Andresa Silva, Cristiano Villela, Bruno Luperi, Dayana Andrade, Felipe Pasini e Adriana Reis no CIC com Palmeira e Fagundes na primeira versão de Renascer || Imagens CIC e Acervo Globo
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A novela Renascer ganhará nova versão na telinha da Rede Globo em 2024. O remake será escrito por Bruno Luperi. Ele esteve no sul da Bahia nos últimos dias para conhecer ambiente e cultura regionais e colher histórias locais. Bruno é neto de Benedito Ruy Barbosa, autor da primeira versão da novela que foi um dos maiores sucessos da teledramaturgia brasileira nos anos 1990.

O trabalho de pesquisa no sul da Bahia incluiu visitas a produtores rurais e a centros de pesquisa na região. Bruno se reuniu com a direção do Centro de Inovação do Cacau (CIC), na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), além de produtores e pesquisadores.

Quem recebeu a equipe na Uesc foi o diretor do CIC, Cristiano Villela Dias. Para o Centro, a nova versão “será uma grande oportunidade para reforçarmos pontos importantes de qualidade e sustentabilidade da cacauicultura baiana”.

Assim como a adaptação de Pantanal na relação homem-pecuária-natureza, a nova versão de Renascer poderá mostrar inovações na produção do cacau no sul da Bahia, onde agricultores passaram a investir não apenas na amêndoa. O chocolate torna-se fonte de renda para a região.

Itabunense Jackson Costa interpreta padre Lívio em “Renascer” || Reprodução Viva

NOVO REMAKE APÓS SUCESSO DE PANTANAL

A decisão da Globo pelo remake segue script de sucesso da teledramaturgia brasileira registrado com a novela Pantanal, também de Benedito Ruy Barbosa, exibida pela extinta TV Manchete, na década de 90. A versão de 2022, na Globo, foi escrita pelo neto de Benedito.

Fagundes, Adriana Esteves, Tarcísio Filho e Marco Ricca em “Renascer” || Reprodução Viva

A primeira versão de Renascer, que teve locações em Ilhéus, Barro Preto e em Itabuna, apresentava como protagonistas Antônio Fagundes, Marcos Palmeira, Adriana Esteves e Patrícia Pillar. O elenco reunia outros nomes de peso da teledramaturgia nacional, a exemplo de José Wilker, já falecido, Eliana Giardini, Fernanda Montenegro, Tarcísio Filho, Osmar Prado e o itabunense Jackson Costa, que interpretou o padre Lívio.

Renascer foi ao ar há 30 anos, com o primeiro capítulo exibido em 3 de março de 1993. Narra a saga de José Inocêncio, interpretado por Leonardo Vieira na primeira fase e Antônio Fagundes na segunda. Fagundes trava relação dura com um dos filhos, João Pedro, interpretado por Marcos Palmeira. A rejeição ao filho ocorre porque a esposa de José Inocêncio, Maria Santa, morre ao dar à luz João Pedro. Mais tarde, o velho se apaixona pela namorada do filho, Mariana (Adriana Esteves). A rejeição torna-se ódio.

Confira chamada que apresentava o elenco do maior sucesso da Globo na década de 90.

TALENTOS E ECONOMIA REGIONAIS

O publicitário Gilvan Rodrigues, que pôde acompanhar as gravações da primeira versão de Renascer, além de auxiliar a equipe de produção juntamente com o fotógrafo Carlos Castilho Ottoni, diz que a novidade traz impactos positivos para a economia e as artes do sul da Bahia.

“A novela fortalece a marca Ilhéus, promove empregos na região. Há incremento na rede hoteleira, além de resultar na descoberta de talentos regionais”, afirmou ele ao PIMENTA. “A população recebeu a novela – e a equipe – com imensa alegria”, relembra.

Gilvan tem forte ligações com a região onde foi gravada a maior parte das cenas da novela, o Banco do Pedro, onde nasceu. As principais locações da época foram, além de Banco do Pedro, Castelo Novo, Lagoa Encantada e Rio do Braço e a Fazenda Renascer – batizada à época como Lagoa Pequena. Em Itabuna, cenas foram rodas em espaços como o Hospital Calixto Midlej Filho, da Santa Casa de Misericórdia.

Dos mais requisitados pelo mercado publicitário à época, Carlos Castilho Ottoni lembra do período da novela como dos mais férteis para a fotografia. Além de trabalhos para a própria Globo, tendo Renascer como tema, Castilho teve muitos dos seus trabalhos do set de filmagem publicados em revistas semanais e jornais. “Havia muita curiosidade sobre a região retratada em Renascer, se cria grande apelo mercadológico”, afirma em entrevista ao PIMENTA.

