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(Foto Pimenta)
(Foto Pimenta)

O governador Rui Costa espera haver unidade da sua base nas eleições municipais de Itabuna, lançando apenas um nome para disputar a sucessão no maior município sul-baiano. No último final de semana, o secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, se reuniu com o ex-prefeito Geraldo Simões, pré-candidato a prefeito de Itabuna, e o presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação, para costurar essa unidade.

Ao Pimenta, Josias disse que as negociações envolvem outros nomes do arco de alianças – Davidson Magalhães (PCdoB) e Carlos Leahy (PSB). “Esse processo será conduzido com calma. O nome da base deve sair até abril”.

Segundo Josias, o prefeito Vane do Renascer, que desistiu da reeleição, ajuda no processo de construção da unidade da base. Confira principais trechos da entrevista.

Blog Pimenta – O senhor se reuniu com petistas, o prefeiturável Geraldo Simões entre eles. Já existe uma definição do nome da base?

Josias Gomes – Conversamos com Geraldo e vamos construir essa unidade da base, identificar o melhor nome. Esse processo será conduzido com calma. O nome deve sair até abril. Estamos conversando com Vane, que ajuda nesse processo. Além de Geraldo, vamos também conversar com os outros candidatos da base, Davidson Magalhães e Carlos Leahy.

Pimenta – E Roberto José?

Josias – O que estamos propondo são as condições para que nossos partidos tenham uma candidatura. Nesse sentido, é de nosso interesse que ele consiga entender o propósito. E acho que dá para fazer isso muito bem. Vou aí [em Itabuna] para conversa com Davidson e, em seguida, fazer esse caminho.

Pimenta – O PSD apoiará o nome da base?

Josias – Otto [Alencar] tem sido um grande parceiro nosso. Temos estado com ele, já analisamos uma série de questões como, por exemplo, onde o partido tem interesse. Estamos muito alinhados. O PSD, assim como todos da base, tem sido parceiro. Nenhum [partido] tem se colocado em situação de confronto. Agora, é claro que cada partido tem um interesse eleitoral, ampliar número de prefeitos e vereadores.

Pimenta – E o PT, como se coloca nesse processo?

Josias – O presidente estadual do PT me disse que o partido deve apoiar aliados em mais de 300 municípios. E vai concorrer em pouco mais de 100. Ou seja, o partido vai apoiar, abrir mão na maioria dos municípios. Estamos buscando essa construção.

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PINHEIRO DE SAÍDA – Na visão dele próprio, seu ciclo no PT já se encerrou. E temos conversado no sentido de contribuir. É um grande parlamentar, é uma opção.

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Pimenta – O senador Walter Pinheiro deixará o PT? De fato, irá para o PSD?

Josias – Ele me disse que ainda não havia decidido. Na visão dele próprio, seu ciclo no PT já se encerrou. E temos conversado no sentido de contribuir. É um grande parlamentar, é uma opção. Ele deve ir para um partido da base [governista]. Conversou com o PDT, teve com Otto e com o pessoal da Rede.

Pimenta – Ou vai para a base de ACM Neto, como já foi especulado?

Josias – Eu não sei se houve isso, essa conversa. Seria uma coisa tão extravagante para a história dele fazer uma movimentação dessa… Não está no horizonte dele. Para mim, ele sempre negou [a ida para a base de Neto]. Pinheiro em 2010 não era o queridinho [do partido, quando foi eleito senador]. Teve nosso apoio. Fomos para cima e foi o escolhido com 80% dos votos da minha corrente [no PT, sendo depois eleito senador].

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CARMELITA, JABES E BEBETO – Como são nomes da base, preferimos que os partidos discutam, definam. Diferente de Itabuna. Estive com Carmelita, com Bebeto. Tenho conversado bastante.

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Pimenta – Falando da disputa no eixo Ilhéus-Itabuna, Professora Carmelita (PT) é candidata?

Josias – É sim. Lá, em Ilhéus, temos situação diferente da de Itabuna. Existem as candidaturas de Jabes e Carmelita. Podemos ter, também, Jabes e Bebeto. Carmelita pode fazer movimentação no sentido de apoiar Bebeto ou receber apoio do PSB. Pode resultar nisso: PT e PSB contra Jabes, esse tipo de situação. Como são nomes da base, preferimos que os partidos discutam, definam. Diferente de Itabuna. Estive com Carmelita, com Bebeto. Tenho conversado bastante. Demora um pouco mais pra definir em Itabuna.

