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Paulo_SoutoO ex-governador Paulo Souto (foto) pisou na bola nesta terça (13) ao questionar o horário de funcionamento do Hospital Otávio Mangabeira, em Salvador. Em tom de denuncismo, disse que o governo baiano cometia um absurdo. Disse ele, conforme sua assessoria:
– O funcionamento em horário comercial do Hospital Otávio Mangabeira, especializado em enfermidades respiratórias, é mais uma prova do descaso do atual governo petista com a vida das pessoas. Agora os pacientes vão ter que combinar com a doença o horário de adoecerem. Um absurdo!
Momentos depois da denúncia, o diretor do Hospital, Renan Araújo, ex-secretário da Saúde de Itabuna, rebateu o ex-governador. Renan considerou a atitude de Souto “um desespero”.
– No afã de atacar a gestão da saúde de Wagner perdeu completamente o mínimo compromisso com a verdade e parece que foi acometido de amnésia.
Funcionários que trabalham no Otávio Mangabeira há mais de 20 anos repudiaram a ação de Souto. “Por atuar no HEOM desde 1992, posso reafirmar que o hospital nunca funcionou como unidade de emergência!”, disse a servidora Joanice Macedo por meio do Facebook.
Abaixo, confira o desabafo do diretor nas redes sociais:
renan araujo2Renan Araújo
Paulo Souto partiu para o desespero. No afã de atacar a gestão da saúde de Wagner perdeu completamente o mínimo compromisso com a verdade e parece que foi acometido de amnésia.

Hoje ele “denunciou” amplamente na imprensa, com manchete bombástica que “um hospital público na Bahia funciona em horário comercial”. Refere-se o candidato do DEM ao Hospital que ora dirijo: o Hospital Otávio Mangabeira.

Esse senhor foi governador da Bahia por oito anos. Nunca, em nenhum dia da sua gestão o Otávio Mangabeira teve emergência aberta em horário noturno e finais de semana.

Não é um hospital de emergência! É um hospital especializado em doenças pulmonares que recebe seus pacientes encaminhados pela regulação e também internados a partir do seu ambulatório.

Nesse aspecto, não mudamos nada do que funcionava no período de Paulo Souto.

Mas outras coisas foram mudadas. Nos anos de Governo Jaques Wagner inúmeras melhorias foram realizadas naquele hospital. Foi implantada uma segunda UTI, reformado o ambulatório de tuberculose, ampliada e melhorada a recepção de pacientes que vão realizar exames, reformada a pediatria, realizada pintura geral, troca de camas e mobiliário, incorporados novos equipamentos e de novos serviços.

Durante a epidemia de H1N1 foi mantido aberto no Otávio Mangabeira um pronto atendimento que funcionou por meses em regime de 24 horas.

A primeira vez que visitei o Otávio, quando fui diretor da SESAB, pude verificar o estado lastimável em que Paulo Souto deixou aquela unidade. Pude também contribuir com diversas melhorias e agora tenho a honra de ser seu diretor.

Se Paulo Souto pensa que dessa maneira vai ganha votos e a eleição está muito enganado. Mentira não se sustenta!

O Hospital Otávio Mangabeira funciona 24 horas por dia todos os dias da semana, tratando de pacientes portadores de tuberculose, DPOC, tumores, pneumonia e demais doenças pulmonares e aqueles que necessitam de cuidados intensivos. Possui um quadro de profissionais da mais alta competência e dedicação no tratamento da tuberculose, na cirurgia torácica, na referência que somos em doenças pulmonares.

Serviços ambulatoriais importantes fazem parte de seu perfil: fibrose cística, DPOC, asma grave, alergologia, tratamento de tuberculose, inclusive a multi-resistente, dentre outros.

Estamos ampliando nossa capacidade de atendimento, realizando ainda mais melhorias, embalados com a chegada de inúmeros profissionais.

Se Paulo Souto fosse melhor assessorado, ou buscasse ser coerente com a sua memória, nunca abriria a boca para fabricar uma “notícia” dessa maneira.

