O comandante Tedesco em sua cadeira de alumínio e titânio
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O que mais me chama a atenção é que esses generosos amigos sabem tudo a meu respeito, como o número do telefone (é claro, não a operadora), o endereço, o tal do CPF, carteira de identidade e até o banco por onde recebo minha parca aposentadoria. Pelo que me lembro, nunca repassei esse tipo de informação, nem mesmo numa boa farra. Mas, para nos ajudar, os verdadeiros amigos fazem de tudo.

Walmir Rosário

Já faz um bom tempo que venho matutando sobre a minha participação nas ditas redes sociais. Esse é um incômodo que vem me atormentando terrivelmente e, às vezes, me sinto devassado, a ponto de não saber mais se sou eu quem me domino ou os chamados amigos e seguidores. Volta e meia acredito que as pessoas sabem mais ao meu respeito do que eu mesmo.

De um certo tempo pra cá passei a ser mais seletivo ao atender ao telefone celular. Não sei como, todo o mundo sabe de cor e salteado o número do meu aparelho e tentam falar comigo. Não sou uma pessoa mal-educada, isso é fato, mas não tenho condições de atendê-los a qualquer hora do dia ou da noite. E o que é pior, atendo amigos que nem sei quem são e como os tornei do meu ciclo de amizades digitais.

Constrange-me viver a dizer não a essa legião de amigos, que entram em contato comigo com a finalidade de me servir. E bem, diga-se de passagem. Oferecem-me de tudo, desde dinheiro emprestado, cartões de crédito com recursos consideráveis liberados para que eu compre até o que não preciso. Sinto-me lisonjeado com a bondade de amigos que nem conheço e a confiança que em mim depositam.

Não raro me oferecem condições especiais para conhecer o mundo inteiro em moderno e maravilhosos transatlânticos, em viagens temáticas onde me sentiria um rei. Por vezes fico balançado em singrar os mares gozando do luxo disponível, mas nem sempre me sinto corajoso a ponto de me tornar um Pedro Álvares Cabral, um Américo Vespúcio, a descobrir terras desconhecidas. Minhas combalidas finanças não aguentam essas aventuras.

Bobagem, me dizem ao telefone. Você terá um prazo de parto de égua para pagar e em módicas prestações. Recebo uma aula das vantagens e do custo-benefício, das mordomias em terra e além-mar, do luxo das cabines, das quase 10 refeições diárias, da festa de gala com o comandante. E sem mais nem menos arrematam, basta apresentar seu cartão de crédito internacional que terá uma banda do mundo à disposição. Mas é aí que a porca torce o rabo.

Há algum tempo descobriram que sou uma pessoa religiosa e a partir de então minha caixa de Correios vive abarrotada. Recebo, regularmente, envelopes com terços, escapulários, fotos de santos, todas devidamente acompanhadas de um boleto com código de barras, onde descubro o preço dos mimos santificados a mim ofertados, desde que repasse uma contrapartida financeira.

O que mais me chama a atenção é que esses generosos amigos sabem tudo a meu respeito, como o número do telefone (é claro, não a operadora), o endereço, o tal do CPF, carteira de identidade e até o banco por onde recebo minha parca aposentadoria. Pelo que me lembro, nunca repassei esse tipo de informação, nem mesmo numa boa farra. Mas, para nos ajudar, os verdadeiros amigos fazem de tudo.

Num passado bem recente cheguei a receber – via e-mail – uma tentadora proposta de um corretor para adquirir uma linda e promissora fazenda no Mato Grosso, na qual poderia desfrutar de todos os prazeres da terra na casa mansão cercada de piscina, bares e churrasqueiras e áreas de esportes, enquanto administrava a propriedade. Aptidões não faltavam para plantar soja, algodão e criar milhares de bovinos. Esse, sim, realmente é um amigo que quer o meu bem.

De vez em quando me pego pensando não ser uma pessoa sociável, pois nada faço para retribuir a amizade e generosidade quem têm para comigo. Sou incapaz de convidá-los para um fim de semana em casa, um almoço ou até uma chegada num bar para desfrutarmos umas cervejas com um belo torresmo mineiro. Juro a mim mesmo que mudarei essa minha personalidade individualíssima.

Mas, confesso a vocês que nas redes sociais nem tudo são flores e já estou organizando uma lista para promover um corte na relação dos amigos de grupos de Whatsapp, que enchem nossa paciência e a memória do celular. Esses, sim, são mais individualistas que eu, pois chegam ao cúmulo de firmar uma série de obrigações e, além de não cumprirem, ainda exijam que eu faça por eles.

Todos os santos dias recebo mensagens e mais mensagens com cartões onde fazem promessas aos seus santos padroeiros e nos ameaçam caso não rezemos a quantidade de Pai Nosso e Ave Maria estipuladas. E é do tipo dá ou desce: se rezar sua conta no banco se encherá de dinheiro, mas, caso despreze as recomendações, todos os malefícios cairão sobre nossa descoberta cabeça. Fazem promessas e querem que eu pague. Porreta!

Prometo que deixarei as redes sociais e me aliarei ao capitão Miguel Fróes, ao comandante de longo curso Tedesco e ao artista plástico Eliomar Tesbita no estudo semanal das ilhas e barras canavieirenses. Singraremos da Barra Velha à Barra do Albino, com paradas para estudos e lazer, sem qualquer compromisso com redes sociais. Falta-me apenas adquirir uma cadeira reforçada como a de Tedesco, feita de alumínio e titânio, para instalar na lancha, um reforçado isopor para as cervejas e zarpar na próxima viagem.