Abaixo, Jackson Costa, interpretando padre Lívio, declama poesia de Otávio Barbosa Júnior.

Uesc vai ofertar 20 vagas em eoutorado em Direito || Foto Uesc
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A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) abriu hoje (16) as inscrições no processo seletivo para o Doutorado Interinstitucional em Direitos Fundamentais, Inovação e Novas Tecnologias, que será ofertado em convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). São 20 vagas ofertadas, das quais 12 para docentes da Uesc, 5 para servidores e 3 para a comunidade externa.

De acordo com o Diretor do Departamento de Ciências Jurídicas da Uesc, Lauricio Pedrosa, todas as atividades docentes serão desenvolvidas no campus da Uesc, na Rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415). Aberto hoje, o prazo de inscrições vai até as 23h30min do próximo dia 6 de março (horário de Brasília).

O candidato ao doutorado deve preencher formulário online (veja aqui), clicar na opção “Doutorado”, polo “Universidade Estadual de Santa Cruz” e imprimir o comprovante de inscrição. O documento deverá ser enviado para a instituição junto com os documentos exigidos no Edital 1/PPGD/2023. As inscrições somente serão aceitas pela internet, segundo edital.

Estudante e mãe foram sequestrados por bandidos na BR-101, no sul da Bahia
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A professora universitária Michele Moreira, de 45 anos, o filho dela, Pedro Oliveira, 21, viveram momentos de pânico durante a noite de segunda-feira (16), quando saíram de Salvador com destino a Ilhéus, via BR-101. Os dois passaram férias no Maranhão, e foram sequestrados quando trafegavam pela rodovia, já no sul da Bahia.

Por volta das 20h30min, depois que passaram por Itamarati (distrito de Ibirapitanga), o carro de Michele (modelo Onix, placa QTY-1C47) foi interceptado por outro veículo com cinco bandidos fortemente armados. Quando o carro dos assaltantes estava emparelhado com o da professora, um dos bandidos apontou uma arma de fogo e aos gritos conseguiu que ela parasse no acostamento, relataram ao Blog do Gusmão.

Com mãe e filho rendidos, três roubaram o carro interceptado e dois levaram as vítimas no outro veículo. Segundo Michele, os bandidos entraram numa estrada de terra e fizeram uma viagem de 90 minutos (aproximadamente) até uma área de mata sem qualquer iluminação. Durante o trajeto, várias vezes Pedro foi ameaçado de morte, levando Michele a implorar pela vida do filho.

DIFICULDADE NA MATA FECHADA

Em seguida, Michele e Pedro foram jogados na mata com a expectativa de serem baleados a qualquer momento. Pedro, que tem 5 graus de miopia, teve os óculos roubados, e por isso, se deslocou com extrema dificuldade pela área de floresta. No deslocamento, Michele tropeçou e ficou muito arranhada.

Cerca de 30 minutos depois, os dois perceberam silêncio e decidiram ficar parados dentro da mata. Após outro tempo de espera, decidiram caminhar sem rumo até encontrar algumas casas numa localidade que eles não sabem identificar.

Michele e Pedro pediram socorro e não foram atendidos nas primeiras tentativas. Após muita insistência e desespero, uma moradora deu uma lanterna para que eles andassem até o asfalto. Os dois caminharam cerca de 40 minutos até a rodovia.

No percurso Michele caiu num pequeno barranco e quase torceu o pé. Ao chegarem no asfalto, pediram socorro aos caminhões que passaram, não foram atendidos e continuaram andando até um assentamento rural conhecido como Entre Rios.

Novamente pediram socorro em frente às casas que encontraram, até que um homem chamado Rubens se sensibilizou com a situação, conseguiu acalmá-los e os transportou até Ubaitaba, onde registraram ocorrência no comando da Polícia Militar. Rubens também emprestou um celular para que Michele e Pedro via Instagram mantivessem contato com a família em Ilhéus.

Familiares foram buscá-los em Ubaitaba e os dois chegaram em Ilhéus às 4h da madrugada desta terça-feira (17).

Os bandidos levaram celulares, uma determinada quantia em dinheiro, um notebook, documentos, cartões de crédito e o carro de Michele, que é professora do curso de enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Pedro estuda Direito na mesma instituição.

