Itabunense passa o feriadão de carnaval sem água na torneira || Foto Outras Palavras
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A interrupção no fornecimento de energia elétrica na estação da Emasa em Rio do Braço, em Ilhéus, deixa praticamente 70% da população itabunense sem água neste final de semana de carnaval. Equipes da Neoenergia Coelba estão desde ontem (10) trabalhando para restabelecer o serviço no lugarejo ilheense. A interrupção ocorreu às 4h da madrugada de sábado.

A falta de energia elétrica em Rio do Braço interrompeu a captação de água na estação por mais de 36 horas, o que obrigou a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) a suspender os serviços na sua principal estação de tratamento de água (ETA), a do São Lourenço. A interrupção não afeta os moradores da região de Ferradas e Nova Itabuna, que é atendida pela ETA de Nova Ferradas.

Por volta das 15h de hoje, a Neoenergia Coelba informou, por meio de nota, que vem atuando para normalizar o abastecimento de energia na estação de Rio do Braço. Segundo ela, o serviço foi suspenso “devido à queda de vegetação sobre a rede elétrica”.

USO RACIONAL

Gerente técnico da Emasa, João Bitencourt diz reconhecer o esforço da Neoenergia Coelba em restabelecer o fornecimento de energia elétrica na estação de Rio do Braço. Ele lembra que a rede fica dentro de uma mata fechada.

“As intempéries, que têm atingido a região, eleva o risco de queda de árvores sobre a rede, o que causa longos períodos de interrupção no fornecimento de energia elétrica, consequentemente gerando atraso nas operações da Emasa, tanto no tratamento quanto no abastecimento de água aos domicílios de Itabuna”.

A Coelba não deu prazo de normalização do sistema, observa João Bitencourt, apontando este como mais um motivo para que o usuário faça uso racional da água. A concessionária de energia elétrica observa que a dimensão dos danos e as condições de acesso à mata, fechada, “dificultam a execução do serviço”.

Homem de 45 anos é 25ª vítima dos impactos das chuvas na Bahia
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Publicado nesta quinta-feira (30), o último boletim da Defensoria Civil da Bahia sobre os impactos dos temporais que atingiram o estado informa que um homem de 45 anos morreu afogado durante enchente no distrito do Rio do Braço, na zona rural de Ilhéus, na quarta-feira (29). Trata-se da 25ª morte decorrente dos efeitos das chuvas na Bahia.

Além de Ilhéus, onde três pessoas morreram, as cidades baianas que registram mortes são Amargosa (2), Itaberaba (2), Itamaraju (4), Jucuruçu (3), Macarani (1), Prado (2), Ruy Barbosa (1), Itapetinga (1), Aurelino Leal (1), Itabuna (2), São Félix do Coribe (2) e Ubaitaba (1).

Até o momento, a crise socioambiental da Bahia deixou 37.035 desabrigados, 54.771 desalojados e 517 feridos. O número total de atingidos é de 643.068 pessoas. O estado tem 151 municípios em situação de emergência.

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A situação mais preocupante para o município de Ilhéus é o fato de que, se for repetido o índice aplicado na estimativa do ano de 2022, o número de habitantes ficará abaixo de 156.216, o que levará à mudança de faixa na Tabela do FPM, de 4.0 para 3.9, e que representa um considerável valor em recursos.

José Nazal Pacheco Soub || nazalsoub@gmail.com

Sempre me interessei por conhecer os dados demográficos de Ilhéus, acompanhando e analisando os resultados dos Censos, tendo participado das antigas Comissões de Acompanhamento desde 2010, confiando e acreditando no trabalho do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, posição que ainda mantenho.

Corria o ano de 1999 quando participei de um grupo de trabalho que visava criar uma lei dos bairros ajustada à base censitária do IBGE, para que a divulgação do resultado do Censo de 2000 pudesse contemplar a zona urbana da mesma forma que ocorria com os distritos, que tinham lei com delimitações definidas e seguindo a base. Não houve tempo hábil para atender os prazos.

