Jogadores do sul da Bahia voltam à Seleção Brasileira
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A Seleção Brasileira, que jogará amistosos contra Inglaterra e Espanha, na Europa, terá dois jogadores do sul da Bahia. A equipe do técnico Dorival Júnior contará com o volante André, do Fluminense, nascido no distrito de Algodão, em Ibirataia; e o zagueiro Bremer, da Juventus (Itália), oriundo de Itapitanga. O zagueiro foi chamado para substituir Gabriel Magalhães, que se apresentou contundido.

Bremer desembarcou na terça-feira (19) na capital inglesa e foi poupado do treino no gramado do CT do Arsenal, mas trabalhou com o grupo hoje. O zagueiro é um dos destaques no futebol italiano e fez parte do grupo que disputou a Copa do Catar, em 2022. Já o volante André vem jogando em alto nível no Fluminense e tem sido convocado para as Eliminatórias da Copa do Mundo.

AMISTOSOS NA EUROPA

No próximo sábado (23), o Brasil enfrentará a Inglaterra, em Wembley. O segundo amistoso será contra a Espanha, na terça-feira (26), no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri. Os dois amistosos serão os primeiros confrontos do Brasil contra adversários da Europa desde a Copa do Mundo de 2022.

O jogo contra a Inglaterra, no sábado (23), marcará a estreia de Dorival Júnior no comando da Seleção, após vários tropeços no ano passado, quando foi comandada interinamente pelo técnico Fernando Diniz. De seis jogos disputados, venceu dois, empate um e sofreu três derrotas.

O Brasil terminou 2023 em sexto lugar (sete pontos) das Eliminatórias Sul-Americanas, última posição classificatória para a Copa do Mundo de 2026. O próximo mundial de seleções de futebol será disputado em três países: Canadá, México e Estados Unidos.

Zagueiro Bremer renova com a Juventus por três anos|| Foto Redes sociais
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A Juventus, da Itália, confirmou, nesta quarta-feira (27), a renovação com o zagueiro Bremer, de 26 anos, por mais três temporadas. O atleta nascido em Itapitanga, no sul da Bahia, assinou com o clube Europeu até o meio de 2028. A extensão do vínculo foi divulgada nas redes sociais do do jogador.

Para divulgar o novo vínculo com Bremer, a Juventus fez uma brincadeira. O zagueiro teve que tirar objetos pessoais, além de um atacante do bolso, até sacar uma caneta para informar o ano do fim contrato e colocar a assinatura em um pedaço de papel.

Nascido em março de 1997 em Itapitanga, o zagueiro Gleison Bremer começou a carreira profissional longe da Bahia.O atleta iniciou a carreira no interior de São Paulo, aos 17 anos, no Desportiva Brasil. Em 2016, foi emprestado ao São Paulo, onde atuou pouco no time profissional.

No ano seguinte, em 2018, foi negociado com o Atlético Mineiro por R$ 380 mil. Ele atuou 33 partidas pelo Galo. Em 2018, foi vendido por R$ 24 milhões para o Torino, onde foi destaque. Acabou contratado por 41 milhões de euros (213 milhões de reais na cotação da época).

Em 2022 foi convocado pela primeira vez para atuar pela Seleção Brasileira, pelo então treinador Tite. Participou de amistosos e acabou garantindo o nome na lista dos jogadores que foram à Copa do Catar, conquistada pela Argentina.

 

André é campeão da Libertadores da América || Foto Mailson Santana/Fluminense
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Considerado um dos melhores volantes do futebol brasileiro, André Trindade da Costa Neto, de 22 anos, deixou uma pequena cidade do sul da Bahia em festa neste final de semana. André, nascido em Algodão, distrito de Ibirataia, acaba de conquistar um título inédito da Taça Libertadores com o Fluminense, que bateu o Boca Juniors, por 2 a 1, no Maracanã, neste sábado (4).

Fluminense conquista título inédito || Foto Ascom do Flu

André está no Fluminense desde as categorias de base e tem mais de 160 partidas pelos profissionais das Laranjeiras. Não é muito de fazer gols, tem apenas 4 assinalados na carreira, mas é considerado um jogador muito técnico e valorizado do futebol brasileiro. Em agosto, o Tricolor Carioca rejeitou uma proposta de 30 milhões de euros, equivalente a R$ 162 milhões, do Liverpool. A prioridade era contar com força máxima para conquistar a Libertadores.

A expectativa agora é saber se o Fluminense irá aceitar investida antes do Mundial de Clubes, que será disputado na Arábia Saudita, de 12 a 22 de dezembro. O time brasileiro entra direto na semifinal.

O bom futebol também tem garantido a André seguidas convocações para a Seleção Brasileira. O jogador do sul da Bahia tem chance, inclusive, de se tornar titular nas partidas contras as seleções da Colômbia e Argentina, nos próximos dias 16 e 21, pelas Eliminatórias. Casemiro, do Manchester United, titular absoluto da posição, está machucado.

André e Bremer são convocados para jogos da Eliminatórias em outubro || Fotos Vitor Silva /CBF
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O técnico Fernando Diniz convocou, neste sábado (23), os jogadores para a disputa das duas próximas rodadas das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Na lista estão dois atletas do sul da Bahia. Um deles é o zagueiro Bremer, que nasceu no pequeno município de Itapitanga, que fica a pouco mais de 70 quilômetros de Itabuna.

