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Do Blog Agravo

O prefeito Jabes Ribeiro mandou vários contratados da secretaria de Assistência Social para a câmara de vereadores, com o objetivo de tumultuar a sessão que vai apreciar o pedido de afastamento do prefeito e a CEI do transporte público.

Faltando menos de uma hora para começar a sessão, o plenário da câmara já está cheio de contratados, impedindo que o pessoal do Reúne Ilhéus e do movimento dos sindicatos ocupem a câmara.

Segundo informações, Jabes convidou os contratados afirmando ser uma reunião sobre o pagamento de dois meses de salários atrasados.

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Alisson recomenda diálogo ao prefeito.
Alisson recomenda diálogo ao prefeito.

O vereador Alisson Mendonça (PT) disse hoje que o sentimento em Ilhéus é de final de gestão. “Eu nunca vi um sentimento desse num governo que se inicia”, justificou em entrevista ao programa O Tabuleiro (Conquista FM). Alisson criticou a falta de diálogo por parte do prefeito Jabes Ribeiro. “Início de mandato com prefeitura fechada, Reúne Ilhéus na porta e o servidor não é chamado para diálogo [mais de 30 dias após a greve]”.

Alisson também fez críticas a Jabes por querer culpar o funcionalismo pela crise. Segundo ele, o prefeito atribui à greve geral a falta de atendimento na saúde e o não funcionamento das escolas. “Isso não é verdade, é mentira. A saúde e a educação iam mal antes. Postos médicos fechados, sem remédio”, denunciou.

Ele também afirmou que existe escola na região da Lagoa Encantada que ainda não funcionou neste ano. “Estamos no mês oito e [a escola] nem abriu porta”.

Por fim, disse que o prefeito vai perder se quiser “medir forças” com o funcionalismo e movimentos sociais, como Reúne Ilhéus.

– Jabes já foi eleito por pequena parcela da população, governa mal e vai para queda de braço com esses movimentos? Vai perder. Claro que vai peder – disse, ponderando que nessa queda de braço quem perde é a população em geral, que está vivendo em cidade “suja, feia, esburacada”. E completou dizendo que torce para a cidade voltar à normalidade.

PREFEITO CUBANO PARA ILHÉUS

Antes, o vereador havia observado a disposição do prefeito em atribuir ao PT ações como a greve do funcionalismo ou a atuação do Reúne Ilhéus. Alisson ainda comentou a proposta de um ouvinte da emissora de trocar Jabes por um prefeito cubano.

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O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, não pisa no Palácio Paranaguá há quase 40 dias. Ontem à noite, foi surpreendido pelos integrantes do Reúne Ilhéus enquanto comia acarajé na Praça Castro Alves (Praça do Acarajé da Irene). Não viu outro caminho a não ser conversar com os manifestantes. Aliás, a conversa foi a de sempre: disse que não há como reduzir a tarifa de ônibus nem conceder passe livre aos estudantes. A foto é de Luiz Fernandes Ferreira.

O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, não pisa no Palácio Paranaguá há quase 40 dias. Ontem à noite, foi surpreendido pelos integrantes do Reúne Ilhéus enquanto comia acarajé na Praça Castro Alves (Praça da Irene). Não viu outro caminho a não ser conversar com os manifestantes. Aliás, a conversa foi a de sempre: disse que não há como reduzir a tarifa de ônibus nem conceder passe livre aos estudantes. Por fim, pediu aos estudantes a desocupação da frente do palácio e passem a acampar na praça ao lado. A foto é de Luiz Fernandes Ferreira.

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Jovens do Reúne Ilhéus notificados de liminar favorável à Atranspi (Foto Abrahão de Oliveira Santos).
Oficial, de bigode, notifica Reúne Ilhéus  (Foto Abrahão de Oliveira Santos).

