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O grupo Pedal da Fé está no décimo primeiro dia da viagem de Itabuna, no sul da Bahia, até Trindade, em Goiás, onde se juntará aos demais romeiros da Festa do Divino Pai Eterno, após mais de 1.500 quilômetros na estrada. No sábado (25), os ciclistas cruzaram a divisa dos estados, chegando a Alvorada do Norte.

Hoje (28), dormirão em Abadiânia. Ao final do dia, estarão a 112 quilômetros da última parada. O trajeto inteiro será percorrido por quatro ciclistas de Itabuna, Moisés, Quitéria, Dinarte e Fábio, e dois de Ilhéus, Simone e Limoeiro.

Também ciclista de longa distância, Ana Salles não pôde fazer o percurso de bicicleta devido a questões particulares, mas, católica, fez questão de se juntar aos companheiros de tantas viagens e seguiu de ônibus para Trindade. Mesmo sem participar da viagem com o grupo, Ana fez as vezes de assessora dos amigos, mediando o contato com pousadas e veículos de imprensa.

O PIMENTA acompanha o dia a dia do grupo por meio do WhatsApp, com a colaboração do advogado, historiador e cronista Julio Gomes e com fotografias e vídeos divulgados pelos romeiros. Numa das gravações na última manhã, Fábio Lopes narrou a emoção do grupo com a proximidade do fim do percurso. Assista.

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Acuado, o artista decidiu pelo autoexílio na França, voltando dez anos depois. Apesar do longo período, Raimundo Sodré não foi esquecido.

Marival Guedes || marivalguedes@yahoo.com.br

Jorge Portugal compôs a belíssima Maio 68 em parceria com Roberto Mendes. Simone, no auge da carreira artística, ouviu, gostou e pediu a Portugal pra gravar, mas não pode ser atendida. Havia o compromisso com o parceiro Raimundo Sodré que fazia sucesso com a Massa, autoria da dupla.

Maio 68, que retrata com maestria os movimentos políticos, sociais e culturais na França e no Brasil naquele período, criava expectativa de sucesso.

Mas tudo mudou repentinamente por causa da realização de um comício da campanha de Clériston Andrade em Aquidabã, Salvador, em 1981, com o apoio do padrinho governador Antônio Carlos Magalhães.

Raimundo Sodré foi contratado e cantou antes dos discursos que haveria. ACM, o candidato ao governo e seus seguidores, ficaram em cima do arco da ladeira Nazaré-Barbalho. O povo, embaixo, na Baixa dos Sapateiros.

Vale lembrar que naquele ano a cidade fervilhava com vários protestos e uma “explosão” ocorreu quando, num ato do Movimento Contra Carestia, sindicatos e partidos na Praça Municipal, o sistema elétrico do local foi interrompido. No quebra-quebra em vários pontos da cidade, 350 ônibus foram depredados e dez incendiados.

Raimundo Sodré havia chegado de viagem e não sabia o que estava acontecendo. Começou a cantar A Massa e no embalo entoou: “Quebra-quebra guabiroba/Quero ver quebrar”, como se fosse um estribilho.

Pareceu uma senha. Contagiada pelas ações anteriores, a multidão começou a apedrejar os políticos que, em pânico, na base do salve-se quem puder, saíram em disparada, obviamente dentro das possibilidades físicas de cada um.

O vingativo ACM pensou que foi intencional e começou uma implacável perseguição contra o artista. Mandou que o hotel onde Raimundo Sodré estava hospedado o expulsasse, ligou para a gravadora para que o novo disco não fosse divulgado e pressionou as emissoras para não executarem suas músicas.

Acuado, o artista decidiu pelo autoexílio na França, voltando dez anos depois. Apesar do longo período, Raimundo Sodré não foi esquecido. Desde o retorno faz shows no Recôncavo, em Salvador e outros lugares. Agora, só faltam divulgar Maio 68.

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O texto acima foi escrito em 2015. A última vez que estive com Jorge Portugal foi em 2018, num encontro casual na porta da Assembleia Legislativa, onde acompanhei a gravação da história da música A Massa para o Canal Danilo Ribeiro. Falei, mais uma vez, que a bela composição Maio 68 deveria ser divulgada. Ele respondeu: “ Vou lhe contar um segredo, em off, estou conversando com Simone e vamos gravar um disco incluindo esta composição”.

Maio 68, A Massa e várias outras composições deixarão Jorge vivo no coração do povo baiano.

Marival Guedes é jornalista.

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Natal da Cidade reunirá grandes nomes da MPB (Reprodução Twitter PMVC).
Natal da Cidade reunirá nomes da MPB (Reprodução Twitter PMVC).

Zeca Baleiro, Paulino da Viola, Simone, O Teatro Mágico, The Fevers e João Bosco são algumas das atrações confirmadas para os festejos natalinos de Vitória da Conquista.
Os nomes foram divulgados pelo prefeitura neste final de semana. A programação completa será divulgada na próxima sexta (21). O Natal da Cidade também reúne atrações regionais.
Simone abre a programação no dia 18 de dezembro.  A cada dia, uma ou duas atrações de peso. O dia 22 de dezembro, por exemplo, terá Fafá de Belém e Zeca Baleiro. No dia 23, The Fevers. Paulinho da Viola se apresenta no dia 19. O Teatro Mágico sobe ao palco no dia seguinte. Dia 21 será a vez de João Bosco.