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rpmRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

Como tudo na vida, precisamos fazer uma seleção do que circula, participando ou reproduzindo conteúdos de acordo com os nossos valores pessoais e as repercussões e impactos sociais causados.

 

As cidades são espaços de conflitos em função do sem-número de desejos, necessidades e expectativas dos munícipes e das frustrações advindas do ordenamento legal imposto pelas administrações, bem como da não realização de intervenções justificada pela limitação dos recursos financeiros ou, até mesmo, por entraves burocráticos pertinentes ao processo da gestão pública.

A diversidade de pensamento em relação à organização do espaço das cidades é também uma das correntes que norteiam a vida dos partidos políticos, que acabam por atrair para os seus quadros os ativistas que buscam materializar para o dia-a-dia dos municípios as formulações que defendem. A razão de ser desse debate pode ser percebida nos diversos diálogos presenciais, ou através das mídias sociais; aliás, diante dos perigos impostos pela violência e da própria correria cotidiana, os encontros presenciais sofrem limitações e são cada vez mais substituídos pelas interações virtuais, embora na visão de muitos essa ferramenta imponha barreiras e bloqueie o calor humano necessário para criar laços.

As redes sociais têm sido cada vez mais o espaço convergente para os inúmeros debates a respeito das expectativas humanas em todas as áreas e direções; figuram também como uma espécie de mecanismo de auxílio para diversas outras necessidades do nosso cotidiano. São inúmeros os benefícios que poderíamos citar, embora coexistindo com as impurezas de conteúdo que encontramos também na grande rede. Como tudo na vida, precisamos fazer uma seleção do que circula, participando ou reproduzindo conteúdos de acordo com os nossos valores pessoais e as repercussões e impactos sociais causados.

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Precisamos disciplinar nossas rotinas para não nos isolarmos do mundo no aspecto das trocas de convivência, limitando nossa interação por conta do excesso de contato feito unicamente pelas redes sociais.

 

As tecnologias do mundo moderno criaram facilidades, tais como agilidade, proximidade e ampliação do leque de possibilidades profissionais, mas também possibilitaram diversos males. Num clique podemos destruir vidas; num impulso, permitimos invasões de privacidade, invadimos e nos expomos às vulnerabilidades do excesso de disponibilidade e de informações no espaço virtual.

Nos tempos em que eu iniciava a vida executiva, não existiam os mecanismos de hoje e por isso existia uma delimitação melhor de vida pessoal, trabalho e respeito aos mundos de cada indivíduo. O dia de trabalho geralmente terminava no local de trabalho, com exceções, obviamente. Mas não era regra, como corriqueiramente ocorre hoje, a extensão do horário e ambiente de trabalho nas residências, nos horários de folga.

Para além da liberdade proporcionada pela simultaneidade entre execução de tarefas e locomoção e agilidade nos feedbacks, os smartphones também roubam a atenção do que deveria ser prioridade, tais como o olho no olho, o tempo livre de preocupações para desacelerarmos a rotina e fazermos reflexões sobre nós mesmos e nossa estada no mundo… Atrapalham até quando o nível de amizade é medido pelo termômetro do tempo que levamos para responder uma mensagem no WhatsApp após visualizá-la.

Vivemos um novo tempo, novos paradigmas, e precisamos entender ou nos esforçar para proceder a adaptações a esse momento da vida em sociedade. Precisamos disciplinar nossas rotinas para não nos isolarmos do mundo no aspecto das trocas de convivência, limitando nossa interação por conta do excesso de contato feito unicamente pelas redes sociais.

Nada substitui o calor humano de um abraço, o olhar nos olhos e a sinergia da solidariedade presencial. Vivamos os benefícios da tecnologia sem nos esquecer de que ela foi pensada para nos propiciar soluções, e não para nos ambientar ao isolamento das emoções e nos transformar em consumidores compulsivos dos ambientes virtuais. Não nos esqueçamos de que todos os indivíduos têm e precisam do recolhimento familiar, do aconchego da casa e da necessidade de praticar o ócio, criativo ou não.

