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Felizes homens e mulheres novos. Não podemos atribuir ao calendário o poder de gerar novos ciclos, mas a nós, autores das ações e construções até mesmo do calendário, para aliviar o peso dos anos, fazendo zerá-lo a cada 365 dias.

 

Rosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

Está chegando ao seu final o 2021, mais um ano que parece ter seguido na direção contrária ao que pedimos e sonhamos na virada de 2020. Esse foi o segundo ano em que aprendemos a dar mais valor ao hoje, e a entender que o amanhã pode ser uma miragem, algo inatingível. Aprendemos que os abraços e afagos precisam acontecer sempre, e no presente, porque o futuro pode ser improvável.

Se voltarmos um pouco a fita do tempo, veremos que na virada de 2019 para o ano seguinte já tínhamos notícias da existência de um vírus na China, mas, como estávamos distantes e “somos brasileiros, abençoados por Deus e um país bonito por natureza”, achávamo-nos intocáveis e ignoramos o fato de que vivemos numa aldeia global, embora nem todos estejam conectados aos fluxos das riquezas geradas no planeta.

Sabemos, também, que independentemente das condições socioeconômicas, as consequências do modelo de vida moderno impõem a todos um custo de sobrevivência, e, portanto, os impactos de uma pandemia, desconsiderada até ali, com virulência para atingir os quatro cantos do mundo e, de forma mais direta, as populações mais vulneráveis.

O ano novo chegou e permanecemos em berço esplêndido, afinal, o ano era par e diz a sabedoria popular que esse fato é um diferencial para que o ano seja bom, próspero, especial. Os dias foram passando e as notícias que chegavam do exterior eram assustadoras – o vírus já provava o seu poder de propagação e mortandade, mostrava ao mundo que todos éramos suscetíveis e estávamos diante de uma crise que se ramificaria mundo afora.

O corre-corre foi geral para identificar saídas e superar as restrições trazidas nos protocolos para o enfrentamento da covid-19. Enfim, tínhamos encerrado um ano par totalmente adverso ao que indicavam os nossos prognósticos, mas teríamos uma nova oportunidade, agora, o próximo ano, 2021. Esse não teria como ser pior do que o ano que se encerrava. Estávamos mais resilientes e menos acelerados, antecipamos modus de vida desejado, o home office estava posto, os cursos à distância, o e-commerce, as lives, os lares ganharam, na sua grande maioria, cara de residências, afinal, quem já não o fazia, foi forçado a compartilhar os quatro cantos da casa e a conviver mais próximo aos seus.

Mas, o filme de terror gerado pelas mortes que assistíamos distante de nós agora era na casa ao lado, dentro da nossa casa ou da casa de alguém que amávamos. As dores desses acontecimentos estavam por todos os cantos, marcavam a nossa alma. Por dia contabilizamos a queda de vários boeings. Por um tempo, tínhamos, todos os dias, o nosso próprio 11 de setembro.

Mergulhamos num ciclo de horrores e dores, um cenário de incertezas apareceu sobre a mesa: a cada espirro, um choque; a cada gripe, um desespero; a cada tosse, um baque; a cada diagnóstico de positivação, a incerteza da evolução da doença; a cada internamento, a separação abrupta; a cada intubação, a segregação, o sentimento de falência emocional. A cada morte, uma dor sem precedente, um registro insolente, uma partida ainda mais sofrida, sem direito à despedida.

Agora, 2022 bate na porta, trazendo consigo novos sonhos. Mas já estamos menos empolgados. Os dois últimos anos se passaram e a gente quase não se deu conta. Para complicar um pouco mais a nossa vida, aqui na Bahia, em várias regiões, inclusive na nossa região Sul, fomos afetados por uma grande cheia. Muitos de nós perderam tudo materialmente falando e terão que se refazer. A solidariedade vem sendo exercida com muita intensidade, a vacinação caminha, mesmo a passos lentos, e a influenza também está entre nós. Todos esses acontecimentos estão ligados ao modo de vida moderna, exigirá de nós renascimentos.