Segundo a Polícia Civil de Ubaitaba, seis assaltos do tipo, com mortes, aconteceram nessa região nos últimos dois meses. As vítimas disseram que os assaltantes são jovens. As informações são do Blog do Gusmão.

Seleção de Veteranos Augusto Mangabeira é o terceiro, em pé, da esquerda para a direita || Arquivo Walmir Rosário
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Se não for pecado, torço que o Todo-poderoso forme uma seleção imbatível. Competência eles têm, pois aqui foram testados e aprovados.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Longe de mim querer me imiscuir nas coisas divinas, especialmente do céu, mas não posso deixar de me manifestar acerca de alguns acontecimentos passados de um certo tempo pra cá. Pelo que tenho notado, Deus tem feito escolhas bastante significativas nas pessoas levadas para junto dele, nos deixando chorosos. Esse fato me dá a impressão de que ele pretende formar uma seleção de futebol aí por cima.

E num ato de contrição, vou logo pedindo desculpas, se for o caso: “Eu pecador, me confesso a Deus Todo-poderoso, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha máxima culpa…”. Não quero, aqui, dar pitacos sobre as decisões divinas, e vou ressaltando que estou arrependido de todos os pecados que por acaso aqui cometerei. Mas não é só por minha culpa.

Desde cedo – ainda na infância – me acostumei com as imagens produzidas pelos artistas plásticos – especialmente os pintores – sobre o céu, com aquelas paisagens tranquilas, sempre nas cores azul e branco, e os personagens em profunda contemplação. Peço perdão caso meu raciocínio venha profanar a morada celestial, mas acredito que não combina a enlevação dos pensamentos com a prática do futebol nesta santa morada.

Os amigos que me perdoem se insisto em falar desse tema, misturando fatos mundanos e divinos. Mas minha mente não consegue alcançar o porquê dessas escolhas – o que é mais um pecado. Nos últimos tempos perdemos por aqui Léo Briglia, Fernando Riela, Lua Riela, Luiz Carlos, Daniel Souza Neto (Danielzão), e agora, sem mais nem menos, Nelito Pedreira, João Augusto Mangabeira França e Pelé. De uma só vez!

Nelito e Augusto foram dois baques feios. Parece até aquelas cenas de filmes hollywoodianos. Amigos tão chegados no futebol e na vida, foram embora, sem mais nem menos, em cerca de 44 horas. Nelito, por anos professor de química, empresário do ramo do comércio agropecuário, esportista, aos sábados, não dispensava o encontro com os amigos para o “baba” semanal. E lutou para ter um campo próprio.

Assim que soube da morte dos dois amigos, liguei para outro em comum, Napoleão Guimarães, que lamentou o desaparecimento de Nelito e Mangabeira, com os quais conviveu e trabalhou ao lado deles por vários anos. Contou-me a situação debilitada em que os dois se encontravam e enalteceu a passagem deles no planeta terra. “Parece até que combinaram”, arriscou dizer Napoleão.

João Augusto Mangabeira França era um itabunense nascido em Senhor do Bonfim, com passagem pela capital baiana, onde exerceu a profissão de jogador profissional no Galícia, o Demolidor de Campeões, primeiro Tricampeão Baiano de futebol. Em campo, desempenhava o ofício de zagueiro, não daqueles acostumados a tirar a bola do adversário com chutes e pontapés, mas com classe, se antecipando às jogadas.

Em Itabuna foi professor de Educação Física, professor de Inglês, vendedor de produtos agropecuários e empresário do ramo de representações de empresas, mais conhecido como caixeiro viajante. Viajou pelo sul e extremo sul da Bahia vendendo produtos alimentícios aos supermercados. Não dispensava passar o fim de semana em Itabuna para o “baba” dos veteranos, no estádio Luiz Viana Filho, e depois no bairro Jorge Amado.

Juntos, cursamos direito, ainda na Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), depois Uesc. Ainda acadêmico, era conhecido pelo carinhoso nome de Corregedor, título dado por nós, pela sua idade superior à nossa e pelo seu jeito de dar seu parecer para finalizar as discussões. No período de provas estudávamos em sua casa, grupo de estudos que se transformava num encontro etílico após umas boas doses da famosa Cuba Livre.

Por muitos anos me abastecia com as histórias e estórias do seu tempo como jogador profissional no Galícia. Ele se divertia com a diversidade de cultura e temperamento dos jogadores e contava passagens memoráveis acontecida em campo e extracampo. Dentre os seus personagens prediletos o colega Apaná Venâncio e o treinador Sotero Montero, este pela surrada frase: “É pelo arriar das malas que conheço o bom jogador”.