Ontem à tarde, cinco membros do movimento Reúne Ilhéus foram notificados de liminar judicial que assegura a circulação de ônibus às empresas Viametro e São Miguel. A liminar foi concedida em favor Associação das Empresas de Transporte de Passageiros de Ilhéus (Atranspi) pelo juiz da 4ª Vara dos Feitos Cíveis, Comerciais e de Relações de Consumo, Jorge Luiz Dias Ferreira, e prevê multa de dez salários mínimos caso o movimento impeça a entrada e saída de pessoas e veículos nas garagens da São Miguel e da Viametro.

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Ônibus foram impedidos de sair durante manifestação na porta da Viametro (Foto RI).
Ônibus foram impedidos de sair durante manifestação na porta da Viametro (Foto RI).

Membros do movimento Reúne Ilhéus cobraram do prefeito Jabes Ribeiro punição, com base na Lei Orgânica do Município, contra a Viação São Miguel. O movimento montou barricadas na porta da garagem da Viametro, ontem (20), impedindo a circulação da frota da empresa, e a outra concessionária decidiu recolher os seus ônibus.

– O alcaide só não explica os motivos que levaram uma das empresas [a São Miguel] a recolher os ônibus mesmo não tendo nenhum tipo de manifesto na porta da empresa e nem fala em punição por conta desta medida.

A associação das empresas cita ataque a um ônibus da São Miguel como justificativa para ter recolhido a frota. O ataque teria ocorrido na Ponte Lomanto Júnior (Pontal), por volta das 4h30min de ontem (20). O movimento também acusa o prefeito de promover campanha para desgastá-lo.

A decisão de fazer a manifestação na garagem Viametro, ontem, ocorreu após análise dos balancetes da empresa. De acordo com o Reúne Ilhéus, a empresa do Grupo Rota Transportes obteve receita bruta de R$ 20.008.402,55 e líquida de R$ 18.667.843,77, quando descontados R$ 600.252,00 de ISS,  R$ 600.252,00 de Cofins e R$ 130.054,62 de PIS.

Para o movimento, o lucro da empresa contrasta com “o péssimo serviço oferecido”. E acusa a empresa de “exploração do trabalhador e do cidadão”. Com a desoneração de PIS e Cofins das empresas, promovida pelo Governo Federal, os manifestantes cobram redução da passagem em Ilhéus. Pelos cálculos do governo, tarifas podem ser reduzidas em até R$ 0,27 com a desoneração.

O Reúne Ilhéus sustenta que pressionará o legislativo a instalar Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar as duas empresas. O documento foi entregue ontem e possui “grande” número de “denúncias de profissionais e populares” que utilizam o sistema de transporte.

OCUPAÇÃO CONTINUA
O movimento também decidiu continuar acampado em frente ao Palácio Paranaguá, sede do governo municipal. A ocupação chega hoje ao 38º dia. Este também é o tempo que o prefeito Jabes Ribeiro não vai ao Palácio. Segundo afirmou numa entrevista a este blog, em julho, teme ser agredido fisicamente pelos manifestantes.

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O prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, está há 34 dias sem pisar os pés na sede do governo municipal, o Palácio Paranaguá. Afirma que se sente constrangido em ir ao Palácio tendo à frente do prédio histórico um acampamento de membros do Reúne Ilhéus. Numa entrevista ao PIMENTA, o prefeito revelou o temor de, assim como o ex-governador Mário Covas, ser agredido fisicamente.

Ontem, o Reúne Ilhéus espalhou nas redes sociais esta montagem que já conta com mais de 500 compartilhamentos. A maioria cobra o “reaparecimento” do prefeito, outros lembram que o chefe do Executivo reside em Salvador.

Jabes e a Lenda

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Do Ilhéus 24h

Manifestantes ligados ao movimento Reúne Ilhéus afirmaram que a prefeitura de Ilhéus, em conluio com as empresas de ônibus, arquitetaram uma estratégia para desgastar a imagem do grupo e prejudicar a população da cidade.

Eles relatam que a mobilização da manhã de hoje fechou apenas a porta da empresa Viametro, só que a outra empresa, a São Miguel, teria, segundo os manifestantes, recebido ordens da prefeitura para que não colocasse os seus ônibus nas ruas.

