Universidade para Todos oferece número recorde de vagas
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A Secretaria da Educação da Bahia abre, nesta terça-feira (12), as inscrições para o processo seletivo com oferta de 15 mil vagas no Programa Universidade Para Todos (UPT).  O programa é destinado ao fortalecimento das aprendizagens e à preparação dos estudantes para acesso ao ensino superior.

O Universidade Para Todos é desenvolvido em parceria com as quatro universidades estaduais (Uneb, Ueef, Uesc e Uesb) e a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb). As inscrições poderão realizadas até o dia 22 de abril, pelo Portal da Educação (www.educacao.ba.gov.br).

As vagas são destinadas aos estudantes matriculados no 3º ano do Ensino Médio Regular nas redes estadual ou municipais (ou suas modalidades correspondentes) ou no 4º ano da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio das redes estadual ou municipais (ou suas modalidades correspondentes), além de egressos do Ensino Médio das redes estadual ou municipais na Bahia.

Também serão aceitos os alunos que concluíram os estudos por meio do Tempo de Aprender II, da Educação de Jovens e Adultos (EJA) até 2008 (concluído); do exame supletivo ou Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Acesse aqui a partir desta terça para se inscrever.

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O Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS) do Hospital Regional Costa do Cacau (HRCC), em Ilhéus, admitiu 16 alunos do 6º semestre do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) para o estágio de prática da disciplina Atenção à Saúde do Adulto II. A turma de universitários passou por uma integração com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).

Os estagiários foram orientados pela Técnica de Segurança do Trabalho (TST), Daniele Reis, sobre os riscos ocupacionais, a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e suas finalidades, entre outras questões que envolvem segurança e saúde na unidade hospitalar.

Adrielle Acássia, enfermeira do NEPS, também fez algumas orientações e esclarecimentos de dúvidas acerca do fluxo no hospital e repassou outras informações sobre rotinas durante o período de estágio. “Esse estágio tem carga horária de 35 horas, e nesse período, devemos orientar esses alunos a desenvolverem as atividades práticas com segurança dentro do ambiente hospitalar e auxiliar no processo de formação profissional dos estudantes”, disse.

A enfermeira do NEPS sinalizou que os estagiários vão acompanhar as atividades da Unidade de Internação, que atende pacientes nas especialidades de Clínica Médica e Cardiologia. “Somos responsáveis por verificar as documentações na admissão dos estudantes, diante disso é verificado também o cartão de vacinação dos discentes com o objetivo que todos os alunos desenvolvam as práticas curricular com segurança”, reforçou Adrielle Acássia.

Para a enfermeira Amanda Rodrigues, docente do departamento de ciências de saúde na UESC, durante as atividades práticas das disciplinas do curso de graduação em Enfermagem realizadas no Hospital Regional Costa do Cacau, os alunos e alunas contam com a presença de professores. “Mas ainda assim é importante que os discentes possam contar com uma orientação formal dessa instituição, no que diz respeito a rotinas, normas, sobretudo relacionada às questões de biossegurança” disse.

A docente ainda ressaltou a importância do momento da integração para estudantes. “A aluna e o aluno conseguem ter contato com o representante do hospital conhecem as normas, os fluxos pensados para garantir uma orientação adequada, um apoio para o profissional de saúde e para os próprios alunos que estão dentro a instituição executando suas atividades”, destacou.

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Estão abertas até a próxima sexta-feira (1º) as inscrições no edital de seleção de turma do curso de pós-graduação em Planejamento de Cidades, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

De acordo com o edital, são 30 vagas, das quais 3 institucionais e 10 para discentes de turmas anteriores para finalização do curso. A especialização tem 360 horas e 21 créditos, com aulas às sextas e aos sábados. Clique aqui e confira o edital.

Mais informações podem ser obtidas pelo email pgpcidades@uesc.br ou via telefone (73) 3680-5215.

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Um grupo formado por 35 especialistas, consultores, técnicos e representantes da cadeia cacaueira do Brasil vai se reunir em Ilhéus, de 5 a 7 de abril, para uma missão técnica coordenada pelo CocoaAction Brasil. Iniciativa da Fundação Mundial do Cacau (WCF), a ação busca fomentar a sustentabilidade da cadeia, em parceria com o Projeto Renova Cacau. Na agenda, estão previstas palestras, reuniões e visitas a fazendas de cacau para acompanhar os resultados da renovação de lavouras.

Iniciado em 2014, o Projeto Renova Cacau é realizado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) em conjunto com a empresa Mondelēz International, o Centro de Inovação do Cacau (CIC) e produtores. A iniciativa instalou, no sul da Bahia, 32 áreas experimentais em lavouras com cacaueiros antigos e pouco produtivos para buscar provar que é possível renovar lavouras e torná-las economicamente rentáveis.

