Para o secretário e vice-prefeito, Cross Day foi um sucesso || Foto Divulgação
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O vice-prefeito e secretário de Esportes e Lazer, Enderson Guinho, avaliou positivamente o primeiro evento ao ar livre organizado pela pasta para os adeptos e simpatizantes do cross training. O 1º Cross Day Itabuna ocorreu na Praça Rio Cachoeira, no Góes Calmon (Beira-Rio), no último domingo, e envolveu praticas, centros de treinamento e empresas de suplementos, roupas e acessórios esportivos.

– O Cross Day foi um sucesso, reunindo já praticantes do crossfit e não praticantes que, seguindo as orientações dos profissionais de Educação Física, participaram desse treinão. Alcançamos o objetivo de motivar a prática do esporte ao ar livre, bem como incentivar a vida mais saudável. É uma proposta da gestão do prefeito Augusto Castro elevar o nível e a prática desportiva”, afirmou o secretário e vice-prefeito Enderson Guinho.

Primeiro Cross Day reuniu atletas de idades variadas na Beira-Rio

O vice-prefeito e secretário de Esporte e Lazer, Enderson Guinho, agradeceu a participação dos centros de treinamento que contribuíram para que o aulão fosse realizado. O evento envolveu os CTs Espartanos Cross, Crossfit Itabuna, SuperAção, Team Masters Itabuna, Route Centro de Treinamento e Dilson Andrade Centro de Treinamento.

O 1º Cross Day também contou com estandes de empresas esportivas – Performance Suplementos Itabuna, MS Suplementos Delivery, Drika Fitness, Baron Loja, ZB Esporte, Bravo’s Suplementos e Hortifruti CG, que apresentaram seguimentos variados entre suplementos, roupas e acessórios.

O QUE É O CROSS TRAINING

O cross training é uma modalidade da Educação Física em que se trabalham exercícios aeróbicos e anaeróbicos praticados em pequenos circuitos, que envolvem também exercícios de força com estímulo a todas as regiões do corpo. É voltada para qualquer pessoa que deseja praticar alguma atividade física. Além de aprimorar a saúde e o bem-estar, ajuda a diminuir o percentual de gordura e contribui no ganho de massa muscular. É indispensável ter sempre o acompanhamento de um profissional.

Depois de 60 dias na UTI Covid-19, mulher recebe alta médica
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Este sábado(12) foi um dia de comemoração para os familiares e amigos de dona Alielde Batista dos Santos, de 56 anos. Moradora do pequeno município de Aurelino Leal, no sul da Bahia, desde 9 de julho que ela estava internada na Unidade Covid do Hospital Calixto Midlej Filho, em Itabuna.

Portadora de fibromialgia, dona Alielde Batista é considerada um grande guerreira, pois dos 65 dias internada no Calixto Midlej, 60 ficou em um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Parte desse tempo ficou entubada e respirando com ajuda de aparelhos. Hoje, veio a boa notícia nos últimos meses: alta médica.

Dona Alielde Batista foi recepcionada com as tradicionais palmas da equipe de profissionais que acompanharam o seu tratamento na Unidade Covid e recebeu certificado de uma etapa vencida. A paciente foi recebia por familiares.

De acordo com a coordenadora de enfermagem da UTI/Covid do Calixto Midlej, Larissa Cavalcante Silva, a paciente deixa a unidade respirando sem ajuda de aparelhos e concluirá o atendimento médico na casa de um filho em Itabuna. “Dona Alielde Batista está consciente, falando normalmente. Ela tem grandes chances de concluir com sucesso a recuperação”, disse.

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Enfrentou à diversidade e realizou o sonho.
Maria Aloísia venceu todas as barreiras e realiza sonho || Foto Arquivo Pessoal

Do G1

A esperança de transformar a vida profissional fez com que a advogada Maria Aloísia Jesus dos Santos, de 30 anos, conciliasse o trabalho de doméstica, que conhece desde a infância, com a faculdade de Direito. Mesmo sem qualquer incentivo familiar para estudar, a jovem da zona rural de Valença, no Baixo Sul da Bahia, não desistiu do sonho. Ela, que mora em Salvador, jamais perdeu uma matéria no período da graduação, e, após cinco anos, tempo do curso de Direito, conquistou a tão sonhada formatura na quarta-feira (26).