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PESQUISA ELEITORAL EM ITABUNA – É o tipo de situação que não recomenda fazer projeção. Rui é um exemplo disso. Acabou eleito. Hoje, o que há é um sentimento. E pesquisa quantitativa não consegue identificar isso.

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Pimenta – O que as pesquisas sinalizam em Itabuna?

Josias – Não temos trabalhado com pesquisa quantitativa. Hoje, em fevereiro, não faz muita diferença para a eleição, que ocorre em outubro. Em 2012, [Jaques] Wagner pedia a desistência de Carmelita no início daquele ano. No período da campanha, chegamos a ter 32% a 30% entre ela e Jabes. É o tipo de situação que não recomenda fazer projeção. Rui é um exemplo disso. Acabou eleito. Hoje, o que há é um sentimento. E pesquisa quantitativa não consegue identificar isso. Em Itabuna, há o sentimento de setores da sociedade de que, isoladamente, sem ter esse diálogo com Estado e sem União, o prefeito não vai resolver as grandes questões daí.

Pimenta – E Salvador?

Josias – Há essa movimentação de PT mais PCdoB, PSD. Tem a candidatura de Sargento Isidório. Se esses partidos se entenderem para fazer confrontação política e ideológica com o Neto… Isso, espero que a gente consiga construir. Essa eleição não é fácil para Neto. Não se iluda. Sem ter contraponto, é fácil. Essa eleição em Salvador ainda tem desdobramentos. Rui é bem avaliado aqui. Teremos um confronto político bem interessante.

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Vane discursa no QG contra Aedes aegypti (Foto Pimenta).
(Foto Pimenta).

O prefeito Claudevane Leite revelou ao Pimenta que o nome do governo para a sucessão municipal será definido, no máximo, até o início de março. Os mais cotados são o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) e o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José. Ele sinaliza que poderá trabalhar pela união das esquerdas.

Confira trechos da entrevista concedida momentos antes da entrega das instalações do QG de monitoramento e combate a vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Vane, aliás, cobra mais envolvimento da sociedade no combate à epidemia. “90% dos focos estão dentro das casas”, explica.

Blog Pimenta – Quando será definido o nome do governo à sucessão municipal?

Claudevane Leite – Até o final de fevereiro, início de março, a gente define essa questão. Em setembro (do ano passado), anunciei que não disputaria a reeleição. Sentaremos com os partidos da base para conversar, possivelmente já na próxima semana.

Pimenta – O nome do governo poderá ser de fora da base de apoio?

Vane – Vamos definir o nosso nome. Depois, vamos conversar com o governador Rui Costa para ver se unimos toda a esquerda [em torno de um nome].

Pimenta – Existe a possibilidade de recuo da decisão de não disputar a reeleição?

Vane – Há uma expectativa, as pessoas cobram para que eu saia [candidato], mas não existe a mínima possibilidade.

Pimenta – O sr. é do PRB. O partido terá candidato?

Vane – Houve essa discussão, o partido tem interesse, mas não serei [candidato]. A direção do PRB anunciou que pretende ter candidato e o nome de Tom [Ribeiro, apresentador do Balanço Geral, da TV Cabrália] foi cogitado.

Pimenta – Pesquisas qualitativas detectam, a seu favor, conceitos como transparência e até honestidade. Esse contexto não o estimula a sair candidato?

Vane – Os partidos da base e pessoas da sociedade comentam, reconhecem esse trabalho, mas não existe [possibilidade].

Pimenta –  Fazendo uma autocrítica, o município falhou nas ações preventivas contra o mosquito Aedes aegypti?

Vane – Olha, quando assumimos, em 2013, Itabuna tinha índice de infestação predial superior a 27%. Desde lá, trabalhamos e reduzimos para 13%. É mais da metade. Nenhuma cidade conseguiu isso e nosso trabalho foi referência para a Bahia. O trabalho foi feito. Veja que 90% dos criadouros, das larvas são encontrados dentro das casas. A sociedade precisa entender isso e colaborar mais. A zika e outras doenças [causadas pelo] Aedes aegypti são um problema mundial.