Nos últimos dois anos, o projeto vem apresentando excelentes rendimentos. Algumas áreas chegaram a alcançar produtividade acima de 3.000kg/ha para alguns clones no ano de 2020, enquanto a média da produtividade na Bahia é de 217 kg/ha. Segundo os coordenadores do projeto, muitos agricultores já estão replicando os métodos adotados no experimento para renovar suas lavouras.

“Nesses dias de imersão no Renova Cacau, esperamos que o grupo técnico consiga perceber e sentir os resultados do projeto, que são bastante favoráveis. A opinião desses especialistas é muito importante para nós, pois tratam-se de técnicos que conhecem a fundo o cacau e podem nos ajudar nas discussões científicas. Por último, a missão também abre a possibilidade de ampliar o projeto aqui mesmo e para outras partes do Brasil”, destaca o agrônomo e professor Dário Ahnert, coordenador geral do Projeto Renova Cacau.

Além das visitas às fazendas do projeto, a missão também reunirá especialistas e consultores em cacau para fortalecer o recém-criado GTEC do Cacau. “Assim como o Grupo Técnico do Café, estamos consolidando o GTEC do cacau para promover estudos, trocas de experiências, discussões técnicas e o consequente desenvolvimento da cacauicultura no país”, explica Eduardo Sampaio, consultor do CocoaAction. Atualizado às 14h.

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Não permitir espaço político para os caroneiros de plantão também está na ordem do dia. A nossa Itabuna precisa de paz social, de união em favor da superação dos nossos atrasos históricos e de formação de uma ambiência que atraia o capital financeiro e a instalação de novas oportunidades de negócios.

 

Rosivaldo Pinheiro

A governança pública requer permanente alinhamento entre as forças políticas nas composições da equipe de gestão e o tecnicismo necessário para o seu funcionamento. Assumir o Poder Executivo é abraçar tal problemática e buscar de forma habilidosa essa permanente aliança. O outro grande desafio é atender a uma sociedade que sofre com a falta de atenção dos poderes públicos e que vislumbra a cada eleição a oportunidade de superação das dificuldades na vida de cada um.

O ambiente social na maioria das cidades acaba em permanente efervescência, cada um a seu modo querendo garantir os benefícios para si, independentemente das diretrizes do projeto vitorioso na eleição. São recursos limitados e demandas ilimitadas, o que exige priorização das ações pelo eleito. Nesse contexto, faz-se necessária uma comunicação célere e ajustada ao projeto que está sendo colocado para todos, evitando ruídos que contribuam para a não pacificação do ambiente político-social.

A consciência dos gestores passa pelo entendimento de que estão administrando um grande condomínio, repleto de direitos e com o poder nas mãos para alcançarem o mundo através das redes sociais. Nesse novo contexto, o estreitamento dos laços entre “o síndico” (chefe do executivo) e os “condôminos” (população) é exercício cotidiano. É importante que todos entendam, na atual conjuntura, a falta do braço federal para ajudar os municípios com liberação de recursos específicos para que estes possam elaborar politicas públicas capazes de melhorar de forma substancial a vida do povo no curto prazo.

Todos sabemos da gravidade imposta pela crise da saúde com a pandemia e o aumento dos preços, por falta de uma política econômica nacional com vistas a minimizar o aumento dos alimentos na casa dos brasileiros, com consequente piora na vida das famílias. Essa realidade ainda está agravada nas cidades atingidas pelas enchentes, nesse particular, a cidade de Itabuna enfrentou no período natalino a sua segunda pior tragédia provocada pelas chuvas nos seus 111 anos de emancipação política, tendo quase 40% das áreas habitadas alagadas.

O pós-enchente deixou a cidade nos primeiros dez dias com um verdadeiro cenário de guerra. As tensões históricas advindas da desatenção dos poderes públicos do passado para as diversas regiões da cidade e, em particular, para as regiões socialmente mais vulneráveis, vieram para a ordem do dia e as redes sociais potencializaram a elevação do nível de tensão, alastrando um sentimento de revolta nesses espaços da cidade. Não à toa, alguns oportunistas estrategicamente tentam se aproveitar do atual momento.

Para o pós-enchente, a gestão municipal itabunense elaborou um arrojado projeto de transferência de renda, um apoio direto para as famílias que foram diretamente afetadas pelas águas. A ação chamada de Recomeço é quase 80% custeada pelo erário municipal (recurso próprio) e pouco mais de 20% pelo dinheiro arrecadado através de doações via pix.

Itabuna é a única cidade brasileira que está possibilitando a liberação de R$ 3 mil para cada família cadastrada, dentro dos critérios da lei municipal. Contraditoriamente, também é a única que vem enfrentando reações através de protestos por aqueles ainda não alcançados pelo benefício, mesmo a gestão se colocando aberta ao diálogo. Para percebermos a importância da ação efetivada pelo Cartão Recomeço, foram injetados diretamente na economia local mais de R$ 10,5 milhões. Deste montante, mais de R$ 7 milhões saíram do cofre municipal.