Sem qualquer sinal de internet!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Rosivaldo diz que município poderá solicitar conferência, caso seja confirmada a redução populacional
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A cidadania precisa também alcançar a ponta dos nossos dedos no ambiente volátil das redes sociais. É preciso cada vez mais conexão entre cérebro, tecnologia e cidadania.

 

Rosivaldo Pinheiro || rpmvida@yahoo.com.br

Falar sobre qualquer tema é sempre um misto de satisfação e possibilidade de contraposição, principalmente nos tempos atuais, em que as redes sociais acabam sendo o ponto de encontro para embates ásperos, quase sempre abrindo espaço para a covardia se manifestar de maneira mais altiva. O que seria para uso de forma mais efetiva e produzir inclusão, possibilitando avanço acaba derivando para um ambiente onde a parte mais negativa do comportamento humano se revela.

Uma sociedade que vive sobre os pilares do ódio e da desinformação não pode falar de cidadania de forma mais aprofundada. É preciso que não se confunda liberdade de expressão com permissão para ofensa. Não é razoável que as fake news gerem riqueza para alguém enquanto impõem prejuízos para muitos, e, ainda assim, continuamos vendo a circulação em milhões dessas desinformações. As grandes plataformas precisam estabelecer regras e conter a prosperidade desses operadores.

Não dá para permitir a permanente prática de crimes, o incentivo ao ódio e a sensação de terra sem lei. Não parece algo difícil de ser controlado, vez que tudo e todos estão sob o controle dos algoritmos, sendo, portanto, perfeitamente possível que haja intervenção imediata por parte dessas empresas sobre os conteúdos postados e sinalização aos órgãos de justiça e a consequente punição para os que agem contra a cidadania.

Essa é uma reflexão que precisamos fazer de forma permanente, inclusive praticando a vigília diária dos nossos comportamentos e de tudo que compartilhamos nas redes e nos aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram.  Precisamos usar o mesmo conceito que conhecemos: só existe o roubo porque existe alguém se beneficiando do produto, então, só existirá o produtor de fake news se houver quem aceita, acredita e compartilha, quer seja por desconhecimento ou por má-fé. A cidadania precisa também alcançar a ponta dos nossos dedos no ambiente volátil das redes sociais. É preciso cada vez mais conexão entre cérebro, tecnologia e cidadania.

Rosivaldo Pinheiro é comunicador, economista e secretário de Governo de Itabuna.

Portaria estabelece novas obrigações para as redes sociais || Foto Fernando Frazão/AB
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Uma portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública estabeleceu as medidas administrativas a serem adotadas para prevenir a disseminação de conteúdos ilícitos, prejudiciais ou danosos em plataformas de redes sociais.

O texto publicado hoje (13) no Diário Oficial da União prevê que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) instaure processo administrativo para apurar e responsabilizar as plataformas diante da propagação de conteúdos que incentivem ataques contra o ambiente escolar ou que façam apologia e incitação a esses crimes e seus perpetradores.

Segundo a publicação, a Senacon deverá requisitar às plataformas relatório sobre as medidas tomadas para fins de monitoramento, limitação e restrição de conteúdos, incluindo o desenvolvimento de protocolos para situações de crise.

A avaliação de riscos sistêmicos, segundo a portaria, deverá considerar efeitos negativos, reais ou previsíveis, da propagação de conteúdos ilícitos, sobretudo o risco de acesso de crianças e adolescentes a mensagens inapropriadas para a idade; e o risco de propagação e viralização de conteúdos e perfis que exibam extremismo violento.

A Senacon deverá ainda requisitar às plataformas relatório que considere como os seguintes fatores influenciam riscos sistêmicos: a concepção de sistemas de recomendação e de qualquer outro sistema algorítmico pertinente; sistemas de moderação de conteúdos; termos e políticas de uso; influência da manipulação maliciosa e intencional no serviço, incluindo a utilização inautêntica ou da exploração automatizada do serviço.

Já a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) vai coordenar o compartilhamento, entre plataformas de redes sociais e autoridades competentes, de dados que permitam a identificação do usuário ou do terminal da conexão que disponibilizou o conteúdo.

Por fim, a portaria prevê que a Senasp oriente as plataformas para impedir a criação de novos perfis a partir de endereços de protocolo de internet (endereço IP) em que já foram detectadas atividades ilegais, danosas e perigosas referentes a conteúdos de extremismo violento.

BANCO DE DADOS

“A Senasp deverá instituir banco de dados de conteúdos ilegais, nos termos desta portaria, para fins de compartilhamento entre as plataformas de redes sociais, com o objetivo de facilitar a identificação pelos sistemas automatizados.”

Esse banco de dados poderá conter imagens, links e outros conteúdos ilegais, aos quais poderá ser atribuído hash (criptografia) exclusivo, entre outros recursos que os identifiquem e auxiliem na limitação da circulação de postagens nas plataformas de redes sociais.

“Na ocorrência de circunstâncias extraordinárias que conduzam a uma grave ameaça à segurança pública objetivamente demonstrada, o Ministério da Justiça e Segurança Pública poderá determinar a adoção de protocolos de crise, a serem observados pelas plataformas de redes sociais com medidas proporcionais e razoáveis.”

A portaria prevê também que as plataformas indiquem um representante responsável pela comunicação direta, inclusive por via eletrônica, com autoridades policiais e judiciárias da União e dos estados, apto a tomar decisões para mitigar a chamada situação de crise.

