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Ruy Machado: barba, cabelo e bigode".

Em meio a uma disputa de bastidores que move peças da oposição e do governo, o vereador Ruy Machado diz não ter dúvida de que assumirá a presidência da Câmara de Itabuna, apesar de ter havido uma eleição anterior à dele em junho do ano passado. Afirmando que não fará composição com o presidente Clóvis Loiola (PPS) e o primeiro secretário da Casa, Roberto de Souza (PR), ele diz que até estaria disposto a uma nova eleição. “Aí vamos fazer barba, cabelo e bigode”. Quem diria…
Acompanhe o papo com o PIMENTA:
Você assume no dia primeiro?
Não tenho a menor dúvida, já que a eleição de um ano e meio atrás foi totalmente ilegal e derrubada pelo plenário da Câmara por nove votos, além de ter sido reconhecida pela Justiça.
O outro presidente, Roberto de Souza, já montou transição. E a sua equipe?
Não tenha dúvida de que tudo que foi feito ilegalmente vai mudar já nesta segunda-feira, para que eu venha trabalhar e colocar as coisas em ordem.
Qual será o seu comportamento na presidência?
O que precisamos é governar com total independência do Executivo. As coisas vão mudar no Executivo também.
O secretário Gilson Nascimento deixa o governo. Ele vai para a diretoria da Câmara?
De maneira nenhuma. O secretário Gilson tem outros compromissos com o deputado Luiz Argolo e não faz parte da minha equipe de gestão.
O ex-diretor do Instituto Biofábrica de Cacau ocupará a diretoria-administrativa?
O único cargo sinalizado até agora é a diretoria da Casa. É um cargo que me pertence e a pessoa escolhida foi Moacir Smith Lima.
A promotoria pública solicitou a indisponibilidade de bens de vereadores. Como o senhor vê essa situação?
É de fato uma situação muito triste aquele poder estar nessa situação. O relatório da CEI foi entregue à promotoria. Vamos aguardar agora. Não tenho nada contra vereador nenhum.
Haverá ou não nova eleição?
Eu estou até disposto a uma nova eleição, pois aí vamos fazer barba, cabelo e bigode. Acabou período Loiola, acabou período Roberto. Eu não componho nem com Roberto nem com Loiola.

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Machado já experimenta o terno da posse, mas sua situação é incerta

Em resposta à ação movida pelos vereadores Ruy Machado (PRP) e Rose Castro (PR), contra a eleição do colega Roberto de Souza (também do PR) para a presidência da Mesa Diretora da Câmara de Itabuna, o judiciário “decidiu não decidir”.
O pronunciamento do titular da 2ª Vara Cível e Fazenda Pública dá conta de que, como houve uma segunda eleição, na qual Ruy Machado foi eleito presidente, ocorreu o que se chama em linguajar jurídico de perecimento do objeto. O entendimento é o de que, escolhido novo presidente, a eleição anterior estaria automaticamente anulada.
Machado comemora, mas esse pronunciamento não exclui a possibilidade de que outra ação, que venha a questionar a legalidade da eleição do próprio vereador do PRP, resulte em uma eventual anulação desta. Ou seja, a situação do presidente eleito é insegura.
O caso pode caminhar para o que a maioria considera mais coerente: uma terceira eleição.

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Loiola (atual presidente), Roberto de Souza e Ruy Machado – protagonistas em um cenário político macabro

A poucos dias de 2011, ninguém sabe ao certo quem será o presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna. Dois reivindicam o comando da casa: Roberto de Souza (PR), eleito com grande antecedência graças a uma mexida no Regimento Interno da Casa, e Ruy Machado (PRB), escolhido em 30 de novembro passado, após outra futucada nas regras do jogo e na fechadura do plenário, que havia sido trancado para impedir a eleição.
Indagada sobre o imbróglio, a secretária parlamentar Margareth Brandão, grande conhecedora do legislativo itabunense, não titubeia. Segundo ela, as duas eleições estão irregulares e, portanto, devem ser anuladas para que uma terceira decida quem será o presidente. Considere como uma espécie de tira-teima.
Para se ver a que nível de esculhambação chegou a política local…

