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Teodorico Majestade é um dos sucessos do Teatro Popular de Ilhéus (Foto Karoline Vital).
Teodorico Majestade é um marco na história do Teatro Popular de Ilhéus (Foto Karoline Vital).

A sátira em cordel Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito estará em cartaz nesta sexta-feira e sábado (15 e 16), na Tenda Teatro Popular de Ilhéus (TPI). As sessões começam às 20 horas e as entradas custam R$ 20 a inteira e R$ 10 para estudantes, idosos ou titulares do Cartão TPI. A classificação indicativa é de 14 anos.

A comédia, escrita e dirigida por Romualdo Lisboa, revela as sujeiras da má política suja e a importância da mobilização popular. Na fictícia  Ilha Bela,  Teodorico Majestade se vê acuado em seu gabinete, abandonado pelos seus antigos aliados. Após uma série de desmandos e escândalos, ele tenta negociar sua permanência no poder com o povo enfurecido.

Em cartaz desde 2006, Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito representa um marco histórico para os 18 anos do Teatro Popular de Ilhéus. A montagem já foi apresentada em bairros e distritos do município e em outras cidades baianas, incluindo Salvador, além de outros Estados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Em 2008, recebeu duas indicações ao Prêmio Braskem de Teatro, na categoria melhor texto e melhor ator, para Ely Izidro. No ano passado, Teodorico percorreu 22 assentamentos do Território Litoral Sul.

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Teodorico e o puxa-saco Malote (foto Felipe de Paula)

A peça Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito, do Teatro Popular de Ilhéus, será exibida amanhã e sábado, dias 16 e 17, sempre às 20 horas, na Casa dos Artistas. Será mais uma oportunidade para o público ilheense dar boas gargalhadas com as trapalhadas de Teodorico e sua trupe de puxa-sacos corruptos, mas sem deixar de refletir sobre a importância de se levar a política a sério.

Teodorico estreou em 2006 e já foi apresentada em várias cidades baianas, além dos estados de Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, tendo recebido duas indicações ao Prêmio Braskem em 2008. Entre maio e julho deste ano, o espetáculo foi visto em 22 assentamentos sul-baianos.

O texto é de Romualdo Lisboa, que também responde pela direção da montagem, que traz elementos da cultura nordestina, como a literatura de cordel e cenário inspirado na xilogravura.

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Estreia logo mais em Ilhéus a peça “O Inspetor Geral – sai prefeito e entra o vice”, uma sátira política inspirada na obra do russo Nicolai Golgol, porém com uma pitada de cultura nordestina, com uma forte incursão na literatura de cordel.
Quem for ao espetáculo vai conhecer figuras como Gilton Munheca, Jorge Paraíba e Cacau das Treitas, que aprontam mil e uma artimanhas na cidade fictícia de Ilha Bela. Todos fazem parte do grupo que sucedeu outro personagem de sucesso do Teatro Popular de Ilhéus: Teodorico Majestade, inspirado em algum prefeito de triste memória.
Dadas as inevitáveis comparações entre os personagens da ficção e algumas figuras da realidade ilheense, havia hoje um burburinho no Palácio Paranaguá, sede do governo municipal, onde Ilha Bela pode de repente se materializar, transformando o risível em lamentável. Nos corredores e salas, tinha quem apontasse o desconforto de algum secretário com uma suposta semelhança indigesta, mas não faltava gente morrendo de vontade de assistir à peça, que já fez sucesso em palcos de São Paulo, mas só agora chega a Ilhéus.
Um servidor do quadro de comissionados, demonstrando admirável coragem, afirmou que não somente  irá assistir, como dará boas gargalhadas. Só pediu para não ser identificado no PIMENTA, pois se diz corajoso, mas não doido.
Quem quiser ver e rir muito (pra não chorar) com “O Inspetor Geral” deve logo comprar seu ingresso na bilheteria do Teatro Municipal de Ilhéus, onde a peça dirigida por Romualdo Lisboa será encenada hoje e amanhã, a partir das 21 horas, e no domingo, com início às 20h.

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Após uma participação consagrada na Mosta Latino-Americana de Teatro, em São Paulo, a sátira “Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito” retorna a Ilhéus. A peça será apresentada nesta sexta-feira, 22, a partir das 20 horas, na Casa dos Artistas.
“Teodorico” conta a história do atrapalhado e corrupto prefeito da cidade fictícia de Ilha Bela, revelando as tramoias e a consequente revolta popular que tirou o gestor do poder. Tudo isso de forma bem humorada e com um saboroso texto inspirado na literatura de cordel.
Os ingressos podem ser adquiridos no local, a R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia).

