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Marcone Amaral é primeiro prefeito a criticar publicamente a saúde de Itabuna

Após mais de 20 secretários de municípios pactuados denunciarem a precariedade e cobrar melhorias na Saúde de Itabuna, há pouco o prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral (PSD), também endossou as críticas. E foi mais longe.

– Os municípios circunvizinhos sofrem muito. Estamos vivendo momento muito complicado – disse Marcone Amaral em entrevista ao repórter Carlos Barbosa, no programa Interativa Agora,apresentado por Silmara Sousa, na Interativa FM.

O prefeito de Itajuípe tornou-se, assim, o primeiro dos gestores municipais a fazer crítica pública à gestão da Saúde de Itabuna. Marcone Amaral lamentou a situação de precariedade, com registro de negativa de atendimento, omissão de socorro e morte de bebês, como as ocorridas na Maternidade da Mãe Pobre (Ester Gomes) e no Hospital Manoel Novaes, na terça e ontem (27). Ainda na entrevista, Marcone disse que se reuniu com a provedoria da Santa Casa de Itabuna para discutir o atendimento aos pacientes de Itajuípe. Outra reunião será agendada.

Marcone está na Câmara de Itabuna, onde participa de um evento do PSD sul-baiano e para o qual são esperados prefeitos do sul da Bahia, deputados e o senador e presidente do PSD da Bahia, Otto Alencar, na Câmara de Itabuna.

Na última sexta (22), o prefeito Fernando Gomes “jogou” no colo do secretário Uildson Nascimento a insatisfação com a Saúde. Disse que daria a ele 60 dias para colocar a secretaria “nos trilhos”. A crítica foi feita durante solenidade no Hospital de Base. Uildson assumiu o cargo há menos de 90 dias. Foi o sexto nomeado para a Saúde desde janeiro de 2017, início do Governo Fernando Gomes.

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Rui diz que atendimento pediátrico será normalizado || Foto Pimenta
Atendimento no Manoel Novaes será normalizado

O governador Rui Costa e o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, asseguraram que o atendimento pediátrico no Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, não terá mais as restrições impostas pelo município em agosto. A garantia foi dada durante a inauguração da Policlínica Regional de Saúde, em Itabuna, hoje (20).

Desde o mês passado, partos e atendimentos de baixa e média complexidade na área pediátrica têm sido feitos apenas na Maternidade Ester Gomes (Mãe Pobre), por decisão da Secretaria de Saúde de Itabuna. Apenas os de alta complexidade eram direcionados, pela Central de Regulação, para o Hospital Manoel Novaes. Essa restrição cairá, de acordo com Rui e Fábio Vilas Boas.

Durante a coletiva, Rui Costa enfatizou que alguns municípios – caso de Itabuna – têm a gestão plena da Saúde e autonomia para agir, porém o governo estadual, via Sesab, está dialogando em busca de soluções. “O secretário Fábio Vilas-Boas fez reunião com toda a rede hospitalar da região [para tratar dos atendimento]”, disse em resposta a pergunta do blog.

REUNIÃO COM A REDE HOSPITALAR

O secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas Boas, disse que, durante a reunião, ficou decidido que o atendimento na rede hospitalar será normalizado. “Nós fizemos uma reunião ontem com todos os diretores de hospitais e com o secretário de Saúde de Itabuna, Uildson Nascimento. E chegamos a um entendimento que vai viabilizar o retorno ao funcionamento normal da rede”, disse ele ao PIMENTA.

Governador e secretário inauguraram, nesta manhã de sexta, a 13ª Policlínica Regional de Saúde do Estado. A nova policlínica atenderá pacientes do SUS de 29 municípios do sul e centro-sul da Bahia em Itabuna.

