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luizconceiçãoLuiz Conceição

 

Na época, 1993, descobriu-se que uma holding formada por 12 construtoras, comandada pela Odebrecht, garantia a divisão equitativa das obras realizadas com recursos do Orçamento entre as empreiteiras.

 

Perdão Antonio Carlos Belchior, mas parte de sua poesia Como nossos pais, estrondoso sucesso na voz da inesquecível Elis Regina e majestoso arranjo de César Camargo Mariano, em 1976, está agora muito mais que real. Pelo menos, para aqueles que mergulham na rede mundial de computadores, a bordo de quaisquer buscadores, na tentativa de compreender a atual narrativa daquilo que enodoa o país.

A mídia, principalmente a televisiva, teima em mascarar a realidade. Mas, de um passado não muito distante, emergem cenas perversas, que a todos os brasileiros faz sofrer, com tungadas às claras e às escuras no seu bolso, capitaneadas pelos mesmos corruptores. Por isso, “nossos ídolos, ainda são os mesmos. E as aparências, não enganam não. Você diz que depois deles, não apareceu mais ninguém…”, cantou sua poesia.

Mas, com a Lava Jato, algo deve mudar…

Isto, apesar de, há 24 anos, a corrupção envolvendo empreiteiras ter sido motivo de debates na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Orçamento, no Congresso Nacional, como evidencia capa do Jornal do Brasil, de 2 de dezembro de 1993! Na época, descobriu-se que uma holding formada por 12 construtoras, comandada pela Odebrecht, garantia a divisão equitativa das obras realizadas com recursos do Orçamento entre as empreiteiras.

As licitações eram fraudadas ou acertadas previamente, com a vencedora repassando 36% do valor da obra à holding. Entre as empresas participantes do esquema, estavam algumas das mesmas empreiteiras, cujo envolvimento na festejada Operação Lava Jato é de conhecimento de todos: OAS, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e a própria Odebrecht.

Portanto, é também o caso de lembrar-se da genial frase do príncipe de Falconeri, no romance Il Gattopardo (O Leopardo, em italiano), obra literária de Giuseppe Tomasi di Lampedusa (Palermo, 1896 — Roma, 1957): “Algo deve mudar para que tudo continue como está”.

Luiz Conceição é jornalista.

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Obra da nova ponte terá outra licitação, após desistência.
Obra da nova ponte terá outra licitação, após desistência.

A Queiroz Galvão, segunda colocada na licitação da nova ponte do Pontal, em Ilhéus, não vai assumir a obra, abandonada pela UTC/Constran há quase um ano. Uma nova concorrência será feita.

A empresa vencedora do certame, a Constran, do empreiteiro Ricardo Pessoa, chegou a iniciar a construção, mas a empresa foi afundada na Operação Lava-Jato. A Queiroz Galvão, segunda colocada na licitação, não aceitou dar continuidade à obra.

Executivos da empreiteira teriam declarado, segundo o prefeito Jabes Ribeiro, que não há condições de assumir a obra. Segundo Jabes,  o governador Rui Costa já jogou a toalha e vai dar início aos estudos para uma nova licitação.

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A primeira varredura da Operação Lava Jato para bloquear fortunas atribuídas aos executivos das principais empreiteiras do País localizou R$ 4,60 em uma conta de Ildefonso Colares Filho, ex-diretor da Queiroz Galvão, que foi solto na terça-feira (18), após passar cinco dias preso na carceragem da PF em Curitiba. Ildefonso foi dirigente da empreiteira até 2012 e declarou à PF que recebia vencimentos de R$ 3 milhões por ano.
A informação sobre o saldo na conta do empresário consta de relatório do Banco Itaú encaminhado ao Banco Central, que recebeu ordens judiciais para embargar os ativos dos executivos das maiores construtoras citadas na investigação da Polícia Federal. O banco foi a primeira instituição financeira a encaminhar os dados dos executivos investigados à Justiça Federal.
Ao todo, foi decretado o bloqueio de R$ 720 milhões dos 25 alvos da Operação Juízo Final, sétima etapa da Lava Jato. Na mesma instituição financeira foram encontrados R$ 12.705,90 em conta do vice-presidente executivo da Mendes Júnior, Sérgio Mendes. A malha fina do Banco Central pegou R$ 4.336,39 na conta de Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia, R$ 6.078,78 na conta de Agenor Franklin Magalhães Medeiros. Informações d´A Tarde.

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Depois da Petrobras confirmar em 2009 a existência de gás natural na bacia do Jequitinhonha, entre Una e Canavieiras (relembre aqui), a Agência Nacional de Petróleo (ANP) autorizou a Queiroz Galvão a iniciar as prospecções no litoral sulbaiano em busca de petróleo na camada pré-sal.
De acordo com o Blog do Thame, os equipamentos para o trabalho estão sendo desembarcados nesta quarta (3) no Porto de Ilhéus. A Petrobras já havia confirmado petróleo em Canaveiras e os estudos não foram adiante devido a problemas técnicos. A Queiroz Galvão iniciará agora o estudo de viabilidade econômica. A bacia do Jequitinhonha integra o bloco BM-J-3 de explorações.