Neto Terra Branco (no centro) comanda o Central de Política tendo Ruy nos comentários e Fábio nas reportagens
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Sábado de reestreia na Rádio Interativa FM (93,7). Amanhã (2) volta ao ar o Central de Política, apresentado por Neto Terra Branca, com reportagens do experiente Fábio Ferreira e comentários políticos do advogado Ruy Correia. o apresentador diz que o programa volta com o quadro considerado sensação do rádio grapiúna, o Na Boca do Tubarão, em que o entrevistado responde a perguntas sobre o comportamento de personalidades públicas.

“Vamos fazer debate sobre os grandes temas que afligem a população e buscar soluções das autoridades”, disse Neto Terra Branca. “Traremos também informações de interesse público e os últimos acontecimentos do Brasil e do mundo”, afirmou Neto sem esconder a ansiedade pela reestreia.

Além de Ruy Correia nos comentários políticos e Fábio Ferreira cobrindo o que acontece em Itabuna e no sul da Bahia, os ouvintes terão informações atualizadas de Salvador com Agenor Filho com acontecimentos da Assembleia Legislativa e do governo da Bahia. O radialista Otávio Júnior trará um resumo das notícias.

Na reestreia, o entrevistado será Wenceslau Júnior, advogado, professor e ex-vice-prefeito de Itabuna. Hoje, Wenceslau Júnior é superintendente de Economia Solidária do Governo da Bahia. “Nosso programa trará outras inovações, com espaço para os ouvintes que, assim como entrevistado, poderá dizer qual problema do seu município coloca na boca do tubarão. E vai também poder interagir com a bancada ”, disse Neto Terra Branca.

O Central de Política poderá ser ouvido na Rádio Interativa FM (93,7) ou pela internet, todos os sábados, das 8h às 10h. Ouvintes poderão interagir com o Programa pelo telefone WhatsApp (73) 98861-6427.

Jorge Caetano entrevista o Rei Pelé || Foto Arquivo Pessoal
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– Jorge Caetano, você viu que cacete? – pergunta o narrador Paulo Kruschewsky.

Até hoje não se sabe ao certo a informação de Jorge Caetano, mas segundo a galera do radinho de pilha colado ao ouvido, ele teria dito:

– Vi, sim, Paulo Kruschewsky, estava em cima dele!

Walmir Rosário

Itabuna e Ilhéus possuíam vários times, todos recheados de craques. Isto quase todos sabem. Entretanto, poucos conhecem os craques dos microfones esportivos daquela época. Eram muitos e bons, afirmo com toda a tranquilidade. E um deles era (e é) Jorge José Caetano Neto, ou simplesmente Jorge Caetano, que atuou durante anos na reportagem de campo e na narração de jogos, o que ainda faz até os dias de hoje.

E pra começo de conversa, Jorge Caetano foi revelado em Ilhéus, onde morava, e passou a integrar a equipe da Rádio Bahiana, inicialmente como plantonista, depois como repórter. E o início foi obra do acaso e das boas amizades. Um belo dia, o empresário Moisés Bohana, que tinha sido colega de escola, perguntou se queria trabalhar na emissora. Não deu outra, começou no dia seguinte, para ganhar experiência.

Com o traquejo, pouco tempo depois passou para a Rádio Jornal de Ilhéus (hoje Santa Cruz), de Osvaldo Bernardes, já como repórter esportivo. E por lá foi ampliando os conhecimentos, tanto que em pouco tempo já era um disk joquei. Nessa época conheceu o radialista Seara Costa, com quem passou a formar dupla. E o rádio ilheense parecia um zoológico, dada a quantidade de “feras” no microfone.

Djalma e o irmão Fernando Costa Lino, Armando Oliveira, o futuro governador Paulo Souto, Juarez Oliveira, Paulo Kruschewsky, eram as figurinhas carimbadas com os quais passou a dialogar no rádio esportivo ilheense. Em 1970 é aprovado num concurso da Ceplac e conhece o radialista Geraldo Santos (Borges), que lhe abriu caminho no rádio itabunense, onde predominavam profissionais de altíssimo nível.

Nessa época se transfere para a Rádio Jornal de Itabuna e o diretor Waldeny Andrade o escala para substituir Geraldo Santos, ocupado com o mestrado no Rio de Janeiro. De início, como era costume, passou a narrar em companhia de Cordier, cada qual um dos tempos dos jogos. E nesta época trabalhou lado ao lado de Nílson Rocha, Lucílio Bastos, Lima Galo, Orlando Cardoso, Ramiro Aquino e outros craques do microfone esportivo.

E Jorge Caetano viveu muitas histórias nas transmissões esportivas nos campos do interior baiano. Certa feita, em Maracás, foi transmitir o jogo das seleções de Itabuna e a local. Sem saber, o sinal da rádio Difusora, para quem narrava, estava sendo retransmitido para o serviço de sonorização da cidade. De repente, o céu escurece e cai um toró. Como a chuva não parava, o campo se transformou num imenso lamaçal.

Desconhecendo que toda a cidade o escutava pelo serviço de som, passou a falar das péssimas condições do campo. De repente, ouve o pipocar de fogos. E Jorge Caetano pensava que a torcida apenas comemorava a entrada de sua seleção em campo. Mas como os fogos vinham na direção da equipe da Rádio Difusora, se deu conta que seus comentários sobre o gramado mexeu nos brios da população local.