Em 2009, já pensando no Censo do ano seguinte, juntamente com a então servidora Marilene Lapa, com orientação dos técnicos no IBGE, o resultado foi a Lei 3476, de 30 de dezembro de 2009. A divulgação dos bairros não foi realizada por parte do IBGE em razão de uma inconstitucionalidade, pois parte do bairro Nossa Senhora da Vitória estava no distrito de Coutos e, legalmente, os bairros obrigatoriamente devem estar no distrito sede.

Durante o Censo de 2010, recebi a incumbência do prefeito Newton Lima para coordenar por parte do município o apoio e acompanhamento do processo censitário e, já chegando ao final da coleta de dados, recebi a visita do coordenador do Censo, trazendo a informação de que a previsão estimada da contagem projetava uma população em torno de 185 mil habitantes. Um susto!

Os dados dos últimos censos demográficos confirmam um crescimento populacional acima da média entre as décadas de 70 e 90 e um crescimento negativo acentuado entre 2000 e 2010, fato que oportunizou um estudo dos dados por setor censitário, das três últimas coletas, considerando a situação do setor conforme critério do próprio Instituto, disponibilizado no sítio oficial.

Na sequência, solicitamos uma auditoria e cruzamos os dados da projeção com os mapas dos agentes de endemias, ficando constatado que estava correto. O erro não ocorreu em 2010. Recordo que recebi de um auditor um questionamento sobre a sede do distrito de Rio do Braço, que tinha apenas 24 habitantes, e que na vila quase deserta não existia oferta de serviços públicos regulares além das exigências necessárias para ser sede de um distrito.

Em 1991, a malha censitária de Ilhéus era formada por 196 setores; em 2000, por 237 setores; e em 2010, por 287 setores. Esse crescimento é justificado pela redivisão dos setores, especialmente considerando o crescimento do número de domicílios. Os setores são definidos por situação, conforme regra do IBGE.

Conferindo os dados dos setores de cada Censo, foram encontradas distorções que justificam essa diferença brusca entre os Censos de 2000 e 2010. Na verdade, Ilhéus nunca teve a população anotada em 1991 e 2000. Houve erro na contagem, que pode ser verificado e constatado em três exemplos aqui expostos, e repetido em vários setores. Nos anos onde se registraram os erros, não existia um controle completo das informações colhidas, sendo a coleta anotada nos questionários, além do fato de que a remuneração dos recenseadores ser por produção.

Levei esses casos à direção estadual do IBGE em 2018, sem buscar culpados, entendendo que o fato estava prescrito, além do fato de que teríamos um novo censo em 2020, postergado pela pandemia e depois suspenso pelo governo federal. Clique em “Leia Mais”, abaixo, para ler a íntegra do artigo

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A chuva que persiste em boa parte do sul da Bahia desde ontem (27), principalmente no eixo Ilhéus-Itabuna, comprometeu o fornecimento de energia elétrica nas estações de captação de água de Rio do Braço e da intermediária de Mutuns. Segundo a direção da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), a interrupção no povoado ilheense pode provocar desabastecimento de água em alguns pontos de Itabuna.

– Por volta das 11h30min [deste domingo], o fornecimento de energia pela concessionária foi interrompido. Por isso, imediatamente entramos em contato com a Coelba em busca de uma solução – informou o gerente técnico da Emasa, João Bitencourt.

O sistema de captação de Rio do Braço e a intermediária de Mutuns são responsáveis por 80% do abastecimento de água de Itabuna. A Emasa, em conjunto com a Coelba, está trabalhando para solucionar o problema do fornecimento de energia elétrica com a maior brevidade, segundo o diretor técnico da Emasa, Bruno Mendonça, para evitar que o abastecimento também seja comprometido.

Captação de água em Rio do Braço, em Ilhéus
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Uma manutenção programada pela Coelba nesta quinta (7) suspenderá por, pelo menos, seis horas a captação de água em Rio do Braço, afetando o abastecimento para cerca de 70% da população itabunense.

O comunicado da Emasa, nesta manhã de quarta (6), informa que o serviço de captação em Rio do Braço e Mutuns será retomado assim que a Coelba concluir a manutenção programada na rede do distrito de Banco do Pedro, em Ilhéus.