Segundo os manifestantes, tratou-se de uma manobra para desgastar o movimento, tentando jogar a população contra o Reúne Ilhéus.

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O ilheense amanheceu sem transporte coletivo nesta terça, 20, devido a um protesto do movimento Reúne Ilhéus na porta da Viametro, uma das duas empresas que operam no transporte público municipal.

A São Miguel também não mandou ônibus para a rua, temendo a radicalização do protesto, após as pichações ocorridas na última quinta, 15. O movimento cobra a redução da tarifa de ônibus, que hoje custa R$ 2,40.

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cartao-ponto-antigoDireto do Jornal Bahia Online

Há quase 30 dias sem comparecer ao Palácio Paranaguá, onde, neste mesmo período, acontece um protesto de estudantes e a greve dos servidores públicos, o prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, ganhou agora pela manhã, uma “folha de ponto” na entrada principal da sdede do governo.

Os manifestantes protestam contra a ausência do prefeito que, segundo eles, em nenhum momento está impedido de ir trabalhar. Jabes, entretanto, já falou que se sente incomodado com a presença dos manifestantes e só pretende voltar a despachar em seu gabinete, com a saída dos integrantes do Movimento Reúne Ilhéus e o fim da greve.

Os estudantes ironizam em mais este manifesto: “daqui a pouco não poderemos mais cobrar fora Jabes. Mas, sim, Jabes demitido”, afirmam. O prefeito de  Ilhéus tem feito um “exercício de guerra” para reunir sua equipe de trabalho. Depois de manifestações ocorridas em “gabinetes alternativos”, a equipe só divulga locais e horários de reuniões minutos antes de elas começarem.

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Fábio magal
Campeão de votos, Magal deixa Jabes.

O inferno astral enfrentado pelo prefeito Jabes Ribeiro ganhou novos contornos, hoje, na reabertura dos trabalhos na Câmara de Vereadores. Campeão de votos em 2012, o vereador Fábio Magal (PSC) colocou à disposição os cinco cargos indicados por ele no governo.

Magal também disse que apoiava os servidores municipais e o movimento Reúne Ilhéus, que cobra a redução da tarifa do transporte público no município, hoje em R$ 2,40, e lamentou a intransigência do prefeito.

Segundo o Blog do Gusmão, os cargos ocupados por apoiadores do vereador são os de administrador do Hernani Sá, da Vila Juerana e da Santa Maria e dois postos nos programas sociais Projovem e Peti.

O prefeito enfrenta greve de servidores há três semanas. O funcionalismo cobra reajuste salarial. Jabes, numa entrevista ao PIMENTA, disse que a chance de reajuste é “zero” (relembre aqui).

Jabes ainda enfrenta o movimento de estudantes que estão há 23 dias em frente ao Palácio Paranaguá e cobra redução da tarifa de ônibus. Magal também apoiou o Reúne Ilhéus, lembrando que, em Feira de Santana, a tarifa caiu de R$ 2,50 para R$ 2,35.  O vereador também fez severas críticas à área da saúde.

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Linhas de ônibus são exploradas por duas empresas em Itabuna  (Foto Luiz Tito/A Tarde).
Linhas de ônibus são exploradas por duas empresas em Itabuna (Foto Luiz Tito/A Tarde).

A onda de protestos de movimentos estudantis pela redução de tarifa de tarifa de ônibus em toda a Bahia já deu resultado, pelo menos, em Feira de Santana. A passagem no segundo maior município baiano teve redução de 6%. A tarifa caiu de R$ 2,50 para R$ 2,35.

Por enquanto, movimentos ainda cobram dos governos a redução de tarifa em Ilhéus e Itabuna. O movimento ilheense é mais persistente. Completou 21 dias acampado em frente ao Palácio Paranaguá e já identificou distorção nas informações que as empresas repassaram para pedir reajuste de tarifa de R$ 2,40 para R$ 3,05, a exemplo da gratuidade. As empresas dizem que representa em torno de R$ 700 mil/mês, mas as planilhas indicam menos de R$ 264,4 mil.