O desafio está posto, os esforços para que adentremos num novo momento e possamos de fato recomeçar estão latentes. Não permitir espaço político para os caroneiros de plantão também está na ordem do dia. A nossa Itabuna precisa de paz social, de união em favor da superação dos nossos atrasos históricos e de formação de uma ambiência que atraia o capital financeiro e a instalação de novas oportunidades de negócios.

Esse deve ser o sentimento que todos precisam ter e celebrar nos nossos 112 anos de emancipação política, no próximo 28 de julho, com um novo sentimento “condominial”. É importante que cada um entenda que a cidade onde vivemos é nossa e que precisa da participação de cada um para apresentar melhoras e que os poderes públicos são partes extremamente importantes nessa construção.

Rosivaldo Pinheiro é formado em Economia e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

Irmãs gêmeas aprovadas em mais de 30 cursos de medicina
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Ex-alunas do Centro Territorial Estadual de Educação Profissional (CETEP) do Extremo-Sul da Bahia,em Teixeira de Freitas, as irmãs Sarah e Samyra Aramuni acabam de realizar o grande sonho da família: cursar Medicina. Sem condições de arcar com os custos de uma faculdade particular, decidiram adotar uma rotina de 10 horas diárias de estudo.

Antes da jornada diária, Sarah e Samyra concluíram o ensino médio de maneira remota por causa das restrições do novo coronavírus. Elas concluíram o ensino médio na escola pública no passado e não obtiveram sucesso na primeira tentativa de conquistar suas vagas usando as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Mas não desistiram do sonho de ingressarem, juntas, no curso de Medicina e montaram uma rotina intensa de estudos em casa. ” Tinha que ser uma universidade pública. Porque, meu Deus, mesmo com 50% de desconto, a mensalidade em uma faculdade particular fica em torno de R$ 5 mil. Não tinha outra forma de cursar”, afirma Sarah.

As irmãs de 19 anos conseguiram, na última edição do Enem, média para que possibilitavam o ingresso em mais de 30 universidades espalhadas pelo país, entre estaduais e federais. Elas escolherem o Curso de Medicina na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde ficaram em segundo e terceiro lugares. Agora, preparam-se para os novos desafios.

VONTADE DE CONTRIBUIR COM A SOCIEDADE

A vontade de contribuir com a sociedade foi determinante para Samyra. “Fazer Medicina foi uma decisão que veio com a necessidade de cuidar de outras pessoas e poder ajudar, porque me incomoda o sentimento de impotência ao ver uma situação e não saber como proceder. Ser médica vai contribuir para que eu possa mudar não só a minha vida, mas as de outras pessoas”, relata.

Ela acrescenta que, por enquanto, a ficha ainda não caiu, porque não estava esperando a aprovação em tantas universidades. “Mas sei que eu e minha irmã vamos atuar no sentido de ter um olhar mais sensível aos problemas dos outros e vamos analisar de qual forma poderemos ajudar”, promete.

Ainda criança, Sarah e Samyra já começavam a sonhar com o curso. “Desde muito pequenas já falávamos que queríamos ser médicas, mas ainda era algo muito infantil”, recorda-se Sarah Aramuni.

Ela conta que no Ensino Médio começou a ler sobre a grade curricular e assistiam a vídeos de pessoas que cursaram. “Decidimos, então, que era isso mesmo que queríamos. Cada uma de nós confirmou a ideia de forma individual, mas existia um desejo de ambas. Hoje, sinto uma mistura de medo, alegria, ansiedade e surpresa. Nunca achei que passaríamos em uma faculdade tão concorrida. Estamos vivendo um momento excepcional”, conta Sarah Aramuni.

MORADORA DE UBATÃ PASSA EM MEDICINA NA UESC

Estudante de Ubatã é aprovada na Uesc

O desejo de transformação também moveu os sonhos de Cássia Kelly da Silva Andrade. Após tentar por três anos, a jovem de 20 anos não pensou em desistir e passou em 4º lugar em Medicina, na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). “Quando fiz o Ensino Médio no Colégio Estadual de Ubatã, tive contato com os assuntos de anatomia e fisiologia humana em Biologia. Rapidamente, me interessei pelo estudo do corpo humano e tive vontade de ajudar o próximo e salvar vidas, conta a jovem.

Ela explica que quer ser uma médica não apenas para tratar uma doença, mas para cuidar do paciente com o respeito e a atenção que ele merece. “Além da minha realização pessoal, quero incentivar outros alunos a não desistirem dos seus sonhos”, acrescenta.

Arléo no lançamento da 5ª edição de "Notícia Histórica de Ilhéus", em 2013 || Foto ALI
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O professor Arléo foi um defensor da memória regional e, portanto, agora, compete-nos fomentar a preservação da dele, consequentemente, preservaremos a da Nação Grapiúna.