A maioria da população itabunense é abastecida com a água do Rio Almada, captada em Rio do Braço, Ilhéus.

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José Nazal || nazalsoub@gmail.com
 

Em maio, findo o prazo de novas inscrições e transferências, teremos o número real e em 7 de outubro, após divulgação oficial do resultado, poderemos conferir se o índice de abstenção continuará alto. Poderemos realmente ver o interesse do ilheense na escolha dos nossos governantes.

 
Ilhéus está entre os municípios escolhidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), obrigados a ter no pleito eleitoral desse ano votação obrigatória com o novo sistema de reconhecimento biométrico. Avanço!
Desde o ano de 2015 teve início o recadastramento, obrigando os eleitores a comparecer perante a Justiça Eleitoral para proceder a troca de título. Fiz o meu recadastramento em 2016, com toda tranquilidade, sem fila e sem estresse. Há cinco dias do prazo final para o comparecimento temos visto, em todos os locais oficiais utilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE), imensas filas, que começam a ser formadas na noite anterior de cada dia.
Consultando o sítio do TSE, encontramos os dados com o perfil dos eleitores de Ilhéus, com o número de 137.977 eleitores cadastrados conforme tabela de faixa etária elaborada com base nos dados encontrados:

Nos últimos dias a mídia vem noticiando que apenas 70% dos eleitores atenderam ao apelo legal para recadastramento oficial. Contesto esse número, explicando minhas razões.
A média de abstenção dos últimos dez pleitos eleitorais é de 25%, sendo que nos três últimos aumentou para 26,4%, considerando o número de eleitores novos, cadastrados antes de cada pleito. Nessa conta, em torno de um quarto do número de eleitores, deve ser considerado os falecidos, os que tem mais de setenta anos e estão desobrigados a votar, conta que é fechada com os que realmente se abstiveram, cada um com sua razão. O número de eleitores com mais de 70 anos é conhecido: 13.569; o número de mortos e dos obrigados que se abstiveram é impossível de calcular. O fato é que, normalmente, entre 95 e 100 mil eleitores comparecem para o escrutínio.

Desta, considerando os dados acima apresentados, minha opinião é que o número real de eleitores está em torno de 115 mil cadastrados. Vale ressaltar que é considerável o número de eleitores de Castelo Novo, Rio do Braço, Banco do Pedro, Banco Central, Pimenteiras e Inema, que são eleitores dos municípios de Uruçuca, Itajuípe e Coaraci. Muitos de Salobrinho também votam em Itabuna.
A informação obtida hoje junto ao TRE é que se aproxima de cem mil eleitores cadastrados, igual número do comparecimento do pleito de 2016. Em maio, findo o prazo de novas inscrições e transferências, teremos o número real e em 7 de outubro, após divulgação oficial do resultado, poderemos conferir se o índice de abstenção continuará alto. Poderemos realmente ver o interesse do ilheense na escolha dos nossos governantes.
José Nazal é vice-prefeito de Ilhéus, fotógrafo e memorialista.

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Captação em poço de Rio do Braço começou ontem (Foto Divulgação).
Captação em poço de Rio do Braço começou ontem (Foto Divulgação).

A Emasa iniciou, ontem (29), a captação de água em um poço de 17 metros de profundidade no leito do Rio do Braço, em Ilhéus. O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, autorizou a instalação de moto-bombas para a captação.

O volume de captação no novo ponto, porém é insuficiente para suspender a captação em Castelo Novo, também em Ilhéus. Por isso, a recomendação é para que pessoas hipertensas evitem ingerir a água distribuída pela empresa. A estação de Castelo Novo vem assegurando o abastecimento em período que Itabuna enfrenta racionamento, mas a captação já é afetada pelo efeito das marés, tornando a água salobra.

A seca já é tratada, segundo o prefeito, como a mais forte dos últimos 30 anos. A Emasa divulgou nota, na segunda (28), reconhecendo a qualidade da água, mas afirma que “vem acompanhando de perto o fenômeno dos cloretos na água potável com a finalidade de cumprir a Portaria nº 2.914/2011, do Ministério da Saúde, que determina os limites de concentração de cloretos na água potável”.