“As sanções para o não cumprimento das obrigações previstas nesta portaria se darão no âmbito de procedimento administrativo ou judicial, de acordo com as atribuições dos órgãos competentes.” Informações da Agência Brasil.

Em artigo, Agenor Gasparetto aponta colapso da comunicação nas redes
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“A Humanidade passa por épocas que tendem a um maior grau civilizatório e outras, que tendem para graus mais elevados de barbárie. Nos encontramos neste momento num desses segundos períodos”.

Agenor Gasparetto

O escritor e filólogo italiano Umberto Eco (5 de janeiro de 1932 – 19 de fevereiro de 2016), ao receber o título de Doutor Honoris Causa em Comunicação e Cultura pela Universidade de Turim, Noroeste da Itália, em 10 de junho de 2015, em seu pronunciamento, fez incisiva crítica às redes sociais enquanto disseminadoras de informação. Isto porque teriam dado voz, palavra e palco nas telas da Internet para uma “legião de imbecis” com pretensões de serem portadores da verdade. Reconheceu Umberto Eco que esses sempre existiram. Todavia, falavam “em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade”.

Para o autor de O Nome da Rosa (1980) e de O Pêndulo de Foucault (1988), entre muitas outras obras literárias, “O drama da Internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”. Convém se fazer um registro aqui: as redes lucram com a multiplicação aos milhões de inverdades, meias verdades, verdades fora do lugar, um tsunami de informações replicadas, remunerando monetariamente também os seus principais porta-vozes. Esses lucros e esses ganhos são espúrios posto que resultam de atividade que semeia intolerância, ódios e preconceitos, e confunde as mentes, envenena corações e induz ao erro. O crime está gerando lucros e remunerando.

O mundo em geral e a sociedade brasileira, em particular de 2015 para hoje, 2022, pioraram muito em termos de capacidade de diálogo e de uma verdadeira comunicação. Cada vez mais, posições extremadas ganham corpo. Em razão disso, fica muito difícil discernir entre a verdade factual e a Fake News propriamente dita. A rigor, a verdade em si parece significar cada vez menos. Vale o que contribui para atingir objetivos, não importam custos e nem prejuízos. Tudo o que não estiver de acordo com a lógica de certos interesses é sumariamente negado, seja a Ciência, seja o Papa, seja o Supremo Tribunal Federal, seja o juiz, seja o professor, seja o vizinho ou até o amigo de longas datas, seja quem quer que ouse contrariar o interesse em jogo.

Daí, o mundo plano, a vacina com seus chips capazes de quaisquer desgraças que possam acometer a um vivente ou com o poder de converter vacinado em qualquer aberração da natureza e toda sorte de informações sabidamente falsas, mas deliberadamente utilizadas, porque úteis a propósitos e que podem se prestar para corroer a imagem de algum oponente que esteja no caminho, na presunção de que não advirão consequências pela sua disseminação.

Reduziu-se muito o espaço para o diálogo, para a capacidade de dialogar, de discutir, de ouvir o contraditório, de argumentar e de ponderar e, havendo argumentação e fatos, reconhecer que a razão pode não estar conosco. Pais se desentendendo com filhos, entre irmãos, entre vizinhos, entre colegas e amigos. Há uma dificuldade crescente e até incapacidade de empatia. Vive-se tempos de certezas indiscutíveis. Ai de quem ousar pensar diferente. Vive-se tempos em que até mesmo utilizar uma camisa de seu time de futebol pode implicar riscos à integridade física.

Em matéria de religião e teologia, há quem pareça saber mais que o próprio Papa sem sequer ler um único livro na área, xingando-o, contestando-o, condenando-o a rótulos com o propósito de desqualificá-lo. Em matéria de leis e de justiça, há quem pareça saber mais que os próprios integrantes do Supremo Tribunal Federal, de quaisquer integrantes de tribunais, de juízes, caso ousem contrariar interesses.

Vivemos tempos “estranhos”, como diria Marco Aurélio Mello, ex-integrante do Supremo Tribunal Federal. Tempos muito estranhos em que o respeito ao cargo e à sua liturgia se perdeu no caminhar que nos trouxe até aqui. Xingamentos de baixo calão passam à ordem do dia, numa muito estranha nova “normalidade”, sem respeito, sem consideração, sem escrúpulo. Fulano é isso ou aquilo por ouvir dizer; de tanto repetir, é qualquer coisa que se queira imputar, independentemente dos fatos, e é uma condenação inapelável – não há espaço para a dúvida, não há espaço para argumentos, não há razões, não há salvação nesse tribunal personalizado de quem se acha contrariado e já decidiu a priori a culpabilidade e clama por punição sumária. Está condenado ainda que essa condenação se aplique única e exclusivamente a quem se quer condenar, que seja seletiva. Para os demais em situações análogas, complacência ao máximo. Crime é o que o oponente faz. Quando feito por algum aliado, não se aplica o rigor, pelo contrário, se racionaliza com qualquer banalidade apenas para o silêncio não denunciar a  arbitrariedade. Complacência e autocomplacência ao extremo.

Não se trata de apenas uma questão do país. Por exemplo, entre as guerras que há pelo mundo, a da Ucrânia ganha relevo pelo potencial de implodir a atual ordem mundial, condenando o mundo a uma Terceira Guerra Mundial, desta vez nuclear, para azar da velha Europa e do Hemisfério Norte. No entanto, não há qualquer sinalização para ações diplomáticas. É como se a velha Europa tivesse perdido o bom senso, a sabedoria, as lições de sua própria história de conflitos, desgraças e tragédias, e estivesse caminhando inexoravelmente para o abismo, outra vez mais.