Aluna dedicada, após madrugadas em claro, Maria estreou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em fevereiro deste ano e foi aprovada. Ela conta que intensificou os estudos quando soube que poderia fazer o exame antes mesmo de se formar.“Criei uma meta, comprei vários cadernos e comecei a estudar nas madrugadas”, contou. Apesar da conclusão do curso de Direito e da realização profissional, o sonho dela não para. Seu desejo é ser juíza.

Sobre a escolha da profissão, Maria conta que teve a ajuda de testes vocacionais, mas o que contou mesmo foi saber que poderia ajudar as pessoas através da carreira que decidiu seguir. “O Direito é uma profissão bonita, eu vou servir à sociedade e nela [a carreira] vi exemplos de mulheres que me motivaram, como Luislinda Valois, que foi a primeira juíza negra do país. Se ela conseguiu, por que eu não conseguiria também?”, argumenta.

Maria Aloísia percorreu um longo caminho de estudo e superação. Aos 17 anos, ela não havia concluído nem o ensino fundamental. Além disso, a jovem não tinha tempo para estudar, nem dinheiro para pagar a mensalidade de uma faculdade particular.

Determinação foi essencial para alcançar os objetivos. Segundo ela, os obstáculos que iria enfrentar para chegar à faculdade foram a base da motivação.

O advogado, professor e coordenador do curso de Direito da faculdade onde Maria estudou, Vinícius Maia, relata que a colega de profissão era muito dedicada às aulas no período graduação, além de ser concentrada e bastante determinada. “Sempre tem o aluno com o ‘caderno da salvação’ aquele que copia tudo e os colegas correm para tirar cópia perto das provas. Assim era Maria Aloísia, que sempre ajudava seus colegas”, contou.

Ele destacou que a determinação dela era o que mais o surpreendia. “Mesmo diante das adversidades, ela não abandonou seus objetivos, pois tinha convicção de que o estudo não era apenas uma opção, mas o único caminho para que sua vida fosse realmente mudada. Histórias como a de Aloísia alimentam nossa alma como educadores”, disse Vinícius.

Casa da família de Maria Aloísia em Valença.
Casa da família de Maria Aloísia em Valença || Foto Arquivo Pessoal.

Maria conhece o trabalho desde os 7 anos de idade, quando começou a fazer faxinas em Valença. Aos 17, no ano de 2004, ela se despediu da mãe e da cidade natal com destino a Salvador, quando quatro dos 12 irmãos já moravam na capital e poderiam dar um suporte familiar.

Em Salvador, ela continuou trabalhando como doméstica. Contudo, não se sentia feliz porque os patrões não a tratavam bem – alguns não pagavam o salário, e outros já a humilharam.

Maria conta que, apesar do empecilho escolar, por não ter concluído os estudos, ela não desistiu e foi em busca do conhecimento. “Fiz um supletivo, terminei o ensino fundamental e em 2011 concluí o ensino médio. Até a metade do ensino médio fui doméstica, dormia na casa das famílias. Depois disso, passei a ser diarista e a focar no objetivo de ingressar na faculdade. Então comecei a fazer testes vocacionais”, relatou.

Ao concluir o ensino médio, Maria descobriu que queria cursar Direito. O desafio seguinte era chegar até a universidade. Maria conta que não tinha tempo para estudar e disputar a vaga em uma universidade federal, nem dinheiro para pagar uma faculdade particular.

“Saí da vida de faxinas e procurei um emprego fixo, com carteira assinada em uma empresa de limpeza, para poder contratar o Fies [Fundo de Financiamento Estudantil] e poder me matricular em uma faculdade particular. Eu só conseguiria o financiamento se tivesse com carteira assinada, que comprovava que eu poderia pagar. Foi a primeira vez que minha carteira estava sendo assinada”, relatou.

Após conseguir 100% do financiamento, ingressar na faculdade e com sonho realizado, os desafios de Maria aumentaram. O trabalho de serviços gerais na empresa fazia com que ela perdesse muito tempo e o rendimento na faculdade começou a cair.Confira a íntegra da matéria com a história de vida de Maria Aloísia clicando aqui.