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Do Trombone

Nunca se soube do vereador Ruy Machado que este fosse um exemplo de assiduidade nas sessões plenárias da Câmara de Itabuna. Agora, líder de uma bancada que se autodenomina “independente”, parece que expande seus conhecimentos gazeteiros aos liderados, que também, de uma hora para outra, deram para faltar às sessões.
A de hoje, por exemplo, seria para iniciar a discussão da lei orçamentária de 2011, mas só apareceram no Plenário Raymundo Lima quatro vereadores: o atual presidente Clóvis Loiola, o presidente eleito Roberto de Souza, Raimundo Pólvora e o líder do governo Milton Gramacho.
Aliás, parte da bancada “independente” foi vista no edfício Módulo Center, famoso centro médico, empresarial e abrigo de grandes escritórios advocatícios. É lá também onde se instala o escritório da estatal baiana do gás natural, a BahiaGás, comandada pelo PC do B.
Por coincidência, o vereador Ruy Machado se fazia acompanhar, na hora da sessão, no edfício Módulo Center, pelo colega comunista Wenceslau Júnior e os dois advogados que patrocinam sua defesa na tentativa de derrubar Roberto de Souza da Mesa da Câmara – Ruy é o segundo eleito para o mesmo cargo no singular legislativo itabunense. Todos assessorados, ainda, pelo secretário demissionário da Administração, Sargento Gilson.
Olha o exemplo, “presidente”!
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Walmir Rosário | ciadanoticia@ciadanoticia.com.br
O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo, causa enormes prejuízos à imagem da cidade ao se posicionar ora apoiando o candidato à presidência da Câmara, Ruy Machado, ora o esquema do atual presidente Clóvis Loiola. Além de achincalhar o Poder Legislativo, o prefeito cria uma competição canibalista entre seus secretários, que passam a apoiar candidatos diferentes para a presidência da Câmara.
Essa prática, aliás, não é coisa nova e foi vista largamente durante a última campanha política, quando Azevedo apoiou, ou mandou apoiar, dezenas de candidatos a deputado (federal e estadual). Resultado, não proporcionou uma votação expressiva a nenhum deles, nivelando-se por baixo como um cabo eleitoral sem qualquer expressão.
Na própria Prefeitura, as opiniões eram muito divergentes – tanto na campanha política de 3 de outubro como na disputa pela Mesa da Câmara. Tanto naquela época como agora, o único secretário que demonstrou maturidade política foi o da Administração, Gilson Nascimento. Deu a maior votação – entre os secretários – ao seu candidato, nesse caso ao deputado federal Luiz Argôlo, enquanto os outros foram considerados inexpressivos.
Pois bem, a história se repetiu agora para a eleição da Mesa Diretora. Desde o início de negociações, o preferido de Gilson sempre foi o vereador Milton Cerqueira, porém o secretário costurou acordos, recuando quando necessário, galvanizando apoios na oposição, enfim, formando a chapa vitoriosa sob a liderança de Ruy Machado.
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A atitude surpreendente e corajosa do diretório do PT, contrariando o prefeiturável Geraldo Simões, deixou muito gente sobressaltada

Marco Wense
Nesse lamaçal que toma conta da Câmara de Vereadores de Itabuna, sem precedente na história do Legislativo tupiniquim, o diretório do Partido dos Trabalhadores fez o que deveria ser feito.
O PT cuidou da sua imagem. O partido, defendendo candidatura própria à presidência da Casa, com o vereador Claudevane Leite, se livrou de qualquer responsabilidade diante da sujeira do processo eleitoral.
A legenda, presidida pela professora Miralva Moitinho, não pode ser acusada de ter sido conivente com o que pode acontecer em decorrência desse imbróglio protagonizado pelos “representantes do povo”.
O deputado Geraldo Simões caminhou em sentido contrário ao PT. Além de desconsiderar a decisão dos companheiros, aconselhou Claudevane a apoiar Ruy Machado, que terminou sendo “eleito”.
O ex-prefeito de Itabuna, para justificar sua posição, usa o forte argumento de que uma candidatura própria poderia contribuir para a vitória de Milton Gramacho, líder do prefeito Azevedo (DEM).
Fugindo de uma provável derrota, com a eleição de um azevista para o comando do Legislativo, Geraldo Simões, também de olho em um pedido de impeachment do chefe do Executivo, optou pelo apoio ao amigo Ruy Machado (PRP).
A atitude surpreendente e corajosa do diretório do PT, contrariando o prefeiturável Geraldo Simões, deixou muito gente sobressaltada. Sem entender “bulufa” nenhuma.
PS – Geraldo Simões é o Lula de Miralva. O PT está sob sua rigorosa batuta. Os adversários do ex-prefeito, incluindo aí muitos petistas, costumam dizer que Geraldo é o “coroné” do PT de Itabuna.
TRÊS REFEIÇÕES
O vereador Ruy Machado, sem dúvida um espertíssimo articulador político, do tipo que consegue dar nó em pingo de éter, tomava café da manhã com o prefeito Azevedo (DEM), almoçava com Fernando Gomes (PMDB) e jantava com Geraldo Simões (PT).
Agora, depois da eleição para a presidência da Câmara Municipal, com o apoio entusiasmado de Geraldo Simões, o Capitão e o ex-alcaide não querem mais saber do tititi de Ruy, já que o edil está afinadíssimo com o petista.
Sobrou para Geraldo Simões, que vai ter que “bancar” as três refeições de Ruy Machado (PRP).
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Por meio de sua assessoria, o vereador Solon Pinheiro (PSDB) informa que pulou de galho e não mais apoia Roberto de Souza (PR) na guerra pela presidência da Câmara de Itabuna. Para justificar a repentina mudança, Solon diz que segue orientação do presidente estadual do partido, Antônio Imbassahy, que determinou ao PSDB itabunense apoio a Ruy Machado (PRP).
Ruy foi eleito para a presidência da Câmara em votação ocorrida na última terça-feira, 30. Mas Roberto já havia sido escolhido para o mesmo cargo em eleição ocorrida em 5 de junho do ano passado. Ocorre que, para agradar ao governo, os vereadores aprovaram uma mudança no Regimento Interno, anulando a votação de 2009 e determinando nova eleição.