Felizes homens e mulheres novos. Não podemos atribuir ao calendário o poder de gerar novos ciclos, mas a nós, autores das ações e construções até mesmo do calendário, para aliviar o peso dos anos, fazendo zerá-lo a cada 365 dias. Que sejamos seres renascidos nesse novo ano que se inicia, que valorizemos a vida e todas as suas nuances e possibilidades, que não deixemos para amanhã o bem que podemos fazer hoje. Um feliz ciclo novo, com 2022 motivos positivos para comemorarmos!

Rosivaldo Pinheiro é economista e especialista em Planejamento de Cidades (Uesc).

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Apesar de o governador e a atmosfera política nacional à época dificultarem até o último minuto, todas essas pessoas da nossa comunidade conseguiram fazer a pressão necessária.

 

Mariana Ferreira | marianaferreirajornalista@gmail.com

A nossa Uesc completa hoje 30 anos de estadualização. Ela é a prova cabal de que, quando unida em prol do coletivo, uma sociedade pode mudar seu destino. O marco das três décadas da universidade sul-baiana inevitavelmente traz à luz toda a luta travada pela comunidade regional para que ela fosse, enfim, tornada pública, gratuita, acessível a todos que tivessem o sonho do ensino superior, o que, para orgulho da nossa história, foi concretizado naquele 5 de dezembro de 1991: a Fespi – Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna tornava-se, enfim, a Universidade Estadual de Santa Cruz.

A persistência dos alunos, professores, servidores, setores econômicos, poderes públicos, da imprensa e uma gama de outros segmentos, que começou na segunda metade da década de 1980, conquistou a democratização do ensino superior num contexto no qual não mais cabia aquela escola particular, que era mantida por um “tripé” econômico formado por Ceplac, governo do estado e mensalidades pagas pelos alunos, sendo que estas se tornaram exorbitantes em função da crise que cercava a nossa região.

Esse cenário, agravado por uma paralisação geral na Fespi, já sinalizava a necessidade de torná-la pública, como descrito no documentário A Contrapartida, que produzi para contar um pouco dos bastidores dessa história. O documentário está disponível no Youtube e traz entrevistas, vários recortes da época e algumas revelações.

Nesses 30 anos de Uesc, é imperativo aplaudir a sociedade responsável por essa vitória e reverenciar cada indivíduo engajado nessa luta. Essas centenas de pessoas jogaram para escanteio diferenças históricas, disputas partidárias e mostraram a força que aquela união traduzia. Apesar de o governador e a atmosfera política nacional à época dificultarem até o último minuto, todas essas pessoas da nossa comunidade conseguiram fazer a pressão necessária. Portanto, deixo aqui a minha reverência a quem se empenhou e se empenha pela valorização da nossa Uesc, que ano após ano colhe a honra de estar em destaque em alguns dos principais rankings universitários internacionais. A luta valeu a pena.

Mariana Ferreira é comunicóloga e autora do documentário A Contrapartida.

Clique no play e assista ao documentário.

Uesc oferta mais de 1,7 mil vagas pelo Sisu 2022
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A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus, decidiu pela retomada das atividades presenciais já a partir de janeiro de 2022. A resolução do Conselho Universitário (Consu) aprovou a medida e a resolução da retomada será publicada no site da Universidade.

Conforme a decisão, as atividades técnico-administrativas serão retomadas de forma escalonada, com retorno de um terço dos servidores na primeira quinzena de janeiro, sem atendimento ao público e 66% na segunda quinzena de janeiro, com atendimento ao público, e 100% dos servidores em janeiro.

“No que se refere às atividades de ensino presencial para o semestre 2022.1, deverá atender ao que for determinado pelo Calendário Acadêmico. Os conselheiros aprovaram, na resolução, que caso ocorram mudanças no cenário epidemiológico da SARS-COV-2 (vírus causador da Covid-19), o Consu se reunirá, extraordinariamente, para análise e deliberação”, informou a Universidade em nota.