Jorge Caetano em seu estúdio em Itajuípe || Foto Walmir Rosário

Após se casar, Jorge Caetano passa a residir em Itajuípe e continua a trabalhar no rádio esportivo. Com o tempo, se elege vereador, se torna presidente do Legislativo e passa a ser tratado pelos colegas – no ar – como o Repórter Presidente. Certa feita, viaja a Santo Antônio de Jesus com o narrador Orlando Cardoso, para transmitir uma partida entre o Leônico e Itabuna pelo Torneio de Acesso.

Só que o ônibus em que viajaram não entrava na cidade e desembarcaram na BR-101, com enormes sacolas de equipamentos. Aquela seria a última narração esportiva de Orlando Cardoso. Enquanto caminhavam em direção à cidade, comentavam a cena que viviam: dois radialistas e vereadores tendo que transportar aquela bagagem, por não atentarem para o itinerário do ônibus, até que uma providencial carona os salvaram dos fardos.

As transmissões do Campeonato Intermunicipal eram antecedidas por verdadeiras batalhas radiofônicas, insuflando a rivalidade entre os torcedores. Certa feita, numa partida entre os selecionados de Itajuípe e Coaraci, a animosidade se agravou. E os torcedores de Coaraci prepararam a vingança jogando pedaços de melancia, sendo que um delas bate na cabeça de Jorge Caetano.

Noutra feita, num jogo entre Cachoeira e Itajuípe, ao chegar ao estádio, um torcedor grita: olha, seu “fdp” se você gritar um gol aqui eu te jogo dentro do rio. Quando Jorge Caetano se dá conta, estava localizado no final da arquibancada, quase em cima do muro e o rio logo abaixo. A Seleção de Itajuípe ganhou por três a zero ele teve que narrar o jogo bastante apreensivo.

Todo o radialista, ao se preparar para a área esportiva, um dos métodos mais fáceis é se inspirar nos colegas famosos. E com Jorge Caetano não foi diferente. Mesmo não gostando de imitar, ouvia com atenção José Carlos Araújo, César Rizzo, Edson Mauro, Orlando Cardoso e Geraldo Santos, e às vezes até puxava nuances do estilo de cada um deles para sedimentar um estilo próprio.

Já com bastante experiência, um lance deixou o repórter Jorge Caetano bastante famoso. Jogavam no estádio Mário Pessoa Flamengo e Colo-Colo de Ilhéus. E o atacante do Flamengo, Parará, dribla dois zagueiros do Colo-Colo e dá um chute violento em direção ao gol, que passa raspando a trave. E então o narrador Paulo Kruschewsky aciona o repórter Jorge Caetano para completar a informação.

– Jorge Caetano, você viu que cacete? – pergunta o narrador.

Até hoje não se sabe ao certo a informação de Jorge Caetano, mas segundo a galera do radinho de pilha colado ao ouvido, ele teria dito:

– Vi, sim, Paulo Kruschewsky, estava em cima dele!

Mas garante Jorge Caetano, que a frase correta teria sido:

– Vi, sim, Paulo Kruschewsky, estava em cima do lance!

E essa passagem notabilizou Jorge Caetano para o resto da vida, que se orgulha de ter entrevista Pelé e outros grandes jogadores brasileiros. Atualmente Jorge Caetano se divide entre o site http://www.webnewssul.com.br/; a apresentação de um programa às segundas-feiras, ao meio-dia, na FM 91,2; e o programa A Agenda da Cidade e transmissões esportivas na rádio web Pitangueiras FM.

Walmir Rosário é radialista, jornalista, advogado e autor d´Os grandes craques que vi jogar: Nos estádios e campos de Itabuna e Canavieiras, disponível na Amazon.

Rádio, por anos a magia da comunicação
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Com a chegada da internet, mais uma vez o rádio foi jurado de morte. E o povo do rádio nem deu a mínima. Mais que depressa, tomou para si as facilidades dessa nova tecnologia e ampliou seu espectro social com as ferramentas da rede.

 

Walmir Rosário

Desde que fui iniciado no rádio me acostumei a ouvir a derrocada desse meio de comunicação instantâneo, antes calcado no tripé: música, esporte e notícia. Com a chegada da TV, sua morte foi decretada solenemente, mas o rádio se recusou a morrer de morte matada. Fosse hoje, diríamos que a notícia circulante se tratava apenas de uma fake news e não deveria ser levada a sério, como não deve até hoje.

De lá pra cá, essas mentirinhas continuaram a ser ditas assim que anunciada uma nova tecnologia. E o rádio, sorrateiramente, continuou firme e forte, ampliando sua área de atuação e o tripé de sustentação de antes passou a implantar novos “pés”, e se encontra mais sólido que nunca. Por um tempo esteve segmentada, principalmente com a aquisição de emissoras pelas igrejas de várias denominações.

Quem manteve a segmentação pura e simples deu com os burros n’água e foi obrigado a promover uma profunda mudança. Os segmentos católicos e protestantes não eram capazes de manter uma estrutura vibrante sem os comunicadores; apenas locutores de programas religiosos não bastavam. Daí que hoje algumas delas promovem debates ecumênicos com representantes de várias religiões, espíritas, ateus e que mais valham.