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Em 2007, quando o governo do prefeito Valderico Reis em Ilhéus se afundava em uma sucessão de escândalos, os principais personagens daquela história política macabra se transportaram, em forma de verdadeiros mondrongos, para os palcos e ruas de Ilhéus. Surgia Teodorico Majestade, o prefeito da fictícia Ilha Bela, e todo o seu “staff” de malandros.
Criação de Romualdo Lisboa, encenada pelo Teatro Popular de Ilhéus, Teodorico é um tapa na cara da classe política, a vingança do povo ou a “desconstrução do marketing”, como diz o autor. A peça, indicada para dois prêmios Braskem, foi encenada no Rio de Janeiro e participou recentemente da 6ª Mostra Latino Americana de Teatro, em São Paulo. Sucesso de público e crítica, teve casa cheia todos os dias numa temporada de dois meses na capital paulista.
Sai o prefeito, entra o vice. Agora é a vez do Inspetor-Geral, que estreou em São Paulo e ainda terá uma temporada de dois meses por lá, antes de chegar a Ilhéus. Com sua linguagem universal, o Teatro Popular conquista outros palcos.
Leia abaixo os principais trechos do bate-papo do PIMENTA com o criador de Teodorico e do Inspetor :
PIMENTA – Como vocês chegaram à Mostra Latino-Americana?
Romualdo Lisboa – É a Cooperativa Paulista de Teatro que faz um levantamento das produções, sai para ver coisas. No nosso caso, eles sabiam que a gente já tinha feito temporada no Rio, Salvador e havíamos sido indicados para dois prêmios Braskem, o que despertou o interesse. O curioso é que durante a mostra, a crítica para a maioria dos espetáculos não foi boa. Eles contratam críticos de todos os países que participam e cada espetáculo é avaliado por dois deles. No começo, as análises estavam muito ruins, o que deixou os organizadores preocupados.
PIMENTA – Até Teodorico entrar em cena…
RL – Aconteceu que alguns espetáculos, antes do fim da semana, começaram a ganhar uma crítica bacana. Os da Colômbia e da Argentina, por exemplo, ajudaram a melhorar a crítica. O nosso espetáculo estava programado para o final e a opinião dos críticos foi muito boa. O resultado foi que Teodorico acabou fazendo a primeira temporada longa naquele teatro do Sesi e iniciou um projeto de vincular mais a comunidade da zona leste de São Paulo àquele espaço cultural.
PIMENTA – Eles já conheciam a experiência do Teatro Popular em Ilhéus?
RL – Eles conhecem a nossa identidade aqui na região, sabem como nós tornamos a Casa dos Artistas mais próxima da comunidade, como a gente vai para os bairros, os distritos. Essa política do grupo lhes interessou para aquele espaço. Estrategicamente foi bacana, porque a gente lotou sempre. Os ingressos eram reservados para três, quatro semanas. Estreamos no dia 13 de maio e ficamos até 2 de julho, realizando nesse período 32 apresentações.
 

Tinha gente que chegava e dizia: ‘vocês estão falando de Campinas? Porque tá acontecendo isso lá em Campinas’.