No futebol italiano desde 2018, e um dos destaques da Juventus nas últimas temporadas, o zagueiro Gleison Bremer Silva Nascimento, de 26 anos, fez parte do grupo que disputou a Copa do Mundo do Catar 2022. Mas essa é a primeira vez que é convocado para jogos das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2026.

Fernando Diniz convocou a seleção neste sábado (23) || Foto Vitor Silva / CBF

 

Outro jogador do sul da Bahia na lista para as duas próximas partidas das Eliminatórias é André, um dos destaques do Fluminense. Ele esteve no grupo que venceu os dois primeiros jogos da competição classificatória. A Seleção Brasileira estreou goleando a Bolívia por 5 a 1 e batendo o Peru por 1 a 0.

André Trindade da Costa Neto, de 22 anos, é natural do distrito de Algodão, no município de Ibirataia. Destaque do Fluminense nas últimas temporadas, o jogador despertou interesse de vários times da Europa, mas o Tricolor Carioca decidiu que só negocia o atleta depois da Taça Libertadores. O Flu enfrenta o Internacional na semifinal. A primeira partida será quarta-feira (27).

ELIMINATÓRIAS

André e Bremer estão na lista para as partidas da Seleção Brasileira nos dias 12 e 17 de outubro. Primeiro enfrenta a Venezuela, na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT), às 21h30min, pela terceira rodada das Eliminatórias. Já o outro confronto será contra o Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéu (URU), no dia 17, às 21h.

Além de Bremer, Gerson, do Flamengo, é novidade na lista. “Foi uma das convocações mais fáceis. Ele [Gérson] é um dos jogadores que eu mais vi atuar fora os do Fluminense. Jogamos muitas vezes contra o Flamengo este ano, tive que estudar bastante o time e o jogador. Ele tem atuado bem constantemente, é um jogador bem acima da média e tem muito a ver com aquilo que eu penso sobre futebol”, justificou Diniz.

No ataque, o técnico voltou a convocar Vinicius Junior, cortado da primeira lista por lesão. Raphinha, que o substituiu à época, também retorna. Gabriel Jesus reaparece depois de substituir Antony. Richarlison, do Tottenham, contestado pela fase pouco goleadora, foi convocado novamente. Veja em leia mais a lista completa dos convocados.

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Lincoln, do Goiás, e Maurício Duarte, do Vila Nova, disputam bola no Serra Dourada || Arquivo/Walmir Rosário
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Certa feita, ao jogar na Gávea contra o Flamengo, ao tentar tirar a bola do craque Zico, que a adiantou com um toque, passou reto com o carrinho, numa jogada que terminou em gol.

 

Walmir Rosário

Nem todos os meninos peladeiros conseguem tirar a sorte grande jogando os babas apenas nas praias ou nos campinhos de bairro. Muitos são levados para os times consagrados, nos quais aprendem a se especializar no futebol. Os que conseguem unir a habilidade individual às técnicas e táticas, teoricamente terão um futuro garantido e nome gravado entre os astros do futebol.

Por ironia do destino, um garoto peladeiro deixa sua cidade natal, Porto Velho, em Rondônia, e vai para o Rio de Janeiro, acompanhar sua mãe em tratamento médico. Era tudo que queria. Se já se encantava com o futebol jogado na cidade maravilhosa pelas ondas do rádio, agora se imaginava ser um daqueles craques que tanto assistia no rádio e na TV. Finalmente era chegada a hora e a vez do garoto Maurício Duarte.

E tudo se encaminhava conforme seus pensamentos. Em pouco tempo já disputava bola nas areias da praia de Copacabana com a desenvoltura de um atacante, atuando pelas equipes praianas do Radar e do Copa Leme. Mas queria o destino um futuro mais brilhante para a promessa de craque rondoniense. Foi descoberto pelo maior e mais excêntrico “olheiro” de futebol carioca, Antônio Franco de Oliveira, o Neném Prancha.

Botafoguense de quatro costados, Neném Prancha, considerado o maior dos filósofos do futebol, o levou para o seu time de coração, o Botafogo. Aos 12 anos o garoto se deslumbra com a plêiade de craques que ouvia e via jogar no rádio e na TV. Mais que isso, iria participar de uma peneira e, se aprovado, poderia ser um deles, afinal, tinha como padrinho Neném Prancha, o descobridor de Heleno de Freitas e Júnior “Capacete”.

Diante da enorme concorrência, lhe ocorreu uma estratégia de defesa que o fez sobreviver nos gramados de General Severiano. Assim que o treinador e antigo lateral-direito Joel Mendes dividia as promessas de atletas pelas posições que jogavam, Maurício Duarte se assombrou pela quantidade de atacantes e meios-campistas. Os pensamentos rodaram com extrema velocidade em sua cabeça e decidiu: a partir daquele momento seria zagueiro. E para jogar no Botafogo!

