Um estudo científico feito pelo advogado Mateus Santiago para o mestrado em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), resultou na criação da primeira marca coletiva do sul da Bahia, a AMAREA. O registro da associação foi deferido e reconhecido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Marca Coletiva é um signo distintivo que indica aos consumidores que determinado produto ou serviço é originário de membros de uma determinada coletividade (associação, cooperativa, sindicato etc.).
A primeira marca coletiva do sul da Bahia pertence à Associação dos Produtores e Agricultores Rurais do Rio do Engenho e Adjacências (AMAREA), instalada no município de Ilhéus. Os produtos ofertados são baseados na agricultura familiar e no respeito ao meio ambiente por meio do manejo agroflorestal. Dentre os cuidados com a preservação ambiental, está a utilização de materiais recicláveis, folhas e fibras naturais nas embalagens dos produtos.
A marca expressa em seu logotipo os valores da associação de agricultores, representando a sustentabilidade ao aliar a produção com a preservação do bioma mata atlântica, e a valorização do patrimônio histórico e cultural presente na região do Rio do Engenho.
FORTALECER CADEIA PRODUTIVA
O advogado Mateus Santiago diz que a AMAREA, enquanto associação, tem pautado seus esforços para amadurecer cada vez mais o associativismo, fortalecendo a organização produtiva e social, zelando pela melhoria da infraestrutura da região, para facilitar o escoamento da produção e a acessibilidade para a população local e para os visitantes que percorrem a trilha do Rio de Engenho através do turismo rural.
A marca coletiva, explica Mateus, vai agregar mais valor aos produtos, organizar e fortalecer a cadeia produtiva em que está inserida, potencializará ainda o trabalho em grupo dos produtores, trazendo mais maturidade de gestão do signo distintivo. Tudo isso, reforça, com o objetivo de conquistar novos mercados e fidelizar o público consumidor que valoriza a produção sustentável de alimentos saudáveis. A associação pode ser conhecida também pelo site www.amarea.com.br.
Representantes da Prefeitura de Itacaré e do Assentamento Pancada Grande, na zona rural do município, sentaram-se para discutir a formatação de um roteiro para atrair cada vez mais turistas à comunidade. Pancada Grande conta com as belezas naturais das matas e cachoeiras, além da gastronomia, da agricultura sustentável e da rica história do local.
O encontro contou com a participação do vice-prefeito Genilson Souza e do secretário de Turismo, José Alves, representando o prefeito Antônio de Anízio, e dos diretores da Associação Pancada Grande. De acordo com o secretário José Alves, o turismo de base comunitária vem crescendo muito e já se tornou uma importante atividade econômica. Itacaré, acrescentou, possui todas as viabilidades e o potencial para esse setor
Embora não tenha participado da reunião, o prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, se posicionou, por meio de sua assessoria, quanto à importância do projeto de incentivo ao turismo rural e de base comunitária, ressaltando que em vários países do mundo, inclusive no Brasil, esse setor tem sido uma tendência entre a preferência dos viajantes.
MEIO AMBIENTE E HISTÓRIA
– Mais do que visitar comunidades, o turismo de base comunitária valoriza a preservação ambiental, a história, os costumes, a cultura local, fortalecendo o sentimento de pertencimento e proporcionando trabalho e renda – complementou o prefeito.
O vice-prefeito Genilson Souza ressaltou o compromisso do prefeito Antônio de Anízio com a população de Itacaré é constante. Ele explicou que a ideia desse conceito é promover um turismo mais justo, que coloque a população local no protagonismo em todas as etapas de planejamento, implementação, execução e monitoramento.
Investir cada vez mais no turismo rural e de base comunitária, como forma de criar novos atrativos para os visitantes e garantir mais empregos e renda no campo, é um dos compromissos da Prefeitura de Itacaré. O município vem implementando diversas ações para o acesso a esses destinos, que vão desde a conservação das estradas vicinais, até as visitas em comunidades rurais, dialogando e traçando metas para os primeiros projetos pilotos.
