Uesc vai abrir 1.746 vagas via Sisu || Foto Divulgação
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O ano começa com a expectativa pelo resultado do Exame Nacional do Ensino Médio, que será divulgado no próximo dia 16. Na Bahia, com a nota do Enem, o candidato pode se candidatar a uma das 6.738 vagas oferecidas pelas universidades estaduais pelo Sistema de Seleção Unificada. As inscrições no Sisu deverão ser feitas de 22 a 25 de janeiro, no site oficial do programa.

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) oferecerá 1.746 vagas em 34 cursos de graduação. Já a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) vai selecionar 2.134 novos alunos via Sisu. Espalhada pelos quatro cantos do território baiano, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) abrirá 1.865 vagas em 137 graduações.

Já Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia expandiu sua oferta para 993 vagas, distribuídas em 47 cursos, representando um acréscimo de 255 vagas em relação a 2023. A Uesb está presente nas cidades de Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga.

Professores da Uesb são ameaçados por motivo político
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A reitoria da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) informou, em nota publicada nesta quarta-feira (5), o registro de ocorrência policial para investigar ameaça feita a professores da instituição por um homem.

Ele afirmou, em mensagem de áudio divulgada em grupos da internet, que vai colocar uma bomba no campus de Vitória da Conquista, pois, na sua avaliação, a votação “excessiva” que partidos de esquerda tiveram no município, no domingo (2), se deve à Universidade.

– Oh povinho descarado de Vitória da Conquista. Isso é essa porqueira dessa Uesb. Nós vamos botar uma bomba nessa Uesb, para enfiar uma bomba no… de cada professor desse aí que estava fazendo campanha contra – ameaçou o criminoso, que ainda não foi identificado.

De acordo com a reitoria, a denúncia do caso à Polícia Civil visa resguardar a comunidade acadêmica e alertar as autoridades competentes, “no caso de tais afrontas se multiplicarem ou se expressarem de forma ainda mais agressiva do que o registrado até o momento”.

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Os candidatos inscritos no Vestibular 2022 da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) já podem consultar, no site do Instituto Avalia, os locais onde farão as provas do certame.

Marcadas para 5 e 6 de junho (domingo e segunda-feira, respectivamente), as provas serão aplicadas em Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista, com início às 8h. Os portões serão abertos às 7h10min e fechados às 7h50min.

Para fazer as provas, o candidato deve comparecer ao local descrito no Cartão de Informação com caneta esferográfica de tinta azul ou preta e em material transparente. Também é necessário portar documento oficial e original de identificação com foto.

A Comissão Permanente de Vestibular esclarece dúvidas por meio do telefone (73) 3528-9695, do e-mail vestibular@uesb.edu.br ou do WhatsApp (77) 3424-8721.

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Os professores das universidades estaduais da Bahia (Uesc, Uneb, Uesb e Uefs) marcaram para terça-feira (31) a próxima paralisação da campanha por reajuste salarial. De acordo com a Associação dos Docentes da Uesc (Adusc), o objetivo do movimento é pressionar o governador Rui Costa (PT) a retomar o diálogo com a categoria.

A entidade divulgou nota sobre a decisão. “Após sete anos sem nenhum tipo de correção salarial, o Governo da Bahia aprovou um reajuste ridículo de 4%, muito abaixo dos 50% de perdas pela inflação no período”, diz trecho.

O texto também informa que o governo represa progressões, promoções e processos de reconhecimento de dedicação exclusiva. “Tudo isso impacta diretamente a qualidade do ensino e da educação pública no nosso estado”, conclui.

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Como docente de uma instituição pública de ensino superior, percebo durante as aulas a dificuldade de concentração desse(a)s jovens, o esforço que fazem para esconder sua necessidade de se alimentar corretamente e a perda gradual de esperança em encontrar os recursos mínimos para estarem ali.