A administração da Uesc terá prazo de 30 dias para atualizar a Instrução Normativa 001/2021, incluindo os protocolos de biossegurança e sanitários. O presidente do Consu e reitor da Uesc, professor Alessandro Fernandes, confirmou que “atendendo a deliberação do Consu, todos os cursos da Uesc voltarão a ter suas disciplinas de forma presencial, também dos setores administrativos e de apoio acadêmico”.

“Durante o período pandêmico foi instituído o ensino remoto emergencial, a Universidade teve que se reinventar adotando o uso de novos tecnologias de ensino e comunicação, a Uesc também passou a garantir o auxílio para que os estudantes contratassem pacote de dados de internet”, lembrou o reitor.

CANTINAS E RU

Sobre as cantinas e o restaurante universitário, o RU, o reitor informou que já ocorreu uma licitação e, ainda em novembro, ocorrerão mais duas, para assegurar, já no mês de janeiro de 2022, o atendimento à comunidade acadêmica.

GILBERTO GIL

Ao fim da 62ª reunião extraordinária do Consu/Uesc, os conselheiros aprovaram por unanimidade, uma moção de aplauso indicada pelo presidente do Conselho, parabenizando o cantor e compositor baiano Gilberto Gil, recém eleito para cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras.

Secador alternativo, criado por pesquisador da Uesc, é movido a energia solar
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O professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Jorge Sales, criou um secador para o fruto que promete revolucionar o modo com que produtores secam as amêndoas do cacau. Com a inovação, o pesquisador busca agilidade, eficiência e economia para o processo de produção e colheita do cacau. O projeto teve apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), órgão ligado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Patenteado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e em fase final de testes, o secador de amêndoas alternativo, movido a energia solar, é uma alternativa mais barata para os agricultores. “O nosso principal benefício é que o secador seja de fácil acesso para o agricultor carente. Assim, ele terá acesso a uma tecnologia de baixo custo, que pode aumentar a qualidade do seu produto como o cacau”, explicou o pesquisador.

A ideia surgiu em 2011 após um produtor rural apresentar problemas no processo de secagem do cacau. “Na busca de financiamento, escrevi projetos para bolsas de iniciação científica e Mestrado em Modelagem Computacional na Uesc. Depois, fui criando os modelos matemáticos e computacionais e, com os resultados obtidos, construímos um protótipo que validou o modelo”, detalhou o professor, que é doutor em física nuclear pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (Ita).

Outro ponto importante que o professor destacou é que o secador de cacau vertical ajuda a economizar energia elétrica e lenha das fazendas dos agricultores, pois o conceito tradicional dos outros secadores de estufa (Barcaça) satisfaz apenas uma necessidade do profissional.

“A disposição vertical economiza material e mão de obra de montagem, posto que o custo de cobertura é bem maior do que o de paredes verticais, que predominam no presente modelo. Constituído por uma torre, o secador foi limitado em quatro metros por motivos operacionais e de segurança, e mais 80 centímetros da cúpula de convecção de calor”, conta.

Segundo Jorge, o modelo traz outro grande diferencial dos demais secadores já existentes no mercado, que é o tempo de secagem. “Na secagem tradicional (barcaça), o processo demora entre cinco a sete dias em média. No nosso projeto, temos a possibilidade de conclusão entre três e quatro dias. Outra vantagem em relação à barcaça é que o secador vertical não tem contaminação de agentes externos como fezes de pássaros, fuligem carregado pelo vento e contato com ação humana”, finalizou.

Professor Adeum Sauer faleceu em acidente automobilístico || Foto Reprodução
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O professor e ex-secretário de Educação de Itabuna e da Bahia Adeum Sauer, de 69 anos, faleceu no final da noite deste sábado (18), vítima de acidente automobilístico em trecho da BA-001 em Canavieiras, no sul da Bahia. O veículo que dirigia caiu numa região alagada, provocando a morte do professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Ainda nesta manhã, o governador Rui Costa emitiu nota de pesar devido à morte do ex-secretário estadual da Bahia na gestão de Jaques Wagner. Ele comandou a pasta no período de 2007 a 2009. Em Itabuna, foi secretário da Educação nos dois governos de Geraldo Simões (PT), nos períodos de 1993 a 1996 e 2001 a 2004.