E a sorte lhe sorriu, tanto assim que após ver de perto “os cobras” do Glorioso, a exemplo de Gérson, Fischer, Jairzinho, Brito, Manga, dentre outros craques, foi aprovado para a famosa Escolinha de Seu Neca, pela qual passaram as estrelas do Botafogo dos anos 1970, inclusive ele. Descoberto por Neném Prancha, agora teria a felicidade de aprender com seu Neca todas as técnicas e artimanhas do melhor futebol do mundo.

E o garoto magro de Porto Velho iniciou os treinamentos na Escolinha do Neca, no Botafogo, no subúrbio de Del Castilho. Era um sacrifício danado, pois pegava dois ônibus lotados para participar do treinamento coletivo às quartas e sextas-feiras. No restante da semana treinava em General Severiano. Se firmou como zagueiro e ganhou posição nas divisões de base, até que chegou o dia de ser incorporado ao time de cima.

Era o ano de 1970. E Maurício Duarte, aos 17 anos, teria a responsabilidade de substituir o zagueiro Brito, convocado para a Seleção Brasileira tricampeã do mundo. Jogaria a Taça Guanabara, posteriormente cancelada, e os jogos amistosos, o primeiro deles contra o Bangu, vencido pelo placar de 2X0. Junto com os profissionais, lembrava dia e noite os ensinamentos do seu Neca, essenciais para a sobrevivência nos gramados da vida.

Nos treinos do Botafogo marcava grandes jogadores de ataque. Certa feita, ao jogar na Gávea contra o Flamengo, ao tentar tirar a bola do craque Zico, que a adiantou com um toque, passou reto com o carrinho, numa jogada que terminou em gol. Aí ouviu do seu Neca: “Você não teria que ter dado o carrinho e sim cercado; acompanharia a jogada e ele não teria toda a tranquilidade. Lembre-se, zagueiro caído é jogador abatido”.

De outra feita, no Maracanã contra o Vasco, quando foi marcar Roberto Dinamite, ouviu outro ensinamento do seu Neca: “O zagueiro tem que ficar com um olho no peixe e outro no gato”. E era para observar a bola e Roberto Dinamite, que ficava de “migué”, na ponta-esquerda quando a bola vinha pela direita. E esse ensinamento lhe serviu para o resto da vida, tomando ou não deixando a bola chegar aos atacantes.

Do Botafogo, Maurício Duarte se transferiu para outros clubes brasileiros, nos quais experimentou a diversidade na realidade do futebol praticado nos quatro cantos deste país. E sua saída do Glorioso se deu por motivos internos. Quando chamado de volta pelo Departamento Amador, acreditou que seria um regresso e não atendeu ao pedido. Daí passou a treinar no “time da Ave Maria”, no finalzinho da tarde, com chances remotas.

Emprestado ao Remo, do Pará, Maurício não foi muito feliz, pois teve uma distensão na virilha. Em seguida se transforma num operário da bola e joga no Santo Antônio e Rio Branco, ambos no Espírito Santo, Flamengo do Piauí, Vila Nova de Goiás, Galícia, Olaria e Itabuna. Nesses times atuou com e contra grandes craques do futebol brasileiro, muitas das vezes sem receber salários em dia, dentre outras adversidades.

No Itabuna Esporte Clube, o último time por qual jogou, Maurício Duarte se identifica bastante com a diretoria e a cidade. E por aqui constrói família, faz um curso de formação em técnico de futebol, trabalha na AABB, dirige as seleções de Itajuípe, Itabuna e Buerarema. Certificou-se em Radialismo, atuou como comentarista em emissoras de rádio e Maurício Duarte se torna um verdadeiro cidadão grapiúna.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Plínio de Assis, goleiro da Seleção Amadora de Itabuna || Foto Arquivo/Walmir Rosário
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Plínio lembrava com emoção as partidas disputadas no velho campo da Desportiva, sempre lotada de torcedores. Talvez por isso, sempre lhe dava um friozinho na barriga quando entrava em campo.

 

Walmir Rosário

Plínio Augusto Silva de Assis iniciou no futebol amador de Itabuna jogando pelo Flamengo, por insistência do amigo e comentarista de futebol Yedo Nogueira. De início não se entusiasmou pelo convite, pois torcia pelo Fluminense, no Rio de Janeiro e em Itabuna. Convite aceito, ganhou o futebol da cidade, pela excelente qualidade do goleiro, que fez uma carreira meteórica e chegou à titularidade do selecionado itabunense, em 1960.

Titular absoluto no Flamengo, no selecionado alvianil Plínio de Assis era o reserva imediato de Asclepíades, junto com Luiz Carlos. Em 1960, ano do cinquentenário de Itabuna, finalmente assume a titularidade da seleção. Por muitos anos é convocado para a brilhante seleção, muitas das vezes alternado com o goleiro Luiz Carlos, de acordo com a escolha da comissão técnica do selecionado.

De temperamento calmo, Plínio sequer se abalou com um tiroteio durante uma partida em Ilhéus, e teve a tranquilidade de orientar seus colegas em campo, enquanto a briga corria solta e os tiros pipocando na arquibancada. Se fora de campo o clima era tenso, entre os atletas das duas cidades a rivalidade exigia muito para manter o controle, mesmo os atletas se esforçando para um clima sadio durante a partida.

