João Evangelista, de branco: greve suspensa após garantia de pagamento
Tempo de leitura: < 1 minuto

Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna decidiram suspender a greve que seria deflagrada na manhã desta terça-feira (14). De acordo com João Evangelista, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna, houve sinalização de pagamento do salário de outubro ainda nos próximos dias.

A provedoria tem atribuído à Prefeitura de Itabuna a culpa pelos atrasados no pagamento de salários. O município já reconheceu a dívida com a Santa Casa de Misericórdia, hoje superior a R$ 5 milhões.

Numa entrevista na última semana, o prefeito Augusto Castro disse que a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tem comprometido pagamento aos fornecedores.

Profissionais do Novaes fazem paralisação para que Piso da Enfermagem seja implementado
Tempo de leitura: 2 minutos

Profissionais da Enfermagem do sul e extremo-sul da Bahia se juntaram aos colegas em manifestações em todo o país para que o Supremo Tribunal Federal (STF) não altere a Lei do Piso da Enfermagem. Nesta quinta-feira (29), houve manifestações nos hospitais Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, Manoel Novaes e Calixto Midlej Filho, em Itabuna, e Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro.

Profissionais da rede de saúde pública municipal também foram às ruas || Foto Sindserv

Nos três municípios, as manifestações pela não alteração e rápida conclusão do julgamento no STF foi liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Saúde de Itabuna e Região (Sintesi). A manifestação nos acessos dos estabelecimentos foi acompanhada de paralisação de 12 horas. Os protestos começaram ontem.

Em Ilhéus, manifestação de profissionais da Enfermagem no Costa do Cacau

“É uma maneira de mostrar a nossa insatisfação com a deformação da Lei no STF”, afirma Raimundo Santana, dirigente do Sintesi e membro da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde (CNTS), que reforça o fato de a Lei ter tramitado e já ter sido votada pelo Congresso e sancionada.

Trabalhadores da Enfermagem durante ato em frente ao Calixto Midlej Filho

MANUTENÇÃO DA LEI

Raimundo Santana diz que as modificações no STF afetará a categoria como um todo, porque a ideia dos ministros da Suprema Corte é estabelecer critério de proporcionalidade, piso regional e diferenciação de piso entre profissionais da iniciativa privada e da rede SUS. Em Itabuna, funcionários do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães e também da rede de atenção básica municipal foram às ruas do centro para manifestação.

Paralisação mobilizou profissionais no Luís Eduardo Magalhães, em Porto Seguro

Os trabalhadores da saúde, por meio da CNTS, articulam uma audiência com STF e o Congresso Nacional para estabelecer o que é possível manter da proposta original votada na Câmara e no Senado. O piso da Enfermagem é de R$ 4.750. A Lei nº 14.434 estabeleceu, ainda, valor de R$ 3.325,00 para técnicos de enfermagem (70% do salário do enfermeiro) e 2.375,00 para auxiliares de enfermagem (50%). A expectativa é de que o julgamento na Suprema Corte seja concluído nesta sexta-feira (30).

Prefeitura atrasou pagamento de contratos do SUS, segundo Raimundo Santana (de vermelho)
Tempo de leitura: 2 minutos

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesi), Raimundo Santana, notificou o Conselho Municipal de Saúde sobre atraso no pagamento de prestadores de serviço contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Ilhéus. Devido ao problema, trabalhadores ainda não receberam os salários de setembro, segundo o líder sindical.

Ao PIMENTA, Raimundo citou o exemplo dos empregados da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, mantenedora da Maternidade Santa Helena e do Hospital São José, mas acrescentou que outros prestadores de serviço estão na mesma situação, sem o pagamento dos serviços prestados em setembro.

Todos os meses, o Ministério da Saúde repassa ao Fundo Municipal de Saúde recurso destinado aos serviços de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, como os prestados pela Santa Casa de Ilhéus. A transferência fundo a fundo mais recente, de R$ 2.952,182,45, data de 5 de outubro de 2022, conforme cópia de extrato enviado ao site por Raimundo Santana (imagem abaixo).

