fez à postura de PT, PCdoB e PSB na votação da reforma da Previdência em Brasília. “Nunca teve o menor estremecimento. Viajei com Rui duas vezes depois das minhas posições, que são sintonizadas com as dele”, disse ao ser questionado pelo PIMENTA. O PSD baiano na Câmara dos Deputados votou em bloco a favor da reforma, criticada pelo PT.

Ainda segundo Otto, a relação com Rui não poderia ser afetada por causa da reforma da Previdência. E explica: “Foi ele [Rui Costa] que nos colocou a pauta federativa. Por isso, defendemos junto ao Davi [Alcolumbre, presidente do Senado] e ao Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados]”, completou.

A pauta federativa elenca sete propostas/condicionantes do PSD para apoiar a reforma, dentre as quais o fim da Lei Kandir, aprovação do Projeto de Lei 459/2017, que trata da securitização da dívida ativa de estados, Distrito Federal e municípios. “Essa pauta que ajuda a Bahia e os municípios baianos e brasileiros. O resto é intriga, lorota. Aliás, [é] o que faz o molho da política”.

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Marco Wense

 

Esse confronto Otto versus PT já era esperado. Até as freiras do convento das Carmelitas sabiam que, mais cedo ou mais tarde, o pega-pega seria inevitável.

 

Davidson Magalhães, presidente do PCdoB da Bahia, foi mais um da base aliada do governo estadual a criticar a declaração do senador Otto Alencar, que chamou de “incoerentes” os parlamentares que votaram contra a reforma Previdenciária.

Davidson, que é também secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, achou “injusta” a opinião do senador, que é presidente estadual do PSD e pré-candidato a governador na sucessão de 2022.

Otto condenou o fato de votarem a favor da mudança no sistema de aposentadoria do Estado e ser contra a reforma bolsonariana. O comunista rebateu dizendo que “as propostas do governo Bolsonaro e da gestão de Rui Costa são coisas completamente diferentes”.

Otto peitou o “Grupo dos 13”, formado por deputados federais do PT, PCdoB, PSB, PDT e PP. Todos com cargos no primeiro escalão do governo Rui Costa.

A firmeza do senador, cada vez mais se distanciando do petismo, foi elogiada pelos presidentes Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia e ACM Neto, respectivamente da República, Câmara dos Deputados e DEM nacional.

De todo esse bafafá, ficou a forte impressão que Otto Alencar não iria girar sua metralhadora para 13 deputados da base sem saber qual seria a reação do governador Rui Costa. Não iria comprar uma briga com legendas aliadas para contrariar o chefe do Palácio de Ondina.

Nos bastidores, longe dos holofotes e do povão de Deus, o que se comenta é que Rui sabia que Otto iria criticar o “Grupo dos 13”.

A atitude de Otto é encarada como mais um passo para se distanciar do PT, que já decidiu que não abre mão de candidatura própria no pleito de 2022 para o governo do Estado.

Esse confronto Otto versus PT já era esperado. Até as freiras do convento das Carmelitas sabiam que, mais cedo ou mais tarde, o pega-pega seria inevitável.

PS – A segunda etapa do modesto Editorial do Wense vai até o número 200. Somados com os 300, um total de 500. Não vai ser fácil. Depois, quem sabe, um livro.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina apoiaria a ousada pretensão de Fernando Gomes, fazendo dele o candidato da base aliada? Como ficaria o PT de Geraldo Simões? Para pirraçar o geraldismo, alguns fernandistas ficam dizendo que Geraldo seria um bom vice.

 

A possibilidade do prefeito Fernando Gomes disputar o sexto mandato já é assunto do dia a dia no staff fernandista, que tem na linha de frente Maria Alice, secretaria de Governo e fiel escudeira do alcaide.

A opinião de que Fernando buscaria a reeleição era tratada com desdém pela maioria dos correligionários mais próximos do gestor. Agora, já divide o grupo. Tem gente até apostando que sua candidatura é favas contadas. Os mais otimistas falam até na quebra do tabu do segundo mandato consecutivo. Vale lembrar que o surpreendente eleitorado de Itabuna nunca reconduziu ao cargo um chefe do Executivo.

