Estudante é perseguido em repressão promovida pela ditadura no país
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Nas primeiras horas do dia 1° de abril de 1964, tropas do Exército partiram de Juiz de Fora (MG) em direção ao Rio de Janeiro. Estava deflagrado o golpe militar que, neste sábado, completa 59 anos. O Brasil assistiu, naquele dia, intenso movimento nos meios políticos e a vacância do cargo de presidente da república.

Por pouco, naquele dia, as divisas do Distrito Federal não foram palco de um confronto. Uma divisão de cavalaria deixou o Mato Grosso para ocupar a capital. Um batalhão da guarda presidencial chegou a ser enviado para conter os invasores, mas não houve confronto, já que a adesão ao movimento golpista foi aumentando ao longo do dia dentro do exército.

O presidente João Goulart – conhecido como Jango – enfrentava reações contrárias após discursar na Central do Brasil em março, no Rio de Janeiro (foto). Ele prometeu reforma agrária e mais direitos trabalhistas. Naquele 1º de abril, Goulart chegou em Brasília no meio da tarde e ainda tentou organizar uma resistência, mas não conseguiu. Antes da meia noite, estava com a família em um avião com destino ao Rio Grande do Sul, seu estado natal.

DIREITOS POLÍTICOS CASSADOS

No Congresso Nacional, os parlamentares se reuniram em uma sessão que varou a madrugada. No dia 2 de abril, foi declarado vago o cargo de presidente da República. Dez dias depois, Jango teve seus direitos políticos cassados após a publicação do ato institucional número um, que praticamente eliminou a oposição no país. Naquele momento, houve apoio de vários setores da sociedade e as tentativas de resistência foram sufocadas.

“Qualquer tentativa a partir daquele momento resultaria provavelmente em fracasso, uma vez que o grupo do presidente Goulart decidiu, depois de um certo embate interno, por não resistir ao alegar que poderia haver um banho de sangue no Brasil”, avalia o historiador Virgílio Arraes.

Ele justifica esse posicionamento da equipe de Jango. “ Tendo em vista a constatação de que a maioria do oficialato, de que segmentos importantes da indústria, da agricultura, da igreja, os três principais estados do Brasil naquela altura estavam contrários a ele, o grupo ponderou que ainda que houvesse uma resistência ela seria, no médio prazo, infrutífera.”

No momento do golpe militar, a população de Brasília era relativamente pequena, formada basicamente por servidores públicos. O peso da iniciativa privada era similar ao de servidores e as formas de comunicação da capital ainda eram incipientes do ponto de vista da telefonia, por exemplo. Assim, o governo militar rapidamente assumiu o controle das mensagens que seriam veiculadas para a população.

REPRESSÃO

Um dos locais onde a repressão da ditadura se fez mais presente foi na Universidade de Brasília (UnB). Entre as vítimas está Honestino Guimarães, estudante de geologia e então presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Ele desapareceu em outubro de 1973 e se tornou um símbolo da luta contra a ditadura.

Matheus Guimarães, sobrinho do Honestino, conta que ele dedicou a vida por essa causa, pela construção de um mundo melhor, em defesa das liberdades, da soberania e do povo brasileiro. “É importante que a gente olhe para o passado, aprenda com os erros, com os equívocos e também com os acertos, para que esse aprendizado possa nos permitir dar passos mais firmes no presente em direção ao futuro que a gente quer construir”, ressalta Matheus. Informações d´Agência Brasil.

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Sérgio Silva pedirá R$ 700 mil de indenização (foto Arquivo Pessoal)
Sérgio Silva pedirá R$ 700 mil de indenização (foto Arquivo Pessoal)são,

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O fotógrafo da Futura Press, Sérgio Silva, de 31 anos, entrará com pedido de indenização de R$ 700 mil contra o governo do estado de São Paulo, em resposta à atuação da Polícia Militar. Na noite mais violenta dos protestos contra a elevação da tarifa do transporte público, em 13 de junho, o profissional foi atingido por uma bala de borracha no olho esquerdo enquanto fazia a cobertura do evento na capital paulista. Silva sofreu lesões oculares e fratura de órbita, por isso, pode ficar cego.
Em depoimento concedido ao G1, seu advogado, Paulo Sérgio Fernandes, avaliou que não será preciso provar quem foi o policial responsável pelos disparos ou se havia intenção de acertá-lo. “Precisamos mostrar apenas que alguém disparou e feriu um fotógrafo no exercício legítimo da profissão”, explicou o defensor de Silva.
Fernandes também ingressará com ação cautelar cobrando tratamento de qualidade para o profissional, que, na melhor das hipóteses, perderá 70% da visão, de acordo com os médicos. Informações divulgadas no dia que sucedeu a agressão apontavam que as chances de recuperação não ultrapassavam 5%.
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Diante das câmeras, Jamile esconde o rosto.

Cada vez mais mulheres – e jovens – são presas por envolvimento com o tráfico de drogas em Itabuna. Nesta quinta-feira, 22, a polícia civil deflagrou uma operação no bairro São Pedro e conseguiu prender Jamile Lucena de Santana, Lu, de apenas 20 anos.

Ela foi presa numa residência na rua Betel, 66. Lu estava acompanhada de outros traficantes que fugiram ao perceber a chegada da polícia. Quem comandou a operação foi a delegada Katiana Amorim, que cumpriu mandado de busca e apreensão expedido pela juíza da 1ª Vara Crime, Antonia Marina. Jamile responderá, pelo menos, por porte ilegal de arma.

A polícia encontrou com “Lu” um revólver calibre 38, cartões de crédito, documentos e um celular. A traficante não soube informar a quem pertencia a arma. Ela ainda afirmou que os produtos apreendidos pretencem ao esposo, prenome William. Segundo a delegada Katiana Amorim, William comanda o tráfico de drogas no São Pedro. Informações e foto de Fábio Roberto.