Por algum tempo o Dr. Augusto Mangabeira frequentou as lides forenses, mas não se conformava com as pesadas gavetas nas quais dormitavam os processos, mesmo sendo arquivados em armários de prateleiras de aço, portanto, fáceis de serem vistos e retirados para apreciação. Continuou se dedicando às pastas de representação, tirando pedidos nos armazéns e supermercados, nos quais era bastante conhecido e querido.

Passamos um certo tempo sumidos entre nós e recebia notícias dele quando encontrava o seu irmão, o médico Antônio Mangabeira, que uma das vezes me informou sobre o acometimento de Alzheimer. Outro colega desde os tempos da universidade, o advogado José Augusto Ferreira Filho, me contou que, ao chegar para uma audiência, encontra o colega Augusto Mangabeira, desta feita não no mister de advogado, mas como parte, quando era requerida sua interdição, por causa dos esquecimentos provocados pelo mal.

Todos que por aqui passam cumprem sua missão, mas não sei o que está sendo reservado para eles lá em cima. Se não for pecado, torço que o Todo-poderoso forme uma seleção imbatível. Competência eles têm, pois aqui foram testados e aprovados.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Uesc abre vagas para graduação a distância
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A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) informou, nesta quinta-feira, que as aulas presenciais dos cursos de graduação e pós-graduação da serão retomadas na segunda-feira (12). As aulas no campus da instituição haviam sido suspensa por causa das fortes chuvas que caíram no sul da Bahia na semana passada.

A Uesc informou que o objetivo da suspensão das aulas presenciais foi proteger a integridade dos alunos que residem em cidades atingidas pelos alagamentos e enchentes provocadas pelo transbordamento dos rios, além de vários trechos de rodovias federais e estaduais que ficaram interditadas, bem como preservar as atividades letivas da instituição, sem prejudicar o calendário acadêmico em vigor.

Os temporais causaram inundações em várias cidades sul-baianas, deixando centenas de pessoas desabrigadas e desalojadas, principalmente em Itabuna e Ilhéus. O nível do Rio Cachoeira chegou subiu 9 metros na semana passada, inundando ruas dos bairros Salobrinho e Banco da Vitória, causando também alagamentos de trechos da rodovia Ilhéus-Itabuna (BR-415), única via de acesso para Uesc.

Jardim Sensorial será inaugurado no campus da Uesc, na Ilhéus-Itabuna
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A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) inaugura, nesta segunda-feira (17), às 10h, o seu Jardim Sensorial no início da trilha ao Horto Florestal. O espaço possui uma pequena praça feita com material reaproveitado, com local para sentar e relaxar ao som da natureza, na mata Cabruca da Universidade e contou com o apoio das empresas Pai Mendonça e Bahia Analítica.

O projeto de extensão Trilhas interpretativas para sensibilização ambiental de jovens e adultos na Uesc desenvolveu este espaço utilizando a política dos 3R – Reciclar-Reutilizar-Reaproveitar – e apenas com plantas nativas do Brasil.

Os coordenadores explicam “que os jardins sensoriais são espaços não formais de ensino/aprendizagem, onde os visitantes podem vivenciar um processo de conhecimento participativo, ao tempo que desenvolvem uma experiência sensorial estimulante”.

A proposta do Jardim Sensorial é que tanto a comunidade acadêmica como a regional possam aproveitar o espaço em ações que incluem tocar, cheirar, provar e aprender um pouco sobre algumas plantas brasileiras. O espaço pode ser visitado sem guia, mas conta com bolsistas de extensão para grupos ou pessoas que desejem uma visita guiada.

Uesc abre vagas para graduação a distância
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O novo crédito do Programa Mais Futuro já está disponível, nesta sexta-feira (7), na conta dos 9.229 estudantes das quatro universidades estaduais (UNEB, UESC, UEFS e UESB) beneficiados pelo programa. A iniciativa do Governo da Bahia tem o objetivo de contribuir para que os estudantes façam e concluam suas graduações.

O estudante que mora a até 100 km do campus de matrícula recebe o auxílio permanência no valor de R$ 300. Já o aluno que mora a uma distância superior a 100 km do campus de matrícula, e mudou de domicílio para frequentar o curso, recebe o auxílio moradia no valor de R$ 600.

Desde que foi criado, em 2017, o Mais Futuro já destinou R$ 193 milhões em transferência de renda para os estudantes. Só neste ano, já foram destinados R$ 28,6 milhões ao programa.