Já em Itabuna, o Comando Popular recebeu do governo a promessa de auditoria no sistema de transporte e a criação de comissão para avaliar o sistema. Temendo que a proposta seja uma tentativa de adiar decisão em torno do assunto, o Comando ainda vai decidir se participa da comissão.

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Sindicalistas em café da manhã com os integrantes do Reúne Ilhéus.
Sindicalistas em café da manhã com parte dos integrantes do Reúne Ilhéus.

Cerca de 30 integrantes do Movimento Reúne Ilhéus tomaram café da manhã com sindicalistas ligados a partidos da base aliada do Governo Jabes Ribeiro neste domingo (4). Os jovens estão acampados há 20 dias em frente ao Palácio Paranaguá – desocupado no dia 17 de julho por ordem judicial – e cobram do prefeito a redução da tarifa de ônibus e a apresentação das planilhas das empresas de ônibus relativas a 2012.

O governo já entregou a planilha referente a 2013. O movimento encontrou inconsistências nos documentos de 2013. As empresas alegam que a gratuidade causa uma “perda” R$ 700 mil, mas a planilha apresenta outro número: R$ 264,4 mil, segundo informou o movimento ao Bahia Online.

O café da manhã de hoje teve frutas, pães e sucos doados por comerciantes e solidários ao movimento que cobra transparência na gestão pública e melhorias no transporte coletivo. Sindicalistas afirmam estarem impressionados com a solidariedade do ilheense ao movimento dos estudantes. Ao meio-dia de hoje, várias categorias profissionais se juntam ao movimento para prestar homenagem ao sindicalista Wagner Bastos, morto neste ano. A homenagem será em frente ao palácio, quando será oferecida uma feijoada.

“A TURMA ESTÁ FIRME”

“A turma está firme”, disse ao PIMENTA o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Moageiras de Cacau (Sindicacau), Luiz Fernandes Ferreira, que esteve nesta manhã com os integrantes do movimento. “No dia 6 [terça-feira], vamos parar Ilhéus”, disse ele. É o dia para o qual as centrais sindicais CTB, CUT e Força programaram novos protestos no município.

O sindicato comandado por Fernandes apoia, além do Reúne Ilhéus, a greve geral do funcionalismo ilheense. Os servidores da prefeitura local entram na terceira semana de paralisações. Eles cobram do prefeito Jabes Ribeiro reajuste salarial.

O gestor afirma que a folha hoje representa mais de 68% da receita municipal e, por isso, não poderia conceder reajuste. “A chance é zero”, disse Jabes numa entrevista ao PIMENTA.

O comando da greve geral afirma que o percentual é bem menor, situando-se na faixa dos 55%. Além disso, aponta aumento de gastos e de contratações de cargos de confiança (cargos comissionados).

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Jabes (1)O prefeito Jabes Ribeiro diz que a Prefeitura de Ilhéus precisa cortar R$ 3 milhões da folha de pagamento e a proposta de um pacto com os servidores, o que inclui a não concessão de reajuste salarial, é justamente para evitar a necessidade de demissões. Segundo ele, o município tem duas opções: “deixar tudo como está ou o diálogo”. Os servidores estão em greve geral há quase duas semanas.

Na entrevista ao PIMENTA, Jabes fala em situação falimentar do município, nega que tenha contribuído para o caos financeiro com os precatórios e faz críticas tanto aos servidores quanto ao Reúne Ilhéus.

O prefeito acredita que os sindicatos estejam tentando medir forças com o governo e disse que está disposto a assumir o custo do enfrentamento. “Acho que é um pouco de teste, de enfrentamento de forças. Isso não me incomoda”.

Confira a entrevista concedida durante a inauguração da sede da Bahiagás em Itabuna, dia em que Jabes e secretários enfrentaram protestos e xingamentos no centro da cidade. O prefeito ainda falou porque dispensaria a reeleição: “Eu já fui reeleito uma vez e não gostei nada. Dá para trabalhar em 4 anos”.