 

Efson Lima || efsonlima@gmail.com

O professor Arléo Barbosa merece inúmeros adjetivos para qualificar suas ótimas características. Para além da amizade que desenvolveu com inúmeros intelectuais sul-baianos, ele foi um profissional exemplar nas relações de trabalho e formou uma geração de jovens grapiúnas, como eu.  O professor Arléo Barbosa não lecionava, ele narrava a História como se estivesse vendo os fatos e com isso transportava-nos para a cena. Provocava-nos paixão pela  disciplina e não importava quais fatos seriam estudados, ele conduzia-nos com tamanha maestria, cativando-nos, sem prejuízo da reflexão crítica. O quadro de giz estava sempre pronto, mas não para receber a sistematização conteudista, e, sim,  as sínteses em forma de linha do tempo que passavam a fazer parte para sempre de nossas memórias.

Infelizmente, os humanos morrem e com a passagem para o além das linhas físicas, impõe-se uma enorme dor e uma saudade que misturada com sofrimento no primeiro momento vai sendo amenizada nos dias vindouros e vai deixando os melhores registros. Comentários maravilhosos não faltarão sobre o professor Arléo Barbosa. Certamente, inúmeros, centenas, milhares estão a aparecer. Lembro-me do dia 11 de setembro de 2001, quando ele me recebeu no Colégio Fênix para conceder uma entrevista sobre  a História de Ilhéus; recordo – me também dele ter me recebido em janeiro de 2020 para conceder entrevista sobre a Academia de Letras de Ilhéus e a atuação dele na Academia. Professor Arléo não limitava tempo; não fazia cara feia e não faltava conteúdo para abordar em suas entrevistas, exposições e aulas.

Tive o prazer de participar do lançamento de uma das edições do livro Notícia Histórica de Ilhéus, sem sombra de dúvida, o primeiro lançamento em que fui na vida, estive acompanhando a então vereadora Marlúcia Paixão e Élvio Magalhães, assessor da edil naquele tempo. Quem não se lembra das revisões do professor Arléo Barbosa, no programa Bahia Meio Dia, da TV Santa Cruz, sobre possíveis assuntos a serem cobrados no vestibular da UESC? Professor Arléo lecionou em dois momentos tendo eu na turma: um intensivo para o vestibular da Uesc e durante todo o ano de 2005, no Pré-vestibular Fênix.

O professor Arléo Barbosa vai deixar um império, não do ponto de vista físico ou financeiro, mas toda uma geração que lhe conheceu e lhe renderá tributo pelo compromisso em que sempre teve com a educação e com as pessoas. O professor Arléo foi o maior historiador da Nação Grapiúna. Nas entrevistas, humildemente, ele referendava uma estudiosa americana que havia pesquisado sobre Ilhéus. Professor Arléo juntamente com a professora Horizontina Conceição iniciou uma sistematização sobre a História de Ilhéus. Na sequência,  visando as comemorações dos 100 anos de elevação de Ilhéus à categoria de cidade, conseguiu arregimentar o livro Notícia Histórica de Ilhéus, que alcançou a 5ª edição.

Professor Arléo Barbosa faleceu neste sábado (19), em Ilhéus

Na última conversa que tive com ele, o professor pensava em reeditar a obra. O livro se tornou uma referência para todos e continuará sendo. As obras dele ficarão eternizadas e continuarão a compor as referências de diversos cursos e obras. Mas elas precisam ser incorporadas na vida das escolas e em definitivo na vida acadêmica das universidades da Bahia. Não se pode falar de Bahia sem  abordar a Capitânia de São Jorge de Ilhéus e sem tocar na Nação Grapiúna, e não significa ser bairrista, regionalista. Os fatos evidenciam a necessidade do conteúdo a ser tratado para compreender o chão baiano e a brasilidade que nos movem. Qualquer aspecto fora dessa linhas é tentativa de impor o cerceamento e contar os fatos pela metade.

A região merece fazer inúmeras homenagens ao professor Arléo Barbosa. Lamento profundamente ele não ter recebido o título de doutor honoris causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz, quiçá um póstumo? Mas, não choremos o leite derramado, avancemos: a Universidade pode criar, em parceria com a Academia de Letras de Ilhéus, concurso monográfico/ ensaísta para saudar esse grande mestre. Deixemos as nossas vaidades de lado para reconhecer o mérito daquele que foi gigante no seu tempo e continuará a ser. Não se trata de favor, mas de obrigação e estímulo à promoção da Historiografia. Outras homenagens merecem ser articuladas, que tal Câmara de vereadores, a Prefeitura de Ilhéus entrarem em ação? O professor Arléo foi um defensor da memória regional e, portanto, agora, compete-nos fomentar a preservação da dele, consequentemente, preservaremos a da Nação Grapiúna.

As contribuições do professor Arléo são percebidas na nota da Editus, Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, que lamenta a morte do escritor e ressalta que  ele “durante anos, se dedicou a pesquisar e ensinar a história regional. Atuou como parecerista da Editus por diversas vezes, sempre dedicado e prestativo. Era também integrante da Academia de Letras Ilhéus e nunca poupou esforços para compartilhar conhecimentos e saberes.”

