Tempo de leitura: 3 minutos
Sala de aula de ensino médio (Foto ABr).
Sala de aula de ensino médio (Foto ABr).

Aprovada nessa quarta-feira (8), a reforma do ensino médio poderá ser implementada apenas em 2020 e ainda assim, não deve chegar imediatamente a todas as escolas. A previsão é dos estados e das escolas particulares. Isso porque a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), elemento fundamental para a implementação da reforma ainda está em discussão no Ministério da Educação (MEC).

“Quem entra nos holofotes agora é a Base, o início da implantação da reforma é atrelado à Base”, afirma o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Fred Amâncio.

A BNCC do ensino médio será definida pelo MEC e encaminhada para a aprovação do Conselho Nacional de Educação (CNE), para depois retornar à pasta para homologação. “Se isso ocorrer no segundo semestre, teremos até 2020 para iniciar o processo. Claro que vai depender de grande discussão, de várias definições. Começa agora uma etapa de discussão nos estados de como se dará a implementação”, diz.

A reforma do ensino médio define que as escolas devem passar a oferecer opções de itinerários formativos para os estudantes. Eles deverão optar por uma formação com ênfase em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou formação técnica.

Parte da formação (40%) será voltado para a ênfase escolhida e o restante do tempo, para a formação comum, definida pela Base Nacional Comum Curricular. Os estados devem começar a implementar o novo modelo no segundo ano letivo subsequente à data de publicação da BNCC. Isso pode ser antecipado para o primeiro ano, desde que com antecedência mínima de 180 dias entre a publicação da Base Nacional e o início do ano letivo – ou seja, caso aprovada no primeiro semestre, poderia começar a vigorar em 2019.

Leia Mais

Tempo de leitura: 2 minutos

PROF ELTON OLIVEIRAElton Oliveira | srelton@hotmail.com

 

Alterar toda a atual política educacional nacional e criar um novo ensino eficiente em 120 dias é, no mínimo, criar uma educação e uma escola do tipo “para inglês ver” na mais latina das Américas.

Como educador, preocupa-me a Medida Provisória enviada pelo governo Michel Temer (PMDB) para a reforma do Ensino Médio num prazo de 120 dias. A mesma põe fim à obrigatoriedade de aulas de artes, educação física, espanhol, filosofia, música e sociologia que fazem parte do atual currículo nacional.

O Brasil é o único país da América do Sul que não fala o Espanhol. Como uma nação continental e agora potência emergente, precisamos nos integrar mais ao Mercosul, assumir a nossa identidade latina. Retirar o Espanhol do ensino é sobretudo uma busca pelo isolamento. A quem isto interessa?

A obrigatoriedade do Inglês e a exclusão do Espanhol da grade oficial de ensino simboliza e reforça a identidade de colônia de periferia de terceiro mundo. Se o Espanhol, Inglês e Português fossem ensinados de forma eficiente e com qualidade, poderíamos, num futuro próximo, transformar o Brasil no líder do Cone Sul (Austrais), assustador para quais interesses?

Numa análise global de 360°(super eficientes) da educação feita no Fórum Econômico Mundial (Davos, Suíça – 2016), com base no Relatório Sobre Capital Humano utilizando o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que analisou 130 países, temos na liderança do ranking:

1. Finlândia
2. Noruega
3. Suíça
4. Japão
5. Suécia

Leia Mais