O Mais Futuro disponibiliza um auxílio para estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação presencial nas quatro universidades estaduais, desde que não tenham concluído nenhum outro curso de nível superior e estejam em situação de vulnerabilidade socioeconômica comprovada no CadÚnico.

Atayne comemora os resultados obtidos com o modelo de crédito rural || Foto Patrícia Cançado/Divulgação
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Lívia Cabral

Os resultados positivos colhidos após o primeiro ano de implantação do CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) Sustentável no Sul da Bahia vêm chamando a atenção da mídia em todo o país. Veículos de abrangência nacional como o programa Globo Rural, da TV Globo, os jornal Estadão e Valor Econômico, a revista Globo Rural On-line e o site especializado Capital Reset destacaram o incremento de quase 40% na renda dos pequenos agricultores que já acessaram o crédito, além da taxa de inadimplência próxima a zero e incentivo a práticas sustentáveis na cadeia do cacau.

Modelo inédito no Brasil, o CRA Sustentável combina capital de mercado com filantropia e foi concebido em parceria pela ONG Tabôa, os institutos Arapyaú e humanize e o Grupo Gaia. Em sua primeira rodada, o CRA beneficiou 184 famílias – 578 pessoas – que trabalham com cacau associado a outros cultivos em sistema agroflorestal no Sul da Bahia, como a agricultora Atayne Santos, de 21 anos.

Nos quatro hectares no Assentamento Dois Riachões, município de Ibirapitanga, Atayne investiu o valor obtido através do CRA na produção de cacau, hortaliças, banana da terra e da prata, mandioca, cravo e na criação de galinhas. Ao todo, sua produção gerou 240% de aumento de renda no último ano. “A diversidade do que produzo no campo primeiro abastece a mesa da minha família, garantindo alimentação de qualidade”, explica a jovem. O excedente é comercializado e, assim, as produções de ciclo curto geram renda durante todo o ano, enquanto o cacau não fica pronto para venda.

Modelo de crédito foi destaque na edição do Estadão desta quinta-feira (15) || Reprodução

CRÉDITO E FORMAÇÃO

Boa parte dos que acessaram os recursos nunca havia tomado crédito antes. “O CRA não foi feito para substituir as políticas públicas de financiamento rural, mas, sim como uma demonstração de que é possível criar processos mais inclusivos e simplificados de acesso ao crédito e ao mesmo tempo garantir baixa inadimplência”, afirma Roberto Vilela, diretor-executivo da Tabôa, que oferece crédito e formação a pequenos empreendedores e agricultores, fortalecimento de organizações de base comunitária e apoio a projetos socioambientais.

O objetivo da criação do CRA Sustentável é justamente melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares por meio do aumento de renda e do incentivo à adoção de métodos de agricultura de baixo impacto ambiental, a exemplo das práticas agroecológicas. Para isso, a Tabôa oferece, junto com o crédito, assistência técnica especializada (1 técnico para cada 60 agricultores), que permite o acompanhamento próximo para o uso correto dos recursos.

Para acessar o crédito, os produtores se comprometeram a não ter trabalho infantil e a preservar áreas de proteção permanente, como beira de rios e córregos, encostas e nascentes. Todos os agricultores produzem o cacau no sistema cabruca, em que o fruto é cultivado à sombra das árvores, mantendo a Mata Atlântica em pé.

CABRUCA E CARBONO

Estudo recente, resultado de uma parceria entre Arapyaú, Dengo Chocolates, World Resources Institute (WRI) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), mostrou que a cabruca é capaz de estocar, em média, 66 toneladas de carbono por hectare. Além do estoque de carbono, as cabrucas contribuem para a manutenção da biodiversidade e a oferta de água.

Os excelentes resultados da primeira etapa do CRA Sustentável confirmam que a combinação de crédito e assistência técnica pode transformar a realidade da agricultura familiar, resultando em mais prosperidade e bem-estar com manutenção dos recursos naturais. “Esse resultado surpreendeu o mercado financeiro, demonstrando condições de atingir escala”, diz Roberto Vilela.

Carlos Eduardo Passos faleceu nesta segunda-feira (5)
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Promotor de justiça e ex-professor de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Carlos Eduardo Lima Passos da Silva faleceu nesta segunda-feira (5), aos 70 anos. As causas da morte não foram divulgadas.

Eduardo Passos, como era mais conhecido, formou-se em Direito pela antiga Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi), posteriormente estadualizada e transformada em Uesc. Era membro do corpo docente da instituição desde o final da década de 80.