 

 

Reginaldo Silva

No Brasil, durante décadas, o acesso à educação superior era restrito às famílias denominadas nobres, ou seja, aquelas que tinham recursos financeiros para garantir a seus herdeiros acesso e permanência no ensino superior (quase sempre localizado nas capitais e grandes centros urbanos). Conforme Teixeira (1989), saímos de 24 escolas de ensino superior em 1900 para 375 em 1968. Já em 2020, conforme censo da educação superior, foram registradas 2.456 instituições, com 8.680.354 de matrículas no total (INEP/MEC, 2022).

O avanço das matriculas na educação superior pública se deu entre os anos 2000 e 2010. Conforme Barros (2015), as matrículas mais que dobraram no período. Programas como Universidade Para Todos e Reuni possibilitaram a descentralização das instituições de ensino superior (IES) para cidades do interior, diversificando os tipos de cursos e períodos de realização.

As camadas mais pobres da população brasileira, que até então não tinham recursos para o deslocamento e permanência em cidades distantes de suas origens e familiares e cuja grande parte, para sobreviver, necessitava trabalhar e ajudar nas despesas familiares, começava a vislumbrar a possibilidade de ingressar no ensino superior.

A democratização do acesso (cotas/reservas de vagas) às universidades públicas, somada ao processo de descentralização das instituições, trazendo-as para mais perto de seus locais de origens, contribuiu para que um significativo número de aluno(a)s das camadas populares ingressassem em uma universidade pública, apesar da maioria das matrículas ainda estar na iniciativa privada.

Após duas décadas dessa política de ampliação de vagas e de democratização do acesso, originários da educação básica pública, negro(a)s, indígenas, quilombolas, pessoas com necessidades educativas especiais na educação superior passaram a integrar a paisagem das universidades públicas, dando a sensação de que, finalmente, o ensino superior era de todos e para todos. Grande engano!

Além da garantia do acesso, era preciso se pensar urgentemente em políticas de permanência e de sucesso no ensino superior para esses grupos tradicionalmente excluídos desse nível da educação nacional. Mesmo sendo pública e gratuita, manter-se no ensino superior custa muito caro. Alimentação, acesso a material da reprografia, deslocamento, roupa, sapato, material didático em geral, tudo isso tem custo alto. Mal o(a)s estudantes das camadas mais vulneráveis economicamente da população brasileira adentram às instalações das universidades públicas e já percebem que não será uma trajetória fácil.

Conforme decreto 7.234/07/2010, “o Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) apoia a permanência de estudantes de baixa renda matriculados em cursos de graduação presencial das instituições federais de ensino superior. O objetivo é viabilizar a igualdade de oportunidades entre todos os estudantes e contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, a partir de medidas que buscam combater situações de repetência e evasão”.

Com o sucateamento da educação superior em nível estadual e federal, as formas de assistência à moradia estudantil, alimentação, transporte, à saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio pedagógico estão extintas ou minimizadas nas IES.

Dentre as dificuldades que enfrentam o(a)s estudantes, talvez as mais difíceis sejam a insegurança alimentar e o cansaço.

Com o retorno às aulas presenciais após dois longos e difíceis anos da pandemia de Covid-19 e durante uma das maiores crises econômicas que o país enfrentou nos últimos 27 anos, tem sido comum encontrar discentes que, após vivenciarem perdas da família, doenças físicas e psicológicas, chegam famintos à universidade e/ou, sem acesso a moradia próximo ao campus, que precisam se levantar ainda de madrugada para garantir o transporte de sua cidade, só retornam para lá quando a noite termina.

Como docente de uma instituição pública de ensino superior, percebo durante as aulas a dificuldade de concentração desse(a)s jovens, o esforço que fazem para esconder sua necessidade de se alimentar corretamente e a perda gradual de esperança em encontrar os recursos mínimos para estarem ali.