Não que esse fato seja realmente novo, inédito. A Humanidade passa por épocas que tendem a um maior grau civilizatório e outras, que tendem para graus mais elevados de barbárie. Nos encontramos neste momento num desses segundos períodos de tempo. Semelhante ao do presente, seguramente, parece ser o final dos anos 20 e nos anos 30 do século passado. Esse paralelo parece assustador, por se conhecer as consequências, ainda que aqueles acontecimentos ora sejam relativizados e minimizados pelo extremismo e pela desumanização crescentes. Parece inerente à natureza humana.

Thomas Morus, na obra Utopia, editada em 1516, falando dessa natureza humana, afirmou:

Os homens têm gostos diferentes; seu humor é às vezes tão desagradável, seu caráter tão difícil, seus julgamentos tão falsos que é mais sensato conformar-se e rir disso do que atormentar-se com preocupações, querendo publicar um escrito capaz apenas de servir e de agradar, quando ele será mal-recebido e lido com desagrado…. A maioria se compraz apenas com as próprias obras. Um é tão austero que não admite uma brincadeira; outro tem tão pouco espírito que não entende um gracejo. (….) Outros são tão caprichosos que, de pé, deixam de louvar o que aprovaram sentados. Outros têm seus assentos nas tavernas e, entre dois tragos, decidem do talento dos autores, pronunciando condenações peremptórias conforme seu humor, desgrenhando os escritos de um autor como para arrancar os cabelos um a um, enquanto eles próprios se acham tranquilamente ao abrigo das flechas, os bons apóstolos, de cabeça raspada como lutadores que não deixam um pêlo para o adversário pegar eles (Obra reeditada pela LP&M. Porto Alegre, 1997, páginas 11-12).

Essa transcrição de escrito de mais de 500 anos mostra que não há nada de novo. Contudo, esse mundo de mesquinhez e de miudezas que antes ficava no plano do cotidiano, dos mundos particulares, com a Internet e suas redes sociais de um lado e a ideologização e polarização de outro, ganha um insuspeito e grande palco, ganha voz, ganha plateias, nivelando pelo mínimo tudo e todos. Parece que se adota um comportamento de “massa” no sentido definido pelo escritor e professor, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, Elias Canetti (Bulgária, 25 de julho de 1905 – Zurique, Suiça, 14 de agosto de 1994), em Massa e Poder (Editora UNB/Melhoramentos. São Paulo, SP, 1983). Há nesse comportamento e nessas ações extremadas, marcadas pela polarização, componentes de “massa”.

O senso comum, com seus pré-conceitos, suas crendices e seus achismos, toma o lugar da Ciência. Essa, por parecer muitas vezes se subordinar em primeiro lugar ao lucro, favorece seu questionamento, desconfiança e mesmo sua rejeição. E a autoridade, seja em que âmbito for, só o é enquanto validar e contribuir para se atingir objetivos. Sendo assim, adeus ritos e liturgias. A vulgarização e a banalização se impõem como o novo referente. O velho bom senso marca sua presença sobretudo pela sua falta. Fica cada vez mais distante, no passado, a distinção entre cultura superior e cultura popular. O senso comum vai pouco a pouco impondo a sua tirania e seu domínio, e a Internet com suas redes sociais está viabilizando esse domínio.

Agenor Gasparetto é sociólogo, professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e diretor da Sócio Estatística Pesquisa e Consultoria.

O professor (à direita) foi assassinado em Ibicuí|| Foto do suspeito reproduzida da TV Santa Cruz
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Um misto de revolta, dor e emoção tomou conta da população de Ibicuí, que nesta quarta-feira (21) despediu-se do professor Isaac de Jesus Souza, de 44 anos. O educador foi encontrado morto na noite de terça-feira (20), no interior da residência onde morava. O sepultamento foi no final da tarde de hoje, no cemitério municipal de Ibicuí.

O suspeito de assassinar o professor foi preso em Itabuna e confessou o crime, conforme informou o coordenador regional da Polícia Civil, delegado Evy Paternostro. O acusado foi identificado como Fábio Souza Santos Lima Júnior, de 26 anos. Ele é morador do bairro Parque Verde, em Itabuna, e já estava preso desde a tarde de terça-feira. Ele havia sido detido numa operação policial contra o tráfico de drogas, no bairro Fonseca.

A polícia iniciou as investigações  do assassinato do professor da rede municipal de Ibicuí ainda na noite de terça-feira. Na troca de informações com a Polícia Civil de Itabuna descobriu-se que uma pessoa tinha sido detida por tráfico e porte ilegal de arma de fogo. Fábio Souza estava com um CPF no nome do do educador morto.

Além de matar Isaac de Jesus, o assassino levou o veículo, notebook e o celular da vítima. De acordo com a polícia, Fábio Souza relatou que conheceu a vítima pelas redes sociais e foi convidado para ir até Ibicuí para um encontro. Lá, foram até uma pizzaria no centro da cidade e depois seguiram para a casa do educador. Imagens de câmera de segurança do estabelecimento mostram os dois juntos no local.