E Plínio não abria mão de se preparar físico e mentalmente para os jogos realizados entre as seleções de Itabuna e Ilhéus. E dentre os cuidados tomados, treinar bastante e dormir cedo para ter um desempenho à altura. Ele sabia que as cobranças de dirigentes e torcida eram maiores em relação ao goleiro, por existir as possibilidades de partidas melhores ou piores, daí estar sempre preparado.

Mesmo assim, Plínio não se abalava com os resultados negativos, por estar consciente de que se tratava de possíveis falhas por contingência da prática esportiva. Na mesma partida em que poderia sofrer algum frango, também existia a possibilidade de fechar o gol com defesas inesquecíveis, como na disputa do tricampeonato contra a Seleção de São Félix, em 1962, um dos grandes jogos em que participou.

Como não existiam àquela época grandes técnicos com táticas de jogo mais elaboradas, Plínio ouvia com atenção as orientações do cirurgião-dentista Carlito Galvão, Costa e Silva e Gil Nery, que montavam as estratégias da equipe. Fora de campo, os técnicos davam o recado, dentro, uma meia-dúzia de jogadores coordenavam o time como um todo, de acordo com os acontecimentos.

Uma lembrança permanente de Plínio era a atuação de Didi na Seleção Brasileira contra a Suécia, em 1958, quando o jogador, após sofrer um gol botou a bola debaixo do braço e se dirige até o meio de campo, pede calma aos colegas e renova os ânimos. Na seleção de Itabuna quem fazia esse trabalho eram Santinho, Tombinho e Abieser, além do próprio Plínio orientando os jogadores com sua visão privilegiada em campo.

E assim Plínio de Assis se manteve na Seleção de Itabuna até se sagrar tetracampeão, título inédito, ampliando em seguida para o Hexacampeonato Intermunicipal por anos seguidos. Era a época do amor à camisa, na qual os jogadores treinavam a partir das 5 da manhã, corriam pra casa para tomar café e se dirigirem para o trabalho. Era o sacrifício que compensava pelo amor e não pela remuneração profissional, como atualmente.

Mas o goleiro, além de bem preparado também tem que ter sorte. No campo da Desportiva, numa partida disputada contra a seleção de Muritiba, o atacante adversário cabeceou, Plínio foi vencido e levantou seu calcanhar como último recurso, conseguindo evitar o gol. Em outra partida, contra o Vasco da Gama, a Seleção de Itabuna perdia por 2X1. Delém estava com a bola na marca do pênalti e Plínio parte para a jogada. Delém chuta, a bola bate no seu peito e não entra.

E naquela época do futebol de craques a Seleção de Ilhéus era a maior adversária de Itabuna, até pela rivalidade criada entre as duas cidades, porém não se pode deixar de citar Muritiba, que fez um timaço e possuía grandes jogadores, a exemplo de Betinho, um grande goleiro. Estivessem ou não preparados, os jogadores da Seleção de Itabuna tinham que se superar nessas partidas.

Apesar do ditado de que não há favoritos num clássico, Plínio costumava dizer que existiam outros “ossos duros de roer”, a exemplo de Alagoinhas e Belmonte. E os jogos em Belmonte, então, eram famosos. E Plínio contava que certa feita, numa vitória importante, um político influente na cidade se postou no fundo do gol itabunense, com um revólver na mão, para evitar que as pedradas pudessem atingi-lo.

Mas após as partidas todas as diferenças eram superadas nas festas promovidas nos clubes dessas cidades. E no entender de Plínio, essa era a mística do futebol amador, paixão que não existe mais. E ele sempre dizia que o entusiasmo sequer mais existe até na Seleção Brasileira, quem sabe, pelo excesso de profissionalismo dos jogadores, tenha se transformado em apatia, o que não é bom para o esporte.

Naquela época, apesar de ainda ser uma cidade pequena, em número de habitantes, Itabuna possuía um campeonato amador de muita rivalidade, principalmente entre o Fluminense, Flamengo, Janízaros, Grêmio e o aguerrido Botafogo do bairro da Conceição. E Plínio ressaltava que uma partida de domingo na Desportiva era comentada a semana toda, antes e depois, despertando paixões nos noticiários das rádios e jornais, incentivando as discussões no trabalho, bares e praças.

E Plínio lembrava com emoção as partidas disputadas no velho campo da Desportiva, sempre lotada de torcedores. Talvez por isso, sempre lhe dava um friozinho na barriga quando entrava em campo. E para ele não era diferente se os adversários eram de Itabuna, Ilhéus, Salvador ou Rio de Janeiro. Eram jogos em que tinham que se superar das deficiências do preparo físico com um bom futebol. E era isso o que eles mais gostavam.

Plínio de Assis morreu em 16 de abril de 2019, em Salvador, onde morava, e foi sepultado no cemitério do Campo Santo, em Itabuna, no dia 17.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Itabuna sub-15 enfrenta a Seleção Brasileira neste sábado || Foto Marcus Carneiro
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O time de base do Itabuna é o único representante do sul da Bahia nas oitavas de final da Copa 2 de Julho de Futebol Sub-15. A equipe terá um adversário muito difícil na disputa de mata-mata, neste sábado (8). O Azulino enfrentará a Seleção Brasileira a partir das 10h30min, no Estádio de Pituaçu, em Salvador.