Veja também

http://157.230.186.12/2019/09/20/rui-se-nega-falar-sobre-lula-e-politica-na-inauguracao-de-policlinica-em-itabuna/


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UTI Pediátrica do Novaes começou a atender há um ano || Foto Divulgação
Nesta segunda (1º), a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Manoel Novaes, em Itabuna, completa um ano em operação e, de acordo com a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, atinge a marca de 360 atendimentos. A unidade é estratégica para assegurar a integralidade na atenção a crianças em serviços de oncologia pediátrica, principalmente Onco Hematologia da Santa Casa, que atende a 50% dos municípios baianos, conforme a instituição.
O serviço assegura melhor assistência às emergências e cirurgias pediátricas e neuropediátricas no sul da Bahia. Dos casos mais conhecidos, está o menino Rian Santos Silva de 8 anos, da cidade de Santa Luzia, que teve um espeto de churrasco cravado no crânio, após uma queda. Com a estrutura hospitalar encontrada, com neurocirurgiões e a UTI Pediátrica totalmente equipada, a criança teve o espeto removido, no Hospital Materno Infantil Manoel Novaes, sem que perdesse a visão e a equipe preservando a vida da criança.
Para os pacientes e familiares, a chegada da unidade tem trazido mais conforto e tranquilidade. O vendedor Clóvis dos Santos Silva, pai do pequeno Miguel Silva, do município de Jequié, no sudoeste baiano, é só elogios à equipe. “Meu filho precisou ficar internado na UTI por um período longo. Fiquei um mês e 15 dias com meu filho internado na UTI e fiquei impressionado com o cuidado, carinho, a atenção e o amor dispensado ao meu filho por toda a equipe. Não tenho palavras para descrever este momento, apenas reforço o meu sentimento de gratidão a todos”, contou emocionado.
Para a diretora técnica do Hospital Manoel Novaes e também médica da UTI pediátrica, Fabiane Chavez, os números além de agregarem a parte técnica emocionam, pois fazem parte da concretização de um sonho que tem ajudado a salvar muitas vidas na região. “Hoje é preciso celebrar e agradecer pelo aniversário da nossa UTI. Com ela as crianças que precisavam de um serviço de unidade intensiva não contam mais com a obrigatoriedade da transferência para outra unidade hospitalar da capital”, observa.
A médica também aponta que a UTI pediátrica eleva as chances de vida de muitos pacientes que antes precisavam ir para a capital ou outro município para ter este atendimento. “Quero agradecer especialmente, a equipe de profissionais do nosso setor, que assumiram esse desafio e que junto à direção fizeram e fazem esse sonho se concretizar a cada dia. Um esforço recompensado diariamente com vidas que ganham uma nova oportunidade de permanecer entre nós”.

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Bahiafarma atenderá metade da demanda por insulina no SUS || Foto Tiago Décimo/Bahiafarma