“A sociedade da Região Sul da Bahia terá sempre vivos os seus discursos repletos de humanidade, através dos quais manifestava com mestria a sua sapiência”, ressaltou a Reitoria da Uesc em nota de pesar. O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), também emitiu nota de pesar. Observou que Eduardo Passos “deixa um legado inestimável de contribuições para a área jurídica e para a educação pública”.

VELÓRIO

O corpo de Eduardo Passos é velado no SAF de Itabuna, que funciona em frente ao Grapiúna Tênis Clube, na Juca Leão (Centro Comercial). O enterro foi marcado para as 16h de hoje (6), no Cemitério Campo Santo, no Pontalzinho, em Itabuna.

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Um médico formado pela Uesc e com atuação em Itabuna faleceu, nesta quarta-feira (3), em acidente ocorrido no trecho da BR-101 em Laje, na Bahia. O carro que Leandro Silva Menezes Júnior dirigia capotou várias vezes até parar em um matagal, no Capão, em Laje, segundo descreveu uma testemunha em vídeo que circula nas redes sociais.

O corpo do médico ficou preso às ferragens do veículo. Equipes socorristas do Samu e do Corpo de Bombeiros foram acionadas, mas Léo, como era chamado, não resistiu aos ferimentos.

Natural de Jequié, no sudoeste do estado, Léo fazia residência médica no Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, município do recôncavo baiano, para onde se dirigia quando ocorreu a tragédia, conforme apurou o PIMENTA. Ele tinha apenas 24 anos e havia se formado, em fevereiro passado, na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

O SONHO DE LÉO

A médica e professora Rosângela Melo, da Uesc, descreveu Léo como um jovem “determinado, alegre, cumpridor das obrigações, extremamente estudioso” que teve a vida brutalmente ceifada.

– Uma tristeza para os amigos, colegas e professores, que não podem deixar de lembrar daquele sorriso, daquela disposição de aprender – afirma a médica Rosângela Melo, que foi professora de Léo na Uesc e revelou um dos sonhos do jovem e ex-aluno: “fazer residência em cirurgia para ser cirurgião vascular”.

PESAR

O Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) emitiu nota de pesar pela morte do jovem médico. “Aos familiares e amigos do médico Leandro Silva Menezes Júnior, o Cremeb expressa a sua solidariedade e o seu pesar”.

Abaixo, em vídeo, testemunha relata como acidente aconteceu:

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Com Toponímia de Itabuna: ruas e avenidas revelam histórias, o novo Centro Cultural Teosópolis abre série de exposições temporárias. O trabalho mostra personagens que ajudaram a construir Itabuna e também revela nomes do cenário nacional que dão nome a ruas do município sul-baiano. A exposição pode ser conferida, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17H30min, na Praça dos Eucaliptos, no Conceição, próximo ao Itabuna Esporte Clube (IEC).

Desenvolvida pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Toponímia de Itabuna… é um verdadeiro sobrevoo sobre o município. Conta a história de figuras como o pastor Hélio Lourenço da Silva, Fernando Cordier, Manoel Leão, João Soares, Maria Pinheiro, Daniel Gomes, Sarinha Alcântara, Simão Fitterman, José Alcântara e Paulino Vieira, pessoas que dão nome a ruas e bairros de Itabuna.

“A exposição traz para nossos jovens a compreensão de como foi construída a nossa Itabuna”, explica o reitor da Uesc, Alessandro Fernandes. A universidade é parceira do projeto. No passeio por Itabuna, por meio de painéis, é relatada a história de vida de Aziz Maron, Mário Padre, Inácio Tosta Filho, Comendador Firmino Alves, Felix Mendonça, José Soares Pinheiro, Corbiniano Freire e Amélia Amado.

A exposição vai até setembro deste ano e também traz vida e obra de Olinto Leone, primeiro intendente de Itabuna, engenheiro responsável pela primeira planta da primeira igreja Matriz de São José de Itabuna e o primeiro Fórum de Justiça, além de medições para a planta urbana da própria vila. “É uma oportunidade para que a nossa população possa conhecer a nossa história”, diz a educadora Janete Ruiz Macedo, da Uesc.

O Centro Cultural é mantido pela Associação de Beneficência e Cultura Teosópolis, em parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Prefeitura de Itabuna, por meio da secretaria de Educação e da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC). “O Centro pertence a Itabuna e seu povo. É um bem cultural para nossa gente conhecer sua história”, afirma Geraldo Meireles, pastor presidente da Igreja Batista Teosópolis (IBT).