Nesse contexto, o mínimo que a universidade pública que se quer democrática precisaria garantir seria a manutenção de um autêntico restaurante universitário. Não estou falando de uma cantina terceirizada que recebe da instituição vouchers para subsidiar a alimentação para poucos estudantes. Estou falando de um restaurante mantido por recursos públicos, com alimentação subsidiada para todos e todas da comunidade universitária. Um restaurante cuja comida também refletisse a ciência que é produzida pela universidade, isto é, saudável, diversificada, balanceada e segura.

Sem esse mínimo, a universidade pública está fadada a não conseguir cumprir os seus propósitos de permanência estudantil. Enquanto a luta pela satisfação das necessidades básicas estiver maior do que as condições para o estudo, estaremos nós, enquanto universidades, fracassando em produzir conhecimentos e emancipar a humanidade.

Em tempos de pós-pandemia e de crise econômica, pensar a segurança alimentar de nossa comunidade universitária tornou-se fundamental para manter nosso(a)s estudantes na universidade. E a fome não pode esperar!

É preciso que, enquanto coletivo, se faça algo agora! Pela imediata implantação do restaurante universitário já! Contra os valores absurdos que contribuem e fortalecem a exclusão.

Reginaldo de Souza Silva é pedagogo, mestre e doutor em Educação pela Unesp e professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).

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A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) prorrogou até as 15h desta quarta-feira (18) as inscrições para o vestibular 2022, que oferta 1.264 vagas em 47 cursos de graduação. O processo seletivo conta com reserva de vagas e cotas adicionais para grupos historicamente excluídos das universidades, a exemplo de negros e indígenas.

Nos casos de Filosofia, Psicologia e Medicina, no campus de Vitória da Conquista, e de Farmácia, no campus de Jequié, as vagas são voltadas, exclusivamente, para o vestibular, pois esses cursos não foram incluídos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2022. Confira o quadro de vagas neste link.

A inscrição custa R$ 100,00 e deve ser feita no site do Instituto Avalia, responsável pelo certame. A confirmação do pagamento da taxa é validada em até quatro dias úteis e pode ser acompanhada no sistema de inscrição.

Mais informações podem ser obtidas no edital do vestibular, pelos telefones 73 3528-9695 e 77 3424-8721 (WhatsApp) e por e-mail (vestibular@uesb.edu.br).

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Nesta quarta-feira (11), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) modificou o edital do seu concurso público para os cargos de professor assistente e professor auxiliar, por meio da Portaria 221/2022. A mudança ajusta a forma de aplicação da reserva de vagas para candidatos pretos e pardos e deficientes, após recomendação do Ministério Público do Estado da Bahia (MP).

Antes da alteração, o cálculo para determinar o número de beneficiários das cotas considerava a quantidade de vagas abertas por departamento. Agora, ele considera o total de vagas do concurso. Ao todo, são 89 vagas, sendo 27 (30%) reservadas para pretos e pardos e 4 (5%) para pessoas com deficiência.

As inscrições estão abertas e vão até o próximo domingo (15), no site da Uesb, onde se encontra o formulário de inscrição e o Edital 079/2022. Os docentes aprovados vão trabalhar nos campi de Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista.

Hoje (11), a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) também alterou o edital do seu concurso para adequá-lo à legislação de cotas. A instituição sul-baiana chegou a suspender as inscrições para o certame (veja aqui).

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Nesta quarta-feira (27), dia de paralisação de professores universitários, o Governo da Bahia afirmou que o estado se manteve entre os três entes federativos que mais investiram em educação superior no país, apesar da crise econômica. No ranking nacional, a Bahia só fica atrás do Paraná, segundo colocado, e de São Paulo, primeiro.

Grande parte desse investimento, segundo o governo, promoveu melhorias na qualificação dos seus cursos de nível superior, com reflexo direto na valorização dos professores universitários. “Ao longo dos anos, os avanços nas carreiras dos docentes são significativos, expressando o compromisso do Governo do Estado com a categoria”, afirma o secretário da Administração do Estado, Edelvino Góes.