A equipe Sub-15 do Itabuna se classificou para as oitavas de final da Copa 2 de Julho com a segunda melhor campanha na fase de Grupos, iniciada no Dia da Independência da Bahia, no domingo passado. O time do sul da Bahia conseguiu sete pontos no Grupo B.  O Flamengo (RJ) foi o primeiro colocado,  com 12 pontos e 100% de aproveitamento.

Itabuna estreou na Copa 2 de Julho contra o Flamengo (RJ) || Foto Marcus Carneiro

Com uma das principais divisões de base do país, o Rubro-Negro carioca aplicou a maior goleada da competição, ao derrotar, por 13 a 0 a Seleção de Mata de São João, que terminou na última posição.

Representando o estado, além do Itabuna, estão as seleções de Cachoeira, Xique-Xique,Lauro de Freitas; Camaçariense, Astro, Bahia, Vitória e Jacuipense.As outras equipes que seguem na disputa pelo título são Atlético (MG), Botafogo, Flamengo, Fortaleza, Palmeiras, ABC e Seleção Brasileira.

A Seleção Brasileira é favorita contra o Itabuna || Foto Marcus Carneiro

Com partidas no Estádio de Pituaçu, em Salvador; CT Cidade Tricolor, em Dias D’Ávila, CT Praia do Forte, em Mata de São João, e no Estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana, as equipes brigam pelas oito vagas para as quartas, que acontecem no domingo (9).

Com a entrada franca em todos os jogos da Copa 2 de Julho, as semifinais acontecem na terça-feira (11) e a grande final será no dia 13 de julho no Estádio de Pituaçu, em Salvador. A competição é organizada pela Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb). Veja como serão os confrontos:

9h Botafogo-RJ x Astro – Estádio de Pituaçu

9h ABC-RN x Bahia – CT Cidade Tricolor

10h Seleção de Xique-Xique x Vitória – Estádio Joia da Princesa

10h30min Seleção Brasileira x Itabuna – Estádio de Pituaçu

10h30min Atlético-MG x Seleção de Cachoeira – CT Cidade Tricolor

10h30min Flamengo-RJ x Fortaleza-CE – CT Praia do Forte

14h Camaçariense x Seleção de Lauro de Freitas – Estádio de Pituaçu

15h30min Palmeiras-SP x Jacuipense – Estádio de Pituaçu

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A Seleção Brasileira segue em busca de voltar a ocupar um lugar de destaque. Em junho completam-se 21 anos desde o último título mundial, conquistado na Copa da Coreia do Sul e do Japão, em 2002. O Brasil conseguirá reencontrar o caminho das glórias? Se você gosta de fazer previsões esportivas, leia mais sobre o assunto e faça suas apostas.

Ao longo dos últimos anos, o Brasil vem colecionando fracassos. Desde 2006, a Seleção disputou cinco Copas, tendo sido eliminada quatro vezes nas quartas de final. Na única oportunidade em que conseguiu avançar e chegou à semifinal, em 2014, todos se recordam o que aconteceu.

Na ocasião, a seleção brasileira sofreu a pior derrota de sua história: 7 a 1 para a Alemanha. A partida revelou o abismo em que nosso futebol havia se metido. A equipe pentacampeã mundial, outrora temida pelos adversários, agora sofria para vencer equipes médias e era destruída quando enfrentava outro time tradicional.

Desde então, a crise persiste no futebol brasileiro. Em 2018 e 2022, a seleção foi eliminada por equipes menos tradicionais – Bélgica e Croácia, respectivamente. Há algum sinal de que isso possa mudar em breve?

O cenário, infelizmente, não é muito positivo. O futebol vive uma nova fase, em que parece haver muito mais equilíbrio entre as seleções. E o Brasil, embora conte com jogadores talentosos, está longe de ter os craques do passado.

Com tudo isso, apesar de a seleção estar lutando para se reerguer, dificilmente voltará a ter o domínio de antes, quando pairava muito acima dos adversários. O esporte bretão está bastante nivelado, e a luta do Brasil tem de ser para voltar a ocupar um lugar de destaque, embora tenha de dividir esse espaço com outros países.

O retrospecto recente mostra que o Brasil tornou-se um coadjuvante no cenário internacional. É claro que, em razão da tradição da “amarelinha”, a seleção continua sendo apontada como favorita antes de as competições começarem – mas, invariavelmente, esse favoritismo acaba quando a bola começa a rolar.

Ao longo da última década, Neymar vem sendo o principal jogador brasileiro. De todo modo, tudo indica que já está na hora de ele começar a passar o bastão, e Vini Jr. surge como principal candidato a substituí-lo.

Portanto, a missão de recolocar o Brasil de volta nos eixos passa pelos pés do atacante merengue. Ele terá a companhia de jovens talentosos, como seu companheiro de clube Rodrygo, Gabriel Martinelli e Éder Militão, entre outros. Vejamos, portanto, o que o futuro breve reserva à Seleção Brasileira.