Nesta semana os secretários municipais de Turismo, Jorge Ávila, e de Esportes, Mulher e Juventude, Marcelo Barros, respectivamente, visitaram a Fazenda Santa Ana, às margens do Rio de Contas, onde discutiram sobre o turismo rural, sustentabilidade, agricultura familiar e o cuidado socioambiental, que são os pilares da propriedade. Os representantes da Prefeitura foram recepcionados pelos proprietários Edgar e Ana Morbeck, que falaram das experiências positivas do turismo rural e do grande potencial que o município de Itacaré possui nesse setor.
O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio falou da importância desse projeto de incentivo ao turismo rural e de base comunitária, ressaltando que em vários países do mundo, inclusive no Brasil, esse setor tem sido uma tendência entre a preferência dos viajantes. “Mais do que visitar comunidades, o turismo de base comunitária valoriza a preservação ambiental, a história, os costumes, a cultura local, fortalecendo o sentimento de pertencimento e proporcionando trabalho e renda”, complementou o prefeito.
Assim como a visita na Fazenda Santa Ana, o projeto de Turismo de Base Comunitária desenvolvido pela Prefeitura de Itacaré vem sendo aplicado em diversas outras localidades com o potencial turístico, a exemplo do Assentamento Pancada Grande e as Cachoeiras de Noré e da Usina em Taboquinhas. A orientação do prefeito Antônio de Anízio é que o turismo rural e de base comunitária venha a se expandir cada vez mais, inserindo novas comunidades, gerando assim mais empregos e renda no campo.
Para o secretário Jorge Ávila, o turismo de base comunitária vem crescendo muito e já se tornou importante atividade econômica. Itacaré, afirma ele, possui todas as viabilidades e o potencial para esse setor. “O compromisso do prefeito Antônio de Anízio com a população de Itacaré é constante. Ele nos orientou e avançaremos nessa proposta”, explicou. O secretário adiantou ainda que a ideia desse conceito é promover um turismo mais justo, que coloque a população local no protagonismo em todas as etapas de planejamento, implementação, execução e monitoramento.
Com 80 hectares de reserva legal preservados e inúmeras belezas naturais no município de Uruçuca, a Fazenda Independência acaba de abrir as portas para visitantes que desejam um turismo seguro ao ar livre. Uma breve caminhada por uma trilha na cabruca (plantação de cacau) permite ao turista contemplar gigantescos exemplares de árvores centenárias da Mata Atlântica como o jequitibá e o jacarandá.
A visita guiada culmina na degustação do cacau e outras frutas da estação colhidos na hora em um espaço confortável montado em meio à plantação. Enquanto isso, o guia explica todo o processo de plantio do cacau até a secagem das amêndoas nas chamadas barcaças, de onde saem prontas para serem moídas e transformadas em chocolate.
DELEITE GASTRONÔMICO
Destaque exclusivo da Fazenda Independência é o brunch servido na ampla varanda do casarão, onde os visitantes têm a experiência de apreciar iguarias regionais preparadas na fazenda e com ingredientes locais. Entre as opções do menu acompanhadas de sucos e café passado na hora, estão bolo de milho, quiche de palmito, mungunzá, pães, alguns derivados do cacau como geleia e mel e ainda o famoso chimango da vovó Juldy.
“O chimango é uma receita de família passada de geração em geração e tem um enorme valor sentimental”, conta a empresária Kátia Bacelar, administradora da propriedade. Segundo Kátia, com o brunch farto servido por volta das 11h, o turista pode dispensar o almoço no dia da visita.
O passeio tem ao todo duas horas e meia de duração e custa R$ 70,00 por pessoa. A Fazenda Independência também se revela um cenário perfeito para casamentos no campo com espaços para recepções que podem ir do simples ao glamouroso.
CHOCOLATE E SOUVENIRS
Como medidas de prevenção à Covid-19, todos os funcionários fazem uso de máscara e álcool gel e mantêm o distanciamento mínimo exigido pelas autoridades sanitárias. A fazenda conta ainda com uma loja de chocolates e outros derivados do cacau, souvenirs e guloseimas da fazenda, como o chimango da vovó.
A Fazenda Yrerê definiu a reabertura para atividades de turismo rural, ensaios fotográficos e compras em sua loja de chocolates e derivados de cacau. Após sete meses com as atividades paralisadas por conta da pandemia da Covid-19. A reabertura será neste sábado (10).