Visitas à exposição podem ser agendadas pelo telefone (73) 9 8870-9586.

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A conjuntura econômica do Brasil e da região no pós-pandemia foi analisada pelo professor titular Elson Mira, do Departamento de Economia da Uesc, durante a reunião ordinária da ACI. A reunião ainda contou com a presença dos secretários de Segurança e Ordem Pública (Sesop), Humberto Mattos, e de Planejamento, Sônia Fontes, para apresentar as ações de ordenamento do comércio informal.

Mira apresentou dados atualizados de empregos do mês de março deste ano, em que o setor terciário lidera com 79,7%. Segundo ele, desde a crise do cacau, o setor terciário domina a economia de Itabuna. “Em termos de emprego, geração de renda, PIB, o comércio e serviços são os setores das principais atividades econômica de Itabuna”, destacou o professor.

CAMELÔS NA PRAÇA CAMACAN

Sobre as ações para o ordenamento do comércio informal, o secretário Humberto Mattos destacou que está planejando ações em conjunto com outras secretarias municipais visando a retirada do comércio ambulante de alimentos da avenida Cinquentenário e do seu entorno para a praça Adami, até que a praça Camacan seja reformada para receber esse público.

O secretário ainda ressaltou a importância do apoio da classe empresarial e da sociedade para solucionar um problema que é antigo. Sônia Fontes falou que o ordenamento está na pauta de prioridades do município e destacou que ações de médio prazo para a retirada dos ambulantes estão sendo organizadas, e uma das alternativas é realocar no antigo Cesp.

A reunião contou com a presença de empresários e lideranças da sociedade civil, que parabenizaram a iniciativa do presidente da ACI, Mauro Ribeiro, na promoção de debates importantes para o setor. Segundo o empresário, “a análise atualizada da economia atual vai ajudar na aplicação de investimentos específicos. Aliado a isso, o ordenamento do comércio local vai contribuir para um melhor ambiente de negócios na cidade”, explicou Mauro.

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A musicista Cacila Lourenço Silva conseguiu traduzir em palavras o que sentia ao ver o espaço onde morou sendo transformado em local para recuperar e preservar a memória grapiúna. “É muita emoção ver o local que foi meu lar por 25 anos transformado em um centro cultural. É mais que um sonho, é o sonho sendo concretizado”, disse ela durante a inauguração do Centro Cultural Teosópolis que leva o seu nome. “São sonhos que Hélio (Lourenço), meu marido, não pôde realizar e estão sendo concretizados agora com a sabedoria de pastor Geraldo”, afirmou.

O Centro foi inaugurado na última sexta-feira (6) e será mantido pela Associação de Beneficência e Cultura Teosópolis (ABCT) em parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Prefeitura de Itabuna, por meio da secretaria de Educação e da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FIIC). Um vídeo foi exibido mostrando o novo Centro.

“Aqui, estou em casa. Como cidadão, sei da importância de um museu”, disse o reitor da Uesc, Alessandro Fernandes. “Estive no Louvre com minha filha e vi a importância que os franceses dão aos bens culturais. Poucas vezes me senti tão emocionado e tão acolhido como estou aqui. O apelo cultural é algo mais, e é importante estar acompanhado de um valor espiritual. A universidade tem que servir à sociedade e estar próximo às comunidades”, emendou.

Centro Cultural Teosópolis abrigará parte da história de Itabuna

MUSEUS

Janete Ruiz Macedo, professora da Uesc e coordenadora do projeto, contou como funcionará o equipamento, com exposições temáticas temporárias e a exposição permanente, além de abrigar o Centro de Memória Teosópolis, fundado em 2013, e a Escola de Música Sacra de Itabuna (Emusita), com 34 anos de existência

A educadora disse que a universidade realizou uma pesquisa sobre museus onde a única pergunta era se a pessoa conhecia um museu. “Poucos conheciam”, informou. Ela relatou que o foco é desenvolver entre os jovens e a população hábitos culturais.

“Quando uma pessoa for viajar não vai procurar só o shopping, mas também museus, conhecer a história. Nos associamos ao Instituto Brasileiro de Museus, que realiza um encontro nacional em maio. Queremos oferecer o melhor à população grapiúna” garantiu. Para Dayse Góes, coordenadora da Emusita, o espaço é a realização de um sonho, e nele se poderá trazer pessoas para conhecer e ensinar arte. “São 34 anos servindo a comunidade”, observou.