 
PIMENTA – Isso significa que o público paulista entendeu perfeitamente a mensagem de Teodorico
RL – Isso foi muito legal. Tinha gente que chegava e dizia: “vocês estão falando de Campinas? Porque tá acontecendo isso lá em Campinas”. Ou seja, a história não é só de Ilhéus, ela é universal.
PIMENTA – Vocês tinham ideia da dimensão que a peça tomaria quando começaram a encená-la na rua e até em frente à Prefeitura de Ilhéus (no período de crise política que levou à cassação do então prefeito Valderico Reis)?
RL – Não tínhamos a menor ideia. Teodorico eu escrevi com raiva e aquilo me deixou muito mal no começo. Houve uma cobrança das pessoas, que chegavam ali da janela (da Casa dos Artistas) e gritavam : “e aí, vocês não vão fazer nada não, é?”. Eram professores, gente da imprensa, que estavam indignados com aquela sequência de escândalos.
PIMENTA – Você conseguiu transformar essa raiva em um negócio engraçado.
RL – É, à medida que ia escrevendo, eu perdi a raiva e o negócio começou a ficar tão engraçado que a gente decidiu fazer uma pesquisa sobre literatura de cordel. O texto de Teodorico foi todo escrito em cordel, em sextilhas. Foi muito divertido. Em vez da gente fazer uma coisa com raiva, agredindo de maneira panfletária, a gente fez uma brincadeira.
PIMENTA – Que é muito mais eficaz…
RL – Com certeza, o humor é muito mais poderoso. O então prefeito de Ilhéus me encontrou algumas vezes e virou a cara, gritou, me xingou, e eu me divertia demais com aquilo. Havia uma evento grande, nós íamos mesmo sem sermos convidados. Os personagens estavam lá na porta, tocando, cantando, e de repente o prefeito chegava e via, e se via, era um inferno. Chegou num nível de estresse dele com isso que o então presidente da Fundação Cultural, Arléo Barbosa, negou uma pauta pra gente no Teatro Municipal. Ele dizia que até liberava a pauta, desde que a gente não encenasse Teodorico. Dizia assim: “ah, vocês têm tantos espetáculos legais, façam os outros, esse não”. Arléo Barbosa é uma pessoa super gente fina, mas estava numa situação em que não tinha autonomia. Como a gente não aceitava deixar de encenar a peça, ele aconselhava: “então fale com o prefeito”. Eu fui falar e o prefeito me enxotou de lá. O segurança dele é que interveio para que ele não me batesse. No dia seguinte, a gente colocou em todos os jornais que o prefeito havia censurado Teodorico Majestade no teatro.
 

Um começa a entregar o outro, até que o prefeito toma uma decisão. Eu não sei se na vida real isso é possível, mas na nossa história acontece.
 

PIMENTA – Quanto tempo durou a censura?
RL – A notícia saiu no sábado e a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus) nos convidou para participar no mesmo dia de um almoço oferecido à imprensa. Eles pediram que levássemos algum espetáculo nosso e é claro que a gente levou Teodorico (risos). O prefeito estava lá e a gente encenou a peça diante dele. Naquele momento, meio na pressão, ele anunciou que o espetáculo poderia ser apresentado no teatro. Isso foi menos de 24 horas depois dele ter me enxotado da Prefeitura.
PIMENTA – E O Inspetor…?
RL – O Inspetor é a segunda parte de Teodorico. Sai o prefeito, entra o vice Gilton Munheca. Ele e a família estão numa situação muito bacana, vivendo dias muito felizes. A mulher vive na capital, só anda no luxo. Ele distribuindo uísque, fazendo festas. O irmão dele, Zé de Minga, é o responsável pelas festas. É uma orgia o tempo inteiro.
PIMENTA – Até que…
RL – Aí surge uma carta, avisando da chegada de um Inspetor-Geral, que viria em missão secreta para apurar todos os malfeitos. Então eles ficam alucinados: Gilton Munheca, Cacau das Treitas, Pai Didão, Jorge Paraíba e a mulher do prefeito, que na nossa história é a secretária de Educação. E um começa a entregar o outro, até que o prefeito toma uma decisão. Eu não sei se na vida real isso é possível, mas na nossa história acontece (risos). Ele toma a iniciativa de mandar arrumar a casa. Manda colocar funcionários para melhorar a limpeza das ruas, pintar meio-fio, consertar aqui e ali, trocar luz dos postes…
Nesse ínterim, surge a história de que tem uma pessoa estranha na única pensão da cidade. Aí eles entendem que só pode ser o inspetor geral e vão tentar comprar o cara. O prefeito leva o dito inspetor-geral pra casa, cada um leva um dinheirinho e o cara fica cheio de grana. No final das contas ele vai embora noivo da filha do prefeito, já perto do casamento, mas há uma série de outros fatos que complicam toda essa história.
PIMENTA – Na essência, o que tem de diferente nessa história em relação à de Teodorico?
RL – Diferentemente de Teodorico, O Inspetor-Geral… traz uma outra perspectiva desse universo. É quase um processo de expiação. A gente promove uma vingança no Teodorico, a gente se vinga dele e de todos os outros. E no Inspetor-Geral, a gente só constata esse tipo com quem a gente está lidando. Em seu discurso final, o prefeito diz assim: “Somos porcos miseráveis, grandes ratos abomináveis”. Ele e todos os demais acabam se enxergando como um mal para a sociedade.
PIMENTA – E o público acaba os enxergando como de fato são…
RL – A ideia é fazer a identificação dessa espécie de gente. É preciso que o público, quando vir na TV aquele discurso muito bem arrumado, ele enxergue as deformações daquele discurso. A gente faz a desconstrução do marketing, precisa fazer.
PIMENTA – Quando O Inspetor estreia em Ilhéus?
RL – Só depois que a gente encerrar o contrato com o Sesi de São Paulo, que inclui uma próxima temporada em outubro e novembro, no teatro da Vila das Mercês. É possível ainda uma temporada extra, de um mês, que pode ser em dezembro ou janeiro. Isso significa que provavelmente só em fevereiro a gente esteja aqui em Ilhéus com o espetáculo.