Fora desses horários, os comunicadores disputam a audiência com muita inteligência, buscando a cumplicidade dos ouvintes. E a MPB, o samba, o romantismo, o rock estão presentes em suas programações na mesma intensidade dos programas de autoajuda, de apoio às donas de casa, do apoio providencial aos motoristas nas grande cidades, ao homem do campo pelas manhãs, e aos notívagos, madrugadores, boêmios ou no batente.

Eu entrei no rádio por acaso, ao participar da equipe do seminário nos programas religiosos transmitidos pela Rádio Sociedade de Feira de Santana, lá pelos idos de 1963. Algum tempo depois – 1965 –, em Itabuna, o empresário Carlito Barreto compra a Rádio Clube e doa aos frades capuchinhos. E quem vem dirigir a emissora é justamente Frei Hermenegildo de Castorano, ex-diretor da emissora coirmã em Feira de Santana.

E mais uma vez lá vai eu em direção ao rádio, inicialmente na programação religiosa, depois em outras atividades como a mesa de som, técnica em transmissão externa, locução, e por aí afora. Por um tempo me dediquei à atividade e outros tantos fora dela. Volta e meia retornava, na redação, reportagem, apresentação, e convivi com várias “feras” da comunicação e em diversos horários, inclusive nas madrugadas.

No programa De Fazenda em Fazenda, na Rádio Difusora, produzido e apresentado pela Ceplac, estive no comando por anos e presenciei o que era a verdadeira interação com os ouvintes da cidade e, principalmente da área rural. Em determinados momentos chegamos a receber uma montanha de cartas, mais de 600 delas entregues nos diversos escritórios da Ceplac na cidades irradiadas. Muitas quais escritas por pessoas de pouca ou quase nenhuma alfabetização.

Só quem trabalhou na reportagem sabe a dificuldade de passar um flash ao vivo da rua quando ainda não existia entre nós o aparelho de telefonia celular. Era preciso disputar uma fila num orelhão e introduzir diversas fichas metálicas para que a ligação não caísse, fosse cortada, enquanto passava a informação. Do contrário, bastava ter a cara de pau de pedir para usar o telefone fixo em uma casa comercial ou residencial.

Sem esses auxílios providenciais, só após chegar à emissora algum tempo depois com a fita gravada. Para isso teria que contar com a sorte e não tomar o furo de outra emissora. De vez em quando um ouvinte ligava passando a informação e torcíamos que não fosse um trote. Não posso falar em gravar uma entrevista sem comentar o tamanho e o peso dos jurássicos gravadores e suas fitas cassetes que cismavam não gravar em momentos importantes.

Outra atividade radiofônica que sempre gostei de trabalhar era o horário gratuito nas campanhas eleitorais. Somente quem milita nesse segmento sabe da importância do rádio numa eleição. Numa oportunidade, fui convidado a coordenar a campanha de rádio de um candidato em Itabuna. E a missão que recebi do coordenador geral de comunicação da campanha, jornalista Sérgio Gomes, foi a de produzir um programa totalmente independente da veiculada na televisão.

Contratamos um excelente comunicador, Paulo Vicente, na edição de áudio, Luiz Barroso (meu operador por anos), eu na direção, redação e locução de editoriais, e contamos com a participação de uma dupla pra lá de especial: os radialistas Paulo Leonardo e Florentina Jerimum, estes na apresentação de humor. Nesta editoria eu escrevia apenas um roteiro e os dois se encarregavam de finalizá-lo na gravação, sem qualquer texto prévio.

Resultado, todos os dias eu era surpreendido nos bares, esquinas e demais locais públicos com as discussões dos quadros do programa e muitas das expressões viraram memes e bordões no boca a boca dos ouvintes e eleitores. Desta vez, o programa de rádio influenciou o programa de TV, que passou a abordar os temas apresentados no programa radiofônico do candidato, vencedor da eleição (não apenas e tão somente por isso).

Com a chegada da internet, mais uma vez o rádio foi jurado de morte. E o povo do rádio nem deu a mínima. Mais que depressa, tomou para si as facilidades dessa nova tecnologia e ampliou seu espectro social com as ferramentas da rede mundial de computadores. Na minha humilde concepção, com a internet, o rádio perdeu apenas seu glamour ao expor seus apresentadores nos canais das redes sociais, ganhando em intimidade.

O rádio continuará firme e forte, desde que não queiram inventar a roda quadrada.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Os jornalistas Oziel Aragão, Lavínia Sizinio e Andreyver Lima comunicaram, na manhã desta terça-feira (2), desligamento da Boa FM. O trio apresentava programa diário pela emissora, em Itabuna, há cerca de um ano.

Agora, Oziel, Lavínia e Andreyver vão focar em projetos independentes na internet. Oziel, junto com Lavínia, toca o canal OziTV, no Instagram, enquanto Andreyver Lima, além de palestras, se dedica ao blog Seja Ilimitado e a projetos na área digital.

“Nosso muito obrigado também à toda direção da emissora, que nos deu liberdade de exercer o jornalismo de qualidade, mantendo a credibilidade que é a nossa marca”, comunica o trio em despedida.