MORTO POR ESTRANGULAMENTO

Durante o depoimento, Fábio Souza indicou onde tinha escondido o veículo da vítima. O celular e notebook também foram recuperados pela polícia. O autor confesso do crime passou por audiência de custódia na tarde desta terça-feira e teve a prisão decretada pela Justiça. Ele será levado para o Conjunto Penal de Itabuna.

O professor foi encontrado com os braços amarrados e apresentava sinais de enforcamento. O corpo foi localizado por familiares que perceberam que Isaac de Jesus não havia comparecido para trabalhar nas escolas onde lecionava nem dava notícias desde última segunda-feira (19). Ele trabalhava na Escola Municipal São Pedro e em outra unidade particular.

O sentimento é dor e revolta na pequena cidade de Ibicuí, onde o professor era muito querido pela população, que cobra punição severa para o assassino. O sepultamento foi acompanhado por uma multidão, que lamentou a perda trágica do jovem professor. O município divulgou nota de pesar lamentando o ocorrido.

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O governador Rui Costa costuma desconversar e até brinca sobre o futuro próximo quando questionado por jornalistas se ocupará ministério em eventual governo de Lula (PT). Depois de dizer que poderia virar um pequeno produtor rural, a mais nova possível “profissão” cogitada pelo chefe do executivo baiano passa longe da agricultura familiar.

“Vou virar digital influencer. Tá chique esse negócio”, despista ele em entrevistas quando questionado se pode ocupar ministério, caso Lula seja eleito presidente da República.

Se vai ou não ser influenciador digital, não se sabe. Mas o governador ampliou a presença nas redes e entrou para o TikTok. Um dos vídeos postados na conta @ruicostaoficial alfineta adversários que teriam duvidado da construção da nova rodovia que liga Itabuna e Ilhéus, a BA-649.

“A turma que ia comprar saia pode ir no armarinho, viu? Tem tecido disponível”, pilheriou em vídeo gravado ao vistoriar as obras, na última quarta-feira (17), pilotando máquina compactadora.

Assista ao vídeo postado no TikTok:

@ruicostaoficial

🚜💨É a Bahia seguindo em frente no ritmo da #correria #bahia #trendsdasemana #festivaldecomedia

♬ som original – Rui Costa

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A sociedade moderna passou, na maioria das vezes, a olhar o livro pela capa e a alimentar uma espécie de corrida, a de quem mais rápido opina.

 

Rosivaldo Pinheiro

Sempre que posso, pinta uma inspiração ou por pura inquietação, venho aqui dividir (com aqueles que gostam), um pouco do meus olhares, vivências e curiosidades. No último texto, falei sobre amenidades, trouxe à discussão o fato de não mais fazermos escolhas nos ambientes virtuais, especialmente nas redes sociais, dado o direcionamento que recebemos através do algoritmo.

Hoje, quero falar sobre outro comportamento, que vem sendo apresentado e facilmente observamos se massificar a cada novo dia: pessoas que só leem o enunciado das notícias, o cabeçalho, e, imediatamente, já passam adiante ou, instantaneamente, pautam uma discussão no Whatsapp ou travam um diálogo presencialmente sobre determinado assunto.

Essa celeridade aponta uma espécie de ansiedade e motiva exaustivos diálogos, com uma caraterística marcante: “muita informação e pouco conhecimento”. A sociedade moderna passou, na maioria das vezes, a olhar o livro pela capa e a alimentar uma espécie de corrida, a de quem mais rápido opina.

A marca desse tipo de comportamento é uma discussão desconexa e sem fundamentação ou conexão com o texto que serviu de base ao título. Por essa razão, percebemos que a maioria das conversas se perde da linha de diálogo e segue na direção de uma disputa de egos, não ajudando na formação e evolução do conhecimento. Torna-se um debate improdutivo.

Aqui não é uma crítica direcionada, mas um chamamento, a cada um de nós, para um agir permanente e não sermos tragados por esse comportamento, nos transformando em mais um nessa multidão. Vamos precisar de todo mundo nessa direção, a de refletir sobre o texto, seu contexto e fazer uma corrente oposta ao imediatismo. Esse é um tema que vem sendo estudado em todo o mundo. A gente precisa superar, em plena era moderna, os novos “Mitos da Caverna”. Não sermos rasos, nem chatos, nem permanentemente profundos, apenas fazermos uma troca: imediatismo por algo mais fecundo.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

Meta é o novo nome da empresa Facebook, mas nome da rede continua
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O Facebook deixou de ser uma rede social apenas. A empresa mudou de nome e passou a se chamar Meta. Essa alteração marcou a união de diferentes aplicativos do grupo (como Instagram e WhatsApp) em sua marca e indicou a valorização de sua nova aposta tecnológica e de negócios: o chamado “metaverso”.

O Facebook definiu o metaverso como “combinação híbrida das experiências sociais online atuais, às vezes expandido em três dimensões ou se projetando no mundo físico”. A empresa argumenta que será possível compartilhar “experiências imersivas” com pessoas mesmo sem estar presente.

Em carta divulgada há alguns dias, o fundador e diretor da empresa, Mark Zuckerberg, declarou que essa experiência imersiva consistirá em uma vivência em que a pessoa “está” nessa atividade ou conteúdo interativo, e não apenas olhando para ele.

O uso de realidade virtual e aumentada permitirá, nas palavras de Zuckerberg, que as pessoas “estejam” onde quiser, do trabalho a uma reunião de amigos, sem obstáculos como o tempo de deslocamento e seus problemas, o tráfego por exemplo.