A Bahiafarma começa a fornecer, nesta semana, insulinas para a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país. De acordo com o laboratório estadual, os primeiros lotes do medicamento usado para controle da diabetes devem chegar aos postos de saúde nos próximos dias. A Bahiafarma fornecerá 50% da demanda de insulinas Regular (R) e de ação prolongada (NPH) do SUS.
O procedimento marca a primeira etapa do processo de transferência de tecnologia que vai tornar o Brasil um dos poucos países a dominar o processo de fabricação de insulina, um dos medicamentos mais utilizados no mundo – e considerado estratégico pelo Ministério da Saúde.
A compra do medicamento, por parte do ministério, foi publicada no dia 16 deste mês, no Diário Oficial da União, concretizando a redistribuição dos projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) para produção de insulina no País, que havia sido definida por meio da Portaria número 551, publicada no DOU em 21 de fevereiro de 2017.
Para a produção das insulinas, a Bahiafarma tem como parceiro tecnológico o laboratório ucraniano Indar, dentro do regime de PDPs. “É uma empresa que atua exclusivamente em pesquisa e produção de insulinas há mais de 15 anos e é reconhecida por utilizar tecnologias inovadoras, além de realizar operações em diversos países”, ressalta o diretor presidente da Bahiafarma, Ronaldo Dias.
A PDP entre Bahiafarma e Indar prevê a instalação da fábrica de insulinas na Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Uma fábrica de insulinas é uma unidade de alta tecnologia, que poucos laboratórios detêm, e estamos dando todos os passos para atingir a excelência na instalação desta unidade”, afirma o executivo, enfatizando que “a Indar tem todo o know-how para auxiliar-nos neste processo, que vai resultar na mudança de patamar da indústria farmacêutica no Norte-Nordeste brasileiro, com atração e formação de mão de obra altamente qualificada”.
FÁBRICA
O protocolo para a instalação da fábrica na Bahia foi assinada entre o governador Rui Costa, a presidente da Indar, Liubov Viktoriyna Vyshnevska, o secretário estadual da Saúde, Fábio Vilas-Boas, e Ronaldo Dias, em agosto do ano passado. “É um acordo bom para a saúde dos brasileiros e bom para a economia brasileira”, disse Rui, à época. “Com a fábrica, o Ministério da Saúde passa a fazer a aquisição [da insulina] por um preço muito menor, facilitando assim o acesso a esse medicamento para milhares de portadores de Diabetes.”
De acordo com pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, o número de brasileiros diagnosticados com Diabetes cresceu 61,8% entre 2006 e 2016, passando de 5,5% para 8,9% da população. Somente os portadores de Diabetes tipo 1, dependentes regulares de insulina, são mais de 600 mil brasileiros.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, no mundo, cerca de 10% dos adultos têm a doença. “A construção dessa fábrica fará história na saúde pública do Brasil”, avalia o secretário Fábio Vilas-Boas, ressaltando a possibilidade de ampliação do acesso à insulina pelo povo brasileiro.
Para Ronaldo Dias, a parceria internacional “concretiza a política do governador Rui Costa de promover a industrialização do Estado”, e amplia, ainda mais, a oportunidade de produtos que podem ser acessados pelo SUS. A previsão é que a planta industrial comece a operar em 40 meses. “Além disso, a unidade produtiva vai poder dar segurança de fornecimento e estabilidade de preços das insulinas ao sistema”.Leia Mais

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SUS adota mais 10 novas atividades integrativas

O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira 12, que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) serão beneficiados com mais 10 novas Práticas Integrativas e Complementares (PICS). Os tratamentos usam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas doenças, como depressão e hipertensão.
As práticas são apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais. Com as novas atividades, ao todo, o SUS passa a ofertar 29 procedimentos à população.
Atualmente, são disponibilizadas pelo SUS os procedimentos  de ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia e biodança. Além de dança dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga.
MAIS DE 3 MIL MUNICÍPIOS COM SERVIÇO
As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS.
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Levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que pelo menos 904 mil cirurgias eletivas estão pendentes no Sistema Único de Saúde (SUS) em diferentes estados e municípios do país. As cirurgias eletivas não são de urgência ou emergência. O estudo, feito pela primeira vez pelo conselho, divulgado nesta segunda-feira (4) mostra que do total pelo menos 746 procedimentos cirúrgicos estão na fila de espera há mais de dez anos e 83% dos pedidos entraram na fila a partir de 2016. O Ministério da Saúde informou que desde maio passou a adotar o sistema de fila única para organizar a demanda.

A pesquisa traz dados enviados pelas secretarias de saúde de 16 estados e dez capitais até junho deste ano. Outros sete estados e oito capitais não enviaram informações, alegando não tê-las disponíveis ou por negativa de acesso aos dados. Por ser o primeiro levantamento desse tipo, não há dados dos anos anteriores. A pesquisa contabiliza o número de procedimentos agendados, e não o número de pacientes na fila.Leia Mais

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Fachada do antigo Hospital São Judas, em Itabuna, fechado há mais de três anos.
Fachada do Hospital São Judas, em Itabuna, fechado há mais de três anos.

Da Agência Brasil

O Brasil perdeu quase 16 mil leitos e fechou 85 hospitais psiquiátricos nos últimos 11 anos, de acordo com levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo a entidade, das 40.942 unidades psiquiátricas existentes em 2005, restavam 25.097 em dezembro de 2016, o que representa redução de 38,7% na oferta de leitos psiquiátricos.