Os servidores do Hospital Especializado Otávio Mangabeira certamente não ficarão satisfeitos com declaração tão leviana por parte de um ex-governador que pretende retornar ao comando do Estado. Os pacientes que lá estão internados e assistidos certamente não entenderão uma declaração dessas, calcada em mentira e no oportunismo.
Renan Araújo é diretor do Hospital Otávio Mangabeira e ex-secretário de Saúde de Itabuna.

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Renan fez críticas ao prefeito Vane.
Renan fez críticas ao prefeito Vane.

Uma nota assinada pela “comissão política” do diretório itabunense do PCdoB desautorizou as críticas de Renan Araújo, ex-secretário de Saúde, ao prefeito Claudevane Leite. Renan é quadro histórico do partido e as críticas em entrevista na qual falou dos problemas na saúde e da demora para o retorno da Gestão Plena geraram desconforto na relação Vane-PCdoB.

Para Renan, o prefeito é o culpado pela falta de dinheiro na saúde. O ex-secretário disse que trabalhou para que o município retomasse a gestão dos recursos da média e alta complexidade em agosto deste ano. A estimativa é de que estes recursos representem cerca de R$ 120 milhões anuais de receita para a saúde. O ex-secretário foi exonerado por Vane no dia 26 de julho (relembre aqui).

Na nota, a comissão “esclarece que as opiniões manifestadas por ele não representam o pensamento do partido, nos pontos que se referem à administração do prefeito Claudevane Leite”. Para a direção local do partido, o prefeito tem atuado com “sabedoria” para que o município retome a Plena (Comando Único do SUS) e primado “pelo respeito ao Conselho Municipal de Saúde”.

Ainda em nota, a comissão faz afago em Renan, lembrando do seu papel para reorganizar a Secretaria da Saúde, mas ressalta “a posição é de alinhamento e de respeito a seus pares, cabendo-nos, neste momento, manifestar nosso total apoio à condução que o gestor maior do município vem dando ao processo de reconquista da Plena”. A entrevista com Renan foi publicada no Políticos do Sul da Bahia e repercutida pelo PIMENTA. Confira a íntegra da nota no “leia mais”

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Renan caiu por se opor a negociação suspeita.
Renan teria caído por se opor a negociação suspeita.

A revelação é feita pelo Cia da Notícia: não foram os problemas na atenção básica que resultaram na queda do médico Renan Araújo do comando da Secretaria de Saúde de Itabuna.

Segundo a publicação, o desgaste de Renan no Governo Vane começou quando ele se opôs a pagar uma suposta dívida de R$ 4 milhões da Prefeitura de Itabuna com a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

Renan, informa o Cia da Notícia, “descartou a possibilidade de realizar o acordo” por entender que o seu pagamento era temerário. “Uma semana após a conversa, o secretário foi exonerado pelo prefeito durante uma entrevista à imprensa”, anota a publicação.

Dentro do governo, vem sendo dito que tanto o prefeito Claudevane Leite como o vice-prefeito Wenceslau Júnior são favoráveis ao pagamento, daí a exoneração de Renan.

Uma ação judicial perdura desde a gestão do ex-prefeito Fernando Gomes, em 2008. O prefeito foi orientado a não pagar a dívida. A razão principal: a ação movida pela Santa Casa era frágil, pois não apresentava documentos de prova como a prestação dos serviços, a origem dos procedimentos e quais os pacientes beneficiados.

O sucessor, Capitão Azevedo, também foi pelo mesmo caminho. Será que o prefeito Claudevane Leite vai pagar? E o novo secretário, Plínio Adry, terá também essa intenção? E o vice-prefeito Wenceslau Júnior, seria mesmo favorável a pagar uma dívida da qual, conforme a denúncia, não se tem comprovação?

Em tempo: o novo titular da Saúde, Plínio Adry, toma posse amanhã, às 17h, em solenidade na sede da secretaria, na Rua Barão do Rio Branco, no Alto Mirante.

A propósito, o ex-secretário deverá prestar consultoria para a Prefeitura de Itabuna. O entendimento é que Renan seria muito útil ao município nas áreas de maior complexidade e na captação de recursos com atração de procedimentos de maior remuneração na saúde.

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(Foto Pimenta).
(Foto Pimenta/Arquivo).