É evidente que a candidatura de Fernando provoca uma mudança radical no processo sucessório. Todas as análises políticas terão que ser revistas. O cenário muda completamente, da água para o vinho, como diz a sabedoria popular.

Quais seriam os três principais questionamentos em relação a esse novo ingrediente na sucessão do cobiçado centro administrativo Firmino Alves? O primeiro diz respeito ao governador Rui Costa. O segundo, ao médico Antônio Mangabeira. O terceiro, ao Capitão Azevedo.

O morador mais ilustre do Palácio de Ondina apoiaria a ousada pretensão de Fernando Gomes, fazendo dele o candidato da base aliada? Como ficaria o PT de Geraldo Simões? Para pirraçar o geraldismo, alguns fernandistas ficam dizendo que Geraldo seria um bom vice.

E Mangabeira, prefeiturável do PDT? Dentro da legenda, mais especificamente entre os integrantes do diretório, a opinião de que a candidatura de FG é bem vinda prevalece. A eleição ficaria polarizada entre o pedetista, que é quem representa verdadeiramente o antifernandismo, e o alcaide.

Ora, quando digo que Mangabeira é quem encarna o antifernandismo, é porque só o PDT faz oposição ao governo municipal. As outras legendas estão omissas, ou por serem aliadas do governador Rui Costa, hoje companheiro de Fernando, ou por interesses outros. Alguém já viu um posicionamento do PCdoB de Davidson Magalhães e do PSB de Renato Costa em relação a gestão Fernando Gomes?

Quanto a Azevedo, não se tem nenhuma dúvida de que seria o mais prejudicado. O eleitorado do militar é quase o mesmo de Fernando. O populismo ficaria rachado. Não há espaço para dois “fernandos”.

Outro detalhe é que a cada vez mais constante aproximação de Azevedo com Fernando vai minando sua candidatura pelo DEM de ACM Neto. O prefeito soteropolitano caminha a passos largos para apoiar Mangabeira. ACM Neto, presidente nacional do Democratas, não quer saber de Fernando Gomes e vice-versa.

O maior problema de Azevedo, que foi meu colega no curso de direito na então Fespi, hoje UESC, é sua instabilidade política. Tem que decidir se quer a liderança de Fernando ou Neto. Agradar aos dois simultaneamente é impossível. Termina desagradando e perdendo a confiança de ambos.

O “foram me chamar” será substituído pelo “já estou aqui”. Fernando Gomes, em que pese uma acentuada rejeição, é um candidato que preocupa. É quem mais sabe onde as cobras dormem.

O voto do antifernandismo pode ser um importante “cabo eleitoral” para Mangabeira, principalmente se no decorrer da campanha o cidadão-eleitor-contribuinte perceber que o postulante do PDT é a melhor opção para evitar a sexto mandato de Fernando Gomes.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Everaldo faz críticas a Dallagnol, que atuou contra Wagner

O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, qualificou como ‘coisa de moleque’ a atitude do procurador do MPF, Deltan Dallagnol, trazida nas revelações, deste sábado (29), pelo site The Intercept Brasil na coluna de Mônica Bergamo da Folha de São Paulo. Nas conversas, o integrante da Operação Lava Jato atua para fazer, “por questão simbólica”, busca e apreensão contra o senador Jaques Wagner antes de sua posse no Senado.

“Os diálogos desse procurador Dallagnol mostram a desfaçatez de um capacho a serviço da eleição de Bolsonaro. Moro já havia negociado seu prêmio, o Ministério da Justiça, ele certamente estaria buscando seu lugar ao sol nessa aliança lesa-pátria”, afirmou Everaldo, defendendo a imediata expulsão do procurador.

Para o dirigente, Dallagnol locupletou-se do cargo para perseguir, de forma dissimulada e em conluio com o juiz e o TRF-4. “Para eles, não bastava a prisão de Lula. Tinham que impedir o avanço de qualquer símbolo da resistência, nesse caso o senador Wagner, que representa a experiência exitosa na Bahia de políticas públicas voltadas para o social”, destacou.

