Após serem detidos em loja do Atakarejo, Yan e Bruno Barros foram entregues a traficantes e mortos || Foto Arquivo
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O Atacadão Atakarejo pagará indenização de R$ 20 milhões para dar fim a ações pela tortura e morte de Bruno e de Yan Barros em 2021, em Salvador. Suspeitos de furto de carne numa das lojas do grupo na capital baiana, tio e sobrinho foram apreendidos por seguranças do Atakarejo e depois entregues a traficantes, sendo mortos em seguida, conforme investigações (relembre aqui e aqui). Traficantes e seguranças a serviço da rede foram presos, além de um gerente.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT-BA), o valor será pago ao Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), do Estado da Bahia, “para custear, preferencialmente, iniciativas relacionadas ao combate do racismo estrutural”.

A indenização, informa o MPT-BA, é dos itens do acordo judicial fechado pela empresa com o próprio órgão do Trabalho, além do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Defensoria Pública da União (DPU) e Defensoria Pública do Estado (DPE-BA). O acordo foi homologado pelas Justiça estadual e do Trabalho. Também fazem parte das ações judiciais entidades da sociedade civil como Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), Centro Santos Dias de Direitos Humanos e Odara – Instituto da Mulher Negra.

MEDIDAS ANTIRRACISTAS

O acordo também prevê a adoção de uma série de medidas antirracistas e de proteção contra a discriminação no trabalho. A procuradora do MPT Larissa Lima diz que “este acordo foi fruto de muito diálogo entre todos para um efetivo enfrentamento ao racismo estrutural”. Ela atuou no caso junto com o também procurador Maurício Brito, para quem “o acordo traz uma mudança estrutural para os trabalhadores do Atakarejo, para que tenham um meio ambiente sadio e plural.”

Na cláusula 21, por exemplo, a empresa se compromete em pagar R$20 milhões, divididos em 36 parcelas. Este valor será destinado para o Fundo de Promoção do Trabalho Decente (Funtrad), com o propósito preferencial de combater o racismo estrutural. Este valor não substitui outros processos entre o Atakarejo e a família dos envolvidos, por exemplo.

Do ponto de vista das relações de trabalho, a empresa terá obrigações no momento da contratação de pessoal para segurança patrimonial, como não contratar empresas que possuam no seu quadro empregados que sejam “policiais civis ou militares da ativa ou que tenham sido expulsos de tais instituições; mantenha entre seus empregados pessoas com condenação transitada em julgado por crimes em que haja o emprego de violência física ou psíquica”, entre outros.

CANAL DE DENÚNCIAS

O Atakarejo precisará ter no seu quadro de funcionários a proporção racial, de acordo com o último Censo do IBGE, além de uma aceleração da carreira para pessoas negras, incluindo um programa específico de estágios em diversas áreas da empresa.

Para registros de possíveis casos semelhantes, a empresa deverá também manter um canal ativo de denúncias e fica proibida impedir as filmagens das abordagens realizadas pelos seus trabalhadores, seja dentro ou fora das lojas. “Os assassinatos de Yan Barros e Bruno Barros ultrapassam as esferas individuais, importando no rebaixamento do patrimônio moral de toda a população negra e a Defensoria não poderia se furtar de atuar nesse caso”, disse a defensora pública estadual Eva Rodrigues.

Polícia apreende 300 quilos de maconha no interior da Bahia
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Policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE/Draco) de Feira de Santana apreenderam cerca de 300 kg de maconha no bairro Novo Horizonte, na noite do último domingo (14). Os investigadores da unidade vinham monitorando um homem que estaria chegando ao município para distribuir a droga e conseguiram encontrá-lo em uma pousada.

As equipes fizeram a abordagem quando ele se aproximava de um veículo, no estacionamento do local. O criminoso aproveitou o fato de que a pousada estava cheia e conseguiu fugir, deixando dois carros repletos de sacos de maconha. Segundo revelou o delegado Deivid Lopes, da DTE de Feira, a operação causou um prejuízo de R$ 500 mil ao tráfico.

“A apreensão é fruto de um longo trabalho de investigação. A equipe já vinha acompanhando esse alvo e, quando obteve a informação de que o indivíduo estaria chegando com uma grande quantidade de drogas, a equipe já iniciou o trabalho de campana. Quando percebeu a oportunidade de fazer a abordagem, no momento correto, a equipe conseguiu fazer a ação policial e obter êxito nessa apreensão de grande quantidade de maconha”, afirmou o delegado.

Foram apreendidos ainda dois veículos que eram usados pelo investigado para fazer o transporte da droga, além de uma arma de fogo e uma pistola 380. Também foram identificados mais dois indivíduos que estariam auxiliando o traficante nesta empreitada criminosa. “Agora, será dada continuidade à investigação para identificar a origem desse material, bem como os principais destinatários dessa droga que foi retirada de circulação”, concluiu Lopes.

Trata-se da segunda grande apreensão realizada pela DTE de Feira em menos de uma semana. Na última terça-feira (9), os investigadores desarticularam um laboratório que serviria de base para a fabricação de drogas a serem vendidas na região. Na ocasião, foram retirados de circulação 30 kg de cocaína e 100 kg de insumo para produção.

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Quatro traficantes foram localizados na noite desta quarta-feira (22), em um imóvel rua Manoel Vitorino Alves Miranda, no bairro de Arnulfo Órfão, que funcionava como Quartel Geral do tráfico de drogas, em Iguaí. Essa foi segunda fase da ‘Operação Mundare’ para combate do tráfico de drogas e crimes contra a vida.