O professor e jornalista Alderacy Júnior, um estudioso da literatura regional, exibiu nas redes sociais a primeira edição do livro Nhoesembé,  exemplar constante na Sala de Leitura Ruy Póvoas, na Casa Ouro Preto, em Ilhéus e para saudar a memória do professor Arléo Barbosa, ele perfilou “ Vou recordar do Arléo como um grande cidadão, uma pessoa que amava história e soube ser o historiador.”  Ele ressalta ainda que ministrava cursos de Redação na Academia de Letras de Ilhéus, quando o professor Arléo Barbosa era o então presidente do sodalício.

O canal Tupy no mundo, no Instagram, gerenciado por Sophia Sá Barretto, fez uma homenagem ao professor Arléo Barbosa, cujo historiador esteve em uma live promovida pelo perfil e mediada pela professora Maria Luiza Heine. Na rede, elas entabularam as homenagens recebidas pelo eterno mestre em vida: “Cidadão Ilheense e detentor da Comenda de São Jorge dos Ilhéus por serviços prestados à cidade. Mestre em Educação na linha de História e Cultura. Membro da Academia de Letras de Ilhéus. Professor da UESC por muitos anos até  sua aposentadoria[…]Um exímio Especialista em História Regional, História Contemporânea e em Educação Brasileira e foi Diretor Pedagógico do  Colégio Fênix de Ilhéus”, concluiu o perfil no Instagram.

As homenagens ao professor Arléo Barbosa sucedem nas redes sociais, diversas pessoas e autoridades postam sobre o falecimento do professor Arléo Barbosa, mas, especialmente, evidenciam a contribuição dele para a formação de cada um e as relações interpessoais sólidas estabelecidas, bem como o vasto subsídio do educador para a educação e a promoção da História Regional.

Alcides Kruschewsky, em caixa alta no Facebook, exclamou “ARLÉO BARBOSA, IMORTAL!” e avançou para considerar que “Faleceu a maior referência viva da educação de Ilhéus, da cultura, do saber…Este era talvez uma das últimas excelentes referências incontestáveis na área educacional da nossa cidade, na nossa cultura. Um patrimônio invejável, um acervo inestimável, um talento inimitável, com uma ternura indispensável.” O ex-vereador em Ilhéus e colega de trabalho em uma repartição bancária não poupa adjetivos para qualificar a vivência afetiva de ambos. Sem dúvida, o professor Arléo Barbosa foi isso para quem o conheceu.

Sem embargo, Nelson Simões, ex-candidato a prefeito em Ilhéus, na postagem do ex-vereador, diz o seguinte:  “Será que existe um único cidadão ou cidadã em Ilhéus que tenha tido o desprazer de ter sido ofendido pelo professor Arléo? Não há! Meu professor de História em 73 e 74 no CEAMEV. Contava a História. Desde os primórdios a vivenciou. Um brilhante intelectual. Ilhéus mais pobre. Arléo Barbosa saí da vida e entra na História”, concluiu de forma brilhante a postagem.

O professor Ramayana Vargens, em áudio aos seus confrades da Academia de Letras de Ilhéus, disse que o professor Arléo Barbosa foi um ser “corajoso e empreendedor na educação. Excelente diretor de escola. Pessoa querida por todos que o conheciam. Um grande humanista”. Ainda Ressalta o papel desempenhado pelo professor na sistematização do livro sobre a história de Ilhéus,  que reverberou para difusão da cidade no Brasil e no exterior.

Infelizmente, temos que oferecer adeus ao eterno mestre e professor Arléo Barbosa, mas é sem pleonasmo. Foi professor e mestre de diversas gerações. Estava sempre com o conteúdo pronto e atualizado na mente, a didática nos dedos e no exercício performático da docência. Para além do império educacional que construiu, pois, sua obra segue em cada um de nós, ele buscou ter uma família generosa. Aproveitemos  para agradecer a professora Cláudia Arléo por tão bem cuidar do homem público que foi o professor Arléo, igualmente, as generosidades dos filhos ( Roberto, Ronaldo, Renato, Rosana e Thiciano) e daqueles que compuseram o conceito ampliado de família.

Efson Lima é doutor, mestre e bacharel em Direito (Ufba), advogado e membro da Academia Grapiúna de Letras  e membro-eleito para a Academia de Letras de Ilhéus.

O sul da Bahia perde Arléo Barbosa
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O sul da Bahia perdeu, neste sábado (19), o professor e historiador Carlos Roberto Arléo Barbosa, de 82 anos. O velório de Arléo Barbosa ocorre na Loja Maçônica Vigilância e Resistência, na Avenida Itabuna. O sepultamento está previsto para este domingo, no Cemitério da Vitória, às 10h30min.

No mês passado, Arléo foi internado no Hospital São José, em Ilhéus, depois de ter sido infectado pela Covid-19. O professor foi intubado, chegou a apresentar melhoras, mas o quadro de saúde dele foi agravado nas últimas horas. Faleceu hoje, deixando uma legião de fãs órfã.