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Veja como são as coisas. O vereador Ruy Machado nem bem havia acabado de ser eleito presidente da Câmara de Itabuna e já posava como estrela: disse que não daria entrevista exclusiva a veículos. “Só dou coletiva”.
Voltou atrás quando percebeu que apenas dois repórteres estavam lá, cobrindo os bastidores da lama em que se transformou a “Casa do Povo”.
Se toca, Ruy!

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O deputado federal Geraldo Simões reconhece que a Câmara de Itabuna está uma lama, mas acredita que o vereador Claudevane Leite (Vane do Renascer), o único vereador do PT na Casa, agiu corretamente ao apoiar a eleição de Ruy Machado para a presidência do legislativo itabunense.
– Eu sei que [a Câmara] está uma lama, mas Ruy Machado assumiu compromisso pela moralização, pela realização de concurso público.
Acompanhe um papo rápido, logo após o parlamentar comemorar a aprovação – na Câmara dos Deputados – de uma emenda de sua autoria que beneficiará 10 mil produtores de cacau, caso passe pelo Senado Federal e seja sancionada pelo presidente Lula.
Por que o senhor apoiou a decisão de Vane, que preferiu Ruy Machado para a presidência da Câmara?
Não é apoiar ou não apoiar. Temos um único vereador do PT e ele tem mais conhecimento do que eu sobre o que acontece na Câmara. Ele tomou uma posição
Mas tomou posição sem consultar o partido.
É uma cultura que se estabeleceu de tomar decisão sem consulta. E é até cultura de Vane. Mas o partido tem que ser mais flexível. Acho que a melhor posição é a dele, que conhece a realidade da câmara.
Ou seja, conhece o lamaçal por dentro, né?
Eu prefiro trabalhar com a realidade concreta. O que tínhamos lá? As candidaturas de Milton Gramacho, de Milton Cerqueira e de Ruy Machado.  Não tenho nenhuma dúvida de que a decisão foi acertada.
Por que o senhor pensa assim?
Por isso que eu lhe falei. E tem um detalhe, os partidos que compõem o nosso bloco, o PSB, o PCdoB, todos fizeram opção por Ruy. Eu sei que [a Câmara] está uma lama, mas Ruy Machado assumiu compromisso pela moralização, pela realização de concurso público.

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O deputado federal Geraldo Simões (PT) muda a face quando é chamado de “coroné” do diretório itabunense. Agora, sabe-se que vai além disso. Na sexta, o diretório do partido condenou a opção do vereador Claudevane Leite pelo colega Ruy  Machado para a presidência da Câmara. E o que fez Geraldo? Aconselhou Vane a relevar a posição do PT. E teria afirmado que o edil petista está no “caminho certo”.
Se não fica claro que caminho é esse citado pelo deputado, não é necessário muito esforço para entendê-lo. Machado é muito próximo de Geraldo. Como também é da cozinha de Fernando Gomes e de Capitão Azevedo. É tido nos bastidores como o mais habilidoso “leva-e-traz” da (porca) política itabunense. Tendo Machado na presidência, Geraldo pensa ter, assim, algum poder (ou naco de poder) na Câmara – num enredo já cheio de traições.
Não se sabe, aliás, o que teria feito Geraldo voltar atrás nesse lamaçal da Câmara. Na sexta, dizia a amigos que só a candidatura de Vane à presidência da Casa seria fator de moralização. Entre o “leva-e-traz” e a “moralização”, já está claro com quem o deputado ficou.