Coordenador da Associação de Beneficência e Cultura Teosópolis (ABCT), o professor Aurélio Farias de Macedo disse que o objetivo é oferecer “um alto nível de equipamento cultural para a cidade”. “O papel da igreja com a sociedade é cuidar da fé e promover ações que levem a completude das ações humanas. “O amor de Jesus tem que ser concreto na sociedade. A fé sem prática não funciona. A responsabilidade com a sociedade inclui a cultura”, reforçou Aurélio Macedo.

Na opinião de Júnior Brandão, que representou a Prefeitura de Itabuna, conhecer um museu “é uma experiência significante”. Disse do apreço do prefeito e da secretaria e educação pelo projeto. “Eu estou emocionado em fazer parte como representante da FIIC nessa parceria”, disse Virgílio Sena, da Fundação Itabunense.

Geraldo Meireles, pastor presidente da Teosópolis e um dos idealizadores do equipamento, agradeceu aos parceiros externos do projeto, aos funcionários e ao engenheiro Ciro Ruiz Macedo, que desenvolveu o projeto do centro conservando suas caraterísticas. “Que o Deus da vida, da história abençoe a todos e a esse equipamento”.

O CENTRO CULTURAL

O Centro Cultural Teosópolis fica na Praça dos Eucaliptos, no bairro da Conceição, em Itabuna. Abriga o Centro de Memória Teosópolis, fundado em 2013, e a Escola de Música Sacra de Itabuna (Emusita), com 34 anos de existência. O espaço busca recuperar a história por meio de exposições temporárias e pela exposição permanente sobre a história dos Batistas na região e a vida e obra do pastor Hélio Lourenço da Silva.

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A Associação de Beneficência e Cultura Teosópolis e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a Associação de Beneficência e Cultura Teosópolis assinaram termo de cooperação técnica durante a inauguração do Centro Cultural Teosópolis, em Itabuna, na última sexta-feira (6). O ato contou com a presença do reitor da Uesc, Alessandro Fernandes de Santana, e do presidente da Associação, professor Aurélio Macedo, e o pastor presidente da Igreja Batista Teosópolis, Geraldo Meireles, além da professora Janete Macedo.

A implantação do Centro Cultural Teosópolis tem como finalidade constituir “um espaço de diálogo entre a educação formal, a formação cultural, a academia e os diferentes grupos sociais”. Por sua vez, o convênio entre as duas instituições possui, entre seus objetivos, “ofertar às escolas municipais de Itabuna, bem como, ao circuito cultural da região, exposições temporárias de caráter didático pedagógico e cultural visando o desenvolvimento de hábitos culturais”.

Como parceira em assessoria técnica, caberá à Uesc desenvolver estudos de viabilidade para implantação, implementação e aperfeiçoamento do Centro Cultural Teosópolis segundo as normas do Sistema Estadual de Arquivos e do Sistema Nacional de Museus. Nesse sentido, a participação da Universidade será operacionalizada através do Cedoc (Centro de Documentação e Memória Regional) e do Projeto de Extensão Permanente Implantação e Implementação de Arquivos e Museus.

A articulação interinstitucional para implantação do Centro Cultural Teosópolis também envolve ações vinculadas à Prefeitura de Itabuna. Para o reitor Alessandro Fernandes de Santana, a participação da Uesc enriquece as atividades na área de extensão da Universidade, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento cultural e valorização da memória regional.

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A Secretaria da Educação da Bahia prorrogou as inscrições para o processo seletivo que oferta 15 mil vagas no programa Universidade Para Todos (UPT). Os interessados em iniciar a preparação para acesso ao ensino superior têm até o dia 2 de maio para fazer a inscrição. No sul da Bahia, o programa é desenvolvido em parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

As vagas são destinadas aos estudantes que estiverem matriculados no 3º ano do Ensino Médio Regular nas redes estadual ou municipais (ou suas modalidades correspondentes) ou no 4º ano da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio das redes estadual ou municipais (ou suas modalidades correspondentes), além de egressos do Ensino Médio das redes estadual ou municipais.

Também serão aceitos os alunos que concluíram os estudos por meio do Tempo de Aprender II, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) até 2008 (concluído); do exame supletivo ou Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Para o sul da Bahia, são ofertadas 750 vagas na Uesc. Inscreva-se aqui.

Os candidatos aprovados e convocados para o Universidade Para Todos poderão matricular-se de 3 a 6 de maio, de forma presencial, no turno e no local que optaram para cursar. No ato da matricula, o candidato deverá apresentar os documentos relacionados no edital, entre os quais carteira de identidade, CPF, cartão de vacinação do Coronavírus e comprovante de residência.