Arléo Barbosa foi presidente da Academia de Letras de Ilhéus (ALI) no período de 2009 a 2013 e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), de 1974 a 2008, além de escritor admirado e respeitado. Entre as obras de Arléo estão Monarquismo e Educação (1972); Nhoesembé (1973); Ilhéus (2010) e Notícia Histórica de Ilhéus.

Arléo Barbosa nasceu em Jequié, no sudoeste da Bahia, mas ainda  adolescente foi morar em Ilhéus. Em 1988, o professor fundou o Colégio Fênix. Em 2004 foi homenageado com a entrega da Comenda do Mérito São Jorge dos Ilhéus, título dado a homens e mulheres que colaboram para o progresso do município.

ACADEMIA DE LETRAS

Membro da Academia de Letras de Ilhéus, o professor Arléo Barbosa deixa a esposa, Cláudia, cinco filhos – Roberto, Ronaldo, Renato, Rosana e Thiciano – nove netos e quatro bisnetos.

O prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, lamentou a morte do educador e lembrou a sua dedicação e o seu comprometimento com o resgate cultural e histórico do município. “Ilhéus perde um exemplo de mestre, ser humano e de cidadão. O professor Arléo Barbosa fez uma revolução no estudo de História e se tornou a memória da nossa cidade. Deus o acolha no Reino Celestial e, na sua infinita misericórdia, conforte a todos”.

Uesc oferta mais de 1,7 mil vagas nesta edição do Sisu
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O Ministério da Educação (MEC) ofertará 221.790 vagas para ingresso em instituições públicas de ensino superior na primeira edição de 2022 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o MEC, mais de 84,5% das vagas são para instituições federais (universidades e institutos).

As inscrições para o Sisu serão abertas no dia 15 deste mês. O prazo encerra-se às 23h59min do dia 18, horário de Brasília. São 6.146 vagas em cursos de graduação em 125 instituições públicas de ensino superior.

Os interessados podem verificar as vagas oferecidas por modalidade de concorrência, cursos e turnos, instituições e localização dos cursos. Também será possível acessar a íntegra do documento de adesão de cada uma das 125 instituições ao Sisu.

Todas as instituições públicas de educação superior puderam aderir ao Sisu para ofertar suas vagas nesta edição do primeiro semestre de 2022.

Os 10 cursos com maior oferta de vagas são, nesta ordem: pedagogia, administração, ciências biológicas, matemática, direito, química, física, agronomia, interdisciplinar em ciência e tecnologia e engenharia civil.

Para participar desta edição do Sisu, o candidato precisa ter feito o Enem de 2021, obtido nota superior a zero na prova de redação, e não tenha participado do Enem na condição de treineiro.

CRONOGRAMA

Pelo cronograma, as inscrições irão de 15 a 18 de fevereiro, e o resultado sairá no 22. De 23 de fevereiro a 8 de março, serão feitas as matrículas.

Os candidatos terão prazo de 22 de fevereiro a 8 de março para manifestar interesse em participar da lista de espera: A partir de 10 de março ocorre a convocação dos selecionados por meio dessa lista.

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A médica Adélia Pinheiro será a nova secretária de Saúde do Estado da Bahia. Ela substitui Tereza Paim, neonatologista que ocupava o cargo, interinamente, desde agosto de 2021. O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (4), pelo governador Rui Costa, que agradeceu a Tereza pela dedicação e pelos serviços prestados ao estado.

A nomeação será publicada na edição de sábado (5) do Diário Oficial. Adélia Pinheiro tem mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP). Ela já foi reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), da qual é professora concursada, e estava à frente da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

Advogado Geraldo Borges apresenta projeto de revitalização do esporte itabunense
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A simplicidade do projeto é uma demonstração de sua viabilidade e execução, e que pode ser iniciado com a alocação de poucos recursos, parceria e muita criatividade. Geraldo Borges colocou a bola na marca do pênalti, cabe, agora, ao Executivo chutá-la em gol.

 

Walmir Rosário | wallaw2008@outlook.com

Itabuna sempre foi considerada uma grande praça esportiva, tanto pela quantidade e qualidade de seus jogadores, quanto pelos torcedores, apaixonados pelo futebol, voleibol e outras modalidades esportivas. Há décadas, equipes amadoras fascinavam os torcedores no acanhado campo da Desportiva nas tardes de domingo, sem falar na seleção amadora de Itabuna, hexacampeã baiana.

Se praticávamos um futebol de excelência, nos orgulhávamos em receber as grandes equipes brasileiras do passado, que exibiam craques como Mané Garricha, Evaristo de Macedo, Bellini, Zico, Roberto Dinamite, dentre outros astros da constelação do América, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, dentre tantos outros. Mas isso faz parte de um passado constantemente relembrado com carinho pelos itabunenses.