De 228 locais existentes especializados em saúde mental em 2005, restaram 143 em dezembro do ano passado. O levantamento foi baseado em informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). A redução ocorre em período de crescimento de 12% do contingente populacional brasileiro e demanda crescente de pacientes com transtornos mentais, principalmente em decorrência do uso abusivo de álcool e drogas.

“Acredita-se que há 25 milhões de pessoas que necessitam de algum atendimento psiquiátrico, sendo que terão enorme dificuldade de contar com a integralidade da assistência, pois o governo, ao contrário de reforçar todas as etapas dos cuidados possíveis, adotou uma estratégia que prejudica aqueles que, em algum momento de sua história clínica, precisarão de um suporte hospitalar”, afirmou Emmanuel Fortes, 3º vice-presidente do CFM, que também coordenou a Câmara Técnica de Psiquiatria da autarquia.

REFORMA PSIQUIÁTRICA

O CFM explica que o fechamento das unidades é resultado de uma política promovida pelo governo federal de “sufocamento” do modelo de internação. A entidade argumenta que o movimento contrário à internação ganhou força com a adoção da Lei 10.216/2001, conhecida como reforma psiquiátrica.

De acordo com esta política, o atendimento psiquiátrico deve privilegiar a abordagem ambulatorial e terapêutica e evitar a internação dos pacientes. A reforma foi construída a partir de críticas à prática de isolamento e exclusão e às denúncias de maus-tratos ocorridos contra pacientes psiquiátricos internados de forma permanente e involuntária em diversas unidades manicomiais do país.Leia Mais

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Greve nos hospitais da Santa Casa entra no quarto dia.
Greve nos hospitais da Santa Casa entra no quarto dia.

A Prefeitura de Itabuna ainda não pagou pelos serviços de saúde prestados ao SUS em dezembro e janeiro e a crise no sistema começa a se agravar, principalmente com a greve dos funcionários dos hospitais da Santa Casa de Misericórdia. Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi), a paralisação afeta 70% dos serviços da instituição responsável pelos hospitais Calixto Midlej Filho, Manoel Novaes e São Lucas.

“Mulheres grávidas já estão procurando atendimento em maternidades fora de Itabuna e cirurgias cardíacas estão sendo canceladas. Só retornaremos ao trabalho com o pagamento do salário”, afirma Raimundo Santana, dirigente do Sintesi.

Os pagamentos pelos serviços prestados em dezembro deveriam ser feitos em janeiro e os do primeiro mês do ano, em fevereiro, observa Raimundo. “São valores relativos à prestação de serviços aos usuários do SUS, nas áreas de nefrologia, CTI, oncologia e cardiologia, entre outras, segundo a Santa Casa”, disse ele.

Os sindicalistas exigem medidas duras da instituição contra o município. Para eles, alguns atendimentos devem parar imediatamente até a quitação da dívida. “Ou a instituição, como tantas outras pelo país, acumulará déficit negativo e ficará inviabilizada”. Raimundo completa: “trata-se de uma bomba que pode explodir nas mãos dos trabalhadores. Isso não permitiremos”, conclui.

Diretor do Sintesi e membro do Conselho Municipal de Saúde, João Evangelista disse ter solicitado reunião de urgência para discutir a questão no plenário do Conselho. Ele disse que o sindicato é parte do controle social. Ainda segundo João, a direção do Sintesi solicitou audiência entre as partes no Ministério Público. Por enquanto, a expectativa é de que o pagamento do salário seja efetuado ainda hoje.

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Ettinger Júnior: pagamento depende do município.
Ettinger Júnior: pagamento depende do município.

A greve dos funcionários da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna provocou a suspensão de cirurgias eletivas e cardíacas, de acordo com nota emitida pela provedoria da instituição. A paralisação foi iniciada nesta terça (14), afetando, também, os atendimentos de emergência, já que cerca de 30% dos 1,8 mil funcionários estão trabalhando.

A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi) diz que a reação dos funcionários é contra o constante atraso de salário. Hoje, reivindicam o pagamento relativo a janeiro.