Marcelo Sá faleceu no final de semana, em Salvador || Reprodução Instagram
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A cultura chora, mas todos choram, porque todos perdemos. Mas, lembrem-se, só sentimos que perdemos porque ganhamos muito com sua presença atuando entre nós, e para os que nem conhecia, mas sabia que existiam. O que Marcelo nos deu, nada tira.

 

Alcides Kruschewsky

Não, não é da Cultura, e é, não somente, então… É comunitário, de uma “roda grande”, enraizada pelos mundos que formam o universo. Por isso, tantas manifestações, tantos seres que o admiravam, amavam, e nem sempre declaravam. Que surpresa dolorosa!

Marcelo não é tudo que andam dizendo após sua passagem. Com certeza é mais que isso. Porque o sentimento de perda coletiva é espontâneo, sincero, doído.

Ah, quem não teve a oportunidade de sua companhia, da mesa com ele, da praia, da arte e desfrutou da sua inteligência, do seu refinado humor, perdeu, sim.

O talento de Marcelo transcendia, sem ambição pessoal. Sabia o que estava fazendo. Levei-o para o rádio, noticiava a agenda cultural comentada. Eu chamava: “Hooggggg”. E ele respondia, “chegueeeeiiii”…

Era engraçado! Era propositadamente ridículo e engraçado. Feito para chocar e rir. E ríamos, gargalhadas fartas desde as 6h30min da manhã, ele “morto” de sono… reclamando que eu ía matar ele… Um stand up de primeiríssima, se quisesse, dava show desde o “Caderno 2”, bar saudoso tocado por essas geniais Badarós.

Marcelo sempre tinha algo a acrescentar e chamava nossa atenção para as causas que se envolvia, querendo engajamento. Tudo não era seu, mas para todos. Quem está dizendo que sentiu e está sentindo sua partida, está mesmo!

Esses tempos não têm sido fáceis, não têm sido bons (ou será pecado assim dizer?). Mas, mesmo diante de tantas vicissitudes, creiam, ainda há motivos para concluirmos que a vida é bela e que vale a pena viver e buscarmos a felicidade, a outra certeza da existência de Marcelo. Pois é, ele, no seu dia a dia, buscava a felicidade nas coisas mais simples e importantes às quais se dedicava, dentre elas as pessoas a quem queria bem.

A cultura chora, mas todos choram, porque todos perdemos. Mas, lembrem-se, só sentimos que perdemos porque ganhamos muito com sua presença atuando entre nós, e para os que nem conhecia, mas sabia que existiam. O que Marcelo nos deu, nada tira.

O amor fica para sempre dentro de cada um.

Te amamos, amigo! Vá em frente, para a luz, sempre! VALEU, POR TODOS NÓS, VALEU!

Alcides Kruschewsky é empresário, ex-vereador e ex-secretário municipal de Ilhéus e radialista.

Regras valem para as eleições deste ano
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O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que regula a propaganda partidária no rádio e na TV. Com um veto, o texto, que altera a chamada Lei dos Partidos Políticos, aprovado pelo Senado em dezembro, foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (4).

Diferentemente da propaganda eleitoral, divulgada nos horários gratuitos, em anos de eleições, para a apresentar candidatos e suas propostas, na propaganda partidária, que estava extinta desde 2017, as legendas divulgam suas ações. No texto original do Senado, a ideia era que as inserções fossem pagas com recursos públicos do Fundo Partidário, a partir de novos aportes da União para cobrir os gastos. Na Câmara, os Deputados decidiram retomar a mesma regra de antes da extinção, no qual as propagandas partidárias eram financiadas com compensações fiscais às emissoras que as veiculavam.

Na versão final, os senadores concordaram com a alteração, mas esse o trecho foi vetado pelo presidente Bolsonaro. Na justificativa, o presidente diz que a compensação fiscal às emissoras “ofende a constitucionalidade e o interesse público” por instituir benefício fiscal com consequente renúncia de receita.

De acordo com a norma, partidos que não tiverem alcançado a cláusula de barreira eleitoral, prevista na Constituição, não terão direito a inserções. “De acordo com a norma partidos que não tiverem alcançado a cláusula de barreira eleitoral”.

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Walmir Rosário e Odilon Pinto, em Brasília, na comemoração do aniversário do Ministério da Agricultura || Foto Águido Ferreira
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Realmente, os esforços de Mílton e Zé Haroldo não foram em vão. Odilon era um artista nato; um músico que tocava os sete instrumentos e ainda cantava; um comunicador por excelência e que sabia fazer se entender pelo doutor e o operário rural.

 

Walmir Rosário

Que me perdoem os puristas acostumados a tecer comentários desairosos sobre os estabelecimentos dedicados à transferência de felicidade ao gênero humano por meio da venda de bebidas e tira-gostos. Desinformados ou rancorosos, não conhecem nada do que se passa entre aquelas quatro paredes e mesas e onde se conversa sobre todos os temas, com exaltação e nenhuma briga a perdurar.

Para mim, não há melhor local recomendado para aliviar o stress, enriquecer o conhecimento, construir amizades sólidas, duradouras, mesmo que não se conheça nada de nada sobre a origem e a família do quase irmão. Chego até mesmo a nomear um boteco como um templo da cultura, dada a amplitude dos assuntos ali abordados, enriquecendo o cabedal de conhecimento dos fiéis frequentadores.