Com o semblante mais tranquilo que a quinta-feira de reuniões tensas, o prefeito Claudevane Leite participava nesta sexta á tarde (26) da inauguração da sede da Bahiagás em Itabuna. Ao lado do vice-prefeito Wenceslau Júnior e do presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, ambos do PCdoB, o prefeito dizia em entrevista ao PIMENTA que ainda não havia definido o nome do novo secretário da Saúde. 

O nome mais provável para o cargo, no entanto, participava da solenidade: o médico e empresário Eduardo Fontes. Vane desconversou quando questionado sobre o nome para o lugar de Renan Araújo, demitido por dificuldades de mostrar avanços em uma área. “Realmente, a atenção básica deixou a desejar, não funciona como gostaríamos”, disse Vane, reconhecendo o esforço do ex-secretário no retorno da Gestão Plena. Confira a entrevista.

BLOG PIMENTA – O que levou à demissão do secretário da Saúde?

CLAUDEVANE LEITE – Entendemos que uma das pastas mais complicadas é a Saúde e reconhecemos que houve um esforço muito grande de Renan [Araújo], mas esse é um momento de mudança, tomar outro rumo, sem briga. No momento que a gente entender que um secretário precisa ser mudado, que precisa de uma dinâmica diferente, a gente vai fazer isso.

PIMENTA – Mas qual o motivo específico da exoneração?

VANE – Nós avançamos em algumas áreas: Cedorf, Hospital de Base, retorno da Gestão Plena, mas, realmente, a atenção básica deixou a desejar, não funciona como gostaríamos. Temos problemas de estrutura e a maioria das unidades é alugada. Mas esse não é o motivo principal da saída dele. A gente entende que precisa de um novo rumo. Por isso, a mudança.

PIMENTA  – Essa mudança  significa avançar em quais áreas?

VANE – O Hospital de Base melhorou bastante. A gente pegou salários atrasados, saiu de 4 para 9 leitos de UTI, amanhã (hoje) vamos inaugurar a reforma geral do hospital, mas o que precisamos hoje é que a atenção básica funcione melhor. Itabuna, como todas as cidades do país, sofre com a falta de médicos. Nós entendemos que essa reivindicação da sociedade  pelo melhor funcionamento dos postos de saúde é legítima. Espero que em agosto, setembro possamos mudar essa realidade com os postos funcionando de uma melhor maneira.

PIMENTA – O senhor já tem algum nome para o cargo?

VANE – Durante a campanha, nós prometemos que os cargos seriam indicação política, mas nunca sem perfil [para a área]. Vamos buscar uma pessoa com perfil. Nessa necessidade urgente de fazer com que a atenção básica funcione, pessoalmente estarei trabalhando neste sentido para que essa dinâmica de melhoria nas unidades possa acontecer o mais rápido possível.

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Não há briga com nenhum partido, muito menos o PCdoB. O PCdoB é aliado, ajudou muito a gente, tem quadros importantes no governo.

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PIMENTA – Dá para conciliar essa função com a de prefeito, levando em consideração a complexidade da Secretaria da Saúde?

VANE – É como eu estou falando… Sou prefeito de todas as secretarias, da saúde, da educação, da infraestrutura, só que colocamos pessoas capazes em cada área. A gente sente hoje que a maior dificuldade da cidade é a saúde. Com certeza, vamos ajudar muito mais a saúde. Estamos mais perto, negociando pessoalmente, vendo a questão dos recursos, para que a gente possa fazer com que a atenção básica, tão criticada com razão pelas pessoas que precisam, funcione melhor.

PIMENTA – O secretário será do PCdoB ou indicado pelo partido?

VANE – Pode ser alguém do PCdoB, pode não ser. Mas eu sempre digo que, do secretário ao gari, a nomeação é do prefeito. Há a indicação, mas sempre a gente analisa.

PIMENTA – Pelo lado político, o senhor não teme um atrito se a indicação não for do PCdoB?

VANE – Com toda a sinceridade, não há atrito no governo. O governo está unido, tem objetivo. É um governo só, uma prefeitura só, um prefeito e todas as secretarias precisam vestir essa camisa que é a da gestão.

PIMENTA – Não há atrito?