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O presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José, nega qualquer possibilidade de ser candidato a vereador. Mais cedo, o Pimenta postou nota sobre articulação envolvendo colaboradores do prefeito Claudevane Leite em torno da candidatura de José Nilton Azevedo a prefeito. Para fazer vingar esse projeto, o nome de Roberto José seria rifado na corrida sucessória e deslocado para uma disputa por vaga no legislativo.

O blog ouviu o presidente da Ficc, que negou qualquer interesse de disputar cadeira na Câmara de Vereadores. “Sou pré-candidato e estou conversando com vários partidos para consolidar nosso projeto”, disse Roberto. O presidente da Ficc  afirmou estar comprometido com um grupo que tem cerca de 30 pré-candidatos a vereador.

O pré-candidato vê com descrença uma possível filiação de Azevedo ao PSD. “Ele procurou o deputado José Carlos Araújo, mas existe um veto do senador Otto Alencar para o ingresso de Azevedo na legenda”, afirma Roberto José.

 

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Azevedo se movimenta com apoio de gente do governo Vane (foto Pimenta)
Azevedo se movimenta com apoio de gente do governo Vane (foto Pimenta)

O ex-prefeito José Nilton Azevedo, ainda no DEM, não jogou a toalha quando o assunto é a disputa pelo poder municipal. Segundo fonte ouvida pelo Pimenta, uma possível candidatura de Azevedo conta com apoio e incentivo de gente graúda do governo do prefeito Claudevane Leite (PRB), embora este siga pessoalmente comprometido com o comunista Davidson Magalhães.

Os colaboradores de Vane que flertam com o ex-prefeito não descartam a possibilidade de Azevedo vir a ter sua candidatura inviabilizada em função de pendências judiciais, mas ainda assim calculam que vale a pena tê-lo por perto. Se não for como candidato, seria na função de cabo eleitoral.

A estratégia, naturalmente, inclui o desembarque de Azevedo do DEM (ele irá provavelmente para o PSD ou PR). Outro ponto é reprogramar o GPS do presidente da Ficc (Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania), Roberto José, que passaria a ter a Câmara de Vereadores como destino.

Detalhe: para o grupo que articula a candidatura do ex-prefeito, o vice dos sonhos é o juiz aposentado Marcos Bandeira.

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Roberto José de olho no PR (Foto Thiago Pereira).
Roberto José de olho no PR (Foto Thiago Pereira).

Diz o semanário A Região, em sua Malha Fina, que o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), Roberto José, está de malas prontas para o PROS. A decisão teria sido tomada ao saber (definitivamente) que o seu partido, o PSD, não terá candidato a prefeito no município, por decisão do senador Otto Alencar.

Verdade ou não, o PROS é o partido que foi para a base (?) do Governo Vane para, justamente, garantir uns dois minutos de televisão ao projeto de candidatura do deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB). E, claro, assegurou uma secretaria, exatamente a então ocupada por Roberto, a de Transporte e Trânsito (Settran).Fi

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Mirando Davidson e Roberto José, Vane pede união da base (Foto Lucas França).
Mirando Davidson e Roberto José, Vane pede união da base (Foto Lucas França).

O prefeito Vane do Renascer pediu unidade política à sua base de sustentação, ontem à noite, durante jantar em uma churrascaria de Itabuna. Durante o encontro, Vane creditou ao seu governo a transparência – a partir de dados da Controladoria-Geral da União (CGU) e aprovação das contas do município, após 12 anos, pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Embora tenha preferência pelo deputado federal Davidson Magalhães, o prefeito não anunciou a quem irá apoiar em 2016. Nos bastidores, trabalha para que o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José, que é do PSD, apoie o parlamentar federal. Não está fácil. Roberto José tem se inclinado mais para o petista Geraldo Simões. E, tarefa mais difícil, sonha ser o ungido da base.

Davidson foi o convidado especial do jantar com secretários municipais e vereadores. E o comuna centrou fogo na oposição. “[É] um baú velho que se imagina conter grandes novidades”, disse, para quem o retorno dos opositores ao poder local será retrocesso para o município.