Itabuna sub-15 enfrenta a Seleção Brasileira neste sábado || Foto Divulgação
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No Grupo B da Copa 2 de Julho de Futebol, na categoria Sub-15 e, o Itabuna disputará seus jogos no Centro de Treinamento de Barro do Fonte, em Mata de São João. O time do sul da Bahia enfrentará o Flamengo (RJ), Seleção de Mata de São João, América de Natal (RN) e Escolinha Meninos Felizes, que representará o município de Jacobina.

A Copa 2 de Julho de Futebol Sub-15  será disputada  entre os dias 2 e 13 de julho, com jogos em Salvador, Lauro de Freitas, Dias D’Ávila, Feira de Santana, Mata de São João e Cachoeira.  O torneio reúne 235 equipes, sendo 208 na fase regional, como homenagem aos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia, e 40 na fase final, com a presença da Seleção Brasileira de Futebol.

Brasil jogará no Estádio de Pituaçu, em Salvador, pelo Grupo A, ao lado de Bolívar, da Bolívia; Fortaleza, Academia Zuarte e Seleção de Sento Sé, classificada na fase regional, em que participaram equipes de todo o estado. Além da Seleção Brasileiro e Flamengo, a competição será disputada por equipes fortes como Bahia,  Vitória Palmeiras, Atlético-MG e Botafogo (RJ).

As cinco equipes de cada grupo jogam entre si, com as duas melhores colocadas se classificando para a fase de mata-mata. A tabela com horários e locais exatos dos duelos ainda serão divulgados. A competição é organizada pela  Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb).

De forma inédita, Brasil usará uniforme preto em ato contra racismo || Foto Joilson Marconne/CBF
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Pela primeira vez em 109 anos de história, a Seleção Brasileira masculina de futebol entrará em campo com o uniforme totalmente preto. O fato inédito ocorrerá no próximo sábado (17), em amistoso contra Guiné, em Barcelona (Espanha). A iniciativa, anunciada nesta segunda-feira (12) pela CBF, faz parte de uma série de ações organizadas pela entidade para combater o racismo.

A decisão da CBF, de firmar posição na luta antirracismo no amistoso na Espanha, foi tomada três dias após o atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, ter sofrido discriminação racial no campeonato nacional da LaLiga. No último dia 21, o brasileiro foi alvo de insultos racistas – na derrota por 2 a 1 para o Valência – pela 10ª vez seguida na competição.

A seleção atuará todo o primeiro tempo com a camisa preta na partida contra a Guiné, no sábado (17), com início às 21h30 (horário de Brasília), no RCDE Stadium, na capital da Catalunha. Após o intervalo, a equipe comandada interinamente por Ramon Menezes atuará com a camisa amarela, que também fará alusão à luta contra o racismo.

O primeiro jogo da equipe brasileira ocorreu em 1914, com o uniforme branco (camisas e calções). Passados 71 anos, o Brasil adotou pela primeira vez a clássica amarelinha com calções azuis. D´Agência Brasil.

André comemora chega à Seleção Brasileira || Foto Rafael Ribeiro / CBF
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Nascido no distrito de Algodão, em Ibirataia, no sul da Bahia, o volante André afirma que está vivendo um momento muito especial na carreira e na vida. “Estou num processo de evolução no Fluminense, nossa equipe está crescendo cada vez mais, e isso influencia em eu estar aqui hoje. Estou vivendo um momento inexplicável. Se me pedirem para falar aqui, eu não vou conseguir explicar. É um momento de muita felicidade mesmo”, comentou.

Primeiro volante no Fluminense, André, de 21 anos, é deslocado muitas vezes para a função de zagueiro durante as partidas e acredita que a versatilidade aumentou suas chances de ser convocado para a Seleção. “É muito importante o jogador fazer mais de uma função. A única posição em que eu não joguei foi de atacante”, observou.

O jogador acrescentou que, independentemente da posição em que o treinador colocá-lo, estará disposto. “Sou um jogador de grupo e o que for preciso fazer para ajudar minha equipe, eu vou fazer”, ressaltou. André terá a oportunidade de entrar em campo pela primeira vez com a Seleção no sábado (25), às 19h (Horário de Brasília), contra o Marrocos, em Tânger, no estádio Ibn Batouta.

Outro sul-baiano, Bremer está de volta à Seleção|| Foto Lucas Figueiredo/CBF

BREMER DE VOLTA

André não será o único jogador do sul da Bahia na Seleção Brasileira que jogará no próximo final de semana. Quem também faz parte do grupo é o zagueiro Bremer. O atleta da Juventus substituirá o zagueiro Marquinhos, do PSG, cortado do amistoso contra o Marrocos, por causa de lesão. Bremer nasceu em Itapitanga e esteve no grupo que disputou a Copa do Mundo do Catar, ano passado

Bremer volta a ser convocado pela Seleção Brasileira || Lucas Figueiredo/CBF
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Nascido em Itapitanga, no sul da Bahia, o zagueiro Bremer, da Juventus, mais uma vez foi convocado para defender a Seleção Brasileira. Ele substituirá o zagueiro Marquinhos, do PSG, cortado do amistoso contra o Marrocos, no dia 25, em Tânger, no estádio Ibn Batouta,  no país africano, por causa de lesão.