VANE – Não há briga com nenhum partido, muito menos o PCdoB. O PCdoB é aliado, ajudou muito a gente, tem quadros importantes no governo… Nós estamos trabalhando com harmonia. Nós só sentimos que precisávamos dar uma nova dinâmica, uma dinâmica melhor à Saúde. Reconhecemos o papel de Renan, que foi útil, deixou coisas boas, mas entendemos que é preciso outra dinâmica.

PIMENTA – O senhor elogiou o trabalho no Hospital de Base. Paulo Bicalho é o nome escolhido para a secretaria?

VANE – Paulo Bicalho é um técnico, já foi secretário [da Saúde]  de Itabuna e de Camaçari, tem todas as condições, mas Paulo tem feito um trabalho fantástico no Hospital de Base. Paulo mudou a realidade do hospital. Quando chegamos, desculpe a expressão, o Base cheirava mal. Era uma situação muito ruim. Com a nossa determinação, confiança, Paulo, sem interferência política, conseguiu sanear o Hospital de Base. A tendência é que ele permaneça no hospital para que possamos ajudá-lo, principalmente após a vinda da Gestão Plena.

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A queda de Renan Araújo do cargo de secretário da Saúde de Itabuna não representará perda de poder do PCdoB na Pasta. O prefeito Claudevane Leite garantiu que caberá ao partido a indicação de um nome para a vaga.

Vane comandará a pasta, pessoalmente, enquanto o partido escolhe um nome. Ontem foi um dia de intensas reuniões entre PCdoB e o prefeito, mas os dois lados não decidiram pela queda de Renan. Para os comunistas, o secretário hoje exonerado continuaria à frente da Saúde. Ledo engano.

Razões para a queda de Renan Araújo vão desde a falta de ações pela melhoria na atenção básica ao rompimento do diálogo com setores importantes da sociedade, além do enfrentamento direto com o Conselho Municipal de Saúde. Este enfrentamento, aliás, tem menos de Renan e mais do PCdoB.

PC DO B DEU EMPURRÃOZINHO
Foi o partido quem comandou a operação para aprovar, a toque de caixa, lei que modifica a composição dos membros do Conselho Municipal de Saúde de Itabuna (CMSI). Um rascunho de projeto foi apresentado pelo vereador Jairo Araújo (PCdoB) na Câmara. Por fim, o presidente do Legislativo, Aldenes Meira, também do PCdoB, operou para que o projeto de lei fosse aprovado sem a participação do conselho, o que era uma exigência legal.

Ainda à frente da pasta, Renan Araújo bateu de frente com o médico Humberto Barreto, exonerado do cargo do Planejamento no início de junho. O sanitarista deixou o cargo após forte ataque do PCdoB. A exoneração de Humberto acelerou a queda de Renan.

O médico sanitarista havia trabalhado na formação da equipe de saúde e tinha completo diagnóstico da rede, mas os trabalhos não avançavam, em tese, por causa de disputas internas.

BOICOTE

Do lado do PCdoB, há desconfiança de que Renan foi boicotado por setores importantes do Governo. Uma das justificativas seria o atraso na reforma das unidades de saúde que deveriam ser entregues neste final de semana. O secretário também perdeu poderes quando o próprio Claudevane Leite indicou o responsável pelo financeiro da Pasta, há dois meses.

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Renan cai por falta de "resolutividade".
Renan cai por falta de “resolutividade”.

O prefeito Claudevane Leite exonerou o secretário municipal da Saúde, Renan Araújo, nesta manhã de sexta-feira (26). A queda do secretário era esperada há mais de um mês devido ao baixo rendimento de Renan à frente da pasta.

Vane estaria insatisfeito com a precariedade dos serviços da rede básica de saúde, mesmo após sete meses à frente do governo. “Os recursos não deixaram de chegar, mas a atenção básica não melhorou”, disse ao PIMENTA uma fonte do governo.

Nesta semana, o secretário foi bastante cobrado pela falta de médicos e de infraestrutura nos postos de saúde em matérias em emissoras locais e estaduais de televisão.

Como a última gota d´água, o prefeito não poderá inaugurar quatro das unidades de saúde anunciadas para este final de semana, quando o município completa 103 anos de emancipação política. O prefeito comandará a secretaria por, pelo menos, 30 dias ou até o PCdoB indicar um nome de consenso.