Hoje, o governo conta em sua base com o apoio do PRB, PCdoB, PSD, PP, PPS, PEN e PROS, este último após a chegada do secretário de Transporte e Trânsito, Abrahão Ribeiro, ex-petista e ex-democratas.

“Estamos trabalhando para aumentar ainda mais esta base política, fato que será positivo para Itabuna e para todos os itabunenses. A grande maioria não quer ver o retrocesso para a cidade e as más notícias para sua gente”, disse o prefeito Vane.

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marco wense1Marco Wense

 

Mais de 60% do eleitorado não pretende votar em candidatos que já administraram Itabuna, o que não deixa de ser uma preocupação para o trio Fernando Gomes, José Nilton Azevedo e Geraldo Simões.

 

 

Deve ter mais. Mas os que aparecem na mídia são 14 pré-candidatos à sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB), que desistiu da reeleição, portanto da disputa do segundo mandato.

Fernando Gomes (DEM) – Já foi prefeito de Itabuna por quatro vezes. Vai atrás do quinto mandato. Conhece as entranhas do jogo político. Tem um eleitorado cativo. Enfrenta dois problemas: uma possível inelegibilidade em decorrência da Lei da Ficha Limpa e um altíssimo índice de rejeição.

Augusto Castro (PSDB) – Deputado estadual pelo tucanato. Só sai candidato se Fernando Gomes abrir mão de sua pretensão ou se for impedido pela justiça. É tido como político habilidoso, que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Sonha mais com o Parlamento Federal do que com a prefeitura de Itabuna.

Capitão Azevedo (DEM) – Derrotado na última sucessão, quando tentou se reeleger, o militar sabe que a preferência do demismo municipal, sob a batuta de Maria Alice Pereira, é por Fernando Gomes. Tem vontade de sair da legenda, mas falta coragem. A política não costuma perdoar os desprovidos de determinação, audácia e ousadia.

Geraldo Simões (PT) – Duas vezes chefe do Executivo. Não tem a simpatia da alta cúpula do petismo. Ou seja, do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, do secretário de Relações Institucionais Josias Gomes e, obviamente, do governador Rui Costa. Outro obstáculo é ser de um partido que vive o seu pior momento. Recente pesquisa do Datafolha mostra que a associação entre o PT e a corrupção cresceu na percepção do eleitorado.

Antônio Mangabeira (PDT) – Pré-candidato pela primeira vez. É médico, bacharel em direito, administrador de empresas e estudante de engenharia civil e ambiental. É o novo da sucessão de 2016. O fato de ser mais administrador do que político agrada uma considerável fatia do eleitorado já saturada com a política e a politicagem. A existência de um vácuo político, ávido por mudanças e por um candidato sem vícios, pode eleger o pedetista. É a campanha que mais surpreende.

Roberto José (PSD) – Deve ter consciência de que dificilmente será o candidato do prefeito Vane. Vai terminar sendo o vice mais cortejado, seja por Davidson Magalhães ou por Geraldo Simões. O comandante-mor do seu partido, senador Otto Alencar, é defensor da estratégia de que o governismo só deve ter um candidato em Itabuna.

Davidson Magalhães (PCdoB) – Disputa com Geraldo Simões a condição de candidato do governador Rui Costa. O problema maior, o grande entrave da sua pré-candidatura é a ligação e a co-responsabilidade com um governo que tem 85% de desaprovação. Não pontuou bem na última pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Babesp.

Confira a íntegra do artigo clicando no link Leia Mais

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Mensagem natalina do PSD itabunense alfineta Governo Vane (Reprodução).
Mensagem natalina do PSD itabunense alfineta Governo Vane (Reprodução).

O diretório do PSD itabunense atacou de oposição neste final de ano, apesar de integrar o Governo Vane. A mensagem distribuída nas redes sociais e veiculada em outdoors em vários pontos de Itabuna traz desejo de “feliz natal” e “próspero ano novo”. E fecha em letras garrafais com “DIAS MELHORES VIRÃO”.

O trecho final lembra a campanha do ex-prefeito Ubaldo Dantas, quando disputou a Prefeitura de Itabuna pela segunda vez, em 1992. À época, o município ganhava espaço no noticiário nacional por causa do seu prefeito-marajá, Fernando Gomes, denúncia de corrupção e críticas à gestão. Dias melhores virão era slogan de Ubaldo contra o prefeito-marajá e o seu candidato, José Oduque Teixeira.