Inconformado com a situação de penúria que chegou o esporte – em suas várias modalidades – o radialista, advogado e mestre em Administração Pública, Geraldo Borges Santos, resolve dar o pontapé inicial na partida de soerguimento do esporte na cidade. E não é a sua primeira iniciativa, pois desde o final dos anos 1960, junto com Ramiro Aquino e Yêdo Nogueira, liderou uma campanha para a construção do Estádio Luiz Viana Filho.

Agora, se empenha em colaborar o escrever um projeto, no sentido de provocar ações da administração pública municipal, para a criação de uma política que possibilite recrutar, selecionar e envolver jovens em todos os bairros de Itabuna para a prática de esportes em suas diversas modalidades. Para tanto, considera fundamental a recuperação da Vila Olímpica de Itabuna, integrando o Ginásio de Esportes ao Estádio Luiz Viana Filho.

O projeto, elaborado em abril de 2021, foi entregue ao vereador Ronaldão, para que seja alvo de debate entre a sociedade, o Legislativo e o Executivo. Acredita Geraldo Borges que, se por um lado a expansão imobiliária acabou com os campos de peladas na periferia da cidade, em muitos bairros foram construídas quadras de esportes, hoje subutilizadas ou destruídas por falta de uma política pública de conservação, o que prejudica o esporte.

Geraldo Borges cita os feitos esportivos de Itabuna, que se destacou no futebol, voleibol, futebol de salão, natação, atletismo e basquetebol, neste, sagrando-se terceiro colocado nos Jogos Abertos de Santo André (SP). No Futebol, foi campeã do Torneio Antônio Balbino, em 1957, por ocasião da inauguração dos refletores do estádio da Fonte Nova, com a presença do presidente Juscelino Kubitschek, o início ao hexacampeonato.

Ainda no futebol, o Itabuna Esporte Clube foi vice-campeão baiano de profissionais, em 1970. Na mesma balada, os juniores do Itabuna se consagraram campeões baianos em 1971, época em que revelou grandes jogadores, entre eles Perivaldo, convocado posteriormente para a Seleção Brasileira. Tempos depois, por falta de incentivo, o Itabuna caiu para a segunda divisão e permanece inativo como clube de futebol.

Geraldo Borges, o autor do projeto

Para o autor, todos os feitos e conquistas de antes deveu-se ao trabalho empírico de alguns colégios e campinhos de bairros, e hoje a cidade conta com a Universidade Estadual de Santa Cruz, a Unime e a FTC, faculdades de Itabuna e entorno, que dispõem de cursos de educação física. Daí sairão os recursos humanos especializados no preparo de jovens, recorrendo a professores e alunos, estes últimos na condição de estagiários, remunerados ou não, por meio de convênios autorizados pelo Legislativo.

Além da Vila Olímpica, integrada por um grande Estádio de futebol com pista de atletismo (inacabada, é verdade) e estrutura do ginásio de esportes e piscina, a Prefeitura poderá firmar parcerias e convênios com clubes sociais e entidades privadas. Enquanto isso, o município buscará mais recursos junto aos governos federal, estadual e a iniciativa privada para custeio e investimentos.

Conforme especifica o projeto de Geraldo Borges, os recursos para implantar o projeto podem ser alocados no orçamento da Secretaria Municipal de Esportes, que já conta rubricas específicas e técnicos capacitados para empreender as atividades. Para ele, um projeto dessa grandeza encontrará grandes parceiros entre empresas ligadas aos esportes, a exemplo das indústrias de confecção de material esportivo.

Clique e confira aqui o projeto

Conclui-se, portanto, que a cidade tem uma estrutura básica de equipamentos públicos voltados para o esporte, grande contingente de jovens ávidos para envolvimento em atividades esportivas e de atletismo. Tudo isso aliado a uma população que gosta de esportes, com histórica tradição de sucesso, restando ao Executivo e Legislativo estabelecerem uma política pública que possa beneficiar toda a comunidade.

A simplicidade do projeto é uma demonstração de sua viabilidade e execução, e que pode ser iniciado com a alocação de poucos recursos, parceria e muita criatividade. Geraldo Borges colocou a bola na marca do pênalti, cabe, agora, ao Executivo chutá-la em gol.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Professora e juíza aposentada, Mirêta Vivas faleceu nesta madrugada de terça
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A juíza aposentada e professora Mirêta Vivas Araújo de Queiroz faleceu nesta terça-feira (1º), aos 86 anos, em Salvador. Mirêta estava na capital baiana em tratamento de saúde.

Mirêta foi professora do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), onde ingressou em 1986, quando a instituição ainda era Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi). Ela se aposentou em 2008. Também foi juíza de Direito em comarcas do sul da Bahia, a exemplo de Itabuna.

Viúva do professor do já falecido professor Francolino Neto. O reitor da Uesc, Alessandro Fernandes Santana, emitiu nota de pesar. Nela destacou “a valiosa contribuição da Professora Mirêta Vivas Araújo G. de Queiroz às Ciências Jurídicas na Bahia, como professora de Direito e como magistrada, deixando um legado valoroso no cenário da nossa Justiça”.