 

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Moradores protestam com panelas e bacias em posto de saúde (Foto Oziel Aragão)
Moradores protestam com panelas e bacias em posto de saúde (Foto Oziel Aragão).

Moradores do bairro Jorge Amado protestaram contra a falta de médicos na Unidade de Saúde da Família Mário Peixoto. Segundo os manifestantes, não há nem pessoal para executar o serviço de limpeza da unidade. Eles interditaram a unidade de saúde durante a manifestação.

Ao Plantão Itabuna, os usuários do SUS se queixaram de equipamento odontológico quebrado, balança destruída e banheiros interditados. A precariedade nos postos de saúde foi motivo de matéria em rede estadual de televisão hoje.

A TV Bahia mostrou postos de saúde fechados ou funcionando em péssimas condições, gabinetes dentários novos sendo destruídos devido a instalações com infiltração e umidade.

A promessa do governo é de melhorias com aquisição de R$ 1,5 milhão em equipamentos. Quem possui amplo diagnóstico da rede básica, afirma que a situação ficou ainda pior do que a registrada nos últimos meses do Governo Azevedo.

A população também reclama das dificuldades de acesso a exames e consultas com especialistas. À Rede Bahia, o secretário de Saúde de Itabuna, Renan Araújo, disse que os problemas enfrentados se deviam ao Estado não ouvir a população e que esse quadro muda a partir de agosto com o retorno da Gestão Plena (Comando Único do SUS).

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A eleição para o Conselho Municipal de Saúde de Itabuna (CMSI) foi adiada no início desta tarde, após membros do colegiado e o jurídico da Secretaria Municipal de Saúde chegarem a entendimento de que o processo foi “atropelado” da forma como proposta pelo governo. A nova data ainda será definida.

A eleição estava prevista para o próximo domingo (14), segundo edital de chamamento público divulgado, ontem à noite, no Diário Oficial eletrônico do município. Os conselheiros mostraram que não havia tempo hábil (três dias) para mobilização das entidades e segmentos e a realização das eleições.

Ontem, este blog denunciou a manobra do governo para tentar obter maioria no colegiado de controle social na área de saúde. O secretário municipal Renan Araújo disse ao PIMENTA que o processo estava sendo transparente (confira em posts abaixo).

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Renan diz que gestão é transparente.
Renan diz que gestão é transparente.

O secretário da Saúde de Itabuna, Renan Araújo, creditou à presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maria das Graças Santos, “falhas” no processo de indicação de membros e renovação do colegiado responsável por fiscalizar as ações no setor. A renovação, afirma, deveria ter ocorrido até 7 de abril.

Segundo ele, quando do anúncio de retorno da Plena, o conselho estava desarticulado. “Tivemos um prejuízo de 60 dias sem a plena”. Renan afirma que o retorno da gestão plena “é fundamental para” reestruturar a saúde de Itabuna. O secretário discorda de insinuações de golpe na composição do novo conselho.

“O dinheiro que virá a mais será para pagar os prestadores e para garantir a prestação dos serviços”, ressalta, questionando de onde teriam partido os números que constam de nota aqui publicada.

Os números são projeções feitas pelo próprio governo. Podem ser de R$ 110 milhões os recursos novos como até R$ 150 milhões, a partir da implantação de novos serviços e da instalação, em Itabuna, de uma central de leitos.

A possibilidade de ampliação dos valores recebidos foi dita pelo secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, quando esteve em Itabuna para anunciar o retorno da plena, junto com Renan Araújo e o prefeito Claudevane Leite, no auditório da Santa Casa de Misericórdia.

O secretário municipal ressalta o fato de a lei ter sido aprovada por unanimidade pela Câmara. Para ele, as ações para redefinição do Conselho Municipal de Saúde estão ocorrendo de forma “transparente”.

– Tão transparente que seu blog detém informações detalhadas sobre datas e locais das reuniões e todos os passos – diz. Renan afirma ser favorável ao fortalecimento da saúde e faz alguns questionamentos. “A quem interessa o caos? A quem interessa desrespeitar a lei votada na Câmara e sancionada pelo Prefeito?”.