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Domingas contou sua história de superação e sucesso em evento no CCAF (Foto Gabriel Oliveira).
Domingas, ao microfone, conta sua história de superação e sucesso (Foto Gabriel Oliveira).

Lorena Guimarães
Relatos de preconceito na roda de conversa “Mulheres Negras”, no Centro de Cultura Adonias Filho, ontem (19), emocionaram as pessoas que participaram da atividade. O evento reuniu testemunhos dos que conviveram e ainda convivem com o preconceito étnico-racial no dia-a-dia.
Um dos momentos mais marcantes da roda de conversa Mulheres Negras, ontem, no Centro de Cultura Adonias Filho, foi o relato da trajetória de vida da educadora, psicóloga e coordenadora do Movimento Negro Unificado, Maria Domingas Mateus de Jesus. Filha de agricultores, ela saiu da cidade de Ituberá, no Baixo Sul do Estado, e aqui conseguiu se firmar no mercado de trabalho. “Meu pai sobrevivia aqui em Itabuna da pesca no Rio Cachoeira. Muitas vezes o peixe por ele pescado era o único alimento na nossa mesa”, contou.
E acrescentou: “Certa vez, pai não tinha chegado da pescaria e minha mãe me disse: ‘você não vai à escola’. Mas fui, porque sabia que lá teria merenda. Neste dia, a professora que nunca se aproximou de mim, colocou-me de castigo, porque eu disse que a filha dela era metida. Isso sempre me marcou”, contou a educadora emocionada.
Maria Domingas ainda assiste a manifestações de preconceito como a que sofreu no condomínio onde mora. “No meu prédio, parece mentira, mas muitos ainda me olham desconfiados. Outro dia eu fui até a piscina com minha filha e uma moradora chegou a perguntar à síndica o que eu estava fazendo ali. Recebeu como resposta que eu era moradora e se calou”, relatou.
HOJE TEM CORTEJO A ZUMBI DOS PALMARES
Nesta quinta-feira, ao som de atabaques, chocalhos e outros instrumentos musicais afro-brasileiros e com indumentárias, o cortejo em homenagem a Zumbi dos Palmares, sairá às 17 horas do Jardim do Ó em direção ao monumento Berimbau, na Avenida Princesa Isabel, no Banco Raso.
Será o ponto culminante das festividades promovidas pelo Coletivo de Entidades Negras de Itabuna e do Comitê Gestor Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial no Dia da Consciência Negra para que seja lembrado um dos um dos líderes de nossa história desde o Brasil Colonial.

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Problema de saúde não tirou a coragem de Pedro Figueiredo

Um jovem de 22 anos, que tem os movimentos comprometidos devido a uma paralisia cerebral, foi um dos aprovados no exame realizado pelo Instituto Federal da Bahia (Ifba). De acordo com o site Ubatã Notícias, Pedro Augusto Figueiredo teve uma das melhores colocações na disputa por uma das vagas para o curso de Biocombustíveis.
Por conta da limitação dos movimentos, Pedro obteve autorização para realizar as provas oralmente. A paralisia do jovem é uma sequela decorrente de erro médico.
Pedro quer que sua conquista sirva de exemplo para outras pessoas que têm algum tipo de deficiência. “Quero que minha aprovação sirva de exemplo e incentivo para muitas pessoas”, afirma o jovem, antes de dizer com toda a convicção: “tudo é possível”.
As aulas do novo aluno do Ifba serão iniciadas ainda neste semestre.

De empregada doméstica a juíza na Bahia || Foto PIMENTA
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Aos 14 anos, ela trabalhava em um canavial no interior de Minas Gerais. Aos 17, era empregada doméstica em Belo Horizonte e, por não ter onde dormir, durante oito meses passou as noites em um ponto de ônibus em frente à antiga Telemig, que era a companhia telefônica de Minas.

Para conseguir aprovação em seu primeiro concurso, para oficial de justiça do Tribunal de Justiça daquele estado, ela catou folhas borradas de um mimeógrafo onde faziam apostilas de um cursinho preparatório. As folhas eram jogadas no lixo, de onde ela as recolheu, estudou e ficou em terceiro lugar no concurso.

