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professor júlio c gomesJulio Cezar de Oliveira Gomes | advjuliogomes@ig.com.br
A forma como tratamos aos animais, segundo afirmam alguns, diz muito de nós, do que somos realmente. E ao que me parece, isto ocorre tanto do ponto de vista pessoal quanto em uma perspectiva histórica e coletiva.
Nós humanos, durante milênios, tivemos uma convivência muito estreita com os animais, que faziam parte desde nosso dia a dia, pois muitos viviam tão próximos a nós que era impossível conceber a vida sem eles. Somente nos últimos dois ou três séculos, em virtude da urbanização e do progresso tecnológico, os animais deixaram de fazer parte de nosso cotidiano.
Imprescindíveis à nossa vida em tempos passados, fornecendo carne, leite, transporte, tração, vestimenta (couro), instrumentos (ossos e chifres) e mais uma infinidade de utilidades, os animais eram tanto nossos amigos como nossos vilões, pois as feras ainda povoavam as florestas, enchendo de perigo real e de terror as mentes humanas.
Quanto a nós, historicamente, sempre oscilamos, no tratamento para com eles, entre os gestos de amor e a mais impiedosa crueldade.
Se por muito tempo os animais e a natureza foram, em regra, o inimigo a ser vencido, na atualidade esta concepção revela-se não só descabida, mas desastrosa.
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