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Marão deu reajuste e foi conferir internet em nova frota de ônibus || Foto Clodoaldo Ribeiro

A nova tarifa de ônibus em Ilhéus, no sul da Bahia, entrará em vigor a partir da zero hora deste sábado (30). No penúltimo dia do ano, a passagem saltará de R$ 3,10 para R$ 3,50. O aumento foi aprovado pelo Conselho Municipal de Transportes de Ilhéus e sancionado pelo prefeito Mário Alexandre na semana passada.

O reajuste de R$ 0,40 gerou reações nas redes sociais contra o prefeito e Conselho. O aumento atingiu 12,9%. A inflação do período deve fechar em 2,8%. Em números absolutos, o aumento é o maior já concedido pelo município nos últimos anos. Há três anos, a tarifa do busão em Ilhéus era R$ 2,60, quando saltou para R$ 2,80 e chegou a R$ 3,10 em dezembro do ano passado.

AR-CONDICIONADO E INTERNET

Ao decretar o reajuste da tarifa na semana passada, o prefeito Mário Alexandre estipulou prazo de 60 dias para que as empresas Viametro e São Miguel renovassem a frota, colocando, cada uma, dez ônibus novos com ar-condicionado e internet gratuita (wi-fi).

Uma das empresas, a Viametro já apresentou os ônibus novos, o que surpreendeu população e o meio político pela rapidez. A São Miguel anunciou que renovará a frota dentro do prazo estabelecido em decreto. Caso a renovação não ocorra em sessenta dias, segundo o prefeito, a tarifa retornará a R$ 3,10.

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Tarifa de ônibus em Ilhéus custará R$ 3,10 (Foto Gidelzo Silva).
Tarifa de ônibus em Ilhéus custará R$ 3,10 (Foto Gidelzo Silva).

O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, anunciou hoje (5) um reajuste de 10,71% no valor da tarifa de ônibus. A passagem saltará de R$ 2,80 para R$ 3,10 até o final deste mês. O anúncio ocorreu durante coletiva, no Centro Administrativo, na Conquista.

Amanhã (6), Jabes se reúne com os membros do Conselho Municipal de Transportes, às 17h, no Palácio Paranaguá, antiga sede da prefeitura. A data em que passa a vigorar o reajuste dependerá da reunião de amanhã com os conselheiros municipais. O reajuste também deve ser analisado pela Câmara de Vereadores.

Segundo o gestor, as empresas São Miguel e Viametro solicitaram reajuste de R$ 3,48, “alegando aumento dos custos de operação nos últimos 12 meses”. Outro fator que pesa no reajuste é, conforme Jabes, a tarifa única no município.

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robenilson torresRobenilson Torres

É preciso que o prefeito não aprove este aumento e mostre que está do lado do povo que o elegeu e não a serviço do capital , devendo solicitar não a planilha de custos, mas sim a planilha de lucros das empresas.

Na condição de titular no Conselho Municipal de Transportes de Itabuna (Representando o segmento discente – DCE/UESC) e, diante das recentes informações sobre a aprovação do imoral reajuste da tarifa de ônibus em Itabuna eis que chamo a atenção para algumas importantes observações:
O Diário Oficial da União publicou na última sexta-feira (31/05) a Medida Provisória 617, que zera as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) pagos por empresas de transporte coletivo urbano. A desoneração desses impostos para as empresas de transporte coletivo visa, principalmente, a redução do valor das passagens. É mais uma das iniciativas do governo para combater a inflação e baratear o uso de bens e serviços popular.
Mesmo após a publicação destas medidas que teriam que ser uma formar de aliviar o bolso de quem precisa andar de transporte coletivo, presenciamos uma manobra que coloca Itabuna (como sempre) na contramão. De uma forma absurda, na última segunda-feira (03/05) o Conselho Municipal de Transportes aprovou o aumento da passagem.
charge tarifa de ônibus facebookÉ importante registrar que de todas as entidades representativas presentes na reunião do Conselho este conselheiro que ora vos escreve foi o único a manifestar indignação contra o reajuste, apresentar uma proposta, contrapondo e, por conseguinte, ter sido o único voto contrário ao aumento da passagem.
Nesta reunião, que tinha como pauta somente análise da planilha de custos e o início das discussões referentes ao valor da tarifa, foi apresentada pelos empresários do setor uma planilha de custos incompleta, numa primeira análise. Pois a planilha de custo da forma que foi disponibilizada ao Conselho não significa transparência. Porque sem os documentos, sem as informações do fluxos de caixa, sem as notas fiscais que discriminam os valores reais e as marcas dos insumos adquiridos pelas empresas não é possível afirmar que está tudo correto.
O mais estranho é que, sem nenhuma análise técnica, sem nenhuma discussão na Câmara e sem a discussão da sociedade civil organizada, inclusive das entidades ali representada pelos conselheiros, foi quase unanimidade a aprovação pelo reajuste da passagem.
Meu clamor é que não fiquemos passivos diante desta situação, pois, por mais que nem todos sejam usuários de transporte coletivo, o trabalhador assalariado é quem vai pagar a conta pela omissão do poder público, que não oferece uma suficiente contrapartida como uma boa malha viária, fiscalização dos serviços e da infraestrutura das frotas, revisão do contrato de concessão e abertura de processos licitatórios e também de uma sociedade que protesta timidamente, mas aceita tudo isso, pelo menos a nível local.
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