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Reitor preside a cerimônia (foto Pimenta)
Reitor preside a cerimônia (foto Pimenta)

O reitor pro tempore da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), Naomar Almeida Filho, preside neste momento o ato de fundação da instituição de ensino no bairro de Ferradas, em Itabuna, onde está instalada a Reitoria. A cerimônia conta com a presença do governador Jaques Wagner, do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, e do prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, entre outras autoridades.

No mesmo ato, Naomar Almeida dá posse a pró-reitores e diretores acadêmicos da Ufsba. Haverá também ainda nesta sexta-feira, 20, a nomeação e posse dos membros do Conselho Universitário.

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marceloniloO deputado estadual Marcelo Nilo (PDT), presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, afirma estar entusiasmado com o projeto da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsba), que terá seu ato de fundação nesta sexta-feira, 20, às 15 horas, em Itabuna. A solenidade, que será presidida pelo reitor pro tempore da Ufsba, Naomar Almeida Filho, terá a presença do governador Jaques Wagner e do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Para o parlamentar, “a instalação de universidades, institutos federais tecnológicos e escolas técnicas que possam dialogar com as características territoriais é fundamental para o desenvolvimento e a consolidação de um estado moderno”.

Ele destacou que a nova instituição permitirá que os jovens tenham menos necessidade de sair da região para fazer um curso superior, ao mesmo tempo em que contribui para atrair gente de outros municípios e estados. “Isso por si só já ajuda a desenvolver as cidades”, aposta o deputado.

 

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Naomar MonteiroNaomar de Almeida Filho

A Universidade Federal do Sul da Bahia terá signos modernos e ritos inovadores, representativos dos valores sociais e políticos da contemporaneidade e, para isso, deve superar pautas e normas estabelecidas.