O gestor da pasta ressalta, por exemplo, que o número de professores com dedicação exclusiva – indicador da qualificação do ensino – cresceu de 1.569 em dezembro de 2006 para 2.666 em março de 2022. Hoje, mais da metade do quadro docente (62,5%) é composto por professores dedicados exclusivamente às universidades, enquanto em 2006, este percentual era de 43,3%, complementa.

Ainda conforme o governo estadual, nas classes de adjunto, pleno e titular, o número de docentes nas universidades estaduais mais que dobrou: subiu de 1045, em 2006, para 2.284, em 2022. “Para se ter uma ideia, na classe de professor pleno, a quantidade de docentes se ampliou de oito para 371 no mesmo período, num incremento de mais de 4 mil por cento”, diz trecho de nota divulgada pelo governo.

O secretário relembra que, em 2017, a categoria foi uma das primeiras beneficiadas com a retomada da política de concessão de promoções e progressões, logo após a suspensão das restrições impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Só naquele ano, foram concedidas 861 promoções e progressões a professores das quatro universidades estaduais. Já a partir de 2019, os docentes de nível superior do Estado foram contemplados com outras 1.624 promoções e progressões.

REAJUSTE SALARIAL

No âmbito das medidas implementadas no início deste ano para incremento da remuneração dos servidores públicos estaduais, segundo o  governo estadual, os professores das universidades estaduais tiveram ganhos superiores aos de outros servidores, oscilando entre 7,09% e 9,79%. Isto porque, além do reajuste de 4% concedido em janeiro, os docentes estiveram entre as categorias contempladas no mês de março com um acréscimo de R$ 300 aos seus vencimentos básicos. O pagamento com efeito cascata implicou em ganhos maiores para as remunerações, já que o vencimento básico é referência para a geração de gratificações, anuênios e outras vantagens.

“O reajuste linear corresponde, portanto, a apenas parte do aumento efetivamente concedido à categoria. Os números deixam clara a disposição do governo de conceder o maior ganho possível ao funcionalismo”, acrescenta a nota.

O Estado precisa levar em conta ainda as limitações às possibilidades legais para incremento na remuneração geral dos servidores públicos em ano eleitoral, como prevê a Lei Federal 9.504/1997, segundo a qual não é permitido que a revisão geral da remuneração dos servidores públicos exceda a recomposição da perda de poder aquisitivo, ou seja, represente aumento real acima da inflação estimada para o ano da eleição, argumenta o governo.

ORÇAMENTO

O Governo da Bahia considera significativa a ampliação do orçamento das universidades estaduais. De acordo com a Secretaria de Planejamento (Seplan), em valores históricos, o total orçado nessas instituições passou de R$ 1,190 bilhão, em 2015, para R$ 1,766 bilhões, em 2022, correspondendo a um crescimento de 48,4%.

“A oferta de cursos e atividades expandiu-se neste período”, diz a nota, enfatizando que o governo autorizou concursos públicos destinados a preencher 286 vagas para professores auxiliares e assistentes nas quatro universidades estaduais da Bahia.

A gestão estadual também considera um parâmetro relevante a regularidade na execução dos orçamentos. Em 2022, foram empenhados R$ 386,8 milhões em despesas com pessoal, despesas correntes e investimentos, o que equivale a 21,9% do total do orçamento. “As despesas com pessoal, como se sabe, são cumpridas rigorosamente em dia pelo governo baiano para todo o funcionalismo”, acrescenta o texto.

O governo ressalta que a execução orçamentária segue é cumprida com folga, com recursos liberados superando os valores já empenhados pelas universidades. A nota não menciona a paralisação dos professores.

Uesc abre vagas para graduação a distância
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A Secretaria da Educação do Estado (SEC) publicou o edital para abertura de inscrição, confirmação e atualização de informações para o auxílio permanência de estudantes nas universidades públicas estaduais. O procedimento poderá ser feito a partir desta segunda-feira (11).