Extrato de transferência obtido pelo Sintesi

De acordo com o presidente do Sintesi, normalmente, o pagamento dos contratos é feito em torno de cinco dias após a chegada do dinheiro correspondente na conta do município. “Se nada for feito até sexta-feira [28], no início da semana que vem nós vamos fazer uma assembleia, com provável deflagração de greve”, alertou Raimundo Santana.  Hoje (26), o atraso foi tema de reunião na Santa Casa.

Procurado pelo PIMENTA, o secretário André Cezário afirmou que vai verificar, junto ao setor financeiro da Secretaria de Saúde de Ilhéus (Sesau), se há algum atraso de pagamento, conforme alegado pelo sindicato.

Funcionários do Hospital São José estão sem salário há 2 meses
Tempo de leitura: < 1 minuto

Os funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus farão assembleia, na manhã desta quarta-feira (26), para votar indicativo de greve e cobrar pagamento de salário. A assembleia será na porta do Hospital São José, mantido pela Santa Casa, às 7h.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesi), Raimundo Santana, diz que a assembleia definirá a melhor estratégia para pressionar a provedoria a pagar os salários atrasados. Até agora, os funcionários do São José não receberam os meses de novembro e dezembro.

A provedoria da Santa Casa alega atraso no pagamento por parte da Prefeitura de Ilhéus (Secretaria de Saúde). O último dos pagamentos deveria ser feito na última quinta (20), o que não ocorreu, agravando ainda mais a situação dos funcionários.

“A gente entende a situação da Santa Casa, mas já dialogamos bastante. Fica insustentável, para os profissionais, trabalhar sem receber salário”, ressalta o presidente do Sintesi, Raimundo Santana.

COMPROMISSO

O dirigente sindical questiona porque a Secretaria de Saúde de Ilhéus e o Município desrespeitam os seguidos termos de ajustamento de conduta (TACs) firmados perante Ministério Público Estadual e Conselho de Saúde, não honrando os cronogramas de pagamento. “Deixa transparecer falta de compromisso com a saúde”, completa. O site não conseguiu contato com a provedoria nem com a Sesau.

Hospitais da Santa Casa voltam a atender pacientes do plano de saúde Unimed Nacional || Foto Pimenta
Tempo de leitura: < 1 minuto

Funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna farão um ato, nesta quinta (12), contra o atraso de salários. O protesto será na frente do Hospital Calixto Midlej Filho, no Pontalzinho, às 13h, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), Raimundo Santana.

Aos funcionários, a provedoria da Santa Casa explicou que a Secretaria de Saúde de Itabuna atrasou o pagamento mensal, que deveria ocorrer nos primeiros dias deste mês, embora o Fundo Nacional de Saúde já tivesse feito o repasse ao Município. Devido a esse atraso, alegou a provedoria, a instituição não pôde pagar os trabalhadores.

SECRETARIA SE POSICIONA

Numa nota ao PIMENTA, a Secretaria de Saúde de Itabuna reconheceu o atraso no repasse.  “O contrato de prestação de serviços da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna está sendo negociado, inclusive com a inclusão de novos serviços” desde o início da nova gestão, pontua a nota.

A Secretaria observa que os pagamentos tem sido feitos tendo como base o contrato da gestão municipal passada. Este contrato está sendo aditivado, “o que tende a demorar mais um pouco o trâmite burocrático”. Ainda conforme o governo municipal, a provedoria da Santa Casa, “tem sido cooperativa quanto ao eventuais atrasos dos repasses”. Atualizado às 11h20min.
Manifestantes denunciam atraso de salário de funcionários do Costa do Cacau || Foto Divulgação
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) está sendo acusada de não fazer o pagamento mensal ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Administração Hospitalar (IBDAH), responsável pela gestão do Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus. Nesta manhã de terça (15), os trabalhadores fazem manifestação na porta da unidade de saúde para cobrar o pagamento do salário de maio, que deveria ser feito até o último dia 7.