A Yrerê é uma tradicional fazenda de cacau, localizada no quilômetro 11 da Rodovia Jorge Amado (BR-415), entre Ilhéus e Itabuna, em meio a áreas de Mata Atlântica e cabruca, que já trabalha com turismo rural há 12 anos, sendo visitada por milhares de turistas do Brasil e do exterior ao longo deste tempo.
Na Yrerê é possível fazer um tour de duas horas para caminhar em uma bela trilha, conhecer as plantações de cacau, chupar cacau tirado do pé, visitar as barcaças onde o cacau fermenta e seca, e concluir o passeio degustando os famosos chocolates da própria fazenda.
No passeio, o visitante ou turista ainda degusta suco de cacau e conhece outros derivados como geleia de cacau, nibs, amêndoas caramelizadas, dentre outras experiências que podem ser adquiridas na loja da fazenda. O chocolate de origem Yrerê é uma das atrações da visita, pela qualidade do produto, que é comercializado no Brasil e no exterior.
A fazenda tem a nota mais alta na avaliação dos turista referente as atrações de Ilhéus, tanto no site TripAdvisor, como no Google, o que contribui para atrair mais pessoas, já que muitos turistas usam estas ferramentas para planejar suas viagens.
“A Yrerê fez um esforço para antecipar sua abertura, para isso criou seu protocolo de segurança orientado por profissionais de saúde. As visitas serão limitadas as 16 pessoas em cada horário, sendo dois horários ao dia as 09:30 e as 11:00 por enquanto não abriremos pela tarde” revelou Gerson Marques, um dos proprietários da fazenda, destacando ainda que “será obrigatório o uso de máscaras, álcool gel e distanciamento entre os visitantes”.
De acordo com Gerson, “o passeio é muito seguro porque é realizado cem por cento ao ar livre ou na varanda da sede da fazenda, mesmo em nossa loja fizemos ajustes para atender as pessoas em ambiente aberto”. A visita custa R$30,00 por pessoa – crianças não pagam – e precisa ser agendada pelo (73) 99997-7175. O tour guiado tem duração de aproximadamente duas horas. Atualizada às 12h26min.
O casal Gerson Marques e Dadá Galdino é proprietário da Fazenda Yrerê, na zona rural de Ilhéus, no sul da Bahia. Integrada ao projeto do Sebrae Indústria Setorial Ilhéus – Derivados de Cacau, a propriedade é um case de sucesso no segmento do Turismo Rural. Na sede, os visitantes, a maioria de estrangeiros, são recepcionados pelos donos e por trabalhadores rurais. Em três horas, conhecem a história e o funcionamento da fazenda, degustam pratos típicos, ouvem ‘causos’ locais dos antigos coronéis de cacau e ainda visitam o maior orquidário da região.
Neste mês, os empresários lançam um novo produto para agregar valor a sua produção de cacau e oferecer mais um atrativo aos turistas: uma marca própria de chocolates finos feitos com amêndoas selecionadas e teor de 54% e 70% de cacau puro. O chocolate será produzido em parceria com o Instituto Cabruca e as primeiras unidades serão em barras de 80g e bombons de 12g.
Gerson Marques destaca que os chocolates de origem do Sul da Bahia estão ganhando o reconhecimento mundial e se tornando um bom e lucrativo negócio. “Os turistas antes chegavam perguntado por novelas. Hoje, a procura é por chocolates e vamos tê-los em nossa linha de produtos”, afirma.
Esta nova fase dos negócios também conta com o apoio do Sebrae, segundo o empresário. “Teremos uma consultoria para desenvolvimento do produto, envolvendo aspectos administrativos, financeiros e de marketing para a evolução da marca”.
O gestor do projeto Derivados do Cacau, Eduardo Andrade, destaca ainda que os empresários da Yrerê “conhecem bem o potencial do turismo rural e vivenciam a parceria com o Sebrae de forma criativa”.
De acordo com Dadá Galdino, “a nossa proposta é oferecer aos visitantes uma experiência única, provocando e estimulando seus sentidos, através da visão, paladar, olfato e audição em uma viagem diferente, uma experiência que vale para a vida inteira”.
DERIVADOS DE CACAU
O projeto Indústria Setorial Ilhéus – Derivados de Cacau atende a 40 micro e pequenas empresas do Sul da Bahia com ações subsidiadas em até 80% para suporte de gestão, tecnologia e mercado. O planejamento até 2018 apresentará, entre outros resultados, uma receita acumulada de R$ 1,8 milhão envolvendo os pequenos negócios na região.