Interessados na participação do Projeto Estadual de Auxílio Permanência (Programa Mais Futuro) devem identificar, no momento da inscrição, um dos perfis: 1) Perfil Básico – estudantes em município localizado até 100 km do campus de matrícula – corresponderá ao auxílio de R$ 300,00; 2) Perfil Moradia – estudantes em município localizado a uma distância superior a 100km do campus de matrícula e que mudou de domicílio para frequentar o curso – corresponderá ao auxílio de R$ 600; 3) Perfil Complementar: estudantes beneficiários de auxílio estabelecido por atos normativos de instituições de Ensino Superior ou entes federativos diversos que atendam aos critérios estabelecidos pelos Perfis Básico e Moradia.

Alguns dos documentos exigidos são: documento oficial com foto; CPF; Folha Resumo do registro, individual ou familiar, atualizado no CadÚnico; Comprovante de matrícula atual; Comprovante de Residência; e Declaração de inexistência de vínculo empregatício e de não estar cursando e nem ter concluído outro curso de nível superior (Ver relação completa no edital).

A inscrição seguirá até 29 de abril. A lista dos estudantes homologados será disponibilizada pela SEC, em articulação com as universidades, e divulgada por cada uma das respectivas instituições em seus portais eletrônicos. Clique em leia mais para ver o cronograma do processo.

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Coordenado por professor da Uesb, estudo mostra concentração de recursos para pesquisas na Região Metropolitana de Salvador, enquanto homens detêm maior parte das bolsas de pesquisa no estado
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Diferença, desigualdade, disparidade, discrepância, assimetria. Esses termos são recorrentes nos resultados do projeto de pesquisa “Distribuição espacial das atividades científicas e tecnológicas na Bahia e as desigualdades regionais”, liderado pelo pesquisador e professor do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Roberto Paulo Machado Lopes.

De acordo com o pesquisador, a abordagem inicial identificou a distribuição espacial das atividades de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) na Bahia, observando os desníveis da sua presença nas regiões do estado. Além disso, a pesquisa revela como essa distribuição desigual dificulta a formação de economias de aglomeração e reforça as desigualdades no desenvolvimento econômico.

CONCENTRAÇÃO NA GRANDE SALVADOR

As evidências empíricas geradas na pesquisa mostraram que os desníveis entre a microrregião de Salvador (capital do estado) e as demais 31 microrregiões do estado (interior) vêm reduzindo, mas ainda persiste uma forte concentração nas atividades de CT&I na Região Metropolitana de Salvador (RMS), com 59,4% dos projetos aprovados.

Enquanto isso, o índice de aprovação em todo o interior corresponde a 40,6%. As discrepâncias são maiores nas atividades de inovação, com a RMS concentrando 80,9% dessas atividades.

ASSIMETRIAS DE GÊNERO

A segunda linha de investigação mapeia as assimetrias de gênero na ciência baiana, tendo por base de análise a proporção de projetos de pesquisa e inovação aprovados em editais da Fundação de Amparo Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

Os principais resultados mostraram uma redução na desigualdade de gênero na ciência baiana, acompanhando uma tendência que ocorre na ciência brasileira e na maioria dos países ocidentais. A proporção de mulheres entre pesquisadores no Brasil avançou de 38% para 49% de 1996-2000 até 2011-2015, enquanto na Bahia avançou de 30,6% para 44,3%, de 2008 e 2015.

Entretanto, o equilíbrio observado nos dados gerais não se reproduz na análise segmentada, existindo fortes desníveis de gênero na ciência entre as grandes áreas do conhecimento. “A discrepância na participação dos dois sexos entre as grandes áreas mostra uma separação na ciência, com carreiras com forte predominância de um dos dois sexos, e revela uma desigualdade escondida nos dados agregados”, destacou Lopes.