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em planejamento e gestão de cidades.

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Cidade enfrenta crise e população sofre, mas ainda brinca (Foto Pedro Augusto).
Cidade enfrenta crise e população sofre, mas ainda brinca (Foto Pedro Augusto).

Um sentimento de fim de mundo paira em Itabuna há alguns meses. Seja pelas epidemias de dengue, zika e chikungunya, seja pela falta de água ou por ter que se contentar com a água salgada que goteja uma vez por mês, o fato é que nunca se viu esta cidade em situação de equivalente desordem.

O quadro dramático é tratado com bom humor por alguns itabunenses nas redes sociais, bem naquela linha do “rir pra não chorar”.

No Facebook, um sofredor anuncia: “Quer fazer um estágio que lhe dará uma boa noção de como deverá ser o fim do mundo? Venha passar uns dias em Itabuna!”. E, para não pensarem que estamos sozinhos nesse interminável episódio de The Walking Dead, um vizinho responde: “Depois do estágio (em Itabuna), venha fazer um MBA em Ilhéus”.

A resenha inclui até sugestão de que o caos seja usado como estratégia de marketing. Já tem até o mote: “Venha para Itabuna e experimente o privilégio de ter uma visão do Apocalipse”.

Tem ainda quem dê uma de Poliana e veja o lado positivo de toda essa bagaça. Para uma sobrevivente, “sem água, nós diminuímos os banhos e aumentamos o uso de perfume, o que é um bom treinamento para ir a Paris”. E prossegue com o mesmo otimismo: “com água, porém salgada, estamos tomando muitos banhos de descarrego, treinando para enfrentar a situação política do país”.

E segue a vida na base do humor. Porque sem ele tá difícil encarar o sofrido dia-a-dia desse lugar.

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Aprovados no último concurso da Polícia Civil da Bahia, realizado em 2013, promovem forte mobilização para que o governo os convoque. Na semana passada, o governador Rui Costa declarou que as nomeações estão impedidas porque o Estado ultrapassou o limite de 46,17% de gastos com a folha de pessoal. De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, novas contratações ficam condicionadas à redução do índice.

Página Bahia Segura concentra manifestações dos concursados
Página Bahia Segura concentra manifestações dos concursados

Nas redes sociais, os concursados cobram uma previsão do governo e lembram que Rui, em fins de janeiro, afirmou que a nomeação dos novos policiais estava encaixada no orçamento e não seria atingida pela questão do limite prudencial. À época, o governador prometeu que a convocação ocorreria logo após o último Carnaval.

Além de questionamentos individuais, publicados nas páginas do governador nas redes, os concursados criaram no Facebook a comunidade Bahia Segura, que já conta com 5.5oo membros e concentra grande parte das manifestações virtuais (confira).

Os aspirantes a futuros policiais civis também planejam novas manifestações “físicas”. Nesta quarta-feira (23), a mobilização será na Governadoria, enquanto um segundo protesto está sendo programado para o dia 21 de abril, Dia de Tiradentes. Que, não por coincidência, é o patrono da Polícia Civil.

 

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Cerca de um ano e dois meses após o incêndio que destruiu completamente suas instalações no Polo de Informática de Ilhéus, a empresa Unicoba reabriu suas portas nesta segunda-feira, 6. A reconstrução da unidade exigiu investimentos de R$ 3 milhões.
A Unicoba produz equipamentos de GPS, rede, fontes para notebook e receptores de TV digital. Na reabertura, o diretor-presidente da empresa, Young Moo Park, afirmou que a produção em Ilhéus será ampliada. “A ideia é expandir nossas operações e nosso volume de vendas”, declarou.
Além dos setores de eletrônica e informática, a Unicoba atua nos segmentos de serviços e energia. A empresa tem três fábricas no país (em Ilhéus-BA, Manaus-AM e Extrema-MG), somando um total de 900 funcionários.