DA REDAÇÃO: Este blog (gosta) e estimula o bom debate – e a verdade! Os questionamentos que o PIMENTA fez e faz agora são para que haja transparência e o processo ocorra de forma honesta, duas palavrinhas caras e que foram bastante usadas pelo prefeito Claudevane Leite na campanha. Quem lembra?

O secretário tenta ser irônico ao afirmar que o fato de o blog ter acesso às ações de bastidores seria uma prova de “transparência do processo”. Não é. Transparência seria a publicação do chamamento público com antecedência e não às pressas, após denúncia aqui feita, ontem.

Tanto o governo como o conselho foram orientados pelo Ministério Público a recompor o colegiado a partir da aprovação da nova lei na Câmara. O projeto foi aprovado e a lei acabou sancionada pelo prefeito Claudevane Leite no último dia 21. A partir deste momento poderia se discutir a eleição-escolha dos novos membros. Até onde se sabe, a comissão executiva não pôde fazer a transição.

É o prefeito quem dá posse aos conselheiros, mesmo aqueles com assento permanente. Isso ocorreu somente em 10 de junho (relembre aqui). Se o governo não o fez antes, deve ter tido lá suas razões, dentre elas ter ouvido e seguido recomendação do MP.

Quanto às acusações feitas pelo secretário à presidente do Conselho, Maria das Graças Souza, pelo secretário, o espaço está aberto para que ela se defenda.

Por fim, reconhecemos que o governo tem ouvido e entendido as críticas deste blog. Não foi por outra razão que, logo após a denúncia de ontem, tratou-se de publicar o chamamento público. É verdade que o edital está com data anterior à lei sancionada pelo prefeito Claudevane Leite. Também é verdade que em cima do prazo, mas já é um avanço.

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A queda do médico Humberto Barreto foi decidida pelo PCdoB no último sábado (8) numa reunião com os “cabeças” do partido. Liga daqui, liga dali, definiu-se no encontro dos capas-pretas uma linha de ação.
A estratégia primordial era derrubar o médico do cargo de diretor de Planejamento. E, na sequência, fazer aprovar a lei que redefine a composição do Conselho Municipal de Saúde, mas ao gosto do freguês. E o freguês não é o cidadão, obviamente.
(Aqui, um adendo: o Ministério Público está de olhos bem atentos à jogada envolvendo o Conselho. E o governo conhece muito bem o trabalho do MP. E aqui não vai nenhum juízo de valor, obviamente).
Foi no sábado que o secretário de Saúde, Renan Araújo, disse ao prefeito Claudevane Leite que era ele ou Humberto na Saúde. Vane titubeou.
O PCdoB local entrou no circuito e acionou os capas-pretas de Salvador, dentre eles o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães.
Agora, a mensagem era outra. Ou Renan ou Humberto. Com um complemento: se Humberto ficar, o PCdoB rompe com a administração.
Entre a seriedade de Humberto e a aliança política com os comunistas, Vane fez a escolha de todos (ou quase todos) já conhecida.
Os comunas até alegaram que o prefeito já havia retirado, do partido, o comando do financeiro da Saúde, quando exonerou Almeciano Maia, cunhado do secretário de Saúde.
Para completar as pressões, o presidente da Câmara, Aldenes Meira, também foi acionado. Vane, literalmente, viu-se encurralado.

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Humberto Barreto deixa governo após pressão do PCdoB estadual (Foto Pimenta/Arquivo).
Humberto Barreto deixa governo após pressão do PCdoB estadual (Foto Pimenta/Arquivo).

A direção estadual do PCdoB ameaçou o prefeito Claudevane Leite para que o diretor de planejamento da Secretaria da Saúde de Itabuna, Humberto Barreto, fosse exonerado do cargo. A confissão foi feita pelo próprio Vane a aliados mais próximos.
O prefeito se justificou dizendo que aceitou o pedido para que não houvesse rompimento com o aliado. A avaliação interna é de que, com este ato, Vane mostra quem realmente manda no governo. Em outros palavras, demonstrou fraqueza.
O PCdoB teria alegado ao prefeito que Humberto Barreto tinha forte ascendência sobre a equipe (na verdade, foi Barreto quem formou a equipe da Saúde) e não iria admitir “poder paralelo”.
O secretário Renan Araújo chamou Humberto para conversar nesta manhã. Disse a ele que havia combinado com o prefeito a sua exoneração “a pedido”. Humberto rejeitou a proposta, conforme disse ao PIMENTA há pouco.
O médico sanitarista afirmou que deveria constar no decreto o que realmente ocorreu, pois a exoneração partia do secretário.
O blog conversou com mais componentes da equipe da Saúde. Há uma disposição de chefes de departamento e diretores para deixar os seus respectivos cargos em ato de solidariedade a Barreto.