Ainda não há informações sobre velório e local de sepultamento.

O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes Santana, publicou em uma de suas redes sociais a nota de pesar da instituição da qual Adeum era professor. “Foi com imenso pesar, que a comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc, recebeu a notícia da morte do Prof. Adeum Sauer”, escreveu o reitor.

Alessandro Fernandes também lembrou a trajetória de Adeum na Uesc, onde ingressou quando a instituição ainda era Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi) e foi, após a estadualização e criação da Uesc, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.

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A Uesc é a prova maior de união e vitória dessa região. Foi um sonho de toda a sociedade que virou realidade. Foi fruto da articulação e envolvimento de todos. Não houve divisão. Houve integração, e essa energia e exemplo precisam ser colocados em prática como fio na luta pelo nosso patrimônio Rio Cachoeira.

Rosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

Os tempos atuais exigem cada vez mais responsabilidade do conjunto da sociedade em relação ao desenvolvimento sustentável. O tema, embora importante, sempre fica no imaginário de parte da população das cidades e parece algo intangível. Sempre aparece nas discussões eleitorais dos municípios a cada quatro anos.

A cidade de Itabuna e a região sempre têm ligação umbilical com a bacia do Cachoeira e com o próprio rio, sempre foi uma fonte de inspiração, cantado em verso e prosa, uma fonte inesgotável de história e estórias, mas que sofre com a falta de empatia e responsabilidade de todos nós ao longo do tempo. Itabuna, por exemplo, nasceu a partir do Cachoeira.

Essa desatenção abrange do setor público ao privado e, nesse caso, não cabe citar exceções, pois se existem, são incipientes para mexer nas estruturas de estado. Destacá-las seria mais um subterfúgio para esses mecanismos. Em Itabuna e em outras cidades as pessoas literalmente deram as costas para o rio, construindo em suas margens e fazendo os seus lançamentos de esgoto diretamente no curso d’água do Cachoeira.

Pensar o Rio Cachoeira é tarefa urgente, importante e necessária e obriga toda a sociedade a sair da posição de letargia, dos muros da reclamação e falação para o papel de agente de transformação. Precisamos agradecer a todos que fazem do Rio uma fonte de pesquisa e contribuem com seus estudos. Toda essa contribuição faz nascer a hora da virada. A hora de sermos pragmáticos e dizermos com ações concretas: o Rio Cachoeira é a nossa voz!

Aconteceram dois encontros nessa semana na Uesc, o primeiro no dia 31 de agosto e o segundo no dia 1° de setembro. Foram encontros liderados por Itabuna, tendo a Amurc e o CDS Litoral Sul como parceiros. Estiveram na formatação dessa discussão UFSB, UESC, Embasa, Emasa, Portal Santo Agostinho, Ramboll e comitê das bacias hidrográficas do leste, com a participação de diversos outros técnicos e estudiosos da temática.

Foi Um rico encontro, sem donos da verdade, sem arroubos, sem personalismo, nem mesmo mesa oficial foi formada, justamente para rompermos com o formalismo, colocando todos em pé de igualdade. Algumas cidades demostraram maior envolvimento: Itabuna, Ilhéus e Floresta Azul, sendo as demais representadas pela Amurc e CDS-LS. Aliás, cabe aqui destacar a participação de Luciano Veiga, gerente executivo das duas entidades e vice-presidente do Comitê das Bacias do Leste, mas sentimos a ausência de representantes direto dos demais municípios envolvidos.

O registro aqui é didático, não visa polemizar nem criar cisões; ao contrário, serve de alerta pela importância estratégica deles na construção e fortalecimento do braço político dessa ação em nível de região, afinal, a pauta nos une: recuperação ambiental, social e econômica da região passa pela recuperação do Rio Cachoeira, especialmente com a chegada de novas oportunidades advindas do Porto Sul.