Digo, afirmo e provo! E eis que, no sábado passado, eu e os amigos Batista e Arenouca resolvemos colocar a conversa em dia e nos dirigimos ao Laginha, em Canavieiras, boteco que se preza pela cerveja gelada e bons tira-gostos. Nem bem chegamos à mesa, encontro o colega advogado Leonício Guimarães (Léo), canavieirense, ex-vereador em Itabuna, às voltas das reminiscências sobre o rádio grapiúna.

Há muito queria lembrar o texto da vinhenta de encerramento do programa De Fazenda em Fazenda e Na Fazenda do Odilon, que apresentamos – o locutor que vos fala e Odilon Pinto – há bem mais de 30 anos. Confesso que não me lembrava, mas diante da insistência de Léo, começamos a falar sobre os programas, os estilos, a qualidade da informação que levávamos a um público urbano e rural.

Para os que não conheceram ou sequer ouviram falar, o programa de rádio De Fazenda em Fazenda foi um canal de comunicação entre a Ceplac e seu público-alvo: agricultores e trabalhadores rurais, traduzindo as mensagens técnicas ao homem do campo de forma simples, alegre e descontraída. Teria de levar a mensagem técnica de forma compreensível e que produzisse resultados positivos em toda a região cacaueira da Bahia.

Alguns formatos foram pensados e levados ao ar por grandes comunicadores, mas a interação não chegava ao pretendido, até o chefe da Divisão de Comunicação, Mílton Rosário, se bater com Odilon Pinto. Só que tinha um problema quase intransponível: Odilon Pinto era comunista de carteirinha, volta e meia interrogado e preso, e não poderia trabalhar num órgão do governo federal, principalmente nos tempos da revolução de 64.

Para convencer os militares, foi necessário o aval de Mílton Rosário ao secretário-geral José Haroldo Castro Vieira, que conseguiu convencer os militares.

– O homem é bom e eu respondo por ele – garantiu José Haroldo.

Realmente, os esforços de Mílton e Zé Haroldo não foram em vão. Odilon era um artista nato; um músico que tocava os sete instrumentos e ainda cantava; um comunicador por excelência e que sabia fazer se entender pelo doutor e o operário rural. Paralelamente ao programa de rádio, Odilon criou um grupo regional, que se apresentava nos eventos técnicos e culturais da Ceplac, ou nas noites festeiras das cidades próximas.

Mas eis que chega a democracia e os homens do PMDB mudam a direção da Ceplac e resolvem, também, trocar a emissora de rádio: em vez da Rádio Jornal de Itabuna, onde era apresentado, o De Fazenda em Fazenda passou a ser transmitido na Rádio Difusora, do político Fernando Gomes. De pronto, Odilon enfrenta a direção da Ceplac, se coloca à disposição da Dicom e passa a apresentar um seu programa, agora Na Fazenda do Odilon.

Para os ouvintes isto criou uma confusão danada, pois as duas emissoras apresentavam programas parecidos, com nomes e apresentadores diferentes. E assim continuou. Após um curto espaço de tempo e muitos apresentadores, acumulo a reportagem e a apresentação do De Fazenda em Fazenda, na Rádio Difusora, das 4 às 7 horas, sem abandonar o trabalho nos veículos impressos e de vídeo da Ceplac.

Para competir com o artista e amigo dos ouvintes, Odilon Pinto, fizemos uma reformulação no programa, criando quadros com a participação de engenheiros agrônomos, médicos veterinários, técnicos agrícolas, utilizando toda a estrutura dos escritórios da Ceplac na região, além de músicas. Deu certo, e por incrível que pareça, chegamos a receber cerca de até 600 cartas por semana, enviadas por uma população quase sem alfabetização.

E Odilon continuou fazendo sucesso com seu programa. Tempos depois deixo a Ceplac (depois retornei), e Odilon Pinto resolve se candidatar a deputado estadual.

– Está eleito, diziam, basta encomendar o terno para a posse – garantiam todos.

Odilon, que sempre foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), se candidatou pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN), de Collor de Mello, à época liderado na Bahia pelo empresário Pedro Irujo. A cada pesquisa o nome de Odilon Pinto aparecia com maiores pontuações. Essa confiança do eleitorado contagiou Pedro Irujo, que investiu pesado na campanha eleitoral de Odilon.

Proibido pela lei eleitoral de apresentar o seu programa, Odilon me convida para tomar seu lugar ao microfone da Rádio Jornal e entra de cabeça na campanha que poderia lhe dar uma vaga na Assembleia Legislativa. Devido a minha experiência em campanhas políticas, uma semana antes da eleição, perguntei ao candidato Odilon se já tinha elaborado o planejamento para a boca de urna. Recebi um não como resposta.

Me disse que no dia da eleição sairia de casa, votaria e retornaria ao lar, onde descansaria da campanha. Nesse dia, saí da rádio e fui a Itajuípe, onde atuava como assessor de comunicação. Uma rápida visita às entradas da cidade, observei como os políticos locais abordavam os eleitores que chegavam da zona rural para votar e recebiam promessas de vantagens. Me veio à cabeça a falta de planejamento e a mudança nas pesquisas.

Resultado, o consagrado Odilon Pinto obteve uma votação pífia, e sequer alcançou a suplência. Pouco tempo depois, Odilon conclui seu mestrado, depois doutorado em Linguística e se dedica ao ensino do português na Uesc e outras faculdades.