A Seleção Brasileira se apresenta nesta segunda-feira (20), em Tânger. A equipe será comandada pelo técnico interino Ramon Menezes, campeão invicto do Sul-Americano Sub-20 na Colômbia. O treinador da Seleção comandou cinco atividades antes da partida no sábado (18).

Bremer é o terceiro jogador da esquerda para direita ao fundo || Lucas Figueiredo/CBF

Não será a primeira vez que o zagueiro Bremer vestirá a camisa da Seleção Brasileira. Ele esteve na Copa do Mundo do Catar, estreou na partida em que o Brasil sofreu derrota por 1 a 0 para Seleção de Camarões,na última fase de grupos, no Estádio Lusail. No confronto, o então treinador Tite usou uma equipe reserva.

O zagueiro Bremer é desconhecido no Brasil. O atleta começou a carreira em 2014 nas categorias de base do Desportiva Brasil, do interior de São Paulo, onde ficou até 2016. Emprestado ao São Paulo, onde atuou por um ano, teve passe adquirido pelo Atlético Mineiro em 2017, que pagou R$ 380 mil. Depois de um ano, tendo jogado 33 partidas, acabou negociado para o futebol italiano.

DOIS SUL-BAIANOS CONVOCADOS

Bremer se torna o segundo nome do sul da Bahia convocado pelo treinador Ramon Menezes para a partido contra Marrocos. No início deste mês, o volante André, do Fluminense-RJ, também foi chamado para a partida do próximo sábado (relembre aqui). O jogador do Fluzão é natural de Ibirataia. Atualizado às 15h30min.

Seleção Brasileira de 1970, com botafoguenses e tricampeã
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Minha convicção foi formada logo após uma reunião no Bar do Everaldo, em Itabuna, patrocinada pelos jornalistas botafoguenses Cláudio da Luz, Raimundo Nogueira e Joel Filho, com o apoio de um vascaíno, quando ficou vaticinado que copa do mundo sem jogador do Botafogo é eliminação na certa. E não deu outra…

 

Walmir Rosário

E não é que os desavisados choram a copa perdida? Pra mim não foi nenhuma novidade os brasileiros retornarem sem o caneco na mão, sem som de reco-recos, tamborins, atabaques e o samba atravessado na voz dos jogadores canarinhos. Vamos pular essa parte, pois não dá para chamar essa equipe juntada no continente europeu de canarinho, pois acredito que seja uma ofensa aos jogadores passados.

No meu conceito, copa do mundo é para quem sabe jogar! Para isso se faz necessário escolher os melhores e não apenas os apadrinhados de alguns despachantes de luxo que administram carreiras. Do goleiro ao ponta-esquerda, passando pelos reservas têm que ter um bom pedigree, curriculum vitae de fazer inveja aos estrangeiros de Europa, mas, para tanto, temos que escolher um técnico que saiba das coisas.

Além do que falei, faltou um componente essencial para vencer uma copa do mundo: a convocação dos jogadores do Botafogo, desconhecidos do tal técnico, observador do jogos dos torneios europeus, para onde viaja para vê-los em ação. Tudo isso ganhando polpudas diárias, recebidas em euros, moeda forte do velho continente, e não em reais pelos estados brasileiros.

Pois perdeu tempo e dinheiro, sem falar no título, voltando mais cedo para casa (quase todos para os países europeus, onde moram), como um país qualquer, sem tradição nesse bravo e tinhoso esporte bretão. Por falar em bretão, também deixaram o Catar a Inglaterra, inventora do futebol, Portugal. Permanecem a implacável Croácia, que despachou o Brasil após um jogo apático e uma desastrada cobrança de pênaltis, França, Marrocos e Argentina.

E por falar em penalidades máximas, não posso deixar de me ater a um breve comentário sobre os pecados cometidos pelos jogadores brasileiros. E não me venham com a velha teoria de Neném Prancha, de que a responsabilidade de bater um pênalti é tanta, que deveria se cobrado pelo presidente do clube, no caso em questão, a Confederação Brasileira de Futebol, a carcomida CBF.

Os tempos são outros e quem se dedica a jogar futebol – e ganhar muito dinheiro – tem que saber batê-los, chutando com perfeição, dentro dos três paus e fora do alcance do goleiro, pois alguns também treinam como pegá-los. De Zico pra cá, caiu por terra o conceito de Neném Prancha, já que os que desejavam se tornar craques perfeitos treinavam por horas, depois do coletivo, a cobrança de faltas e penalidades máximas.

Pelo que ouvi dizer, o nosso goleiro não é afeito a defender penalidades e nossos cobradores não tem lá essas intimidades todas em batê-las com perfeição, marcando os gols necessários para vencer a partida. Mesmo sendo uruguaio, convoco aqui o botafoguense “Loco Abreu” com suas cavadinhas, daquelas que desmoralizavam dezenas de goleiros, por mais preparados que fossem.

Confesso que não sou um técnico em futebol, mas na condição de brasileiro me acho no dever e no direito de – se não analisar – pelo menos expressar minha indignação por esse  selecionado, pálido, desanimado, xoxo, que foi ao Catar desesperançar o povo brasileiro. Pelo que soube, essa derrota para a Croácia provocou muito choro e desespero nas criancinhas brasileiras, muitas delas que deixaram de ir à escola para ver o jogo na TV.