O deslize do PSD gerou comentários dentro da prefeitura. O partido é da base do prefeito Vane do Renascer e tem um de seus membros na presidência da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), Roberto José. que aparece na foto da mensagem, junto com o senador Otto Alencar e a deputada estadual Ângela Sousa.

Roberto é pré-candidato a prefeito e há quem deduza que a mensagem já seja parte do trabalho do presidente da FICC para separar a sua imagem da do governo. O próprio dirigente da fundação cultural, que tem gestão reconhecida, divulgou a imagem nas redes sociais.

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Davidson espera faturar espólio no trânsito.
Davidson é o dono do espólio do trânsito.

A nomeação de Abraão Ribeiro para a Secretaria de Transporte e Trânsito de Itabuna (Settran) foi comemorada pelo PCdoB. E como uma vitória diante do ex-titular da Pasta Roberto José. Abraão está hoje no PROS.

Ao final da manhã de segunda, o prefeito Vane Renascer tentava empurrar a posse de Abraão para o outro dia. A turma do PROS se mobilizou. A do PCdoB, também. E a agenda foi mantida.

Abraão tomou posse e, para os cururus, está sacramentado o apoio do PROS ao governo e ao pré-candidato do PCdoB ao governo municipal. Por ora, o nome é Davidson Magalhães. O partido que se achega ao governo terá quase 2 minutos de TV no horário eleitoral.

Para o PCdoB, o parto foi difícil, mas importa que o “bebê” nasceu. E alguém saiu derrotado no processo. Embora tenha optado pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José esperava manter o seu poder sobre a Settran. O motivo é claro. A secretaria é uma máquina de votos. Que, agora, estará a serviço do seu adversário interno na luta pelo Centro Administrativo Firmino Alves.

 

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marco wense1Marco Wense

 

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

 

Já estou ficando repetitivo quando digo que o PT de Geraldo Simões e o PCdoB de Davidson Magalhães vão caminhar juntos na sucessão do prefeito Claudevane Leite.

A união entre petistas e comunistas é uma questão de pura sobrevivência política. O cenário aponta uma dependência que tende a ficar cada vez mais escancarada.

Se a junção é considerada como favas contadas, então podemos dizer que o candidato do governismo será Geraldo Simões, com o PCdoB indicando o companheiro da chapa majoritária.

E Roberto José, que é do PSD do senador Otto Alencar, que é aliado do governador Rui Costa, como fica? Vai aceitar passivamente a fritura em torno da sua pré-candidatura?

Ora, até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que o governador Rui Costa não medirá esforços para que a base aliada tenha um só candidato a prefeito.

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual – Geraldo Simões, Davidson Magalhães, Roberto José e Carlos Leahy, respectivamente PT, PCdoB, PSD e PSB –, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

É bom lembrar que a senadora Lídice da Mata, dirigente-mor do PSB, além de ter um bom relacionamento com o governador Rui Costa, comunga com a opinião de que qualquer cisão na base só faz ajudar a oposição.

Robertistas, obviamente os mais lúcidos e politizados, já defendem uma aproximação de Roberto José com o médico Antônio Mangabeira, pré-candidato pelo PDT do saudoso Leonel Brizola.

Muita coisa ainda vai acontecer na movediça areia da sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB).

GEDDEL EM ITABUNA

JuvenalMaynart CeplacAmanhã, sábado (28), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o mano Lúcio Vieira Lima, cotadíssimo para substituir Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, estarão em Itabuna para discutirem a sucessão do prefeito Claudevane Leite.

Serão recebidos pelo presidente do diretório do PMDB, Pedro Arnaldo, pelo médico Renato Borges da Costa, o pré-candidato Fernando Vita, o vereador Antônio Cavalcante e, principalmente, por Juvenal Maynart.

Digo principalmente, porque Geddel tem a oportunidade de parabenizar pessoalmente Maynart não só pelo bom trabalho realizado na Ceplac, quando superintendente do órgão, como na valorosa contribuição para a implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Vane em reunião com conselheiros de cultura hoje.
Vane em reunião com conselheiros de cultura hoje.