Para não perdermos de vista a luta que estamos iniciando, tem simetria com a que fizemos com a Universidade Estadual de Santa Cruz. Não à toa, escolhemos a Uesc para sediar os dois eventos iniciais na luta pelo nosso Cachoeira. A Uesc é a prova maior de união e vitória dessa região. Foi um sonho de toda a sociedade que virou realidade. Foi fruto da articulação e envolvimento de todos. Não houve divisão. Houve integração, e essa energia e exemplo precisam ser colocados em prática como fio na luta pelo nosso patrimônio Rio Cachoeira.

Rosivaldo Pinheiro é economista, especialista em Planejamento de Cidades (Uesc) e subsecretário de Planejamento de Itabuna.

Uesc é segunda colocada em ranking internacional
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No Brasil, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) é a segunda colocada no ranking das Universidades Jovens, em levantamento feito pelo Times Higher Education (THE). A instituição internacional organiza uma lista com as melhores “Universidades Jovens” do mundo.

A organização define como universidades jovens aquelas fundadas a partir de 1971. No Brasil, na categoria Engenharia Civil, 10 instituições foram ranqueadas. O destaque na Uesc foi o curso de bacharelado na área. De acordo com a lista do THE, a primeira colocada é a Universidade Estadual Paulista (SP).

A terceira posição é ocupada pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido (RN), seguido da Universidade Estadual de Londrina (PR), Universidade Federal de Uberlândia (MG), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (PR); Universidade Federal do ABC; Universidade Tecnológica Federal do Paraná (PR), Universidade Federal do Piauí (PI) e Universidade de Fortaleza (CE).

O reitor da Uesc, professor Alessandro Fernandes de Santana, destaca a importância da avaliação. “O Times Higher é uma instituição internacional nos coloca numa posição privilegiada. Essa é uma avaliação que mostra a importância e a relevância dos trabalhos realizados em nossa universidade”, afirma. O curso de Engenharia Civil da Uesc foi implantado em 2011, mas já está consolidado.

Mestre Virgílio recebe título de doutor honoris causa da Uesc
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O Conselho Universitário da Universidade Estadual de Santa Cruz (Consu/Uesc) reúne-se, extraordinariamente, às 14h desta segunda-feira (23), para entregar o título de Doutor Honoris Causa a José Virgílio dos Santos, “Mestre Virgílio”. A solenidade terá lugar no Auditório do Centro de Arte e Cultura da Uesc. Será a primeira reunião presencial desde o início da pandemia ocasionada pelo Covid-19. Por essa razão, apenas cem pessoas poderão participar presencialmente da solenidade.

O título de Doutor Honoris Causa foi concedido por unanimidade, na 53ª reunião (on-line) do Consu, realizada no dia 4 de agosto de 2020, proposto pela professora Camila Righetto Cassano, do Departamento de Ciências Biológicas (DCB/Uesc), e recebeu o parecer do professor Sanqueilo de Lima Santos, do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH/Uesc).

“Virgílio figura entre os mestres de Capoeira Angola mais antigos permanecendo em atividade e é único por sua história desvinculada da região de Salvador e Recôncavo. A trajetória de vida e resistência, suas produções artísticas, o apoio e incentivo a grupos de capoeira e a manutenção da tradição da Capoeira Angola em sua linhagem demonstram o saber e o fazer de Mestre Virgílio em prol da cultura afro-brasileira, tendo a cidade de Ilhéus como ponto de origem. Tais atributos conferem ao Mestre Virgílio, as qualidades que justificam a concessão do título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Esse título se destina à personalidade que se tenha distinguido pelo saber ou atuação em prol das Artes, das Ciências, da Filosofia, das Letras ou de melhor entendimento entre os povos,” destaca o parecerista.