João Evangelista, diretor do sindicato que representa os trabalhadores, o Sintesi, diz que o pagamento não ocorreu ainda e não há previsão de pagamento aos trabalhadores, que têm enfrentado uma jornada ainda mais dura por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Salário dos trabalhadores deveria ser pago até o quinto dia útil. Hoje já é 15 e está sem previsão”.

Os representantes dos trabalhadores consideram um desrespeito os atrasos constantes ocorridos nos últimos meses e em plena pandemia. Segundo eles, o IBDAH pagava o salário da categoria até antes do prazo do vencimento, o que mudou. “A Sesab vem atrasando o repasse das faturas à empresa”, observa o Sintesi em nota.

Ainda em nota, o Sintesi define a situação como “preocupante” e não descarta paralisação dos serviços. “Sem salário, ninguém aguenta”, completa.

Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus
Tempo de leitura: 2 minutos
Santana diz que instituto não pagou salário e falta material de proteção em hospital

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi) está cobrando da entidade que gere o Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus, a regularização de salário e melhores condições de trabalho para os profissionais da unidade. O Hospital é estadual, mas é gerido por uma organização social.

Segundo o Sintesi, os trabalhadores reclamam da quantidade diária de material de proteção, a exemplo de luvas e máscaras. “Os funcionários denunciam regramento de toalhas de papel e papel higiênico e falta de máscaras cirúrgicas para pacientes e acompanhantes”, afirma o diretor do Sintesi, Raimundo Santana.

ATRASO DE SALÁRIO

O dirigente também reclama do atraso no pagamento dos funcionários do Costa do Cacau. “O salário de março, que deveria ser pago até o quinto dia útil, ainda não foi quitado. Esse atraso vem ocorrendo há alguns meses. Os trabalhadores estão se sacrificando em plena pandemia e os salários não são pagos em dia”, observa.

Raimundo também fala da dificuldade de contato com a empresa que faz a gestão do hospital, , o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Administração Hospitalar (Ibdah). “Nós não mais conseguimos contatos com eles há cinco meses. No máximo, falamos com funcionários do hospital em Ilhéus, mas quem decide é o Instituto, a direção do Instituto, em Salvador. Não mais nos atendem, principalmente depois dessas ocorrências e reclamações dos trabalhadores”, reforça Santana.

OUTRO LADO

Instituto mostrou estoque e nega “regramento”

Ao PIMENTA, a direção do Ibdah, responsável pela gestão do hospital, disse que não falta material e disse que a alimentação é fornecida diariamente a colaboradores e acompanhantes dos pacientes. “Não procede a alegaçãode falta de materiais. Também fornecido diariamente e regularmente alimentação a todos os colaboradores e acompanhantes”, disse.

O Instituto nega que tenha fechado canais de diálogo com o sindicato. “Quanto a tentativa de contato do sindicato, sinaliza que o sindicato mantém regular contato com a direção e que todas as dúvidas apresentadas já foram esclarecidas”. O Ibdah não se pronunciou quanto ao pagamento de salário dos funcionários do Costa do Cacau.

Município permitiu abertura do comércio neste final de semana
Tempo de leitura: < 1 minuto

Representante de entidade com assento no Conselho Municipal de Saúde, Raimundo Santana defendeu maior restrição às atividades econômicas em Itabuna devido ao avanço do novo coronavírus. 

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), Raimundo lembra que o município registrou 30 mortes causadas pela covid-19 no período que vai de domingo até ontem (11) e os hospitais registram pré-colapso no estado e, principalmente, em Ilhéus e em Itabuna. 