O prefeito Claudevane Leite disse hoje (3) a membros do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itabuna (CMPCI) que Roberto José permanecerá à frente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc). O cargo era pretendido por políticos ligados ao PROS e ao vereador Carlos Coelho, como revelou em primeira mão o PIMENTA (relembre aqui).

Aos conselheiros, Vane disse que não pretende fazer mudanças na presidência da entidade. Atenderá a um desejo do próprio Roberto José. Este já se manifestou que prefere a presidência da Ficc a ter que abrir mão dela para continuar à frente da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settran).

Primeiro secretário do CMPCI), Evaldo Costa diz ter levado a pauta, junto com outros dirigentes, ao prefeito Vane, que se mostrou solícito e negou mudanças, “por ora”, na fundação cultural.

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marco wense1Marco Wense

 

Uma coisa é certa: só o governador Rui Costa pode evitar que o trem do governismo saia do trilho. É bom lembrar que o chefe do Executivo não é de duas conversas, conversa mole e, muito menos, de conversinha.

 

O suplente de deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) sonha com uma ampla união em torno da sucessão do prefeito Claudevane Leite, que já declarou que não será candidato à reeleição.

Davidson quer uma junção em torno dele. Acha que Geraldo Simões, por ser do PT, vai ter dificuldades. Quando questionado sobre Roberto José, trata logo de descartá-lo: “Não será candidato”.

Como resposta a contundente afirmação do comunista, Roberto se reúne com o comando estadual do PSD e diz que é candidatíssimo, que não abre mão da sua legítima e democrática pretensão.

“Não há mais espaço para a velha política e os velhos modos de fazer política”, alfineta Roberto José. A verdade é que o relacionamento entre o prefeiturável do PSD e do PCdoB tende a ficar mais aceso, intenso e incontrolável.

Tem ainda o imbróglio entre o PT e o PCdoB em torno da Codeba. É que os comunistas andavam dizendo que os petistas apoiariam a candidatura de Davidson em troca de um cargo na Companhia das Docas do Estado da Bahia.

Tiririca da vida, Geraldo Simões, ainda a maior liderança do petismo grapiúna, desmentiu os camaradas com uma fina ironia: “Se o PCdoB não teve força para manter um gerente do Ciretran, vai ter força para indicar um diretor da Codeba?”

Difícil mesmo é colocar no mesmo palanque os evangélicos de Vane, os comunistas de Davidson, os lulistas de Geraldo Simões, o núcleo duro do vanismo, os robertistas do PSD e o pessoal do PRB da Igreja Universal.

Outro detalhe é que tanto Geraldo como Davidson dão como favas contadas o apoio do PSB, desconsiderando a pré-candidatura de Carlos Leahy. O ex-presidente da CDL diz, peremptoriamente, que vai até o fim.

As articulações em torno do processo sucessório vêm de cima para baixo, o que não é nenhuma novidade. Se diretório municipal e nada é a mesma coisa, imagine comissão provisória. É o manda quem pode, obedece quem tem juízo. O que prevalece são os interesses da cúpula.

Uma coisa é certa: só o governador Rui Costa pode evitar que o trem do governismo saia do trilho. É bom lembrar que o chefe do Executivo não é de duas conversas, conversa mole e, muito menos, de conversinha.

MANGABEIRA E AS PESQUISAS

mangabeiraO pré-candidato do PDT, médico Antônio Mangabeira, acredita que vai iniciar o ano de 2016 com uma boa pontuação nas pesquisas de intenção de votos.

Mangabeiristas mais otimistas falam até em um percentual acima de 10%. O prefeiturável, no entanto, acha que as coisas vão acontecer no seu devido tempo.

Mangabeira, que é o presidente do diretório municipal, comunga com a opinião de que a eleição é complicada: “Temos que trabalhar muito. Não é fácil enfrentar o populismo demagógico”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Secretário diz que animais serão apreendidos.
Secretário diz que animais serão apreendidos.

A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settran) deve concluir em até 15 dias a montagem da estrutura para transportar e abrigar animais de grande porte, atendendo a decreto publicado no Diário Oficial do Município, na última sexta (9). O decreto nº 1.287 determina à Settran o recolhimento destes animais.