“Você vai se mover por meio dessas experiências em diferentes dispositivos – óculos de realidade aumentada para ficar presente no mundo físico, realidade virtual para ficar totalmente imerso e fones e computadores para pular entre plataformas existentes”, acrescentou o fundador da empresa.

À Agência Brasil, o Facebook afirmou que o metaverso anunciado ainda está sendo desenvolvido e não informou quando os recursos e produtos desse novo ambiente estarão disponíveis no país.

“O metaverso ainda está um pouco distante, mas algumas partes dele já estão ganhando vida, e muito mais ainda está por vir. Estamos desenvolvendo para aprimorar a realidade virtual e a realidade aumentada que conhecemos até agora”, disse a empresa, em nota.

COMBINAÇÃO DE FUNCIONALIDADES

Vai combinar funcionalidades e negócios que o Facebook já oferecia, mas de forma separada. A empresa surgiu como uma rede social e ganhou o mundo, chegando a 2,9 bilhões de usuários ativos mensais em novembro deste ano, segundo a consultoria Statista.

O Facebook ampliou seu domínio nas redes sociais com a compra do Instagram em 2012 e do Whatsapp em 2014. Neste mesmo ano, adquiriu a empresa de realidade virtual Oculus, e passou a ofertar equipamentos e programas relacionados a esse tipo de tecnologia.

Mas a realidade virtual ainda demanda conexões robustas para viabilizar o carregamento dos dados de vídeo e as respostas imediatas aos movimentos realizado pelo indivíduo nos espaços imersivos. Esse ambiente tem mudado com a ampliação da capacidade de conexão da banda larga física e agora com a chegada do 5G. No Brasil, o leilão foi realizado neste mês, e a tecnologia começar a ser implantada no ano que vem pelos grandes centros.

Agora, o metaverso nasce com a promessa de se tornar uma “super rede social” em que a interação não ocorre apenas pelo teclado do computador ou smartphone, mas por meio de avatares dos indivíduos, que poderão atuar conjuntamente tanto em locais virtuais quanto acrescentando elementos virtuais a locais físicos.

COLETA E EXPLORAÇÃO DE DADOS PESSOAIS

Em entrevista, a ex-funcionária do Facebook que denunciou problemas na empresa em audiências no Congresso dos Estados Unidos, Frances Haugen, falou de riscos no metaverso. Segundo ela, esse novo sistema terá capacidade ainda maior de coleta e exploração dos dados pessoais para viabilizar as experiências imersivas e poderá ter caráter viciante. O Facebook anunciou que deixaria de utilizar a tecnologia de reconhecimento facial, altamente criticada por entidades de defesa da privacidade, mas voltou atrás e informou que seguiria adotando esse recurso no metaverso.

Para André Lucas Fernandes, diretor do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.rec), o metaverso cria um simulacro que levará atividades sociais e econômicas para um cenário mais abstrato, impondo desafios às democracias e do ponto de vista jurídico.

Ele indica riscos de ampliação das desigualdades no ambiente da internet. “Se pensarmos em termos de infraestrutura e acesso à internet, há uma questão de abismo digital urgente, e o metaverso pode ser fator catalisador de exclusão das pessoas que não estão conectadas, já que demandará equipamentos sofisticados e mais caros”.

Empresários durante evento de encerramento do ciclo 2021 || Foto Maurício Maron/ASN
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O Renova Varejo é um movimento do Sebrae voltado para empreendedores baianos, especialmente para quem atua com vestuário, calçados, tecidos, cama, mesa e banho, minimercados, comércio de alimentos e bebidas, itens para casa, material de construção, equipamentos e suprimentos de informática. O ciclo de 2021 do programa foi encerrado em setembro com um encontro presencial, em Ilhéus, com palestra de Luane di Paulo para representantes das 28 empresas da região que aderiram ao programa. As pré-inscrições para 2022 já podem ser feitas (veja ao final do texto).

Para Gutemberg Nunes, da empresa Corte com Recortes, o Renova Varejo foi uma ampliação de horizontes. “O programa trouxe uma mentalidade de gerir o negócio que foi fora do comum. A gente entende sobre o ramo de atuação, mas gerir o negócio é diferente. Saber como propagar o produto e fazer ele ser visto de forma diferente não é fácil. Com o Renova Varejo a gente teve essa visão ampla do mundo comercial e, o melhor, voltado para a própria área de atuação”, contou.

Participantes do programa falam da experiência e como o Renova impacta em seus negócios. “Eu já participei de vários treinamentos e capacitações do Sebrae e o Renova contribuiu ainda mais para a ampliação do conhecimento de vários setores da minha empresa, especialmente em como usar o marketing digital, que hoje é muito importante para ajudar a alavancar as vendas”, afirma Marcus Roniê, proprietário da Radical Motos. “Eu aprendi e agreguei bastante em minha empresa à partir do Renova e, já tenho visto bons resultados depois que implantei as orientações do programa”, complementa.

Gestora do Renova Varejo em Ilhéus, Karla Peixoto diz que “o programa presta um atendimento com consultores especializados em marketing e vendas, contemplando momentos online e presenciais”. O empresário tem apoio na avaliação e implantação de melhorias nas empresas, garantindo o aumento da competitividade, já impactando nas vendas no presencial e da maturidade digital dos empresários. “As consultorias têm como temas indutores os cinco pilares do varejo: estoque, gestão empresarial, vendas, marketing e digitalização”, afirma.