– Parece que naturalizamos a morte pela covid-19, quando  poderíamos evitar mais óbitos e mais centenas de internações provocadas pela doença. Não é momento para estimular a movimentação, mas diminuir o volume de pessoas nas ruas para tentar frear o avanço da doença nesta segunda onda – disse Raimundo.

O dirigente do Sintesi também reforça que há, ainda, o esgotamento físico e mental dos profissionais, conforme levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde, e a abertura do comércio sem restrições é sobrecarga. “Manter as restrições, pelo menos em final de semana, seria uma forma de demonstrar mais respeito a esses profissionais que já sofrem com a sobrecarga provocada pela pandemia”, acrescenta.

O dirigente do Sintesi pondera que, nem de longe, julga ser ilegítima a luta dos comerciantes para que seus estabelecimentos abram no sábado e no domingo. “A gente entende o pleito, mas estamos numa situação grave em que a preservação da vida se sobrepõe”, diz.

Raimundo ainda acrescenta outro detalhe: a abertura do comércio no final de semana ocorre poucos dias depois de o prefeito Augusto Castro assinar decreto de calamidade pública em Itabuna. “Enquanto os municípios da Região Metropolitana de Salvador fazem duas, três semanas de restrições das atividades não essenciais, nós abrimos durante a semana e, agora, vamos abrir também em final de semana. Não é decisão lógica nem racional”, afirma Raimundo.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Santa Casa cobra de Marão repasse de recursos do SUS

Cerca de 400 funcionários do Hospital São José, de Ilhéus, ainda não receberam o salário de agosto, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi). A entidade diz que os trabalhadores estão mobilizados e cobram o pagamento de agosto, que deveria ser feito até o último dia 7. O Hospital São José é uma das unidades de referência no atendimento a casos graves de covid-19 no sul da Bahia.

Segundo Raimundo Santana, dirigente do Sintesi, a provedoria da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus alegou que ainda não recebeu o repasse do Fundo Municipal de Saúde (FMS), que deveria cair em conta nos primeiros dias de setembro, o que ocasionou o atraso de salário. “Situação é terrível para os funcionários, que têm suas contas para pagar”, diz Raimundo.

PREFEITURA ATRASOU REPASSE

Ainda de acordo com a provedoria em comunicação ao Sintesi, a gestão do prefeito Mário Alexandre justificou o atraso no repasse dos recursos à “necessidade de adequação”. O dirigente sindical lamenta a situação. “Não é correto o poder público municipal apropriar-se dos recursos dos prestadores de serviços de saúde do município”, observa.

Raimundo Santana, no entanto completa dizendo que, independente do atraso do município, a direção da Santa Casa de Ilhéus “tem a obrigação legal de prover o pagamento dos salários dos trabalhadores”.

O dirigente afirma que já há mobilização para, se o atraso continuar, haver paralisação dos funcionários do hospital em outubro. O site não conseguiu contato com o secretário de Saúde de Ilhéus, Geraldo Magela, nem com o prefeito e médico Mário Alexandre, Marão (PSD).

Maternidade fecha as portas após negociações frustradas com a Saúde
Tempo de leitura: < 1 minuto

Os funcionários da Maternidade Ester Gomes (Maternidade da Mãe Pobre) estão com cinco meses de salários atrasados. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna (Sintesi) decidiu ajuizar ação contra a maternidade para que que os salários sejam pagos.

Conforme a apuração dos dirigentes sindicais, a instituição está em pleno funcionamento na obstetrícia e na pediatria. “Portanto, está gerando receita, só que nunca colocou o pagamento do salário como prioridade”, criticam.

Os dirigentes também alertam que, com a pandemia da Covid-19, a atenção da sociedade está focada no setor de saúde tanto no combate ao vírus como na continuação dos serviços prestados à população nas diversas especialidades médico-hospitalar. “Os recursos chegam e os profissionais de saúde não recebem pelo seu trabalho, a unidade hospitalar deve cumprir o seu papel”, enfatiza a direção do Sintesi.