O provedor Eric Ettinger Júnior sinaliza com pagamento “para os próximos dias”. A quitação de salário, reforça, ocorrerá “imediatamente após o Fundo Municipal de Saúde realizar o repasse do recurso à Santa Casa”.

Ettinger Júnior, ainda em nota, ressalta a “postura compreensiva dos funcionários”, mantendo a “ordem nas três Unidades Hospitalares [Manoel Novaes, Calixto Midlej Filho e São Lucas]”. Confira, abaixo, nota de esclarecimento da Santa Casa.

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Fabrício Messias introduziu a técnica em Itabuna (Foto Portal Bahia).
Fabrício introduziu técnica em Itabuna (Foto PortalSBahia).

Pouco mais de três anos depois de Itabuna se tornar a primeira cidade baiana e a segunda do Brasil a disponibilizar este tipo de cirurgia pelo SUS, o procedimento de cirurgia bariátrica por videolaparoscopia é estendido a todo o país.

O procedimento significou importante avanço. “Esse método é avançado e oferece toda a segurança de que médico e paciente necessitam”, afirmou em entrevistas o cirurgião Fabrício Messias, um dos envolvidos na campanha para que o SUS ampliasse as bariátricas em Itabuna, no início da gestão do prefeito Vane do Renascer, em junho de 2013.

A partir de hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer cirurgia bariátrica por videolaparoscopia. A técnica é menos invasiva em comparação à cirurgia aberta. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (1º).

Na cirurgia aberta, o médico faz um corte de 10 a 20 cm no abdômen do paciente. Já na videolaparoscopia, são feitas de quatro a sete mini-incisões de 0,5 a 1,2 cm cada uma, por onde passam as cânulas e a câmera de vídeo. A taxa de mortalidade média da cirurgia videolaparoscópica é menor do que a da cirurgia aberta, segundo informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

A recomendação da inclusão do procedimento tinha sido feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) em relatório de novembro de 2016.

“A evidência atualmente disponível sobre eficácia e segurança do procedimento de gastroplastia com derivação intestinal em Y-de-Roux por laparoscopia para tratamento da obesidade grave e mórbida é baseada em revisões sistemáticas, estudos clínicos controlados e estudos observacionais”, afirma o relatório.

O documento também observa que o aumento da escala de compras dos materiais usados na cirurgia bariátrica laparoscópica deve fazer com que o preço desses equipamentos diminua no Brasil.

No SUS, a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas que apresentem o seguinte perfil:

– Com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 50;

– Com IMC maior ou igual a 40, com ou sem doenças associadas, sem sucesso no tratamento clínico por no mínimo dois anos; e

– Com IMC maior que 35 e com problemas de saúde como alto risco cardiovascular, diabetes mellitus e/ou hipertensão arterial sistêmica de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas sem sucesso no tratamento clínico.

O Ministério da Saúde também anunciou que o SUS passará a ter disponível uma nova técnica para tratar varizes. O chamado tratamento esclerosante estará disponível para tratamentos não-estéticos, ou seja, quando as varizes representarem um problema de saúde e não apenas uma questão estética. Redação com informações da Agência Brasil.

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Dr. Eric Ettinger Junior, Provedor eleitoEric Etinger Júnior

A saúde tem preço e esse preço é caro e cada dia maior, pela tecnologia agregada e maior oferta de serviços, sem contar com a judicialização da saúde. Aos Legisladores, políticos, gestores de saúde, o apelo é um só: precisamos de ajuda e não temos tempo. A saúde não pode esperar.

 

A crise financeira que fecha hospitais filantrópicos na Bahia e pelo Brasil à fora é um dos temas que ganha espaço na grande mídia a cada dia que passa. No entanto, em que pese a repercussão provocada a partir dos desdobramentos da crise, ainda não alcançamos o eixo principal: os Legisladores e políticos que têm o poder de mudar este cenário.

Acontece que nesse 15 de agosto de 2016 a história começou a mudar e confiamos que a mudança será para melhor. Nessa data foi instituída aqui na Bahia, em nossa briosa Assembleia Legislativa na capital do Estado, a Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas da Bahia. Uma nova história precisa ser escrita e esta página já pode ser comemorada.