A lei de criação da Universidade (Lei 12.808, de 5/6/2013), sancionada pela Presidenta Dilma Roussef, incluiu a sigla UFESBA como designativo oficial. Originalmente, esta sigla teria sido usada no projeto de criação da Universidade Federal do Extremo Sul da Bahia, com sede em Porto Seguro, de autoria do Deputado Jânio Natal, com base em proposta anterior do Deputado Zezéu Ribeiro.
Todos os projetos indicativos de universidades federais no Extremo Sul foram arquivados com a aprovação do PL 2.207/11 no Congresso Nacional, conforme Parecer do Relator na CCJ, Deputado Geraldo Simões, pois constitucionalmente a criação de órgão federal é prerrogativa do Executivo e não pode ser objeto de Projeto de Lei proposto por parlamentares.
Entretanto, no corta-e-cola da elaboração do projeto de Executivo pelo MEC, a sigla UFESBA foi inadvertidamente mantida, mesmo depois da definição da sede da Universidade no município de Itabuna que, incontestavelmente,não se encontra no território do Extremo Sul.
Em função dessa inadequação, a Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia propôs modificar a sigla designativa da instituição em todo o seu material de divulgação, mantendo-a exclusivamente nos documentos oficiais, onde couber no cumprimento da Lei. Além disso, em consulta a vários especialistas em construção de marcas, encontramos largo consenso em relação ao caráter disfônico da sigla. Duas alternativas (UFSBA e UFSB) foram inicialmente propostas e divulgadas no site provisório da nova instituição. Em resposta, leitores se queixaram da ausência da sigla oficial na enquete realizada e alguns comentários chamaram a atenção para mais uma sigla – UFSULBA, que teria sido usada nas primeiras audiências públicas sobre o tema.
Para auscultar a opinião majoritária da população da Região Sul sobre o tema, reforçando nosso compromisso com a transparência e a governança participativa, propusemos submeter a questão a uma Consulta Pública, mediante enquete eletrônica no nosso site institucional provisório: www.ufsba.ufba.br. Nesse site, cada sigla é submetida ao escrutínio,por ordem de data de proposição, conforme as seguintes justificativas:
a)    UFSULBA – Esta sigla foi proposta nos primeiros momentos de discussão para a implantação de uma universidade federal em Itabuna. Não se trata de acrônimo nem consta de projetos ou documentos oficiais.
b)    UFESBA – A sigla UFESBA foi proposta no projeto de criação da [U]niversidade [F]ederal do [E]xtremo [S]ul da [BA]hia, com sede em Porto Seguro, mas permaneceu no texto do PL 2.207/11 de criação da UniversidadeFederal do Sul da Bahia, mesmo depois da ampliação do seu território de abrangência para além do Extremo Sul.
c)    UFSBA – A sigla UFSBA remete foneticamente à UFBA (Universidade Federal da Bahia) instituição tutora da nova universidade e alma mater de todas as universidades baianas. Consta das primeiras minutas do Plano Orientador,elaborado pela Comissão de Implantação.
d)    UFSB: Esta sigla compreende um acrônimo composto por cada inicial donome [U]niversidade [F]ederal do [S]ul da [B]ahia. Esta é a sigla mais simples e intuitiva; gramaticalmente, trata-se de um acrônimo perfeito. Ademais, com essa designação, a UFSB terá equivalência semântica com suas co-irmãs UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia) e UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia).
Sabemos da enorme importância dos signos institucionais (marca, sigla, brasão, rituais e graus acadêmicos) para a consolidação de instituições do conhecimento do porte de uma universidade pública. Porém, os símbolos de uma instituição nova, comprometida com a excelência acadêmica e socialmente engajada não devem expressar mera tradição suntuosa e conservadora. A Universidade Federal do Sul da Bahia terá signos modernos e ritos inovadores, representativos dos valores sociais e políticos da contemporaneidade e, para isso, deve superar pautas e normas estabelecidas.
Esperamos contar com a participação expressiva e engajada da comunidade sul-baiana nesse esforço coletivo de construção institucional, principalmente no plano simbólico. Os resultados do processo democrático e transparente da consulta em curso poderão gerar importantes subsídios para os planos de comunicação social da mais nova instituição baiana de educação superior pública, vinculada desde o nascimento ao desenvolvimento econômico, social e humano da Região Sul da Bahia.
Naomar de Almeida Filho é presidente da Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia, ex-reitor da UFBA e pesquisador I-A do CNPq.

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Na discussão – secundária, claro – sobre qual será a sigla da Universidade Federal do Sul da Bahia, há quem prefira ir de encontro ao projeto de lei, agora em análise no Senado.
No projeto, está Ufesba. Ex-reitor da Ufba e hoje coordenador de implantação da universidade sul-baiana, Naomar Almeida defende que seja Ufsba.
Professor ilheense que perde o amigo, mas não a piada, diz que tanto faz ser Ufsba ou Ufesba.
– Pelo menos, não será Ufoba… – graceja.
Em tempo: Ufoba não é nada do que o leitor pode estar pensando. É só a sigla escolhida para a Universidade Federal do Oeste Baiano, também ainda dependente de análise no Congresso Nacional.

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O deputado Geraldo Simões (PT) declarou nesta terça-feira, 19, no plenário da Câmara Federal, que vai procurar agilizar a tramitação do projeto de lei que dispõe sobre a criação da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsba). Relator da matéria, o petista disse que trabalhará para que ela seja aprovada em março na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
“Acompanharei todo este processo até que a Ufsba esteja em funcionamento”, declarou o parlamentar, que na segunda-feira, 18, participou, em Itabuna, de reunião com prefeitos e a comissão responsável pela implantação da universidade. No encontro, foram definidos os municípios que terão colégios universitários da Ufsba (leia aqui).