As equipes da Delegacia Territorial de Iguaí e da 8ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Itapetinga) chegaram no imóvel para cumprir mandado de prisão contra um dos integrantes do grupo e encontraram o quarteto separando a droga para a venda.

Duas mulheres e um homem acabaram presos por tráfico de entorpecentes. Um adolescente, investigado por ato infracional análogo a homicídio em Jequié, atirou contra os policiais durante a tentativa de fuga, foi ferido e socorrido para o hospital Manoel Martins, mas não resistiu. Ele já tinha uma entrada por receptação.

Dois tabletes e meio de maconha, 130 porções da erva prontas para a venda e um revólver calibre 38 foram apreendidos pelas equipes. De acordo com o titular da DT da cidade, delegado Shangai Alexandre Ramos Rocha, o grupo atuava em Jequié, Itabuna e Iguaí. “As investigações para localizar outros integrantes de grupos continuam”, frisou o policial. Os presos permanecem na DT de Itapetinga à disposição da Justiça.

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Droga apreendida em Ilhéus|| Foto divulgação Secretaria de Segurança Pública

Magno da Silva Porto, 35 anos, e Luiz Ricardo de Souza Amorim, 31, o “Careca”, foram presos nesta quinta-feira (4), por integrantes da 70ª Companhia Independente de Polícia Militar (lhéus). Os policiais chegaram a dupla durante checagem de uma denúncia anônima sobre uma entrega de drogas na rua da Horta, no bairro Malhado.
Com os acusados, os PMs encontraram quase 50 quilos de maconha prensada, R$ 272, celulares, correntes de ouro e relógio. “Eles já acumulam passagens pela polícia por tráfico”, disse o tenente PM Lucas Bastos Marinho, responsável pela ação policial.
O policial informou que a droga estava sendo entregue a Magno, que esconderia o material para um criminoso bastante conhecido na região de Ilhéus e Itabuna. Magno e Careca foram encaminhados para 7ª Coordenadora Regional de Polícia do Interior (Ilhéus), onde foram autuados em flagrante. A polícia está investigando outros suspeitos.

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Aumenta o número de ações praticadas por adolescentes
Aumenta o número de ações praticadas por adolescentes|| Foto Alberto Maraux

A polícia baiana contabilizou, de janeiro a setembro deste ano, 890 conduções de menores infratores para a Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), por envolvimento com o tráfico ou posse de entorpecentes. No mesmo período do ano passado, foram 754  apreensões de menores. Os dados oficiais apontam um aumento de 15,2% no número de ocorrências envolvendo adolescentes transportando entorpecentes.

Os menores, com idades de 12 a 17 anos, também estão ligados a outros atos infracionais. No primeiro semestre de 2017, por exemplo, dos 1.883 apreendidos, muitos se encontram envolvidos com furto, roubo (simples e qualificado), porte ilegal de arma e lesão corporal dolosa.

Com 265 registros, roubo foi a segunda infração mais cometida por esses adolescentes. O aparelho celular, de fácil comercialização, está entre os objetos mais subtraídos – especialmente nos roubos a ônibus – em Salvador, sendo esta ação responsável pela condução de 38 infratores para a DAI.

TROCANDO A ESCOLA PELO CRIME

No comando da Operação Gêmeos, unidade da Polícia Militar que combate o roubo a coletivos, major Gabriel Neto, lamenta a estatística. “Os jovens estão em idade escolar, mas a maioria abandona o colégio ou comete atos infracionais no horário em que deveria estar em aula”, declarou, acrescentando que “falta acompanhamento dos familiares a estes adolescentes, que acabam cooptados por organizações criminosas”.

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Millas, Mateus e Andinho foram presos nesta quinta (Foto PC-BA).
Millas, Mateus e Andinho, três dos quatro presos em operação nesta quinta (Foto PC-BA).

Uma operação conjunta das polícias Civil e Militar, deflagrada na manhã desta quinta-feira (16), em Valença, cumpriu mandados de prisão temporária contra os traficantes Anderson Marcos Teixeira Lopes, o Andinho, Matheus dos Santos, o Dêco, Millas dos Santos Rocha e Maicon Douglas Ribeiro, o Saumo, este último em Belo Horizonte.

Os quatro são suspeitos de envolvimento na morte do policial militar Rogério Souza da Silva, na noite de 25 de dezembro do ano passado, no bairro do Tento, naquela cidade. Todos atuavam no tráfico de drogas na localidade do Mangue. Um quinto envolvido no crime, Sávio Santos Ramos, reagiu a tiros à abordagem e acabou ferido, sendo socorrido à Santa Casa de Misericórdia de Valença, onde morreu.

Batizada de Força Invicta, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão. Mais de 100 papelotes de maconha, já embalados e prontos para comercialização, foram apreendidos num dos locais visitados. De acordo com o delegado Thiago Campos da Silva, da 5ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Valença), a operação contou com o apoio das polícias Civil e Militar de Minas Gerais.

Além da Coorpin/Valença, participaram da operação o Departamento de Polícia do Interior (Depin), os núcleos de Homicídios e de Narcóticos de Valença, além da 33ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

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Traficantes trocaram tiros com policiais militares, durante uma perseguição em alto-mar, na região de Cairu, baixo-sul baiano. Segundo reportagem do jornal A Tarde, o tiroteio acabou com a morte do PM Valdir Moura dos Santos, 38 anos. Raimundo Rosemberg, de 39 anos e também soldado, ficou ferido e foi levado para Salvador.
Os traficantes tentavam invadir a vila de pescadores da Gamboa, próximo a Morro de São Paulo, e já haviam assassinado o comerciante Alberto Araújo dos Santos, 54, que se recusou a dar informações solitadas pelos bandidos. Eles procuravam um rival que estaria escondido na vila.