Antes que me esqueça, consegui lembrar do jingle de encerramento do programa:

– Acorda João Grilo, Porfírio e Odilon, que o momento é bom pra nós viajar, o jegue corre que faz até medo, e amanhã bem cedo nós torna (sic) a voltar.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Robertinho Scarpita: "Completar 30 anos de carreira é um bom motivo para comemorar!"
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O radialista Robertinho Scarpita completa três décadas de profissão nesta quinta-feira (28), com homenagens de colegas e artistas que marcaram sua trajetória no rádio baiano. “Conquistar 30 anos de carreira é um bom motivo para comemorar!”, festeja o comunicador.

Robertinho entrou no mundo da radiodifusão inspirado pelo radialista Mário Tito, que, há 30 anos, trabalhava na Musical FM, em Itabuna, emissora onde Scarpita iniciou a trajetória profissional.

De 1993 a 2002 trilhou o caminho da consolidação na carreira, desde a estreia nas madrugadas da Gabriela FM ao comando do clássico Ligou, Pediu, Tocou, que lhe deu projeção regional. Nos anos seguintes, trabalhou nas rádios Bahiana de Ilhéus, Conquista FM e Santa Cruz de Ilhéus, chegando à Ubatã FM em maio de 2007.

SINTONIA RARA

Robertinho Scarpita e Marinho Santos: os artilheiros do Tropa de Elite

Foi também em 2007 que Marinho Santos e Robertinho Scarpita iniciaram a parceria e criaram o Tropa de Elite. Desde agosto de 2019, o programa ocupa horário nobre nas manhãs da Gabriela FM, cobrindo os principais acontecimentos da Bahia, com foco no sul de estado. A sintonia rara da dupla é o elemento essencial do Tropa, que se comunica com todos os setores da região cacaueira.

Zé Neto e Colbert Martins disputam prefeitura de Feira de Santana neste 2º turno
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A propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão dos candidatos que concorrem ao segundo turno nas eleições municipais deste ano termina nesta sexta-feira (27). Hoje é também o último dia para a realização de debates no rádio e na televisão.

Ao todo, 57 municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores terão segundo turno no próximo domingo (29). A propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão para a eleição de prefeitos teve início no dia 16 de novembro. Na Bahia, Feira de Santana e Vitória da Conquista têm segundo turno em 2020.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 38.284.410 eleitores estão aptos a votar no segundo turno das eleições municipais de 2020. Das cidades que vão definir os prefeitos em segundo turno, 18 são capitais.

A Região Nordeste tem a maior quantidade de capitais (sete) que ainda não definiram o chefe do Poder Executivo local: Maceió, Fortaleza, São Luís, João Pessoa, Recife, Teresina e Aracaju. Na sequência, vem a Região Norte, com cinco capitais no segundo turno: Rio Branco, Manaus, Belém, Porto Velho e Boa Vista.

Os eleitores de Vitória, do Rio de Janeiro e de São Paulo (SP) também terão de comparecer às urnas no próximo dia 29. Cuiabá e Goiânia são as duas únicas capitais do Centro-Oeste brasileiro a disputar o segundo turno. No Sul, apenas Porto Alegre (RS) terá disputa.

Waldeny Andrade deixa contribuição ao desenvolvimento sul-baiano || Foto Luiz Conceição
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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba) e a Associação Baiana de Imprensa (ABI) Seccional Sul emitiram nota de pesar pela morte do escritor, radialista e jornalista Waldeny Andrade. Dos maiores nomes do rádio baiano, Waldeny faleceu no final da noite de ontem (3), no Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, onde estava internado há cerca de 20 dias.

As duas entidades ressaltaram o perfil ético do profissional da comunicação no sul da Bahia e prestou solidariedade aos amigos e familiares de Waldeny, além de ressaltar a contribuição dele para o imprensa e o desenvolvimento regional. “Profissional sério, competente, ético e de relevante atuação social, contribuiu de forma efetiva para a defesa e fortalecimento da imprensa e para o desenvolvimento do Sul da Bahia”, ressalta a nota, cuja íntegra pode ser conferida abaixo.

Nota de Pesar

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia e a Associação Baiana de Imprensa (ABI) Seccional Sul vêm, em nome de todos os associados, manifestar imenso pesar pelo falecimento do radialista, jornalista e escritor Waldeny Andrade, aos 85 anos, ocorrido na noite de quarta-feira, dia 3 de junho, no Hospital Regional Costa do Cacau, onde se encontrava internado. Além de vereador no município de Ilhéus, onde também atuou como radialista, Waldeny dedicou sua vida à comunicação no Sul da Bahia, tendo sido, por várias décadas, diretor do Diário de Itabuna e da Rádio Jornal de Itabuna, veículos que revelaram inúmeros talentos na região. Profissional sério, competente, ético e de relevante atuação social, contribuiu de forma efetiva para a defesa e fortalecimento da imprensa e para o desenvolvimento do Sul da Bahia. Aos parentes, amigos, colegas de imprensa e familiares, externamos nossos sentimentos de solidariedade.

Itabuna, 04 de junho de 2020.