VELÓRIO

O velório está previsto para esta quarta-feira (2), a partir das 7h, no Cemitério Jardim da Saudade, onde o corpo será sepultado às 11h.

Marcone e o reitor Alessandro Santana recebem doações de Tobias Barreto
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O presidente da Amurc e prefeito de Itajuípe, Marcone Amaral, e o reitor da Uesc, Alessandro Santana, recepcionaram, nesta quinta-feira (6), na Universidade, a entrega de um caminhão de donativos de Tobias Barreto, Sergipe. O material vai ser entregue aos municípios atingidos pelas fortes chuvas da última semana de dezembro.

A campanha da cidade Sergipana para a arrecadação de cestas básicas, roupas e travesseiros, dentre outros donativos, foi coordenada por Margarida Maria Araújo Bispo, Alex Freitas, Vanjo Freitas e Mirandi Freitas. A prefeitura, por meio do secretário de Indústria e Comércio, Alex Batista, e o prefeito Dilson de Agripino, apoiou a iniciativa de solidariedade.

“Gratidão a todo o povo de Tobias Barreto pelas doações. Tenho certeza que muitos municípios da nossa região vão fazer bom aproveito porque as pessoas, infelizmente, perderam tudo nessa chuva, e toda a ajuda é necessária”, disse Marcone.

O material arrecadado se soma às 54 toneladas de donativos que foram entregues à Universidade e já estão sendo distribuídos às comunidades cadastradas da região. O reitor da Uesc, Alessandro Santana, endossou a fala do prefeito Marcone. “Agradecimento eterno a todas as pessoas que estão nos ajudando. A região agradece”.

Ilhéus tem alerta de chuva forte até a quinta-feira (27) || Foto PMI
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Dezembro de 2021 foi o mais chuvoso dos últimos 97 anos em Ilhéus, de acordo com estudo divulgado na manhã desta quinta-feira (6) por pesquisadores do Departamento de Ciências Exatas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). No mês passado, o volume total de chuva no município sul-baiano chegou a 638 milímetros, o que corresponde a 638 litros de água por metro quadrado. A média histórica de precipitações para dezembro é bem menor (168 milímetros).

Conforme o professor e doutor Manoel Camilo Moleiro Cabrera, somente no intervalo de 24 a 26 de dezembro o acumulado de chuva chegou a 207mm, superando a média histórica para todo o mês de dezembro.

Além de ser o dezembro mais chuvoso em quase um século, o mês passado ainda foi o segundo mais chuvoso de todo o período analisado no estudo da Uesc. “Se compararmos todos os meses do ano, dezembro de 2021 ocupa a segunda posição, ficando atrás somente de maio de 1936”, enfatiza o professor doutor Manoel Camilo Moleiro Cabrera.

MONITORAMENTO E ALERTA

O professor recomenda melhorias no sistema de monitoramento dos rios na região. “Necessária a instalação de sistemas de monitoramento de nível, vazão e chuva nos principais rios da região, para criar um sistema de alerta que visa orientar a população em áreas de risco e, assim, reduzir e mitigar os prejuízos com os eventos extremos recorrentes como enchentes e inundações.”

Estes resultados foram obtidos por meio do projeto de iniciação científica Aquecimento Global e Tendências de Temperatura e Chuva na Ecorregião de Floresta Costeira da Bahia, orientado pelo professor e desenvolvido pelo bolsista e aluno de graduação em Engenharia Civil da Uesc Clebson Ramos Santos. O projeto tem a participação dos pesquisadores externos André Ballarin e do professor doutor Edson Wendland, ambos da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), da Universidade de São Paulo.

Ontem, o PIMENTA publicou matéria especial revelando como a ação do homem levou a uma das maiores tragédias climáticas já ocorridas no sul da Bahia. Quem explicou os impactos da ação humana foi o mestre Cezar Falcão Filho, da Uesc (confira a íntegra clicando aqui).

Representantes de entidades definem logística de entrega de donativos || Foto Pablo Brandão
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Entidades que estão engajadas na arrecadação e distribuição de donativos para os municípios afetados pelas chuvas que caíram intensamente, no sul da Bahia, estiveram reunidas nesta segunda-feira (3) com o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Santana. O encontro buscou organizar a logística de distribuição das 54 toneladas de donativos que foram entregues à universidade neste domingo (2).

A arrecadação de material resulta da articulação feita pelo grupo Amigos Solidários, em Salvador e em outros municípios da Bahia.

Mais de 54 toneladas de donativos serão entregues no sul da Bahia

De acordo com o reitor Alessandro Santana, a entrega será feita às comunidades cadastradas pelas entidades e às prefeituras da região, com o apoio da Associação dos Municípios do Sul, Extremo Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) e da Uesc Solidária.

“Nossa palavra é de gratidão para cada pessoa que fez a doação, não apenas a que veio para a Uesc. Cada pessoa que está empenhada em ajudar a quem está precisando, a nossa gratidão”, disse o reitor da Uesc.