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Ruy é acusado de "esquentar" contracheques.

O ex-diretor de Recursos Humanos da Câmara, Kleber Ferreira, afirmou ao Pimenta que o vereador adulterou contracheque para obtenção de novos empréstimos na rede bancária, depois de contrair consignado no Bradesco.
A fraude, afirma Kleber, pode ser comprovada ao analisar a folha analítica da Câmara enviada ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). “Em novembro do ano passado, ele me procurou e disse que precisava limpar o contracheque para tomar dinheiro em outro banco”.
Kleber disse que se negou a esquentar o documento, mas cumpriu ordem do presidente da Casa, Clóvis Loiola (PPS), para emitir uma via que não constasse o consignado do Bradesco, que abocanhava 30% dos vencimentos como vereador.
Ao retirar o consignado do contracheque, Ruy estaria livre para tomar empréstimo na rede bancária. O documento do vereador ficou sem constar a parcela mensal do consignado do Bradesco no período de novembro de 2009 a março deste ano, conforme Kleber. O ex-diretor tem comprovante do requerimento.
Kleber concedeu a entrevista ao Pimenta acompanhado de duas pessoas, sendo uma delas um advogado. Nesta sexta-feira, o diretor prestou depoimento à Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga suposto esquema que desviou cerca de R$ 1 milhão dos cofres da Câmara de Vereadores de Itabuna.
Ontem, ao final da manhã, o vereador Ruy Machado negou que tivesse adulterado contracheque para obter empréstimo. Hoje, apareceu em um jornal local se dizendo vítima e afirmando que iria processar os veículos de comunicação que divulgassem o caso.

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Acossado por denúncias do colega Ruy Machado (PRP), o presidente da Câmara de Vereadores, Clóvis Loiola (PPS), prepara um contragolpe. Nesta manhã, determinou à sua assessora Laurinda dos Santos que investigue todas as ausências injustificadas do seu oponente, nas sessões legislativas.
O maior interesse recai sobre o período de outubro a dezembro do ano passado, quando Ruy faltou a quase todas as sessões. Neste período, o vereador do PRP foi submetido a uma cirurgia cardíaca e se afastou das atividades legislativas. Porém, não comunicou à Casa nem permitiu que o suplente, Ricardo Xavier (PMDB), assumisse a vaga no período de convalescença.
Utilizando-se do Regimento Interno da Casa, Loiola quer cassar Ruy Machado. O regimento configura as faltas injustificadas como quebra de decoro e prevê a cassação de mandato neste caso em específico. Fato é que Loiola acredita ter dado o bote certo. Só espera que a “picada” seja fatalíssima.
Como para tudo existe um porém, lá vai: Loiola terá de mobilizar em seu favor dois terços dos votos da Casa para ver Ruy sem mandato. Vai conseguir, Lhoiola?

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O vereador itabunense Ricardo Bacelar (PSB) estava em adiantadas conversações para fechar apoio à candidatura de Wenceslau Júnior (PCdoB) a deputado estadual. Mas, ao que tudo indica, o projeto gorou.

Segundo informações, o socialista reviu conceitos e está praticamente decidido a apoiar a esposa do apresentador Raimundo Varela, Sheila, que disputará cadeira na Assembleia Legislativa pelo PRB. Há poucos dias, um emissário de Varela esteve em Itabuna para amarrar alguns apoios. Além de Bacelar, outro que está bem encaminhado para ajudar a esposa do homem dos cartões é Ruy Machado (PRP).

A despeito da perda de Bacelar, o comunista Wenceslau está animado com a sua campanha. No último domingo, 27, a candidatura do vereador itabunense foi homologada entre os 42 nomes que o PCdoB lançará para a Assembleia Legislativa. A expectativa é eleger três e Wenceslau acha que tem boas chances de estar entre eles.

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Roberto parte para o ataque (Foto Duda Lessa).

O vereador Roberto de Souza está em Salvador e entrou em contato com o Pimenta há pouco. Ele respondeu ao vereador Ruy Machado, que o acusou de irregularidades e de deter o controle da Câmara de Itabuna.

Primeiro-secretário da Câmara, Roberto primeiro tratou de desqualificar a manobra da bancada governista que, segundo ele, votou ilegalmente, um pedido de suplementação orçamentária em 60%. O pedido do prefeito Capitão Azevedo acabou aprovado por 9×1.