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A reunião de trabalho da Comissão de Implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsba) terminou há pouco. O encontro definiu os municípios da área de abrangência do campus itabunense da Ufsba que serão contemplados com Colégios Universitários (CUNIs).
Os colégios serão instalados em municípios-polo que agrupem mais de 20 mil habitantes e serão portas de entrada na Ufsba. O modelo é elogiado por assegurar a incluisão de alunos dos municípios regionais na universidade federal, conforme o presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), Lenildo Santana. A entidade e a prefeitura de Itabuna foram as organizadoras da reunião de hoje.
MUNICÍPIOS CONTEMPLADOS
Na área do campus da Ufsba em Itabuna, os municípios contemplados serão Itabuna, Ilhéus, Ibicaraí, Canavieiras, Una, Itacaré, Ubaitaba, Itajuípe, Coaraci, Ibicaraí, Buerarema e Camacan. Cada colégio oferecerá 200 vagas para alunos.
A reunião de hoje, em Itabuna, foi considerada proveitosa pelo dirigente da comissão de implantação da Ufsba, Naomar Oliveira, ex-reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Sul-baiano de nascimento, ele deverá ser recomendado como reitor pro tempore da Ufsba.
A reunião serviu, também, para tratar de questões como localização do campus itabunense. A comissão criada pelo município ainda encontra dificuldades para definir o terreno ideal para construir a Ufsba, como deixou claro em artigo especial no PIMENTA o vice-prefeito Wenceslau Júnior (confira aqui). Tanto o vice-prefeito como o prefeito Claudevane Leite participaram da reunião desta manhã em Itabuna.
A reunião desta segunda foi promovida pela comissão, prefeitura de Itabuna e Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc).

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WENCESLAU1Wenceslau Júnior | wenceslauvereador@gmail.com

A Comissão está trabalhando incessantemente para encontrar a solução mais adequada para garantir a imediata instalação da universidade na cidade.

Na condição de membro da Comissão criada pelo prefeito para acompanhar o processo de implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsba), vale a pena esclarecer:
A) Que o município não dispõe de área própria que atenda às exigências elencadas pela Comissão de Implantação;
B) Que a área oferecida pela gestão anterior é particular, não existindo qualquer contrato que assegure ao município alguma garantia;
C) Que em conjunto com a comissão de implantação da UFSBA, estamos avaliando tecnicamente a melhor opção de área para em seguida efetuarmos a compra ou desapropriação;
D) essas medidas estão sendo mantidas em sigilo para evitar especulação imobiliária no entorno da área escolhida.
Na verdade, o que mais tem nos angustiado é a definição de um espaço adequado para abrigar imediatamente o funcionamento do Colégio Universitário de Itabuna e a Instalação do Instituto e da sede da Reitoria, pois esses espaços é que são fundamentais, juntamente com a celeridade na aprovação do Projeto de Lei que Cria a UFSBA assegurando o seu pleno funcionamento já em 2014.
Quanto às decisões de prédios para instalação do Colégio Universitário, do Instituto e da Sede da Reitoria, bem como em relação à definição da área para construção do Campus, a comissão de implantação, juntamente com o prefeito da nossa cidade, definiram o mês de março como prazo razoável para tal definição.
A Comissão está trabalhando incessantemente para encontrar a solução mais adequada para garantir a imediata instalação da universidade na cidade. Não poderia ser diferente tal empenho, até porque, eu e o prefeito Vane, na condição de vereadores, juntamente com nossos pares e outros atores, participamos intensamente da luta em defesa da Universidade Federal do Sul da Bahia.
Entendo que a decisão de instalar a Universidade aqui é a maior conquista do centenário de Itabuna, pois esse equipamento, juntamente com a Uesc, Ifba, Ceplac e outros órgãos aqui instalados, possibilitará a formação da massa crítica necessária para formular políticas de desenvolvimento econômico com inclusão social, respeito ao meio ambiente, focado no desenvolvimento tecnológico e na inovação necessários à consolidação de uma mudança de paradigma que supere de uma vez o modelo econômico de exportação de commodities, aproveitando a instalação dos equipamentos de infraestrutura e logística em curso na região dando um salto na diversificação econômica com foco em tecnologia.
Daí a determinação do prefeito Vane para que a equipe não poupe esforços e no prazo combinado com a comissão, nosso município possa cumprir com a parte que lhe cabe.
Wenceslau Júnior é vice-prefeito de Itabuna, advogado e professor da Uesb.