MARKETING DIGITAL

Com experiência de mais de 20 anos no ramo, Joelma Brito, da empresa Rabo de Saia, mudou completamente a visão do marketing digital. “Eu estou no mercado há 23 anos e com esse crescimento das redes sociais eu tive necessidade de procurar ajuda. Com o Renova, eu melhorei bastante e me senti encorajada a aparecer. Foi uma mudança radical, porque eu não aparecia e hoje eu já gravo vídeos, faço fotos e até faço outdoor com a minha imagem. Tenho outra comunicação com a minha clientela graças ao Renova Varejo”, celebrou a empreendedora.

Cada ciclo do Renova Varejo funciona durante seis meses e o Sebrae disponibiliza um consultor especialista em marketing e vendas para ajudar a empresa a vender mais e melhor. Além disso, oferece oficinas coletivas sobre temas estratégicos e também de um curso online.

“Sou um cliente contumaz do Sebrae e é importante está sempre oxigenando as ideias, as práticas e o Sebrae traz essa inovação e nos deixa antenados com o que há de mais moderno no ambiente de negócios. O Renova nos deu maior condição de fazer um marketing mais assertivo, entendendo o comportamento do cliente e isso nos surpreendeu de forma positiva. Indico para outros empresários porque é de fato muito produtivo”, ressalta José Carlos Silveira, da Empresa Topada Calçados.

VAGAS LIMITADAS

Os empresários do sul da Bahia que desejam participar da próxima edição do Renova Varejo já podem fazer a pré-inscrição pelo link https://emkt.ba.sebrae.com.br/renovavarejo-sebraebahia. As vagas são limitadas e já existe uma lista de espera para esse novo ciclo.

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O Facebook informou que uma falha na alteração de suas configurações causou o apagão global de mais de seis horas e que derrubou, além da rede social, os serviços do WhatsApp e do Instagram na tarde desta segunda-feira (4). A nota foi divulgada na noite de ontem, horas após as redes e aplicativo de mensagens retornarem.

A empresa descartou ter havido ataque e vazamento de dados de usuários. A falha, segundo o Facebook, teria ocorrido durante mudança em estrutura que coordena tráfego das suas centrais de dados.

“A todas as pessoas e empresas que dependem de nós, lamentamos o transtorno causado pela interrupção de nossas plataformas”, informa a nota.

Rhanna buscou apoio técnico para avançar não apenas em vendas || Foto Reprodução
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Da Agência Sebrae

A empresária Rhanna Novaes começou a empreender em 2014 com vendas de acessórios femininos pelas redes sociais e de porta em porta, em Ilhéus, sul da Bahia. Somente em 2018, Rhanna optou por abrir sua primeira loja física, e, a partir daí, começou a contar com o apoio do Sebrae. “Desde o início eu não queria trabalhar como amadora e vi no Sebrae o parceiro ideal para ajudar a profissionalizar o meu negócio e também contribuir com a minha tomada de decisões”, declara.

Rhanna conta que, a partir das consultorias do Sebrae, a empresa que administra, a Dona Carmem Acessórios, começou a identificar as necessidades do seu público e potencializar os investimentos de maneira assertiva nos produtos que comercializa na loja, que vão desde acessórios de confecção própria a looks completos, incluindo uma linha vegana de sandálias.

RENOVA VAREJO

Além das consultorias gratuitas que Rhanna participou nos últimos anos, recentemente ela investiu no Renova Varejo, programa que tem transformado o comércio baiano, ajudando a impulsionar as vendas no presencial e digital, através de consultoria especializada em estoque, gestão, vendas, marketing e digitalização. Com aporte financeiro do Sebrae, o empresário tem até 70% de desconto na hora da inscrição.

“Foi um investimento que tem trazido um bom retorno, pois o Sebrae tem me auxiliado em diversas áreas da empresa. Nós não crescemos só em vendas, mas aumentamos também o nosso network a partir dos treinamentos. Eu tive a oportunidade de conhecer outros segmentos e trocar experiências. Isso contribuiu bastante para o meu crescimento e amadurecimento profissional,” pontua Rhanna.

De acordo com a gerente regional do Sebrae em Ilhéus, Claudiana Figueiredo, o movimento Renova Varejo auxilia os empresários que buscam acompanhar a mudança do perfil do consumidor. “Nós estamos vivendo um momento em que as empresas precisam estar atentas à presença digital e uma das premissas do Renova Varejo é focar no marketing digital, na capacidade de colocar as empresas para vender a partir das redes sociais ou de outras mídias digitais. Isso tem trazido uma competência fundamental para os negócios que querem sobreviver a este novo perfil do consumidor que foi potencializado a partir do fenômeno da pandemia”, destaca.

INSCRIÇÕES ABERTAS

O Sebrae finaliza em setembro o treinamento 2021 do Renova Varejo com um ciclo de palestras online, nos dias 1º e 3, além de um último encontro presencial, com data a definir, exclusivo para os empresários que fazem parte do programa.

Karla Peixoto, gestora do programa no Sebrae em Ilhéus, lembra que o Renova Varejo 2022 já está com as inscrições abertas. “Os empresários do ramo da moda, minimercado, comércio de alimentos, material de construção e equipamentos de informática já podem se inscrever através do link. As vagas são limitadas e já existe uma lista de espera para esse novo ciclo, é fundamental que o empresário não espere iniciar, mas manifeste a sua intenção em integrar o novo grupo”, finalizou.