Mestre Virgílio exercendo a sua arte, a capoeira || Foto Divulgação

ENSINANDO A PAZ

Honoris Causa” é uma expressão latina que significa “por causa de honra” e é utilizada quando uma universidade deseja conceder um título de honra para uma personalidade de grande destaque ou importância por seu trabalho. “Neste momento, em que no Brasil e no mundo, ressoam atitudes de intolerância, preconceitos, sufoca-se a cultura, tentam desconstruir tradições e, com isso, os valores materiais e imateriais, o seu Conselho Universitário, vai se reunir extraordinariamente para entregar o título Doutor Honoris Causa ao Mestre Virgílio. Mestre, porque fez do seu modus vivendi a sua tese e a defende na academia da vida, distribuindo saberes, valorizando a vida e ensinando a paz”, afirma o reitor da Uesc, Alessandro Fernandes.

Na opinião da professora Camila Righetto Cassano, autora da proposição, o título é o reconhecimento dos valores da cultura afro-brasileira e, em especial, o valor cultural da capoeira. “É o reconhecimento a uma pessoa que fez da sua vida um grande terreiro, onde pôde passar a todos, sem distinção, os seus conhecimentos. Por extensão, esse título reconhece os muitos mestres de capoeira que continuam esquecidos e pouco valorizados enquanto mantenedores de uma cultura que atravessou séculos de resistência à escravidão e discriminação”.

Cacau ainda é a principal divisa econômica da agropecuária do sul da Bahia
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O Brasil situava-se entre os líderes do ranking mundial de produtores de amêndoas de cacau, uma das principais matérias-primas para a fabricação do chocolate, nos anos 1980. Atualmente, o país ocupa a sétima posição e a pesquisadora da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Natasha Lopes, acredita que um dos motivos para esta queda esteja entre as pragas enfrentadas pelas plantações cacaueiras, entre elas a vassoura-de-bruxa.

Causada por um fungo, a doença, que é responsável por diversos impactos socioeconômicos, preocupa a população do sul da Bahia até hoje, mas o problema pode ter encontrado uma solução. Ou, ao menos, uma medida de contenção mais eficaz. Natasha fez estudo para investigar o potencial biotecnológico de uma proteína modificada do próprio cacau para combater esta doença. A boa notícia para produtores é que testes em laboratório já indicaram a possibilidade de inibir o fungo.

Natasha ressalta que desde a chegada da vassoura-de-bruxa no sul da Bahia os cacauicultores têm sofrido grandes perdas. “Embora existam alguns métodos de controle, a doença ainda causa perdas anuais na produção das amêndoas de cacau, o que prejudica a produção do chocolate. O nosso produto irá beneficiar os pequenos produtores da Bahia que ainda são responsáveis pela maior parte da produção nacional”, disse a pesquisadora.

REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Segundo a pesquisadora, atualmente existe um produto para controlar a doença, desenvolvido a partir do extrato de outro fungo, o Trichoderma, mas que o principal diferencial do trabalho desenvolvido por ela está em utilizar uma única molécula própria do cacau para proteger a plantação. “Este diferencial é de grande importância, pois limita os impactos ao meio ambiente e reduz a probabilidade do nosso produto interferir em outras características das amêndoas de cacau”, completou.

A cientista explica como funciona a ação do biofungicida. “A proteína modificada do cacau tem atividade antifúngica contra M. perniciosa, via internalização da proteína pelo fungo, gerando estresse oxidativo nas suas hifas e, consequentemente, queda em sua viabilidade. Assim, propomos a produção de um fungicida à base dessa proteína, que irá atuar de forma precisa em dois estágios cruciais do desenvolvimento do fungo, na fase de infecção e na fase anterior à formação dos basidiósporos, a única forma de disseminação do fungo, diminuindo sua incidência nas plantações de cacau, sem causar impactos ao meio ambiente”, declarou.

CONTROLE DO FUNGO

De acordo com Natasha, sua equipe sempre teve um incômodo a respeito de como o conhecimento desenvolvido na pesquisa, dentro das universidades no Brasil, e o investimento público nesse setor, retornam à sociedade. “A nossa inspiração partiu da ideia de aplicar o conhecimento que produzimos no laboratório de forma prática. Como consequência, daríamos um retorno àqueles que muitas vezes desconhecem a relevância do nosso papel social como cientistas. Além disso, a molécula escolhida para compor o biofungicida é o meu objeto de estudo e, ao observar seu potencial, percebemos que poderíamos explorá-la para outras modalidades de controle da doença em prazos mais curtos”, finalizou.