As Diretorias

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Que nossos governantes aprendam a planejar e modificar a paisagem da cidade, como mostram as fotos, com os requisitos mínimos de habitabilidade e conforto para os que realmente merecem: os que pagam seus impostos.

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Quase que diariamente recebo fotos e textos explicativos e comparativos sobre a evolução do município de Ilhéus, algumas vezes de Itabuna. O vasto material – iconográfico, assim podemos chamar – faz parte do acervo de bibliotecas particulares de ilheenses ou instituições baianas traçam um perfeito Raio X de como as aglomerações e cidades eram planejadas, privilegiando a arquitetura, a estética o conforto e a segurança.

Quando comparadas com as atuais, podemos perceber claramente um choque entre o esmero de antes e a pobreza conceitual de agora, causada, quem sabe, pela falta de planejamento do poder público. É certo que tínhamos nossos vergonhosos cortiços, nos variados graus de miséria, sem as mínimas condições de higiene e habitabilidade, que ainda teimam em ficar, embora em menor escala.

Quando recebo esse material enviado pelo fotógrafo e vice-prefeito de Ilhéus, José Nazal, vibro com a história e o pioneirismo do que com muito sacrifício conseguiram implantar nossas cidades, com as construções de acordo com as características dos diferentes locais. Entretanto, não encontro o mesmo entusiasmo ao ver o avanço das aglomerações, que não obedecem qualquer padrão técnico ou paisagístico.

Não consigo compreender os discursos dos políticos, notadamente os ocupantes de mandatos no poder executivo, que torcem loas às administrações [suas, é claro] comemorando o crescimento de tal bairro e tal cidade. Faço esforço em acreditar na honestidade do discurso em desprezar a palavra desenvolvimento, quem sabe por total desconhecimento do que o vocábulo significa.

Analisando essa desconformidade crescente nas aglomerações, hoje chamadas generosamente de comunidade, sinto ter nascido na última geração de gente feliz, mesmo com todas as diferenças sociais da época. Basta lermos ou ouvirmos os “causos” de Jessier Quirino, para confirmarmos nossa felicidade nos bons tempos passados que não voltam mais.

Ilhéus no antes e depois em foto e acervo de José Nazal

Não nos incomodávamos com as pequenas doenças ou surtos que apareciam corriqueiramente em nosso corpo, a exemplo dos piolhos na cabeça, das impinges que apareciam e ficavam à mostra no corpo, chamadas popularmente de “ziquizira”. Era um prato cheio para as gozações no recreio da escola, no jogos de gude ou nos campinhos de futebol. E ninguém morria por isso, no máximo um xingamento da mãe e três tapas trocados.

Como não sabíamos o que significava “bullying”, essa santa ignorância nos livrava de outros males maiores e que necessitavam do auxílio dos profissionais da psicologia, psiquiatria e outros mimos que conhecíamos pelos livros. Também não existia o politicamente correto. Nos contentávamos em sentar para ouvir os programas de rádio do Rio de Janeiro e saímos em carreira para mostrar nosso conhecimento dos grandes clubes de futebol, após ouvirmos atentamente a resenha.

Ninguém se incomodava em ver os programas de televisão na casa de um vizinho, com uma enorme plateia sentada no chão da sala – os privilegiados e os mais apressados – ou olhando pelos ombros dos que se acomodavam na janela. Os chuviscos na tela faziam parte do espetáculo, bem como os mais espertos eram bem-vistos quando se ofereciam para regular a antena lá nas alturas.

Hoje, nossos objetos de desejo passaram a ser os aparelhos celulares no lançamento, que trocamos a cada seis meses, em perfeito estado, por outro ainda em pré-lançamento. Não colocamos nossos pés na lama dos campinhos de futebol, pois estamos jogando nos poderosos notebooks e a qualquer leve mudança de temperatura corremos em busca dos médicos especialistas e suas dezenas de exames.

Saudosismos à parte, prefiro os tempos em que desejávamos uma rua calçada a paralelepípedos mas não pensávamos duas vezes em tirar os sapatos para atravessar um trecho de lama. Não recebíamos merenda na escola e às vezes não trazíamos de casa, mas não dispensávamos o “baba” com uma bola de pano no recreio e chegávamos em casa sãos e salvos.

Nos tempos atuais posso assegurar que muitos de nós teria saudade de doenças como catapora, sarampo e caxumba do que conviver com as gripes virulentas importadas de outros países, que não apenas “fabricam” catarro como antigamente. Não, os vírus são exigentes e levam à morte, principalmente se o coitado já estiver acometida de doenças outras como diabetes, cardiopatias, hipertensão.

Naquela época não existia o Sistema Único de Saúde, o famigerado SUS, que abarrota de dinheiro os sacos sem fundo que se transformaram os governos estaduais e municipais de todo o Brasil. Ainda hoje muitos ainda desconheciam o SUS, destinado a atender de qualquer jeito os mais pobres, e que muitos políticos os conhecem – o SUS e os pobres – apenas por ouvir dizer.

Lembro de um ditado antigo que asseverava: “Pela entrada da cidade eu conheço o prefeito”, numa alusão aos que sabiam cuidar da comunidade, da sua gente. É triste, porém comum, que muitos políticos e servidores públicos sequer conheçam essas comunidades, simplesmente chamadas de invasão e que aparecem com frequência nas fotografias de José Nazal.