Ordem também formaliza autorização de lives que divulguem conteúdos educativos
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O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) autorizou, na última quinta-feira (15), que advogados impulsionem conteúdos jurídicos e educativos em seus perfis nas redes sociais. No entanto, conforme a decisão da Ordem, o conteúdo impulsionado não poderá ofertar serviços nem usar propaganda para captação de clientes.

Além de investir na difusão dos conteúdos jurídicos, os advogados também poderão promover lives com propósito educativo.

As novas regras entrarão em vigor 30 dias após a publicação das diretrizes da OAB, ainda sem data definida.

IMPULSO

No vocabulário da publicidade, impulsionar significa comprar maior alcance de público para as publicações em plataformas sociais, a exemplo do Youtube, Instagram e Facebook.  Sem o impulsionamento, os algoritmos dessas redes limitam a distribuição das publicações mesmo entre os seguidores de determinado perfil. Esse serviço é uma das principais formas de monetização das redes.

Numa analogia, é como se a plataforma sequestrasse a audiência do perfil, a quem é ofertada a opção de pagamento do resgate em dinheiro para voltar a aparecer nas telinhas dos próprios seguidores.

Após questionamentos legais, Whatsapp não vai impor restrições no Brasil
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O WhatsApp não vai impor mais restrições aos usuários que não aderirem às novas regras de coleta e tratamento de dados que estão em processo de adoção no Brasil e no restante do mundo. As novas práticas da plataforma são questionadas por órgãos como a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Ministério Público Federal (MPF).

A nova política foi anunciada no início do ano e entrou em vigor no último 15 de maio. Ela envolve o repasse ao Facebook, empresa controladora do WhatsApp, de dados das interações com contas comerciais. Inicialmente, o WhatsApp divulgou restrições e limitações a quem não aceitasse a nova política.

Entre as restrições estavam a impossibilidade de acessar a lista de conversas e a suspensão do envio de mensagens e chamadas para o celular algumas semanas depois, caso o usuário não aceitasse a nova política.

Os órgãos ANPD, Cade e MPF apontaram problemas tanto para a proteção de dados dos usuários quanto para a concorrência do mercado de redes sociais e serviços de mensageria. Pesquisadores e entidades de direitos digitais também se manifestaram questionando a nova política.

Diante dos questionamentos, o WhatsApp se comprometeu a adiar a entrada em vigor das limitações por 90 dias. Agora, abandonou este prazo de três meses e abriu mão de impor tais obrigações.

Em nota à Agência Brasil, a empresa afirmou que, devido à discussão com autoridades regulatórias e especialistas em privacidade, a opção foi por não tornar as limitações obrigatórias.

“Ao invés disso, o WhatsApp continuará lembrando os usuários de tempos em tempos para que eles aceitem a atualização, incluindo quando as pessoas escolhem usar determinadas funcionalidades opcionais, como se comunicar no WhatsApp com uma empresa que esteja recebendo suporte do Facebook”, diz o comunicado da plataforma.

Catedral de São Sebastião tem programação online
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Com início na tarde de quinta-feira (1º), o Tríduo Pascal da Catedral de São Sebastião está sendo transmitido por meio de lives nas redes sociais da @paroquiasaojorgeilheus, nas plataformas do Youtube, Facebook e Instagram.

A programação, que começou nesta quinta-feira, com missa da Ceia do Senhor, às 16h, segue com celebração nesta Santa da Paixão (2), às 15h, e, no Sábado de Aleluia (3), com celebração eucarística, às 16h.

No Domingo da Ressureição, terá missa pascal às 9h e às 16h. A lotação máxima é de 80 fiéis na Catedral para cada celebração, adequada a todos os protocolos de higiene e prevenção contra a Covid-19, como distanciamento físico com marcação nos assentos, disponibilização de álcool em gel e obrigatoriedade do uso da máscara de proteção.

As missas na Catedral serão presididas pelo bispo da Diocese de Ilhéus, Dom Mauro Dom Mauro Montagnoli.

PARÓQUIA SÃO PAULO APÓSTOLO

Na Paróquia São Paulo Apóstolo, na Avenida Princesa Isabel, do Pároco Padre Cristo, nesta sexta-feira (2), haverá celebração às 15h; Sábado Santo (3), celebração às 15h; no Domingo de Páscoa (4), Missa na Matriz de São Paulo Apóstolo às 7h; na capela de São Lucas às 8h30min e às 10h na Capela de São Frei Galvão.

Seguindo as determinações da diocese e das autoridades sanitárias, somente será permitida a participação de 30 fiéis nas celebrações por ordem de chegada. Para acompanhar a transmissão pelas redes sociais da Paróquia São Paulo Apóstolo, é só acessar no facebook @pauloapostolo ou pelo Youtube padre cristo oficial.

Nota falsa de R$ 420 aparece em Feira de Santana
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O Banco Central ainda está na nota de R$ 200, mas nas ruas da vanguardista Feira de Santana já está circulando uma cédula com o valor sugestivo de R$ 420. Um vídeo com a nota, que é falsa e sem valor de troca, viralizou nas redes sociais.

Com número de série e até assinatura do BC, a ‘verdinha’ tem alguns detalhes curiosos: enquanto a fauna foi representada pelo bicho preguiça, a flora homenageou a maconha – entregando o tom de “gastação” da cédula.

“A cidade de Feira de Santana é o diabo. Uma nota de 420 já saiu aqui. ‘Ê minino da disgrama’. E o negócio não é falso, não”, diz o narrador, que esbarrou com a cédula no “Bar de Pequeno”, na região de Marajó, mas a nota é falsa, sim. Correio 24h.