BLOG PIMENTA – Os sindicatos cobram proposta de reajuste, mas o governo diz que não tem como atender. Dá para chegar a um acordo?

JABES RIBEIRO – Só existem dois caminhos para Ilhéus. É deixar tudo como está, desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal, não ter dinheiro para nada… A folha chega a comprometer quase 70%, o que tem levado o governo a não poder atender os serviços básicos, essenciais. Eu me recuso. O outro caminho é o diálogo.

PIMENTA – Os sindicatos têm outros números. O comprometimento com a folha significaria 55% das receitas.

JABES – Nós estamos propondo uma empresa especializada para conferir os números. Em 2011, a folha de pessoal já estava em 64%. A informação que temos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) é de que em 2012 ultrapassa 70%. Janeiro a maio deste ano, está na faixa dos 78,6%. Vamos contratar uma empresa técnica, vamos conferir [os percentuais]. Mas até agora é só me dá aumento, me dá aumento.

PIMENTA – E o sr. vai conceder?

JABES – Eu estou impossibilitado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, além de não ter recurso financeiro. O diálogo está aberto. O Pacto por Ilhéus tem resposta positiva da sociedade organizada. Ministério Público presente, OAB, todos… Eu só não consegui pacto com os servidores.

PIMENTA – As negociações vêm de algum tempo e a resistência do servidor seria justamente por entender que há como sair este aumento.

JABES – Não, não. Pelo amor de Deus. Eles sabem que não há.

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GREVE DOS SERVIDORES Acho que é um pouco de teste, de enfrentamento de forças. Isso não me incomoda.

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PIMENTA – E por que sabendo disso, como o senhor diz, o funcionalismo continua em greve?

JABES – Acho que é um pouco de teste, de enfrentamento de forças. Isso não me incomoda. Eu quero é o diálogo. Se for deixar como está, é caos. Ou então, vamos fazer um freio de arrumação. Isso tem um custo.

PIMENTA – O governo está disposto a assumir esse custo?

JABES – Não tenha dúvida. Meu compromisso não passa por popularidade momentânea, mas reorganizar a cidade. Nisso aí, nós temos o apoio da sociedade organizada.

PIMENTA – E como é mensurado esse apoio, a partir do pacto, pesquisa?

JABES – Eu tenho sido transparente. Essa é a única forma.

PIMENTA – O que levou a esse caos na gestão?

JABES – A arrecadação em Ilhéus caiu muito ao longo dos últimos anos. Nós éramos o terceiro ICMS da Bahia. Hoje, somos o 16º. As despesas só fazem crescer.

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DÍVIDAS COM PRECATÓRIOS – Grande parte dos precatórios é do governo Antônio Olímpio. Então, não adianta mais. Já se transformaram em sentenças judiciais. Fazer o quê?

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PIMENTA – Na origem do caos financeiro de Ilhéus estão os precatórios. O senhor é acusado de deixar mais de R$ 60 milhões em precatórios.

JABES – Não, não. Grande parte dos precatórios é do governo Antônio Olímpio. Então, não adianta mais. Já se transformaram em sentenças judiciais. Fazer o quê? Fazer o que fizemos. É parcelar e pagar. Não tem jeito. É sentença transitado em julgado. Tem ainda um terceiro ponto: o governo anterior foi muito complacente com essa coisa de reajuste salarial.

PIMENTA – Complacência em negociação salarial?

JABES – O sindicato chegava, peitava. O prefeito não queria enfrentamento e dava o que se pedia. Se você observar, os aumentos salariais superaram em muito a inflação do período. Se você me perguntar se é justo, claro. O problema é que o empregador está falido.

PIMENTA – O senhor fala de um pacto com a sociedade e servidores. Mas de que forma esse pacto que o senhor propõe poderia ajudar?

JABES – Aí é que está. Nós temos que cortar quase R$ 3 milhões da folha. É preciso sentar e definir como.