Aline Gomes: proteção aos trabalhadores da saúde
Tempo de leitura: < 1 minuto

O juízo da 1ª Vara da Justiça do Trabalho em Ilhéus deferiu liminar favorável ao Sintesi e Sindtae determinando que hospitais de Ilhéus forneçam equipamentos de proteção individual (EPIS) em quantidade e qualidade adequadas aos funcionários. A liminar foi deferida contra os hospitais da Santa Casa de Ilhéus, Antonio Vianna, Costa do Cacau e Hospital de Ilhéus devido ao avanço no novo coronavírus no município.

Além de fornecer equipamentos de proteção, as empresas deverão providenciar testagem em massa dos funcionários para a detecção da Covid-19. A multa em caso de descumprimento é de R$ 1 mil por dia. A falta de equipamentos de proteção e de testagem do novo coronavírus são grandes queixas dos profissionais de saúde em Ilhéus, onde mais de 70% dos casos positivos da doença (95 no total) são trabalhadores da saúde.

Assessora Jurídica do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi) e do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Enfermagem (Sindtae), a advogada Aline Gomes diz que a situação exige esforço maior da sociedade e dos empresários na proteção aos trabalhadores da saúde. Aline ressaltou a importância da decisão judicial neste momento crítico do sul da Bahia com o avanço da Covid-19.

Tempo de leitura: 2 minutos

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi) emitiu uma dura nota cobrando transparência na gestão da Secretaria de Saúde de Itabuna e a apresentação do plano de ação contra o novo coronavírus (Covid-19) no município. Os dirigentes também falam em silêncio do Ministério Público Estadual (MP-BA) quanto às denúncias apresentadas e que nem o Conselho Municipal de Saúde foi recebido por um promotor local, embora tenha procurado a promotoria local (veja mais abaixo nesta matéria).

A nota inicia criticando a ausência de estratégia de assistência a quem venha a ser infectado pela doença e necessite de assistência hospitalar, embora o município tenha recebido mais de R$ 8,9 milhões para o combate ao vírus em Itabuna. “De ação concreta, no nível hospitalar hoje temos apenas a Santa Casa de Itabuna, com dez leitos de UTI e trinta leitos de enfermarias, contratados pela SESAB”, observa a direção do Sintesi.

Ainda conforme o sindicato de trabalhadores em saúde, até aqui o município vem acompanhando um altíssimo nível de profissionais da área sendo contaminados e o secretário de Saúde de Itabuna, Uildson Nascimento, tem criado dificuldades para dialogar tanto com o sindicato como com o Conselho Municipal de Saúde sobre as ações implementadas e a utilização dos recursos financeiros.

SILÊNCIO DO MP-BA

Os dirigentes sindicais também lamentam a postura do Ministério Público Estadual (MP-BA). Segundo o Sintesi, o MP “silenciou-se quanto às denúncias” apresentadas pelo Conselho de Saúde. Apesar do colegiado ter procurado a promotoria local, segundo o Sintesi, o Conselho “não obteve resposta” do MP-BA quanto às denúncias.

O Conselho de Saúde pretendia expor ao promotor da Pasta da Saúde a denúncias relacionadas à intenção do secretário de Saúde de Itabuna de que “o município de Itabuna não pretende apresentar um planejamento de utilização dos oito milhões e novecentos mil reais enviados pelo FNS, não pretende discutir com o Conselho Municipal de Saúde e que, a princípio, planeja utilizar o recurso apenas para comprar EPIs e recuperação da estrutura física de algumas unidades básicas, se negando a reconhecer o importante papel da Santa Casa de Itabuna nesse contexto, onde afirma que nada será repassado para a instituição hospitalar”.

RISCO DE PERDER A GESTÃO PLENA

O Sintesi ainda denuncia que a Secretaria de Saúde não faz a prestação de contas quadrimestral a que é obrigado a fazer. Isso, desde 2017. Há, até, a possibilidade de o município perder a gestão plena da saúde (comando único do SUS). “O debate se dá tão somente na utilização dos recursos financeiros, cujo resultados quase nunca são vistos”.