Os animais apreendidos pela primeira vez serão levados para uma fazenda, onde poderão ficar por um período máximo de 10 dias, sob a responsabilidade da Prefeitura, de acordo com secretário de Transporte e Trânsito, Roberto José da Silva. Depois desse prazo, os proprietários perdem direito à guarda e os animais serão leiloados para pagar custos da operação e das diárias da fazenda.

Roberto José explica que os animais recolhidos nas ruas e avenidas serão marcados para facilitar a identificação dos donos e a consequente punição com base no Decreto. Nos casos de reincidência, os proprietários perderão o animal, que será leiloado.  “Tenho certeza de que a quantidade de animais soltos nas vias públicas terá redução drástica a partir do momento em que o trabalho for iniciado. A nossa preocupação não é prejudicar ninguém, mas evitar acidentes e salvar vidas”, afirma o secretário.

Roberto José se refere aos acidentes que podem ser causados por animais como cavalos, burros e jegues e gado bovino que muitas vezes circulam a qualquer hora do dia, principalmente em avenidas de grande fluxo de veículos.

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Vane diz que inibirá uso da máquina em 2016 (Foto Marcos Japa/Pimenta).
Vane diz que inibirá uso da máquina em 2016 (Foto Marcos Japa/Pimenta).

A dureza do prefeito Vane do Renascer quanto ao uso da máquina pública na eleição de 2016 por parte dos aliados provocou insatisfação em aliados. O entendimento do prefeito é de que o nome definido internamente terá o seu apoio, usará as conquistas do governo (“marcas”). Não mais que isso.

Aliados, internamente, avaliam que a negativa de Vane iguala o jogo em um momento em que os adversários à direita apresentam-se com folga na pesquisa. O prefeito, sabe-se, terá de ser extremamente rigoroso e vigilante para cumprir o prometido na entrevista de ontem, quando afirmou: “Da prefeitura, não sai um santinho”.

A expectativa ontem era que Vane repetisse o que fez em reunião com secretários, quando informou que seu candidato será Davidson Magalhães (PCdoB). Apesar dos elogios ao PCdoB e lembrar que o partido esforçou-se para que ele disputasse a reeleição, Vane deixou para anunciar o escolhido do governo depois (e, naturalmente, depois de conversas com aliados).

A análise é de que Davidson acabou jogando contra si ao carregar demais contra o governo estadual, há dias recuados – e como diria Eduardo Anunciação – ao perder a indicação do cargo de chefe do Detran em Itabuna. A esperança está numa série de encontros com os vários pretensos candidatos no governo. Pretende-se aproximar os grupos de Davidson e do secretário de Transporte e Trânsito (Settran), Roberto José.

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Vane opta por caminho arriscado a mais de um ano da eleição.
Vane opta por caminho arriscado a mais de um ano da eleição.
O prefeito Claudevane Leite concederá entrevista coletiva, nesta sexta (25), às 8h30min, para fazer um balanço dos 32 meses de gestão. O discurso para a coletiva começou a ser delineado no início da semana passada, quando reuniu todo o seu secretariado e informou que não disputará a reeleição. Apoiará a candidatura de Davidson Magalhães (PCdoB). Também falará de como a crise está afetando as prefeituras. A coletiva será no seu gabinete.

Sabe-se que, até agora, Vane, além de cumprir a palavra com o PCdoB, também definiu que nomes de dentro do governo que almejam o comando do Centro Administrativo Firmino Alves, a exemplo do secretário Roberto José (Settran), adotem um discurso menos personalista. Falem em Governo Vane. A candidatura de Roberto é, até aqui, bancada pela dupla Oton Matos (Controladoria-Geral) e Marcos Cerqueira (Fazenda).

Os bastidores da política local, aliás, registram uma movimentação de gente do próprio governo em favor do ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM). São os insatisfeitos e que não têm proximidade com o deputado federal Davidson Magalhães.

Ao definir-se por Davidson e, mais ainda, decidir – a mais de um ano do pleito – não disputar reeleição, Vane pode ter optado por um caminho que travará o resto do seu governo. As disputas entre os vários grupos começaram assim que Roberto José passou a responder pela Settran e Ficc ao mesmo tempo e tendem a se acirrar ainda mais quanto mais próximo estiver o período de definição de candidaturas para 2016.

Precisará ele de pulso para não fazer o governo naufragar – de vez. E a cidade – e os cidadãos – pagar a conta!