À noite, num bar em que me encontrava, a discussão não poderia de ser outra: os vizinhos de mesa estavam inconsoláveis com a indecorosa proposta, feita sem qualquer pudor pelo narrador global Galvão Bueno, que defendia nos consolarmos passando a torcer pela Argentina, como se nunca tivesse ouvido o saudoso Nélson Rodrigues falar sobre a “pátria de chuteiras”, para expressar nossa apaixonada relação com a Seleção Brasileira de futebol.

Esse murro na cara do brasileiro, aplicado por Galvão Bueno, nos remete ao conceito, também criado por Nélson Rodrigues: o famoso “complexo de vira-lata”, nos colocando em inferioridade frente aos hermanos argentinos. Jamais! Pelo que diziam meus vizinhos de mesa, a singela pretensão do aposentável narrador, era apenas e tão somente que o público brasileiro não desligasse seus aparelhos de TV, seguindo-o até o final da copa.

Bons tempos aqueles em que não se decretava feriado nas repartições públicas em dias de jogos da seleção brasileira. Longe disso, veriam os jogos os verdadeiros torcedores, aqueles que amavam o futebol praticado pelos craques canarinhos. Não éramos “obrigados” a dar audiência aos meios de comunicação detentores dos direitos das transmissões esportivas da copa do mundo.

Pois é, não vou mentir para vosmecês e confesso que cheguei a assistir algumas partidas de seleções estrangeiras, mas não me animaram aquele esquema de passes atrasados da linha de ataque até o goleiro, como se a finalidade de um jogo de futebol não fosse a marcação dos gols. Futebol é pra quem sabe jogar, driblar os adversários, dar lançamentos precisos, invadir a área adversária, fazer vibrar os torcedores com o gol.

Desde antes já tinha definido minha ausência na audiência televisiva, até pela plena certeza que a seleção brasileira daria com os burros n’água, ou nas areias do deserto. E a minha convicção foi formada logo após uma reunião no Bar do Everaldo, em Itabuna, patrocinada pelos jornalistas botafoguenses Cláudio da Luz, Raimundo Nogueira e Joel Filho, com o apoio de um vascaíno, quando ficou vaticinado que copa do mundo sem jogador do Botafogo é eliminação na certa. E não deu outra…

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Gol Seleção e Fiat Argo são algumas das séries tendo a Copa como apelo
Tempo de leitura: 2 minutos
Ícaro Mota é consultor automotivo

Carro e futebol são duas paixões compartilhadas por uma imensidão de pessoas. Tenho certeza que você há de concordar comigo. Quando as duas se juntam, ficam ainda melhores.

Desde 1982, uma pequena porção de fabricantes tem “juntado” o setor futebolístico ao automobilístico.

O chute inicial partiu da Volkswagen, que naquele ano lançou o Gol Copa. Daí, puxou a fila, que se estendeu para Fiat, GM e Hyundai.

Cito aqui alguns exemplos: Uno Rua, Monza Club, Gol Seleção, HB20 Copa, S10 e Corsa Champ.

Agora em 2022 a copa sediada no Catar não ficou esquecida pela Hyundai, pois neste ano foi lançado o HB20 Copa do Mundo III.

O que todos esses caros têm em comum são emblemas exclusivos e mimos espalhados em seu interior e exterior que remetem a algo ligado ao esporte. Posso citar como exemplo as rodas de liga leve do Fox Seleção 2014, que lembram muito uma bola de futebol.

Fox Seleção vinha com rodas que pareciam bola de futebol || Foto Carrosnaweb

Mesmo não tendo a sua produção tão limitada quanto pode parecer, eles são carros que com o passar do tempo acabam tendo maior facilidade de revenda sobre as versões que não são “exclusivas” com mesmo ano de fabricação.

Ícaro Mota é consultor automotivo e diretor da I´CAR. A coluna é publicada às sextas-feiras.

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Bremer será titular na sexta-feira || Foto Lucas Figueiredo/CBF
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Como o PIMENTA havia antecipado na terça-feira, o zagueiro Bremer defenderá a Seleção Brasileira em um jogo de Copa do Mundo pela primeira vez, na próxima sexta-feira (2), às 16h. Ele nasceu em Itapitanga, no sul da Bahia, e, no Brasil, jogou no futebol de São Paulo e Minas Gerais antes de ser contratado para atuar na Europa.

Após o treino desta quarta-feira (30), o técnico Tite divulgou o time que vai a campo contra Camarões. Com Bremer, destaque defensivo da Juventus, da Itália, entre os 11 titulares. O treinador decidiu poupar a equipe principal e lançará uma seleção totalmente modificada, do gol ao ataque, dando chance, também, para nomes como Daniel Alves, outro baiano na Seleção. O lateral-direito nasceu em Juazeiro e jogou pelo Bahia.

Ainda há dúvidas no ataque e meio de campo. Everton Ribeiro ou Rodrygo? Pedro ou Gabriel Jesus? Mistério só terá fim amanhã (1°) ou horas antes da partida.