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Da Agência Brasil
Em menos de uma semana, entre os dias 3 e 7 de fevereiro, a Central de Atendimento à Mulher registrou 58 denúncias sobre tráfico de mulheres. O número é igual ao total registrado durante todo o ano de 2012. As denúncias, na maioria, partiram do Brasil e foram recebidas pelo Ligue 180, serviço voltado para receber denúncias de violência contra as mulheres.
De acordo com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, estão relacionadas tanto ao tráfico internacional de pessoas, tendo a Europa como frequente destino, como também registro de tráfico de pessoas entre estados brasileiros. Todas as denúncias já foram encaminhadas à Polícia Federal (PF) para averiguação dos fatos.
Na semana passada, a PF anunciou que duas quadrilhas que traficavam brasileiras para serem exploradas sexualmente no exterior foram desbaratadas. No total, as operações resgataram 40 vítimas do tráfico internacional de mulheres, entre brasileiras e estrangeiras, que eram exploradas sexualmente na Espanha.
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Uma dessas avaliações sem noção de veículos estrangeiros, do tipo que costuma criar estigmas sobre o Brasil, foi feita recentemente pelo site da rede americana CNN. Traz conceitos do tipo: “sem os brasileiros não teríamos o samba e o carnaval do Rio, nem a beleza do futebol de Pelé e Ronaldo e os biquínis minúsculos da praia de Copacabana”… Ou seja, reproduz o batidíssimo chavão de que o país se resume a carnaval, futebol e mulheres seminuas à disposição dos gringos.
Mas a estupidez se consuma em uma avaliação sobre o que é ou não “legal” no Brasil. O cacau, por exemplo, entrou no mesmo grupo da carne bovina,  como “não legal” porque destruiria grandes áreas de floresta tropical.
Certamente, o autor da matéria da CNN jamais ouviu falar no sistema agroflorestal da cabruca, justamente aquele que, ao longo de mais de dois séculos, ajudou a preservar um importante remanecescente da Mata Atlântica.
É a mais pura ignorância made in USA.

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Dilma, Sara e Vilma são três das denunciadas (Fotomontagem Pimenta).

O Ministério Público Federal em Ilhéus denunciou Sara Pinheiro de Almeida, Dilma Rodrigues Pinheiro de Almeida, Vilma Ferreira Santos Pinto e J0sselma Bacelar Cardoso, pelo crime de tráfico interncional de mulheres. As denunciadas estão presas desde o final de novembro no Conjunto Penal de Itabuna e poderão ser condenadas a até 25 anos de reclusão.

De acordo com a denúncia, as acusadas se associaram em 2009, no município de Buerarema, para “promover, intermediar e facilitar a saída de pessoas do Brasil, com promessa de falso trabalho no exterior”.
O destino das vítimas era a cidade de Reus, na Espanha, onde elas – atraídas por um suposto emprego em casa de família – acabavam sendo forçadas a entrar na prostituição. Uma testemunha contou que as mulheres eram proibidas de sair de casa e recebiam alimentação mínima, para ficarem magras e agradarem os “clientes”.

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Dilma, Sara e Vilma: acusação de tráfico internacional de mulheres (Fotomontagem Pimenta).

Lailim Gomes dos Santos, uma das dezenas de vítimas do tráfico internacional de mulheres em Buerarema, disse temer pela vida da sua família. Ontem, Lailim concedeu entrevista ao repórter Roger Sarmento, da TV Santa Cruz, e afirmou que o convite para trabalhar como doméstica na Espanha partiu da escrivã da Vara Cível em Buerarema, Dilma Rodrigues Pinheiro.

Seriam três meses ajudando a filha de Dilma, Sara Pinheiro, que trabalharia em Reus como telefonista. A verdade só foi descoberta quando a jovem de 25 anos chegou à cidade espanhola. Ao tentar se negar a fazer o primeiro programa, Lailim teria sido advertida com a lembrança de uma dívida de 6 mil euros (13,7 mil reais) pelos “custos” da viagem e estada na Europa.

DEPORTADA

A primeira viagem frustrada de Lailim ocorreu em 26 de abril do ano passado, quando a imigração a deportou por dispor de pouco dinheiro para subsistência de três meses na Espanha. No dia 18 de maio de 2009, ela finalmente conseguiu entrar no País. Ela foi obrigada a se prostituir, além de ser mantida em cárcere privado.

Tanto Sara e Dilma Pinheiro como Vilma Pinto e Jocelma Bacelar Cardoso, apontadas por Lailim de liderarem o tráfico no sul da Bahia, estão presas no Conjunto Penal de Itabuna. Lailim diz que conseguiu fugir da Espanha por contar com a ajuda de um cliente.

INVESTIGAÇÃO NO FÓRUM

Ela denunciou todo o esquema à Polícia Federal, que iniciou as investigações e monitorou todos os passos de Dilma, Vilma e Sara e também chegou a Jocelma Cardoso. A delegada que preside o inquérito, Denise Dias, afirmou que as investigações foram feitas a partir do fórum da Comarca de Buerarema.

Conforme apurou o PIMENTA, desde ontem casas de familiares de Lailim foram desocupadas. Também foi apurado que Vilma Pinto, irmã de Dilma, poderá assumir a “culpa” pelo tráfico internacional de mulheres.

A estratégia, no entanto, pode se revelar furada, já que a Polícia Federal baseou seu pedido de prisão preventiva em investigações que contaram com o auxílio de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente. A preventiva foi decretada pela Justiça Federal em Itabuna.

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A investigação aberta pela Polícia Federal e que desarticulou uma quadrilha de tráfico de mulheres em Buerarema tem a participação de quatro mulheres e um homem. Três delas moram no município e uma quarta reside na Espanha, onde recepcionava mulheres adolescentes e adultas oriundas de Buerarema.
A brasileira que reside na Espanha e recepcionava as aliciadas pelo tráfico é filha da escrivã Dilma Rodrigues Pinheiro. Sara Pinheiro foi presa em Salvador, quando retornava ao Brasil. Ela seria responsável pela “exportação” das vítimas. O esposo de Dilma, Alan Mendes, também foi detido para averiguações, mas foi liberado ainda em Buerarema.
Vilma Ferreira Pinto, irmã da escrivã do fórum local, também foi presa por ter participação no tráfico de mulheres. A quarta mulher é Jocelma Cardoso, conhecida no município como “Selma da Sucata”. A operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira em Buerarema.
Os detalhes da Operação Nêmesis serão conhecidos ainda nesta manhã. As prisões foram comandadas pela delegada Denise Dias. Quem reside no município diz que é grande o número de mulheres bueraremenses que foram aliciadas pela “rede” e hoje estão na Europa. Uma empregada doméstica aliciada pela quadrilha foi quem denunciou todo o esquema.
Atualizado às 11h24min