– Diante das constatações o Conselho Municipal de Saúde não tem outra alternativa senão trabalhar administrativamente pela desabilitação do município do Comando Único da Saúde e, se for necessário, até mesmo pela via judicial. Não é de hoje que defendemos essa posição, e não é sem motivo: a inércia do município na gestão dos recursos fundo a fundo espanta. Como defender que uma gestão que tem o dever de prestar contas ao conselho quadrimestralmente, tendo atuado em 2017, 2018, 2019 e parte de 2020, e nesse período apresentou contas apenas de 2017, que ainda assim foi reprovada por insuficiência documental, continue recebendo recursos públicos? Isso é inconcebível!

Confira a íntegra da nota abaixo.

Tempo de leitura: 3 minutos

Itabuna (BA), 17 de abril de 2020.

Comunicado à imprensa sobre as ações do município frente à pandemia da covid-19.

A população de Itabuna, que tem sofrido com a degradação do seu sistema de saúde, vive o seu momento mais dramático e perigoso, em face do crescimento acelerado da curva de contaminação da pandemia da Covid-19 em nossa cidade e nos 122 municípios pactuados.

A Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna não conseguiu formular uma estratégia de assistência, sobretudo aos contaminados que venham necessitar de internamento hospitalar.

Nesse contexto, o Ministério da Saúde encaminhou aos municípios em situação de Comando Único recurso financeiro para enfrentamento da emergência de saúde. A parte que coube ao município de Itabuna – R$ 8.909.188,80 – já se encontra no Fundo Municipal de Saúde.

De ação concreta, no nível hospitalar hoje temos apenas a Santa Casa de Itabuna, com dez leitos de UTI e trinta leitos de enfermarias, contratados pela SESAB.

O que temos acompanhado no desenrolar dessa crise é um índice altíssimo de trabalhadores da saúde contaminados. E quando falamos em trabalhadores da saúde, nesse momento, nos referimos do médico ao auxiliar de higienização, que colocam em risco suas vidas e as vidas dos seus familiares, o uso de EPIs nesse momento é vital, e é bom que se diga que os custos dos equipamentos de proteção estão altíssimos.

Apesar da insistente cobrança do Conselho Municipal de Saúde, o secretário de Saúde, Sr. Uildson Nascimento, tem criado dificuldades para receber o Conselho de Saúde e dialogar sobre as ações a serem implementadas no combate à Covid-19, inclusive quanto à utilização do recurso financeiro destinado a essa finalidade.

Vivemos tempos difíceis. Até o Ministério Público Estadual (MP-BA), que, historicamente, sempre teve um papel destacado nas ações da saúde, silenciou-se quanto às denúncias apresentadas pelo Conselho Municipal na tentativa de conseguir dialogar com o MP-BA. Um grupo de conselheiros se dirigiu ao órgão manifestando a necessidade de serem recebidos pelo promotor da pasta. Ainda assim, o Conselho não obteve resposta.

Apesar da eficácia do isolamento social a previsão é que no mês de maio a pandemia alcance o pico no Brasil. Nossa região tem se destacado na Bahia pelo número de casos. E ficam os seguintes questionamentos: Onde esses pacientes serão internados? E quando precisarem de respiradores?

A Portaria 774, de 9 de abril de 2020, do Ministério da Saúde, que destinou o valor de R$ 8.909.188,80 para enfrentamento da pandemia em Itabuna, estabelece que:          

Art. 2º Estabelecer que os recursos financeiros serão destinados ao custeio das ações e serviços relacionados à atenção primária à saúde e à assistência ambulatorial e hospitalar decorrente do coronavírus – COVID 19.