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Prefeitos do sul da Bahia se reúnem amanhã, 18, às 9h, no plenário da Câmara de Vereadores de Itabuna, para discutir o processo de implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsba) e definir localização dos Colégios Universitários (CUs). No total, serão trinta colégios espalhados em municípios nas áreas de abrangência da Ufsba.
A reitora Dora Leal, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), também participará da reunião. O prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana, presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste Baiano (Amurc), diz que o encontro marca o envolvimento dos municípios na construção do projeto transformar para a educação regional.
A ideia é acelerar o processo de instalação da Ufsba para que as aulas comecem em 2014. O processo mais adiantado dos três campi da universidade é o de Teixeira de Freitas. Itabuna ainda “patina” neste item. A comissão municipal criada pelo prefeito Claudevane Leite para cuidar do assunto levou propostas de áreas para instalar o campus, porém sem precisar tamanho de área, por exemplo. O andamento do processo aponta para reitoria em Itabuna e campus da Ufsba na área da Ceplac.

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Felipe de PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

De fato Serres tinha razão. A cada dia podemos notar o quanto a necessidade de formação – em seus mais diversos níveis – passa a ser uma demanda cada vez mais urgente.

O filósofo francês Michel Serres foi entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 1999. Naquela ocasião, enquanto discutia encaminhamentos para o desenvolvimento contemporâneo, ele foi questionado a respeito da educação e seus processos de formação. Serres afirmou o seguinte:
“Acho que, quando digo que o próximo século será o século da formação, não o digo como uma ideia filosófica ou uma utopia. (…) Baseado em experiências, digo que, amanhã, a demanda por formação será cada vez maior. Porém, nossas técnicas de formação e ensino são limitadas por questões de orçamento, de finanças, etc. Estamos, portanto, num momento muito preciso. (…) Esse ponto sem volta é chamado de crise. Portanto estamos aqui numa encruzilhada. Ou mudamos a maneira de educar ou será uma catástrofe. É isso. E acontece que justamente as novas tecnologias oferecem uma maneira de educação diferente, portanto existe a crise e existe a solução para o problema da crise.”
Essa nova maneira de educar, convocada pelo filósofo, passa objetivamente por duas questões fundamentais: a interdisciplinaridade e as novas tecnologias. A primeira delas nada mais é do que o diálogo formativo. Não se pode admitir um profissional contemporâneo que seja altamente especializado em sua área e alheio a temas de áreas adjacentes.
O profissional moderno deve ampliar sua visão de mundo a fim de encontrar uma formação mais completa. É recorrente a queixa a respeito da existência de profissionais que, embora donos de conhecimentos avançados em sua área de atuação, não sabem trabalhar em equipe, não têm trato adequado com clientes ou não sabem o que se passa pelo mundo. A formação interdisciplinar age na minimização dessas deficiências formativas.
As novas tecnologias, por sua vez, abrem um horizonte promissor para a formação. Bibliotecas de todo o planeta disponíveis com facilidade, acesso a informação de modo instantâneo, possibilidade de diálogo com pesquisadores de centros avançados. Poderíamos listar aqui uma infinidade de caminhos a serem experimentados e seguidos.
De fato Serres tinha razão. A cada dia podemos notar o quanto a necessidade de formação – em seus mais diversos níveis – passa a ser uma demanda cada vez mais urgente. Amplie-se ainda mais tal característica em uma região como a sul-baiana, prestes a receber uma série de empreendimentos, como o Complexo Intermodal.
Em breve, o sul da Bahia abrigará a UFSBA, Universidade que está sendo gerada com uma concepção mais ampla. Jovens de toda a região poderão iniciar seus cursos superiores nas suas próprias cidades, fazendo uso das novas tecnologias, ampliando dessa forma o acesso a formação.
Além disso, os jovens graduandos não farão seleção para cursos desenhados nos moldes tradicionais. Serão quatro Bacharelados Interdisciplinares (BIs) em cada Campi da UFSBA: Artes, Humanidades, Ciência e Tecnologia e Saúde.
Após uma formação de base completamente interdisciplinar, dialógica, em consonância com o que há de mais moderno na educação superior mundial, o aluno sai graduado com um diploma de nível superior em uma dessas quatro áreas. Daí por diante, caso deseje, pode seguir seus estudos por mais um, dois ou três anos e obter sua formação nas áreas específicas tal como na universidade tradicional.
É um novo meio de pensar, de formar. É uma nova educação para uma nova universidade. E que irá colaborar com a formação de um novo Sul da Bahia e um novo Brasil.