É sabido de todos a importância estratégica das Santas Casas no complemento à rede de assistência ao Sistema Único de Saúde (SUS), o quanto os hospitais filantrópicos são, em sua maioria, altamente resolutivos e que não se presta serviços de saúde com qualidade sem recurso financeiro. No entanto, entre o saber e o agir para construir a mudança de rumos precisamos de ações imediatas.

Pedimos a ajuda dos Senhores Legisladores, nossos representantes, para que nos auxiliem. As Santas Casas, devido à crise econômica atual, não podem mais fazer caridade. Localmente sofremos com isso, culturalmente somos sempre acionados para atender, fazer favores, mesmo sem sermos informamos quem será a fonte pagadora daquele procedimento ou atendimento.

É um equívoco se pensar que se faz filantropia sem recurso, no entanto é o que as Santas Casas vêm fazendo. Assistem independente do retorno (muitas vezes por imposições de contratos), não têm como repassar o real custo dos seus serviços aos usuários, atendem uma demanda carente da população e com isso vão acumulando um déficit impagável sem o auxílio do poder público.

A saúde tem preço e esse preço é caro e cada dia maior, pela tecnologia agregada e maior oferta de serviços, sem contar com a judicialização da saúde. Aos Legisladores, políticos, gestores de saúde, o apelo é um só: precisamos de ajuda e não temos tempo. A saúde não pode esperar.

Eric Ettinger Júnior é provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

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Ettinger Júnior: mobilização contra subfinanciamento do SUS.
Ettinger Júnior: mobilização contra subfinanciamento do SUS.

Instituições filantrópicas baianas da área de saúde se uniram para enfrentar a grave crise financeira no setor. O Hospital Martagão Gesteira e as Santas Casas de Nazaré, de Valença e de Cruz das Almas iniciaram a campanha. Neste mês, também aderiram ao movimento às Santas Casas de Itabuna, de Poções e de Vitória da Conquista.

O principal alvo da campanha é o subfinanciamento do SUS para diversos serviços estratégicos ofertados pelas instituições filantrópicas. Os sete hospitais, segundo divulgado pela coordenação da campanha, somam cerca de 200 mil procedimentos mensais, que deixarão de ser oferecidos caso as Unidades encerrem as atividades.

Somente a Santa Casa de Itabuna, de acordo com a instituição, responde por 66 mil procedimentos por mês. Já as populações de Nazaré, Valença e Vitória da Conquista, pode ver reduzidos 12 mil, 20 mil e 34 mil procedimentos mensais, respectivamente.

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Eric Ettinger Júnior, reforça a necessidade do setor “unir forças para construir uma solução conjunta para o problema que é coletivo”. A entidade itabunense buscou mobilizar a sociedade civil organizada e alertar gestores públicos dos níveis municipal e estadual.

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Bicalho diz que rede hospitalar pede socorro.
Bicalho diz que rede hospitalar pede socorro.

O secretário de Saúde de Itabuna, Paulo Bicalho, não usou meio termo, hoje (18), ao definir a situação dos serviços de média e alta complexidade do município. “A rede hospitalar de Itabuna pede socorro”, disse ele, revelando estar preocupado com a possibilidade de caos no atendimento à população e aos mais de 120 municípios pactuados.

Para ele, a raiz do problema é o subfinanciamento da saúde. “A saúde pública não tem reajuste já há algum tempo e há muito também deveria ter sido corrigido pelos índices inflacionários”, afirma.Segundo ele, a crise que hoje atinge a saúde já interrompeu importantes serviços no setor ao longo dos últimos anos, porque o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) está aquém das necessidades.

INSUMOS E MEDICAMENTOS MAIS CAROS

A rede pode entrar em colapso porque, segundo Bicalho, o subfinanciamento ocorre em um momento em que há aumento da demanda de serviços na região, seguido de aumento de preço dos insumos e de medicamentos. “Acontece que, para o pagamento de produção de serviços prestados, os valores são baseados em tabela que seguem as diretrizes do SUS”, sublinha.