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Flávio Barreto diz que buscará a unidade do PT

O Partido dos Trabalhadores (PT) buscará um nome de consenso para a direção do partido nas eleições internas que ocorrerão no segundo semestre deste ano, segundo o presidente do diretório itabunense, Flávio Barreto. O nome deverá ser escolhido para as eleições até o final de julho, de acordo com ele. Flávio trabalhará para que não haja bate-chapa.

Também conhecido como Flávio da Comonte, o dirigente disse que, assim como o presidente estadual, Everaldo Anunciação, não poderá concorrer a um novo mandato. Isso, porque o partido não permite mais de uma reeleição dos seus dirigentes.

Mais cedo, o site publicou nota afirmando que uma ala do PT local, puxada pelo filiado Manoel Porfírio, defenderá o nome da professora Miralva Moitinho para o comando do partido (relembre aqui).

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Porfírio vai trabalhar nome de Miralva ao comando do PT itabunense

O assessor parlamentar Manoel Porfírio arregimentou nomes para filiação no PT de Itabuna. O movimento dele não foi à toa. Assessor dos deputados Osni (estadual) e Joseildo (federal), Porfírio está disposto a fortalecer grupo que rivalize com a ala geraldista do diretório local.

O nome que o assessor trabalha para levar à presidência do partido no município é o da professora Miralva Moitinho, que já presidiu o diretório quando era do grupo do ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões.

Do outro lado da contenda, Flávio Barreto, que deve disputar a reeleição. As eleições no PT ocorrerão no segundo semestre deste ano, quando serão definidos os dirigentes para os diretórios municipais, estaduais e nacional.

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Ioná teve registro negado e foi cassada pelo TSE, ontem à noite || Foto Divulgação

Cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ontem à noite, a prefeita Ioná Queiroz emitiu uma carta, há pouco, na qual afirma que está apta e sem qualquer impedimento para a disputa eleitoral. Sinaliza que, ao menos, disputará o pleito de 2020.

Ioná vai aguardar a publicação do acórdão do tribunal e ainda poderá recorrer da decisão. Caso não possa concorrer na eleição suplementar, a aposta é que ela deverá indicar para a disputa o irmão, Iomar Queiroz (Mamaco), também do PT.

Na decisão de ontem (4), o TSE determinou nova eleição em Camamu ainda neste ano. O presidente da Câmara deverá comandar a prefeitura até a realização do pleito suplementar e posse do eleito.

– [Com a decisão do TSE] Pelo menos uma coisa boa aconteceu. O processo de 2008 se findou e eu agora não carrego mais ele, estou livre, apta, sem qualquer impedimento – escreve a prefeita cassada de Camamu, no sul da Bahia.

Ainda na carta, a prefeita agradece a votação obtida em 2016 diz que continuará servindo Camamu. “A luta continua!”.

No “leia mais”, confira a carta da prefeita que teve o registro negado e foi cassada pelo TSE.Leia Mais

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Marco Wense

 

 

Como o governador petista Rui Costa é aliado do alcaide Fernando Gomes, os partidos da base de sustentação política ficam com receio de magoar o chefe do Palácio de Ondina. Alguns até temem um puxão de orelha.

 

Das legendas que integram a base aliada do governador Rui Costa, só o PDT, sob o comando do médico Antônio Mangabeira, faz oposição declarada ao governo Fernando Gomes, ainda sem partido depois que rompeu com ACM Neto (DEM).

PCdoB de Davidson Magalhães, PSB de Renato Costa, PR, PP, PSD e outras legendas de menor expressão, estão silenciosas em relação a gestão municipal. Os senhores dirigentes fogem da crítica como o diabo da cruz.

Como o PCdoB tem seu representante na Câmara de Vereadores, o edil Jairo Araújo, que faz oposição ao governismo municipal, termina amenizando o cruzar dos braços e a inércia do comunismo tupiniquim.

O PSB fica sem saber o que fazer, já que tem figuras importantes do partido no primeiro escalão do governo estadual, hoje aliado de Fernando Gomes, que em priscas eras era um ferrenho inimigo do petismo.

Mais cedo ou mais tarde, o eleitorado vai querer saber qual é a posição dos comunistas e socialistas no tocante ao governo FG. O limite para o atucanismo, obviamente ao modo PSDB, tem um prazo. Ou seja, não se consegue ficar em cima do muro por muito tempo.