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Reitora (de óculos) e comissão apresentam projeto a Wagner (Foto Mateus Pereira).
Reitora (de óculos) e comissão apresentaram projeto a Wagner (Foto Mateus Pereira).

Se tudo caminhar como programado – e prometido!, as primeiras aulas inaugurais da Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufsba) devem ocorrer no próximo ano. Essa foi a previsão dada ao governador Jaques Wagner, hoje, 3, pela reitora Dora Leal, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), e pelo presidente da comissão de instalação da Ufsba, Naomar Almeida Filho.
Em Itabuna, a comissão de instalação e o novo governo ainda definem o local da Ufsba. O município será sede da reitoria da futura instituição de ensino e foi escolhido para abrigar um dos três campi.
Os demais serão Porto Seguro e Teixeira de Freitas, no extremo-sul do Estado. Clique no “leia mais” e conheça um pouco do projeto pedagógico e formas de acesso aos cursos que serão oferecidos pela Ufsba. Leia Mais

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Felipe de PaulaFelipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

 

Diversas cidades que circundam os três campi (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas) receberão estrutura da UFSBA para o funcionamento de unidades universitárias.

 

Muito se tem discutido na imprensa regional a respeito das possibilidades de se implantar o Campus da UFSBA no espaço A, B ou C. Compreendo que cada elemento relacionado a esta importante conquista sul baiana deva ser cuidadosamente pensado, discutido e executado, porém há muito mais na implantação de uma Universidade Federal do que apenas um espaço.

Discuto por aqui o que há de mais revolucionário na Federal do Sul da Bahia: sua proposta pedagógica. Os estudantes sul baianos terão a oportunidade de estudar de uma maneira que apenas as universidades mais modernas do mundo possibilitam aos seus alunos. Não haverá a entrada em cursos tradicionais. Os jovens não farão seleção para direito, medicina, comunicação, engenharia.

Os candidatos disputarão vagas nos Bacharelados Interdisciplinares, os BI’s: Ciência & Tecnologia, Artes, Humanidades e Saúde. Após 3 anos de estudos executados de maneira interdisciplinar – ou seja, um estudante de saúde recebe formação em humanidades, artes e tecnologia, contribuindo para a preparação de, por exemplo, um futuro médico com formação humanizada, que dispõe de habilidades para trabalho em equipe e tratamento humano – o estudante recebe um diploma de graduação plena em Saúde. Ele estará formado.

Daí por diante, já dentro da Universidade, o estudante poderá fazer a opção por sua área de formação mais específica – os tradicionais cursos de medicina, farmácia, psicologia, engenharia, direito, etc. E, esta escolha será feita de maneira amadurecida, com vivências que o jovem de 17 anos, concluinte do 2° grau, habitualmente não possui. Como este aluno já cursou 3 anos do BI, ele terá sua formação específica em mais 1, 2 ou 3 anos apenas – dependendo das especificidades do seu curso. Isso tudo também com uma pedagogia diferenciada, com uma aprendizagem baseada em resolução de problemas e no trabalho em equipe. O referencial teórico da UFSBA busca apoio em intelectuais como Anísio Teixeira, Milton Santos, Paulo Freire, Boaventura de Sousa Santos, Pierre Lévy e Alain Coulon.