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DEMISSÃO DE SERVIDORES – O único caminho que a lei me dá é exatamente a demissão de servidores. O pacto é para evitar isso e preservar o emprego.

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PIMENTA – Numa entrevista, o senhor falou em demissões, até 700 demissões.

JABES – Não, não. Colocando a verdade, o único caminho que a lei me dá é exatamente a demissão de servidores. O pacto é para evitar isso e preservar o emprego, os direitos individuais e, sobretudo, ter um processo de discussão. Até porque, você não terá um pacto eterno.

PIMENTA – Do ponto de vista jurídico, o comprometimento da folha continuará o mesmo. O senhor fala da possibilidade de ser um ficha-suja, ter contas rejeitadas pelos tribunais. Mas no que esse pacto ajuda a reduzir esse nível de comprometimento?

JABES – À medida que você senta [para conversar], começa a ter cenários. Mas se só diz eu quero aumento, eu quero aumento

PIMENTA – Da parte do servidor, o que pode ser proposto?

JABES – A partir do momento que ele sentar, pode propor tudo.

PIMENTA – E do lado do governo, o que propor? Vai mexer na receita?

JABES – Nós estamos trabalhando. É melhoria do cadastro do IPTU… Eu agora estou preparando projeto tributário que é muito inspirado em Salvador. O professor tributarista Edvaldo Brito está vindo nos ajudar nessa discussão. Mas tudo isso só terá efeito no próximo ano. É o princípio da anterioridade. Só que eu tenho que fechar as contas neste ano. Estou aproveitando a Era Franciscana: é diálogo, paciência, humildade, compreensão. Só não me peçam para deixar como está e não cumprir a lei. Isso me afetaria e afetaria o gerenciamento da cidade.

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EXONERAÇÃO DE LEDÍVIA – Se amanhã qualquer secretário não preencher os requisitos mínimos, é outra discussão. Não dá para ter queimação agora.

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PIMENTA – No plano da gestão e da política, muito se fala em substituição na saúde. A secretária Ledívia Espinheira será exonerada?

JABES – O governo não pensa isso. O governo avalia cada secretário a cada dia. Os problemas que ela está passando são os problemas do governo. Portanto, não dá para ter atitude desonesta, responsabilizar fulano. Se amanhã qualquer secretário não preencher os requisitos mínimos, é outra discussão. Não dá para ter queimação agora. Eu estou absorvendo responsabilidade completa do Pacto. Enfim, ou há pacto ou caos.

Para ler a íntegra da entrevista, clique no “leia mais”, abaixo.

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Estudantes cercaram entrada da emissora e prefeito conversa sob escolta da PM.
Estudantes cercam entrada da emissora de rádio (Foto Edmil Notícias)
Jabes Ribeiro sob escolta da PM na Conquista
Estudantes cercam entrada da emissora e Jabes conversa com escolta da PM (Foto Movimento).

Cerca de 200 estudantes protestaram contra o prefeito Jabes Ribeiro, há pouco, na sede da FM Conquista, em Ilhéus. Os manifestantes são ligados ao Reúne Ilhéus, movimento que tinha entrevista marcada para esta manhã na emissora, mas acabou adiada para amanhã (26).

Revoltados com a falta de diálogo do prefeito, os estudantes cercaram a entrada da emissora à espera de Jabes. Após longa espera, o prefeito desceu e conversou rapidamente com os estudantes, sob escolta da polícia militar, segundo manifestantes.

Na entrada da rádio, os estudantes entoavam palavras de ordem direcionadas ao prefeito: “quem não pode com formiga, não assanha formigueiro”.

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Protesto no Paranaguá foto Luiz FernandesO prefeito Jabes Ribeiro disse, ontem (22), que se sente constrangido em ir ao Palácio Paranaguá com os integrantes do Movimento “Reúne Ilhéus” acampados em frente à sede do governo. A ausência constante do gestor levou um cidadão a questioná-lo por meio de cartaz feito em papelão. A foto é de Luiz Fernandes Ferreira.