Que nossos governantes aprendam a planejar e modificar a paisagem da cidade, como mostram as fotos, com os requisitos mínimos de habitabilidade e conforto para os que realmente merecem: os que pagam seus impostos. Quem sabe a pandemia e o distanciamento social presencial seja uma importante ferramenta para podermos aprender como nos comportar como eleitor. E com o apoio das redes sociais, para a felicidade das novas gerações.

Walmir Rosário é advogado, jornalista e radialista.

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Roberto de Souza faleceu na madrugada desta terça

O ex-vereador de Itabuna, radialista e apresentador de TV Roberto de Souza faleceu na madrugada desta terça-feira (17), após um ano de luta pela vida. O comunicador e ex-parlamentar foi diagnosticado com câncer em 2018.

Roberto foi vereador de Itabuna por quatro mandatos consecutivos, no período de 1997 a 2012. Por várias vezes membro das mesas diretoras da Câmara e na Casa conseguiu aprovar a Lei Roberto de Souza, que obriga o município a divulgar, com 30 dias de antecedência, o reajuste de serviços como a tarifa de água e esgoto ou da passagem de ônibus.

Ele comandou por duas décadas um dos programas de maior audiência no rádio grapiúna, o Resenha da Cidade, sempre aos sábados e, por alguns anos, também de segunda a sexta. O Resenha da Cidade foi ao ar nas três emissoras AMs de Itabuna – Difusora, Jornal e Nacional, onde ele chegou a apresentar o programa ainda neste ano, mesmo já debilitado pela doença.

Apaixonado pelo microfone, era dono de bordões como “Beleza, beleza, beleza” e “Confusão, confusão, confusão” para cumprimentar os ouvintes ou abrir novos blocos do programa ou até anunciar uma entrevista quente.

Entrevistar era sua maior arte no rádio. Nos mais de 20 anos de microfone, Roberto pautava o noticiário regional a partir de entrevistas feitas em seus programas. Sabia ser contundente nas perguntas sem ser agressivo ou ofender o entrevistado. O estilo e a grande audiência no rádio levaram Roberto para a telinha, com um programa semanal na TVI, após convite do diretor Barbosa Filho.

Nascido em Itabuna em 30 de outubro de 1961, Roberto Tadeu Pontes de Souza, além de radialista e apresentador de TV, formou-se em Agronomia. Deixa esposa, a advogada Sandra Ramalho, e os filhos Roberto Ramalho, Paulo e Natália.

VELÓRIO

O corpo de Roberto de Souza está sendo transladado de Salvador para Itabuna, onde deverá chegar no final da tarde desta terça-feira (17) a Itabuna. O velório será no plenário da Câmara de Vereadores. O enterro está previsto para às 10h desta quarta-feira (18), no Cemitério Campo Santo.

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O governo federal anunciou que vai publicar decreto estipulando prazo de 180 dias para que proprietários de emissoras de rádios solicitem migração da faixa AM para a FM. Até o momento, das 1.781 rádios AM no Brasil, 1,5 mil solicitaram a mudança. Para fazer esta migração, os radiodifusores vão ter que pagar entre R$ 8,4 mil e R$ 4,4 milhões, que é o valor da diferença entre as outorgas de AM e de FM.
Além disso, as emissoras também terão que adquirir equipamentos para a transmissão do novo sinal. Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, o governo abriu linhas de financiamento para que as empresas comprem esses equipamentos e consigam fazer a migração. Para ele, a partir de agora, todos vão ter a oportunidade de fazer esta mudança.Leia Mais

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Luciano é o novo diretor executivo da Rádio Sociedade
Luciano é o novo diretor executivo da Sociedade

A Rádio Sociedade da Bahia terá novo diretor executivo. Luciano Araújo, ex-Rádio Guaíba, assumiu o cargo e terá o desafio de dar continuidade ao processo de modernização da emissora baiana. A reestruturação da emissora passou pela migração do AM para FM, além de ações no jornalismo, esporte e entretenimento.

Novo diretor executivo, Luciano Araújo é graduado em Administração e dirigiu uma das mais tradicionais emissoras de rádio do país, a Guaíba, de Porto Alegre (RS). Também passou por experiências no Rio de Janeiro e Recife.

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Roberto estreia dia 26 na Rádio Nacional
Roberto estreia dia 26 na Rádio Nacional

Roberto de Souza deixou a Rádio Difusora e já está de casa nova. O radialista e ex-vereador estreará, na próxima quarta (26), na Rádio Nacional 870AM.

A estratégia da emissora com a nova aquisição e algumas mudanças é recuperar a audiência perdida por erros sucessivos de administração nos últimos dez anos, alguns dos quais fora do ar.

A aquisição tem peso. Quando na Difusora, Roberto era considerado líder de audiência no horário das 13h às 14h, de segunda a sexta, e das 10h às 12h dos sábados.

A Nacional passa por mudança não apenas na programação. O estúdio sai do Zildolândia para a Avenida Princesa Isabel, no Banco Raso, em um antigo imóvel da Minas Aço. A emissora pertence à família do ex-deputado Daniel Gomes.

HORÁRIO

Em tempo, o Resenha na Nacional será das 12h30min às 14h, de segunda a sexta. No sábado, das 10h às 14h. Atualizado às 15h26min