Outra questão importante da formação da UFSBA é a Rede de Colégios Universitários. Diversas cidades que circundam os três campi (Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas) receberão estrutura da UFSBA para o funcionamento de unidades universitárias. Os concluintes do 2° grau da rede pública de ensino de, por exemplo, Itacaré, Uruçuca, Ubaitaba, Ibicaraí, Camacan e outras, poderão cursar a primeira metade de seus BI’s nas suas cidades de origem, dispondo das mesmas aulas que os alunos que frequentarão aulas no campus sede. Eles disputarão seu lugar na universidade apenas com os colegas provenientes da rede de colégios conveniados, democratizando o acesso a educação.

Através de uma moderna rede digital, o conteúdo ministrado será oferecido em versões ao vivo e gravadas para que os alunos dessas cidades tenham a formação mais adequada. Além disso, semanalmente, os professores da UFSBA farão visitas aos Colégios Universitários a fim de acompanhar mais de perto o processo formativo.

É inegável o ganho que o sul da Bahia experimentará com a UFSBA. Itabuna, com centro de formação em Humanidades, Ciência e Tecnologia, Comunicação e Artes, Porto Seguro com Ciências Ambientais, Humanas e Sociais e Teixeira de Freitas com Ciências da Saúde e de Humanidades e Artes, serão responsáveis por oferecer à região anualmente uma série de profissionais formados através de uma educação moderna, de alto nível, acompanhada de um entendimento humanista, globalizado, com entendimento da realidade contemporânea de maneira ampla. Jovens capazes de alavancar o desenvolvimento regional.

Aqueles que desejarem conhecer em mais detalhes a proposta de funcionamento da UFSBA podem encontrar o Plano Orientador da Universidade nesse link: http://pt.scribd.com/doc/117283898/PLANO-ORIENTADOR-DA-UNIVERSIDADE-FEDERAL-DO-SUL-DA-BAHIA.

Felipe de Paula é comunicólogo, mestre em Cultura e Turismo e professor.

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Josias Gomes

 

Nossa responsabilidade para com a Ceplac é histórica, do conhecimento de seus dirigentes, seus funcionários e seus pesquisadores.

 

A Bahia vive uma experiência acadêmica da maior importância. Na região cacaueira está sendo implantada, não sem dificuldades, a Universidade Federal do Sul da Bahia. A nova instituição nasce com o objetivo de priorizar o ingresso de estudantes do Sul e do Extremo Sul baianos. Segundo levantamento realizado pela equipe que coordena o projeto da UFSBA, cerca de 17.000 jovens concluem anualmente o Ensino Médio, na área abrangida pela futura instituição, e não têm acesso à universidade pública, e, portanto, gratuita. E é isto o que ocorre, mais uma vez, neste final de ano.

Nós, que, na condição de um dos representantes da região na Câmara dos Deputados, com inescapável responsabilidade para com a situação descrita, estamos, agora, empenhados na busca de soluções que barateiem o funcionamento da universidade, e, ao mesmo tempo, tornem mais ágil concluir o processo. Pensamos não ser possível mais tolerar que os milhares de estudantes da região cacaueira continuem vivendo sem perspectiva alguma de continuidade de seus estudos, uma vez que a UFSBA já se constitui num projeto devidamente aprovado em todas as instâncias federais.

Ao todo, a UFSBA oferecerá 8.000 vagas para ingresso em seus cursos. Um número tão expressivo, que modificará inteiramente a realidade educacional superior na região. O sistema, inspirado nas teses do grande educador baiano Anísio Teixeira, fundador da Universidade de Brasília, absorverá os estudantes da região cacaueira através de um inclusivo sistema de colégios universitários, que funcionarão em dezenas de municípios do Sul e do Extremo Sul baianos, polarizados por três sedes: Itabuna, Teixeira de Freitas e Porto Seguro.

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