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Zebrinha participa de seleção de bailarinos, no TMI || Foto Divulgação

A Organização Gongombira de Cultura e Cidadania realiza neste sábado e domingo (24 e 25), às 9 horas, na Tenda Teatro Popular de Ilhéus, situada na Avenida Soares Lopes, audição para selecionar novos bailarinos, que atuarão no espetáculo Mukalê Oyá Por Nós.
A seleção será dirigida por Zebrinha, coreógrafo da Cia dos Comuns (Rio de Janeiro), do Bando de Teatro Olodum e diretor artístico do Balé Folclórico da Bahia e, atualmente, é coreógrafo da série Mister Brau, produzida pela Rede Globo, com Lázaro Ramos e Taís Araújo como protagonistas.
Para se inscrever é necessário ter acima de 16 anos, experiência com dança e enviar currículo com foto para o e-mail gongombira@yahoo.com.br ou entregar pessoalmente na sede da instituição, localizada na Avenida Brasil, 485, Alto da Conquista.
MUKALÊ OYÁ POR NÓS
O espetáculo será apresentado no dia 23 de março, no Teatro Municipal de Ilhéus, e integra a programação da quinta edição da Semana Mãe Ilza Mukalê, evento em homenagem ao aniversário de 84 anos de Mãe Ilza e ao Dia Internacional da Mulher (8 de março). Mais informações: (73) 3633-3008 / 98809-3958

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Tiago é acusado de injúria contra atrizes e apresentadora da Globo (Foto PC-BA).
Tiago é acusado de injúria contra atrizes e apresentadora da Globo (Foto PC-BA).

Equipes das polícias Civil do Rio de Janeiro e da Bahia cumpriram, na manhã desta quarta-feira (16), em Brumado, mandado de prisão temporária contra Tiago Zanfolin Santos da Silva, de 26 anos, acusado de injúria racial contra atrizes e repórteres da Rede Globo de Televisão.

A ação fez parte da Operação Cyberstalking, deflagrada pela polícia fluminense em seis estados para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Bahia.

O delegado Leonardo Rabelo, coordenador da Coorpin/ Brumado, disse que Zanfolin é integrante de uma organização criminosa, que, pela Internet, fez vários ataques racistas a atrizes, jornalistas e apresentadoras, como Taís Araújo, Sharon Menezes, Chris Vianna, Maria Júlia Coutinho, Xuxa Meneghel e Angélica.

Funcionário de uma loja de e venda e manutenção de equipamentos de informática, Zanfolin estava em casa quando foi preso e não esboçou nenhuma reação. No imóvel, foram apreendidos um notebook, uma CPU e um celular.

A investigação foi realizada pela Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), do Rio, e, em Brumado, contou com o apoio das unidades policiais da Coorpin/Brumado. Segundo o delegado Leonardo Rabelo, Zanfolin deve responder criminalmente pela prática dos crimes de injúria racial, racismo e associação criminosa.

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marivalguedes2Marival Guedes | marivalguedes@gmail.com

 

Uma estudante da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) atravessava a Avenida Amélia Amado quando uma motorista, ao invés de reduzir, aumentou a velocidade do veículo. Não satisfeita, berrou: “sai da frente, negra descarada”.

 

Uma das principais notícias da semana foi a queixa registrada em uma delegacia de polícia do Rio de Janeiro pela atriz Taís Araújo, contra autores(as) de comentários racistas na internet.

Ela disse que presta depoimento porque sabe que o seu caso não é isolado, acontece com milhares de outras pessoas negras no país. Tem razão, ainda são, vergonhosamente, vários os casos.

Há poucos dias uma mulher chamou um vendedor de “macaco” no Shopping Barra, em Salvador. A notícia se espalhou rapidamente no local, várias pessoas foram à porta da loja e ela se escondeu num provador. Foi detida pela PM e vaiada.

Aproveito o mês em que se comemora o Dia da Consciência Negra para relembrar dois fatos já relatados neste blog. Primeiro é a denúncia do ambientalista e artista itabunense Walmir do Carmo, em Londrina, sobre um médico que o ironizou por ser negro.

Walmir chamou a polícia e ele recebeu voz de prisão. O irmão do criminoso reagiu: “era só o que faltava, meu irmão ser preso por causa de um preto”, vociferou sem sequer atentar para o fato de o comandante da PM ser negro. Foi preso.

Em Itabuna uma estudante da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) atravessava a Avenida Amélia Amado quando uma motorista, ao invés de reduzir, aumentou a velocidade do veículo. Não satisfeita, berrou: “sai da frente, negra descarada”.

A vítima, valente militante de esquerda, saiu em disparada para alcançar a agressora e conseguiu no próximo sinal. Aproximou-se ofegante e desferiu um tapa na cara em sincronia com um desabafo: “descarada é você, cachorra vagabunda”.

Voltando ao caso de Tais Araújo, a internet permite que pessoas se escondam atrás do computador, muitas vezes covardemente com perfis falsos ou pseudônimos, para cometer crimes ou ataques mentirosos e desrespeitosos. Talvez não saibam que podem ser desmascarados. E punidos.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas aos domingos no Pimenta.