A hoje Doutora Antônia Marina Faleiros é sem dúvida alguma uma vencedora, uma mulher que superou todos os obstáculos e dificuldades e veio a ocupar cargos importantes, como procuradora do município de Belo Horizonte e procuradora do Banco Central. Atualmente, ela é juíza da 1ª Vara Crime de Itabuna, que julga crimes relacionados a tóxicos.

Mas a magistrada não é somente uma pessoa que venceu na vida. Ela é também uma mulher singular, que não se limita às paredes de um gabinete e gosta de ir aos bairros, conhecer gente. Nessa entrevista concedida ao PIMENTA, a juíza surpreende, comove e demonstra que ainda é possível acreditar no ser humano.

PIMENTA – Eu gostaria que a senhora contasse o início de sua história: onde nasceu, sua infância…

Dra. Antônia – Eu nasci em Serra Azul de Minas, um lugar belíssimo, extremamente pobre, mas muito bonito. Era uma família grande, como todas as famílias do interior: pai, mãe e um monte de irmãos. E minha mãe sempre foi uma pessoa muito entusiasmada. Ela não teve oportunidade de estudar, só fez até o que se chamava na época de quarta série primária. E era professora rural, dava aula no Mobral e sempre teve uma exigência muito grande com os filhos, sempre quis botar os filhos pra frente.

PIMENTA – Quais são as histórias das quais a senhora se recorda dessa época?
Dra. Antônia – Há algumas histórias interessantes que envolveram minha mãe. Quando fiz meu primeiro concurso público, eu passei em terceiro lugar para oficial de justiça do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, então eu fiquei entusiasmadíssima e fui contar para ela. Quando falei que havia passado em terceira colocação, ela disse: “mas a prova estava tão difícil assim?”. Eu mencionei a concorrência e salientei que muitas pessoas haviam ficado para trás, mas ela respondeu: “você já viu algum bom corredor olhar para quem está ficando pra trás? Ele olha para os concorrentes que estão na frente”. Esse é um exemplo do nível de exigência da minha mãe. Ela morreu dois meses depois da minha formatura em Direito e eu fiquei bastante magoada porque era meu sonho conseguir ter um emprego e poder dar a ela algumas coisas com as quais ela sonhava.

PIMENTA – Por exemplo…
Dra. Antônia – Eu me emociono sempre quando me lembro disso. Um dos sonhos da minha mãe era ir à Aparecida do Norte, que é um santuário católico no interior de São Paulo e nós não tivemos a oportunidade de atender esse desejo. Ela morreu antes que eu tivesse um emprego que me permitisse lhe dar o prazer de conhecer Aparecida do Norte.

PIMENTA – Vocês viviam na cidade ou na zona rural?
Dra. Antônia – Até os meus sete anos, nós morávamos na roça. Depois meu pai se mudou para a cidade, que era tão pequena que se pode dizer que é como se fosse uma roça. Eu fui conhecer luz elétrica aos 17 anos. Meu pai era trabalhador do DER, o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais, trabalhador braçal.

 

Eu acabava ficando sem o café da manhã como punição por ter causado o “incêndio” e acordado todo mundo.

 

PIMENTA – Quantos irmãos?
Dra. Antônia – Éramos seis, mas um morreu há 11 anos. Eu sou a filha mais velha e depois de mim tem outra irmã e mais três irmãos. Muitos anos depois, quando eu já tinha deixado a casa de meus pais, minha mãe teve outra filha, que foi a irmã que eu criei, porque minha mãe a deixou pequena e ela acabou virando “minha filha” e veio comigo para a Bahia.

PIMENTA – Como foi a história do seu trabalho em um canavial?
Dra. Antônia – Quando eu terminei naquela época a quarta série, com 14 anos, não tinha continuação lá. E apareceram pessoas que contratavam trabalhadores, inclusive menores, para o corte de cana. Quem fazia a intermediação e ia pelas cidades procurando era chamado de “gato” e os capatazes que controlavam o trabalho no canavial preferiam menores, porque eles achavam que podiam até bater na gente. Como não tínhamos outro meio de sobrevivência, nós seguimos para esse trabalho, eu e mais dois irmãos, de 13 e 12 anos.

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