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Uma live do Departamento de Economia da Uesc debaterá, nesta segunda (24), às 19h, a situação do emprego nos municípios que compõem a Costa do Cacau, dentre eles Itabuna, Itacaré, Uruçuca e Ilhéus. A transmissão ao vivo, pelo Youtube, marcará o lançamento da mais nova nota técnica do Programa Amana, relativo ao período de janeiro a agosto de 2020.

A nota será apresentada pelas professoras Carla Regina Ferreira Freire Guimarães, Aline Conceição Souza e Nandially Moreno de Roma, autoras do documento.  Para participar e assistir à live, basta clicar na bio do DCEC no Instagram ou no link: https://www.youtube.com/channel/UCvWTFxPkk8UfaCcRidHI0Tg

 O Programa Amana, criado pela Universidade Estadual de Santa Cruz, propõe implementar ações conjuntas propostas por diversos Departamentos da Uesc, visando à retomada econômica das regiões imediatas Ilhéus-Itabuna, Camacan e Ipiaú afetadas diretamente pela pandemia Covid-19, cujo público alvo compõe-se de pessoas físicas, empreendedores informais, micro e pequenas empresas e gestores públicos municipais dos 43 municípios que compõem a supracitada região.Leia Mais

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O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes, lamentou o falecimento do Professor Givaldo Alves Sobrinho, ocorrido às 10h, desta sexta-feira(14), vítima de complicações da Covid-19.

O sepultamento será às 16h, desta sexta(14), sem velório no Cemitério São João Batista, no bairro São Francisco. O professor aposentado Givaldo Sobrinho era lotado no Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis (DCAC/Uesc).

“Meus sinceros e profundos sentimentos! Fui aluno, colega e amigo do Prof. Givaldo Sobrinho. Ele teve papel importantíssimo no DCAC, principalmente no processo de qualificação do curso de Administração de Empresas, o que o levou a alcançar o conceito A no MEC. O Prof. Givaldo também participou efetivamente para a implantação do curso de Ciências Contábeis na Uesc. Fica o legado. Que Deus acolha-o em ótimo lugar e conforte os familiares”, lamentou o reitor Alessandro Fernandes.

Amanda Oliveira lança obra que analisa impacto no videoclipe na indústria da música || Foto Divulgação
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A montagem e sua construção de sentidos no videoclipe está entre as 14 obras lançadas pela Editus, a Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, neste primeiro semestre de 2021. A obra da comunicóloga e jornalista Amanda Oliveira resulta de trabalho de conclusão de curso. A escritora fez Comunicação Social, com Especialização em Rádio e TV na Uesc (Ilhéus). Pela sua qualidade, a monografia recebeu recomendação de publicação.

Uma aula aberta, virtual, marcou o lançamento d’A montagem e sua construção de sentidos, na última segunda (3). A aula foi ministrada pelo professor e teórico Thiago Soares, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que está presente na mais nova publicação da Editus.

Na sua primeira obra, Amanda, que hoje trabalha na produção de vídeos promocionais e institucionais da TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo no sul da Bahia, destrincha os recursos técnicos, linguísticos e narrativos presentes na construção de videoclipes. Utiliza, para o trabalho, clipes das cantoras e ícones pops mundiais Beyoncé e Lady Gaga.

Lançamento teve aula aberta do professor Thiago Soares, da UFPE

LINGUAGEM ACESSÍVEL

A obra apresenta texto acessível, de fácil compreensão para quem não é da área da comunicação, mas tem interesse em saber mais sobre o processo de produção e os recursos utilizados em videoclipes. Amanda reforça, com A montagem e sua construção de sentidos, que “o hibridismo de montagem tem a capacidade de potencializar o sentido das canções no videoclipe do cenário pop mundial”.