– Estamos bastante preocupados diante dessa situação, porque a Secretaria Municipal de Saúde apenas efetua as transferências constitucionais via fundo a fundo, por meio dos programas do Ministério da Saúde.

Paulo Bicalho adianta que, com relação à aplicação de recursos próprios, procedentes do Tesouro Municipal, são repassados 18% em média do que a prefeitura arrecada na área tributária. “Tais recursos são utilizados para cobrir apenas as despesas com a folha de pessoal da Saúde. E, mesmo assim enfrentamos dificuldades, pois as prefeituras vêm arrecadando menos nos últimos tempos se comparado a anos anteriores”, destaca Bicalho.

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Dr. Eric Ettinger Junior, Provedor eleitoEric Ettinger Jr.

 

É consenso que o SUS tem uma tabela de preços sem reajuste há mais de 10 anos, caracterizando o chamado subfinanciamento dos serviços.

 

Às vésperas de completar 100 anos, a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna segue mantendo o título de instituição filantrópica de saúde, mesmo tendo visto o conceito de filantropia mudar durante o próprio curso de sua história. O que antes era uma entidade que prestava serviços aos que não podiam pagar, hoje é regulada pelo Estado a partir de uma legislação específica. Muitos seguem olhando a Santa Casa com o olhar de quando ela foi criada, quando aqui existiam os benfeitores e a superabundância econômica da região do cacau para manter a receita hospitalar.

O tempo passou e, apesar de a Santa Casa garantir continuidade a diversas ações sociais e religiosas, o que tange a prestação de serviços de saúde é regulado por um contrato com o Gestor do SUS e precisamos cumprir obrigações permanentes para renovar nosso título de filantropia.

A Filantropia é assim uma concessão do Ministério da Saúde a entidades jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, certificadas como Entidade Beneficente de Assistência Social com finalidade de prestação de serviços na área da saúde, desde que cumpridas condições definidas pela Legislação. Uma dessas condições é a execução de um índice de filantropia que não pode ser inferior a 60%. Historicamente a Santa Casa alcança sempre mais de 75% deste índice, dados auditados e acompanhados, inclusive com cruzamento de informações pelo Ministério da Saúde.

O cumprimento dessa e de outras obrigatoriedades garante a manutenção do título de filantropia, e garante também a isenção no pagamento de contribuições sociais e a celebração de convênios com o poder público. No entanto, é consenso que o SUS tem uma tabela de preços sem reajuste há mais de 10 anos, caracterizando o chamado subfinanciamento dos serviços.

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Macedo sofre de cardiomiopatia de grau 4
Macedo sofre de cardiomiopatia de grau 4

O ex-secretário de Assistência Social de Ilhéus, Augusto Macedo, que sofre de cardiomiopatia de grau 4 e necessita ser submetido a transplante do coração, conseguiu vaga ontem (17) na UTI do Hospital São José. Antes, ele ficou durante dois dias na enfermaria da unidade da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus, apesar de apresentar estado de saúde muito delicado.

O caso do ex-secretário foi relatado pelo PIMENTA na quarta-feira (16) – confira. A nota informa que, enquanto aguarda na fila do transplante, Macedo precisa implantar um ressincronizador cardíaco, cirurgia que na Bahia somente é realizada pelo SUS no Hospital Ana Nery, de Salvador.

Logo após a publicação da nota no blog, alguns políticos procuraram a família do ex-secretário. Entre os que se mostraram solidários, estão o deputado federal Bebeto Galvão (PSB) e a deputada estadual Ângela Sousa (PSD), com quem Macedo já trabalhou. Antes, apenas o vereador Fábio Magal lhe prestava auxílio.

Em nota, a deputada Ângela afirma que somente na última quarta-feira teve conhecimento de que seu ex-assessor estava internado. “A partir de então, entrei em contato com o secretário de Saúde, Fábio Vilas Boas, solicitando seu apoio na transferência para Salvador”, diz a nota. A deputada também colaborou, junto à Central de Regulação do SUS, para que Macedo conseguisse uma vaga em UTI.