Ainda assim o Sr. Uildson tem reafirmado que o município de Itabuna não pretende apresentar um planejamento de utilização dos oito milhões e novecentos mil reais enviados pelo FNS, não pretende discutir com o Conselho Municipal de Saúde e que, a princípio, planeja utilizar o recurso apenas para comprar EPIs e recuperação da estrutura física de algumas unidades básicas, se negando a reconhecer o importante papel da Santa Casa de Itabuna nesse contexto, onde afirma que nada será repassado para a instituição hospitalar. A pandemia não será enfrentada apenas com a compra de EPIs e recuperação da estrutura física de alguns postos de saúde.

Infelizmente, na atualidade, a gestão municipal não se preocupa sequer em fazer o discurso de defesa das ações de saúde. O debate se dá tão somente na utilização dos recursos financeiros, cujo resultados quase nunca são vistos.

Diante das constatações o Conselho Municipal de Saúde não tem outra alternativa senão trabalhar administrativamente pela desabilitação do município do Comando Único da Saúde e, se for necessário, até mesmo pela via judicial. Não é de hoje que defendemos essa posição, e não é sem motivo: a inércia do município na gestão dos recursos fundo a fundo espanta. Como defender que uma gestão que tem o dever de prestar contas ao conselho quadrimestralmente, tendo atuado em 2017, 2018, 2019 e parte de 2020, e nesse período apresentou contas apenas de 2017, que ainda assim foi reprovada por insuficiência documental, continue recebendo recursos públicos? Isso é inconcebível!

É urgente que nos debrucemos sobre o problema e o tratemos com a dimensão que ele tem, sob pena de, no futuro, sermos corresponsáveis de todos os desmandos cometidos, onde certamente pessoas pagarão com a vida.

Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi)

Tempo de leitura: < 1 minuto
Funcionários de hospital em Eunápolis estão sem receber dois meses || Foto A Gazeta

Em julho de 2019, um grupo empresarial de Itapetinga assumiu a gestão do Hospital das Clinicas de Eunápolis. Os funcionários da unidade de saúde não têm o que comemorar, na avaliação da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi).

– Os trabalhadores do Hospital das Clinicas de Eunápolis têm recebido os salários com atrasos frequentes, e, no momento, estão sem receber os salários de outubro e novembro desse ano. A situação financeira desses trabalhadores é crítica, muitos passam necessidades constantemente – sustenta a direção do Sintesi.

Os funcionários só tem o sindicato para recorrer, os administradores da empresa estão sempre ausentes da unidade hospitalar e não atendem as ligações telefônicas, relata a direção do Sintesi. Por falta de previsão dos pagamentos e da ausência de diálogo, a perspectiva é de greve. A entidade sindical solicitou mediação no Ministério Público do Trabalho em Eunápolis, marcada para segunda-feira (16), às 13h45min.

O grupo de empresarial já assumiu a administração do Hospital Monte Moriah (antigo Hospital Santa Maria), em Itapetinga. A previsão é de inauguração em janeiro de 2020. Diante da má-administração deste grupo empresarial no Hospital das Clinicas de Eunápolis, a direção do Sintesi já se preocupa com a gestão da unidade que será reinaugurada em Itapetinga.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Santa Casa de Itabuna emprega cerca de 1,8 mil funcionários (Foto Pimenta).
Santa Casa de Itabuna emprega cerca de 1,8 mil funcionários (Foto Pimenta).

Os funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna decidiram, durante assembleia, aderir à greve geral, programada para a próxima sexta (28). A Santa Casa mantém os hospitais Calixto Midlej Filho, São Lucas e Manoel Novaes. São cerca de 1,8 mil funcionários na instituição filantrópica itabunense.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna (Sintesi), Raimundo Santana, a paralisação, no entanto, será de duas horas, das 7h às 9h, para não afetar os serviços prestados nos três hospitais. Ainda segundo Raimundo, a provedoria da Santa Casa foi comunicada, oficialmente, da decisão.