Essa indefinição, que atinge quase todas as agremiações partidárias de Itabuna, é que faz Mangabeira crescer nas pesquisas de intenções de voto, ficando em uma situação confortável em relação ao segundo colocado.

Queiram ou não, o PDT é, pelo menos até agora, o único partido de oposição escancarada ao governo Fernando Gomes, sem fazer arrodeios e sem adotar a política do assopra pelo dia e morde pela noite.

Como o governador petista Rui Costa é aliado do alcaide Fernando Gomes, os partidos da base de sustentação política ficam com receio de magoar o chefe do Palácio de Ondina. Alguns até temem um puxão de orelha.

O prefeiturável Antônio Mangabeira, que em duas eleições – prefeito e deputado federal – obteve 20 mil votos em Itabuna, com essa escassez de oposição a FG, só faz ficar cada vez mais favorito na sucessão de 2020.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense

 

O pega-pega entre Wagner e o atual comando do PT vem de priscas eras, quando o senador não conseguiu eleger o deputado federal Valdenor Pereira para o cobiçado cargo de presidente do PT da Bahia.

 

A disputa pelo comando estadual do Partido dos Trabalhadores pode provocar um acirramento entre Jaques Wagner e a atual cúpula da legenda, sob a batuta de Everaldo Anunciação.

O ex-governador, hoje senador da República, apoia a candidatura de Eden Valadares, seu ex-assessor e pessoa de sua inteira confiança.

O problema é que Anunciação, que já foi vereador em Itabuna e geraldista de carteirinha, se juntou com Josias Gomes, secretário de Desenvolvimento Rural, para enfraquecer a postulação de Valadares.

Wagner nunca teve um bom relacionamento político com Josias, cujo sonho é ser prefeito de Itabuna. O que se comenta nos bastidores do Palácio de Ondina é que o governador Rui Costa estaria dando corda a Everaldo e a Josias.

Wagner pretende ter uma conversa com Rui. Quer saber quais os motivos que estão provocando essa recusa em relação a Valadares, principalmente por parte da executiva da legenda.

Vale lembrar que o pega-pega entre Wagner e o atual comando do PT vem de priscas eras, quando o senador não conseguiu eleger o deputado federal Valdenor Pereira para o cobiçado cargo de presidente do PT da Bahia.

É óbvio que a causa de Josias e Everaldo serem contra a Valadares na direção-mor do partido salta aos olhos. Até as freiras do convento das Carmelitas sabem que é continuar dando às cartas no PT.

Mas o que intriga os correligionários mais próximos de Wagner, é Rui Costa. Ou seja, por que o governador não quer Eden Valadares no comando da legenda?

O chefe do Executivo ficaria do lado de Josias e Everaldo em detrimento do criador político, aquele que lutou contra tudo e todos para lançá-lo candidato a governador?

Seria muita ingratidão. Confesso que não acredito na possibilidade de um Wagner versus Rui nessa disputa pelo controle do partido.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marcelo Nilo: lealdade canina não retribuída

Ganhou repercussão em Salvador e no interior do Estado as declarações de Marcelo Nilo (PSB-BA), deputado federal e ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), em entrevista à Rádio Metrópole, de Salvador. Nilo se mostrou arrependido pelo que chama de “lealdade canina” ao então governador Jaques Wagner e a Rui Costa quando ainda estava no comando da Alba.

– Na Assembleia, o projeto chegava em dois minutos e já estávamos votando. Lá eu conhecia. Apesar de ser presidente e ter o apoio da oposição, eu era de uma lealdade canina aos governadores Jaques Wagner e Rui Costa. Uma coisa que hoje me arrependi. Minha lealdade canina não foi retribuída.

O queixume aumenta quando se refere ao governador Rui Costa, agora no segundo mandato:

– O governador Wagner só me apoiou uma vez. Minha lealdade, quando saí, fui tratado como deputado do baixo clero. Passei oito meses sem uma audiência com o governador Rui Costa. Passei quatro horas para ser recebido pelo governador Rui Costa e não fui recebido. O governador não me ajudou em nada. Fui eleito pelo povo da Bahia. Não tenho nenhuma intimidade. Só vou no palácio quando vou com outros deputados”, disse o deputado.