Os interessados em conhecer mais sobre o projeto podem procurar o ponto de atendimento do Sebrae em Ilhéus, na Praça José Marcelino, nº 100, Centro, ou pelo telefone (73) 3634-4068.
O casal de empresários Gerson Marques e Dadá Galdino transformou a Fazenda Yrerê em um ponto de visitação na rodovia Jorge Amado, que liga Ilhéus a Itabuna, no sul da Bahia. Nos últimos quatro anos o local recebeu mais de três mil turistas para conhecer uma típica fazenda de cacau, saborear o chocolate gourmet da região e registrar, em fotos, o cenário rural sul-baiano.
Apesar do sucesso do negócio, com as paisagens preservadas da Mata Atlântica, a tradicional culinária e a saga da lavoura contada nos livros, ainda não é possível competir com as belas praias da região, cenário que é o principal atrativo para os turistas. “A principal marca da nossa economia é o cacau, mas menos de 2% dos turistas que ocupam a rede hoteleira de Ilhéus fazem turismo rural”, revela Gerson, com base em uma pesquisa de campo que realizou.
O assunto foi tema de um encontro realizado no dia 26 de janeiro com empresários do setor e técnicos do Sebrae, além de representantes dos governos municipais de Ilhéus, Canavieiras, Una e Ibirataia, no ponto de atendimento da entidade em Ilhéus. O objetivo é discutir as ações de uma estratégia que já está sendo montada pelo Sebrae para revitalizar o setor.
“Desenvolver equipamentos turísticos vinculados ao Turismo Rural pode ser o grande salto qualitativo que permitirá a ampliação da competitividade da Costa do Cacau”, assegura a gerente regional do Sebrae, Claudiana Figueiredo. Ela explica que a meta é transformar o que hoje é apenas um grande potencial em um negócio rentável de fato.
As ações estão previstas para acontecer durante três anos e incluem consultoria para elaboração de diagnóstico sobre o setor e a realização de um seminário motivacional, apresentando casos de sucesso do turismo rural em outras regiões do Brasil, ainda no primeiro semestre deste ano. “A ideia desses encontros é mostrar o que é possível fazer para ser ainda muito lucrativo, agregando novos valores às fazendas de cacau”, comemora Gerson Marques.
O empresário Cleber Isaac Ferreira Soares, do Eco Resort e do Itacaré Village, é o novo secretário de Turismo de Itacaré. Nesta entrevista ao PIMENTA, ele aborda sua relação com o município que virou febre no turismo brasileiro, os projetos para a pasta e afirma acreditar que o prefeito Tonho de Anízio terá mais quatro anos de governo pela frente.
Cleber ressalta que Itacaré é o único destino do Nordeste que tem potencial “nota 10” para o turismo rural, ecoturismo e turismo de praia. Ele também aposta na sinergia Ilhéus-Itacaré.
– Essa sinergia e a capacidade de reação do prefeito Antônio de Anízio vão transformar este eixo até o final do seu segundo governo no melhor destino do Nordeste para um turismo inteligente e não-massivo.
Confira a entrevista. PIMENTA – Qual é sua relação com Itacaré? Cleber Isaac Soares – Minha família está em Itacaré há um século e meio. Eu nasci em Salvador e moro em Itacará há 15 anos. Depois de formado, resolvi aproveitar o potencial das propriedades da família na região. Fomos pioneiros no Brasil na implantação de resort-condomínios com o Villas de São José, em 1999. Como se deu sua ida para a Secretaria de Turismo de Itacaré?
Pelo lado político, agradeço a confiança depositada pelo prefeito Antonio de Anízio, que terá em mim um soldado a serviço de seu projeto. Acredito que o prefeito, que acompanha tudo no município, sabe do nosso potencial logrado em outras áreas relacionadas também ao turismo. Mas o convite veio principalmente pelo lado técnico – e assim pretendo atuar -, após o afastamento de Diana Quadros por razões pessoais, no final do ano passado. Ela deixa uma secretaria bem-estruturada e uma equipe técnica de qualidade. Fale de suas experiências nesse setor.
