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Ettinger: 97% da meta.
Ettinger: 97% da meta.

O mutirão de mamografia em Itabuna atendeu 5.246 mulheres e atingiu 97% da meta, segundo números divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o secretário Eric Ettinger, os dados representam que o município atendeu a “80% da demanda reprimida”. O mutirão foi encerrado na segunda (30), numa parceria dos governos municipal e estadual.

Os primeiros exames realizados no mutirão, de acordo com Ettinger, estão disponíveis nas unidades de saúde. Ainda conforme o secretário, os exames feitos nos últimos dias do evento de saúde estarão disponíveis nas unidades em até 45 dias.

O mutirão foi alvo de críticas de clínicas estabelecidas em Itabuna. O médico Ricardo Rosas afirmou que havia maracutaia para beneficiar grupo de Salvador, enquanto o secretário de Planejamento, o vice-prefeito Wenceslau Júnior, chamou o radiologista de “insano” e prometeu entrar com interpelação contra o Rosas.

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Mutirão de mamografia está sendo realizado em Itabuna até final do mês (Foto Divulgação).
Mutirão de mamografia está sendo realizado em Itabuna até final do mês (Foto Divulgação).

Rosas ataca secretário e mutirão.
Rosas ataca secretário e mutirão.

Profissionais de saúde acompanham uma guerra pública do médico Ricardo Rosas contra o secretário de Saúde de Itabuna, Eric Ettinger, e a Secretaria Estadual de Saúde. Dono de uma clínica de imagem e diagnóstico de Itabuna, a Cami, Rosas lançou desafio ao secretário e suspeitas quanto ao mutirão que promete realizar 5,4 mil mamografias até o final do mês no município.

Os argumentos do médico possuem questionamentos que vão do campo médico a questões de mercado. Rosas lembra que o município possui seis clínicas com estrutura de ponta para mamografia e empregam em torno de 150 profissionais.

“Por que trazer uma estrutura de uma clínica de Salvador, se temos aqui toda essa estrutura da cidade, com profissionais daqui, radiologistas daqui e maquinário de primeira?”, questiona em conversa com o PIMENTA. “Por que não se faz um mutirão com as clínicas regionais?”.

O médico mostra borderô com o total de mamografias autorizadas para a sua empresa desde o início do ano. Foram 246 em janeiro, 266 em fevereiro e 85 nos doze primeiros dias de março.

“Minha clínica tem capacidade para realizar entre 150 a 200 exames por dia, com ar-condicionado, conforto para os pacientes, não é debaixo de lona e em cadeiras plásticas, como no mutirão”, queixa-se, enfatizando que a Secretaria de Saúde de Itabuna libera 5,4 mil para empresa de Salvador, enquanto “regra em liberar” exames.

“MARACUTAIA”

Rosas sugere “maracutaia” envolvendo as estruturas estadual e municipal de saúde para beneficiar uma empresa de Salvador. O profissional diz que o número de mamografias também foi alto para o mutirão. Por isso, deduz, baixaram para 35 a idade das mulheres a serem examinadas, quando a idade mínima recomendada para o exame é 40 anos. “Só se faz exame antes dos 40, se houver histórico da doença na família”, observa.

O médico lembra que as clínicas locais liberam os exames, mesmo pelo SUS, em até 48 horas, enquanto os resultados das mamografias realizadas neste mutirão demorarão até 70 dias para ser entregues às pacientes. Rosas ainda sugere ao secretário Eric Ettinger realizar mutirões de exames laboratoriais pelo SUS. O secretário é bioquímico. O espaço está aberto para que o secretário, caso queira, se pronuncie. Após a entrevista, por meio do Facebook, Rosas desafiou o secretário a fazer exames gratuitos em seu laboratório, uma vez por mês, por um ano.

MAMÓGRAFO NA CAIXA NO HBLEM

Na saraivada, o médico radiologista cita, ainda, um mamógrafo novo que, segundo ele, não está sendo usado e encontra-se dentro da caixa, no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem), em Itabuna. Rosas diz não ser contra a realização de mutirões, mas defende que os mesmos sejam realizados em regiões que não contam com clínicas médicas conveniadas ao SUS.

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O médico Ricardo Rosas havia prometido abrir mão dos proventos de vereador, caso fosse eleito, naturalmente. Mas o candidato do Democratas desistiu do sonho por uma das 21 vagas na Câmara. Hoje, Rosas apresentou pedido de renúncia à candidatura.

O médico é o terceiro político a cair fora da disputa legislativa em Itabuna. Os outros dois são Professor Roberto e Fernando Oliveira (confira em post abaixo).