Segundo Roberto de Souza, o documento nem chegou a tramitar na Casa. Estava ainda sob a análise do jurídico da Câmara e, conforme acordado antes de decretar o recesso, seria posto à votação na reabertura dos trabalhos. “A votação foi totalmente irregular”.

O vereador prometeu acionar o presidente da Casa, Clóvis Loiola, para que se explique como levou à votação um projeto sem que fosse respeitado o regimento.

Depois de explicar questões regimentais, Roberto de Souza partiu para o ataque. Disse que Ruy Machado pode o chamar de irresponsável, presidente da fato da Câmara. Disso até pode, mas…

Fala, Roberto:

– Ele só não pode me chamar de puxa-saco de prefeito, ladrão nem chefe de quadrilha. Não ando no bolso de prefeito. Nunca fui processado nem preso.

BANCADA DO SILÊNCIO

Roberto disse estranhar que Ruy Machado tenha escolhido justamente esse momento para atacá-lo. “Muito me estranha que, estando com uma irmão na UTI aqui em Salvador, um vereador comente sobre meu nome”.

O primeiro-secretário da Câmara disse que aguardará o retorno dos trabalhos legislativos, em agosto, para que Ruy Machado reafirme o que falou ao Pimenta, principalmente quando acusa existência de “lavanderia” no legislativo municipal.

– Ele é conhecido como da bancada do silêncio. Tem que respeitar e dizer as coisas na presença, não na ausência. Tenho um ano e meio de convivência com ele e Ruy nunca se pronunciou em plenário.

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Ruy, o atirador.

O clima esquentou de vez na Câmara de Vereadores de Itabuna. O governista Ruy Machado (PRP) acionou sua metralhadora giratória e escolheu como alvo o trio Roberto de Souza, Clóvis Loiola e Kléber Ferreira. O presidente da Câmara, Clóvis Loiola, não mandaria na Casa. “Ele não tem comando, é irresponsável, um boneco”.

Para ele, quem de fato tem o controle do legislativo e age como presidente é o primeiro-secretário. “O vereador Roberto de Souza e o diretor Kléber Ferreira são os donos. Eu não posso admitir que essa casa tenha dois presidente. Porque o de direito [Loiola] é um boneco, conduzido pelo de fato”.

Ruy Machado chamou o trio de “irresponsável” e cutucou Roberto, que também é radialista. “Eu não tenho microfone pra estar em três programas diferentes vendendo uma imagem que não é verdadeira”.

Loiola, o 'boneco".

Justificando não ter votado nem em Roberto nem em Loiola para a mesa da Câmara, também fuzilou a eleição antecipada, ocorrida no início do ano passado, que deu ao vereador do PR a presidência do legislativo itabunense, a partir de janeiro de 2011. “Foi uma eleição antecipada, imoral”.

O vereador sugeriu que há uma “lavanderia” na Câmara e atacou o bloco de oposição, integrado pelos vereadores Roberto de Souza, Wenceslau Júnior, Vane do Renascer e Ricardo Bacelar. “Quando eles pedem a CEI da Saúde e a do Lixo, eu asino. Mas quero assinar primeiro a dessa Casa. Não podemos exigir limpeza na casa dos outros quando a nossa é suja”, disse durante entrevista a Fábio Roberto, para o Pimenta.

Roberto, presidente de fato.

A revolta do vereador governista se deu após o bloco de sustentação ao prefeito Capitão Azevedo encontrar a Câmara fechada nesta terça-feira. “Que o Ministério Público estadual pegue quem é a lavanderia dessa casa”, disse, sem apresentar provas da acusação, apenas acrescentando que se paga uma fortuna pela segurança do prédio onde funciona o legislativo, mas, apesar disso, a porta da Casa foi arrombada.

E quem arrombou a porta? Segundo vereadores, o “arrombador” foi o próprio presidente Clóvis Loiola, pressionado que foi por Azevedo. Este, exigia que a suplementação orçamentária de 60% fosse imediatamente votada, sob pena de servidores passarem o São João sem salário e a prefeitura ficar de cofres vazios. Houve estouro do orçamento bem antes do prazo. Como o diretor da Casa não estava, Loiola usou de métodos rudimentares para garantir a votação.

Por duas vezes, o Pimenta tentou falar com Roberto de Souza. Os telefonemas não foram atendidos nem o vereador retornou as ligações, o mesmo ocorrendo com o diretor de Recursos Humanos, Kléber Ferreira.