As assimetrias de gênero são maiores nas Ciências Exatas e da Terra e nas Engenharias, áreas que abrigam campos de pesquisa como Matemática e Ciências da Computação, que apresentam uma sub-representação feminina não só na Bahia, mas em todo o país.

A participação feminina na coordenação de projetos para o desenvolvimento de pesquisa de excelência ou em áreas de fronteiras da ciência também registra números desfavoráveis às mulheres. Nenhum dos Institutos Nacionais (INCT) baianos têm uma mulher na coordenação geral e apenas 21,4% dos Programas de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex) são coordenados por mulheres.

Lopes afirma que a desvantagem das mulheres na coordenação e na participação em grupos de excelência acaba se refletindo no reconhecimento das pesquisas que elas desenvolvem, gerando um ciclo vicioso. As assimetrias de gênero nos grupos de excelência se reproduzem na participação feminina entre os pesquisadores com bolsa de produtividade em pesquisa (PQ) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na Bahia. Entre os pesquisadores baianos com bolsas PQ, as mulheres estão em desvantagem, com 36,8% das bolsas.

DISTINÇÃO POR ÁREA DE CONHECIMENTO

Na terceira linha de investigação, o trabalho analisa o predomínio de determinadas áreas do conhecimento, seguindo a tabela de áreas do CNPq na produção científica baiana. As grandes áreas do conhecimento foram agrupadas de modo a permitir contrastar a produção de conhecimento pelas Ciências Naturais e pelas Ciências Sociais.

As disparidades entre as grandes áreas da ciência baiana foram muito elevadas, mas dentro do mesmo padrão de desigualdade observado para a ciência brasileira. Na Bahia, o predomínio das Ciências Naturais, com 87,7% dos projetos aprovados, reflete a lógica de pilares racionalistas que atribuem à ciência instrumental o papel de transformar a realidade. Áreas do conhecimento relacionadas às Ciências Sociais aprovam apenas 12,3% dos projetos.

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Uesb abre processo seletivo para contratar mais de 80 servidores|| Foto Wellington Nery

A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) realizará processo seletivo simplificado para contratação de pessoal, por tempo determinado, em Regime Especial de Direito Administrativo (Reda), para os campi de Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga. O processo seletivo será constituído de etapa única de análise curricular, de caráter eliminatório e classificatório, aplicada a todas às funções temporárias.
A seleção visa o preenchimento de 82 vagas entre os níveis médio e superior. As inscrições serão realizadas, presencialmente, no período de 19 a 25 de janeiro, das 9 às 12 horas e das 14 às 17  horas, na Gerência de Recursos Humanos (GRH) e nas Coordenações de Recursos Humanos (CRH), nos três campi da Instituição.
O candidato deverá acessar o site da Universidade e preencher o Requerimento de Inscrição e assinar o Termo de Responsabilidade, que deverão ser entregues nas unidades de Recursos Humanos. O preenchimento poderá ser feito, preferencialmente, de forma digital, para posterior impressão e assinatura, ou o candidato poderá preencher manualmente. O candidato poderá escolher  uma das opções de vaga (ampla concorrência, pessoa com deficiência ou negros).
Para mais informações, os interessados podem acessar oEdital e o cronograma provisório do processo seletivo simplificado, ou, ainda, entrar em contato com a GRH pelo telefone (77) 3424-8611 e 3424-8612, em Vitória da Conquista; ou com as CRHs por meio dos números (73) 3528-9620, em Jequié; e (77) 3261-8456, em Itapetinga.

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Estudantes
Estudantes em último dia de provas no vestibular da Uesb.

O índice de abstenção no vestibular da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) atingiu 15,5%, segundo a Pró-Reitoria de Graduação da instituição superior. Seis vestibulandos foram eliminados por cometer irregularidades durante as provas.
Mais de 11 mil estudantes participaram da maratona de três dias de provas nos campi da Uesb em Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista.
A instituição não informou qual a previsão para divulgar a primeira chamada dos aprovados. A Uesb oferece1.229 vagas em cursos de graduação.