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O médico sanitarista Humberto Barreto foi comunicado, ao final desta manhã (10), do seu desligamento da Diretoria de Planejamento da Secretaria de Saúde de Itabuna.
A comunicação foi feita pelo próprio secretário Renan Araújo, que tentou fazer com que o médico pedisse a própria exoneração. Humberto foi uma escolha pessoal do prefeito Claudevane.
Caberá ao prefeito aceitar ou não o pedido de Renan.

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Renan diz que não há crise na Saúde.
Renan: não há crise na Saúde.

Ignorando insatisfações em sua pasta, o secretário Renan Araújo afirmou ao PIMENTA que “não há crise na Saúde”. Segundo ele, a “equipe está trabalhando normalmente” e nesta terça (4) estará em Brasília para uma audiência com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para tratar do retorno do Comando Único do SUS (Gestão Plena). O prefeito Claudevane Leite, segundo Renan, também participará da audiência.
Renan comentou nota deste blog sobre as incertezas em sua Pasta com o processo de substituição do seu cunhado, Almeciano Maia, por Edmar Sodré e Adnilson Ramos (confira aqui).
O secretário ainda firma que tratará de aquisição de equipamentos para o Hospital de Base de Itabuna. Segundo ele, o hospital terá mais recursos (“melhor financiamento”) a partir de julho, “com o retorno do comando único”.
Renan também fez elogios ao presidente da fundação mantenedora do Hospital de Base, o ex-secretário Paulo Bicalho. “Tem feito um excelente trabalho no Base”. Ele também antecipou que a Policlínica 2 de Julho  passará por uma reforma e reestruturação, “contando com recursos do município”.

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O Governo Vane pode sofrer baixas em sequência na Secretaria da Saúde. Os ruídos com a troca de comando nas áreas administrativa e financeira da Pasta (relembre aqui) deixaram a equipe em alerta.
O prefeito Claudevane Leite e o secretário Renan Araújo não têm falado a mesma língua. Renan precisa de nomes de sua confiança, enquanto Vane tem a necessidade de mostrar quem é que tem a caneta.
A desafinação acaba por prejudicar o andamento da Pasta. Pelo que apurou o PIMENTA, nomes como os de Humberto Barreto (diretor de Planejamento da Saúde) e Paulo Bicalho (presidente da fundação do Hospital de Base) integram a lista daqueles que já pensam em deixar a equipe, caso não haja correção de rumos.

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Vane bateu pé (Foto Gabriel Oliveira).
Vane bateu pé (Foto Gabriel Oliveira).

A lua de mel do prefeito Claudevane Leite com o PCdoB registra momentos de turbulência. Ontem, Vane rejeitou as indicações de Ramon Cardoso e Wellington Rodrigues, respectivamente, para os cargos de diretor financeiro e diretor administrativo da Secretaria da Saúde.
Os nomes foram levados ao prefeito pelo próprio secretário Renan Araújo, o vice-prefeito Wenceslau Júnior e o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães. Vane bateu pé, rejeitou as indicações e disse que ele escolheria os nomes.
Vane não aceitou a argumentação do titular da Pasta. Renan explicou ao prefeito que precisava de um nome de sua confiança para o financeiro. O prefeito rebateu afirmando que confiava nos nomes escolhidos por ele próprio (Adenilson Ramos, da Marimbeta, e Edmar Sodré, ex-Uesc).
Os dois cargos eram acumulados, até o início deste mês, por Almeciano Maia. Como revelou o Pimenta em primeira mão, Maia pediu exoneração do cargo (relembre aqui). Antes de apresentar os nomes de Ramon e Wellington, o trio comunista tentou o retorno de Almeciano. Vane não aceitou.