O hibridismo ocorre com o videoclipe agregando conceitos televisuais, cinematográficos e publicitários, com imagem e som. “O videoclipe deixa de ser apenas um vídeo de divulgação de uma canção/álbum para ser um porta-voz de discursos, incluindo discursos ideológicos, que ganham espaço na sociedade por chamar atenção com seu  viés, criativo, metafórico e complexo”, observa Amanda Oliveira na obra, que está disponível no site da Editus (clique aqui) e também pode ser adquirida pelo email amandaolv10@gmail.com. O exemplar custa R$ 30,00.

Dinheiro foi liberado para os estudantes universitários
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O Governo da Bahia liberou mais uma parcela do programa Mais Futuro aos estudantes universitários das quatro universidades estaduais baianas (Uneb, Uesc, Uefs e Uesb). A parcela beneficia 9.426 estudantes, com um investimento de R$ 3.669.000 milhões.

Os valores são de R$ 600 para os alunos do Perfil Moradia (os que estudam a mais de 100 quilômetros dos locais onde moram) e R$ 300 para os do Perfil Básico (os que estudam no mesmo lugar onde moram). No total, nos quatro primeiros meses deste ano, já foram repassados para o programa R$ 11.065.500 milhões em recursos próprios do Estado.

O Mais Futuro é um programa de assistência estudantil, criado pelo Governo do Estado para garantir a inclusão social e a permanência dos estudantes que se encontram em condições de vulnerabilidade socioeconômica nas universidades públicas estaduais.

São ofertados estágios e auxílio financeiro para universitários que estudam a até 100 quilômetros da sua cidade de origem e para aqueles que moram em cidades a mais de 100 quilômetros de distância do campus onde estão matriculados.

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Nesta terça (4), audiência pública na Câmara de Vereadores discutirá a mobilidade urbana em Ilhéus. Proposta pelo vereador Augustão (PT), a audiência analisa as perspectivas de grandes investimentos no municípío nos próximos anos, principalmente com a chegada da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol) e terminal marítimo do Porto Sul e os seus impactos na mobilidade ilheense. A audiência começará às 16h e será transmitida pela TV Câmara nas redes sociais.

O evento terá a participação da professora Peolla Paula Stein, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Priscila Costa, da Ecolev Soluções Sustentáveis, dos professores Elvis Barbosa e Zina Cáceres Benavides, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da professora Adriane Batata, da Faculdade Madre Thais.

Corpo de Léo Matos foi encontrado na manhã deste domingo
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O corpo do presidente da Câmara de Itapetinga, Leonardo Rodrigues Matos, de 46 anos, foi encontrado, na manhã deste domingo (25), na região do Povoado de Palmares, na zona rural daquele município, no sudoeste da Bahia. A informação foi confirmada pela Polícia Militar, em Vitória da Conquista.

O vereador estava desaparecido desde sexta-feira (23), quando saiu para a fazenda onde o corpo foi localizado. Léo Matos, como é mais conhecido, teria se deslocado para a fazenda para fazer o pagamento de salário dos seus funcionários. O corpo foi encontrado boiando na represa. A polícia investiga o que ocorreu.

Nascido em Itapetinga em 14 de abril de 1975, Léo Matos, formou-se em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Ele trabalhou no Tribunal de Justiça da Bahia, na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia e na Fundação José Silveira. Foi gestor do Hospital Cristo Redentor por seis anos.

Nas eleições municipais de 2020, Léo Matos obteve 890 votos e foi eleito vereador pelo PSD. Na eleição interna, em 1º de janeiro deste ano, tornou-se presidente da Câmara de Vereadores de Itapetinga para o biênio 2021-2022. Ele deixa viúva, Ana Bárbara Matos, coordenadora da Fundação José Silveira/Hospital Cristo Redentor, e um filho.

O velório ocorre no Plenário Ulysses Guimarães, na sede da Câmara de Vereadores, na Avenida Hildebrando Nogueira, 130, bairro Morumbi. A Câmara decretou luto oficial de sete dias pela morte de Léo.