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A sátira “Teodorico Majestade – As últimas horas de um prefeito” está em cartaz até este domingo, dia 6, no Teatro Vila Velha, em Salvador, com apresentações sempre às 18 horas e ingressos a R$ 20,00  e R$ 10,00 (meia).

O espetáculo, produzido pelo Teatro Popular de Ilhéus, foi selecionado no “Amostrão Vila Verão”, que reúne produções teatrais de destaque no cenário cultural baiano.

O “Amostrão” selecionou, em 2011, 16 espetáculos que farão 39 apresentações.

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Ely Izidro interpretando Teodorico. Agora é com o vice

O brilhante Teatro Popular de Ilhéus mais uma vez dá orgulho a quem vibra quando a produção cultural da região conquista o lugar que merece. Disputando com grupos teatrais de todo o País, o projeto de montagem do espetáculo “O Inspetor Geral: sai o prefeito, entra o vice” acabou como um dos quatro roteiros classificados pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) de São Paulo.

A montagem, baseada na obra do escritor russo Nicolai Gogol, com adaptação do TPI, será encenada nos teatros do Sesi da capital paulista, com temporada prevista de dois meses. O período em que ocorrerão as apresentações ainda será divulgado.

“O Inspetor Geral…” é a segunda parte da consagrada  “Teodorico Majestade – as últimas horas de um prefeito”. Na peça, o texto de Gogol ganha pinceladas da literatura de Cordel e a concepção estética característica do Teatro Popular de Ilhéus.

Em sua obra, Gogol expôs os problemas de ordem moral da sociedade russa na primeira metade do século XIX, com destaque para a corrupção da política. “Isso tem tudo a ver com o panorama político atual”, afirma Romualdo Lisboa, diretor do TPI.

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A história de Teodorico Majestade, encenada pelo Teatro Popular de Ilhéus, está agradando público e crítica no Rio de Janeiro. O espetáculo permanece em cartaz até o dia 12, no Teatro de Arena, com patrocínio do projeto Caixa Cultural.
“Teodorico Majestade – As últimas horas de um prefeito” é uma peça inspirada na crise política vivida em Ilhéus no ano de 2007, quando a população foi às ruas pedir a cassação do prefeito Valderico Reis. As armações de Teodorico para continuar no poder e sua derrocada final são contadas com muito humor e resgate da literatura de cordel.
Esse último aspecto foi destacado pelo crítico de teatro Norton Tavares, que assistiu à peça no Teatro de Arena. Segundo Tavares, uma das virtudes da produção ilheense é exatamente despertar o interesse pelo cordel.

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A produção de maior sucesso da Casa dos Artistas de Ilhéus – “Teodorico Majestade, as últimas horas de um prefeito”, estará em cartaz de 1º a 12 de setembro no Teatro de Arena, Rio de Janeiro, com patrocínio da Caixa Econômica Federal (projeto Caixa Cultural).
A peça narra as tramoias e falcatruas que ocorrem na cidade fictícia de Ilha Bela, tão parecida com tantas cidades que conhecemos. Denunciado, Teodorico Majestade se vê sob ameaça de perder o cargo e tenta cooptar uma liderança da comunidade para escapar da degola.
No meio disso tudo, diálogos impagáveis e bem-humorados, além de uma história que deixa lições de responsabilidade e cidadania. O texto e a direção são de Romualdo Lisboa e o elenco traz Ely Izidro, Tânia Barbosa, Takaro Vitor, Aldenor Garcia e Elielton Cabeça, que é também o diretor musical do espetáculo. 
A peça tem ainda produção de Rogério Matos, figurinos de Tânia Barbosa, cenário de Carlos Macalé e iluminação de Ely Izidro.