Para mim, o mais importante foi o que citei no início, o Villas de São José, projeto que trouxe para o destino Itacaré pessoas famosas e de alto poder aquisitivo, despertando mundialmente o interesse por conhecer Itacaré. Fui fundador e presidente do Instituto de Turismo de Itacaré, em 2005, ajudamos no processo de implantação do Conselho de Turismo em 2009, implantamos e operacionalizamos os hotéis Eco Resort e Itacaré Village, ambos situados no condomínio Villas de São José, e idealizamos o projeto Vilas do Rio de Contas, que visa o desenvolvimento do ecoturismo do Rio de Contas em Itacaré.
Temos ideias e projetos para curto, médio e longo prazos.
O senhor assume a pasta e já com um projeto para o setor?
Temos ideias e projetos para curto, médio e longo prazos. Tomo a liberdade de incluir o segundo governo de Antônio de Anízio. A princípio, citarei alguns dos projetos que estamos amadurecendo e pretendemos expor ao prefeito e toda sua equipe e aos colegas secretários para que possamos fazer um trabalho em conjunto. De toda essa experiência e vivência do turismo em Itacaré, quais projetos o senhor encara como fundamentais?
De forma resumida, pensamos em ações de interiorização do turismo, estimulando o turismo de aventura (rafting, rapel e a tirolesa), a inclusão social com agricultores familiares fornecendo produção para pousadas e restaurantes da cidade, o incremento de ações na área de segurança em parceria com o setor privado (videomonitoramento e rádio), projeto de saneamento e a criação de uma agenda de grandes eventos musicais para o destino. Mas gostaríamos de frisar que todas estas iniciativas só resultarão em sucesso se todos comprarem a ideia e participarem.
Itacaré é vista como um paraíso por gente de todo o mundo, mas ainda tem desafios a enfrentar nas áreas social e ambiental, por exemplo. Como superá-los?
Como um desafio possível de ser enfrentado, por termos o apoio do prefeito e sua equipe e do empresariado local. As soluções já foram testadas em destinos como Parati, Búzios, Ouro Preto, Bonito e Fernando de Noronha, para citar apenas destinos nacionais, mas a Costa Rica é o país que teve maior êxito na aplicação de turismo ecológico e rural para ter o verdadeiro desenvolvimento. Nunca esquecerei o que aprendi neste país, in loco. Como alguém com perfil empresarial pode colaborar com o desenvolvimento de políticas públicas para o turismo?
A cabeça de empresário me dá a facilidade para trazer os colegas para apoiar as políticas públicas – seja em parcerias públicas ou apoios institucionais, em especial com os empresários ligados ao ITI, que têm uma visão estratégica de longo prazo do destino. Além disso, a eficiência e eficácia da vida empresarial me dá o senso de urgência necessário para gerar os resultados pelos quais o prefeito me incumbiu.
Itacaré é o único destino nordestino que tem potencial nota 10 para turismo rural, ecoturismo e turismo de praia
Como o senhor vê o futuro do turismo em Itacaré? Quais são as tendências para o setor nesta cidade?
Itacaré é o único destino nordestino que tem potencial nota 10 para turismo rural, ecoturismo e turismo de praia – comparado apenas a Parati. Ao mesmo tempo, está ao lado de Ilhéus, que tem o maior potencial do Brasil (ainda não explorado em seu potencial máximo) para o destino cultural, em especial com a refilmagem de Gabriela, 100 anos de Jorge Amado. Essa sinergia Ilhéus–Itacaré e a capacidade de reação do prefeito Antônio de Anízio vão transformar este eixo até o final do seu segundo governo no melhor destino do Nordeste para um turismo inteligente e não-massivo. O senhor já pensou em ser prefeito de Itacaré. Os projetos políticos continuam?
Minha pretensão política é clara: apoiar Antonio de Anízio para fazer a melhor gestão possível nos próximos 5 anos e colocar Itacaré no patamar que merece. O restante será consequência. O poder público local entende a importância do turismo?
Hoje, sim, e a prova é que Itacaré nunca teve uma Secretaria de Turismo com sede, gerente de cultura, gerente administrativa, gerente de eventos… Nos governo anteriores não existia nem uma mesa para a secretaria nem uma cadeira. Antes, o secretário de Administração dispunha de parte de seu tempo para o turismo com as dificuldades que esta falta de exclusividade gera.