Mais de 100 urnas foram trocadas na Bahia || Imagem TSE
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O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) revela que 101 urnas eletrônicas foram substituídas em todo o estado até as 14h deste domingo (30) de eleições gerais. Porto Seguro, no extremo-sul, registra o maior número de ocorrências deste tipo. No município, 12 urnas precisaram ser substituídas, conforme o TRE em boletim divulgado por volta das 14h.

Segundo o tribunal, são 38 mil urnas preparadas para o pleito em todo o estado. As trocas ocorreram em 53 cidades, incluindo a capital, onde o TRE baiano substituiu dois equipamentos. No sul e no extremo-sul do Estado, houve troca de urna em outros 5 municípios.

Entre Rios, Jacobina, Ribeira do Pombal, Santo Antônio de Jesus e Serra Dourada registraram, cada uma, quatro substituições. As demais ocorrências foram em Alagoinhas (3), Aracatu (1), Baianópolis (1), Barra do Rocha (1), Boninal (1), Brejolândia (1), Brumado (1), Buerarema (1), Cachoeira (3), Camamu (1), Central (2), Conceição do Coité (1), Curaçá (1), Feira de Santana (1), Guanambi (1), Iraquara (2), Itaberaba (1), Itiruçu (2), Jacaraci (2), Jaguaquara (1), Jequié (2), Jeremoabo (2), Juazeiro (1), Lamarão (1), Macajuba (1), Malhada de Pedras (1), Maracás (1), Nova Soure (3), Paramirim (2), Remanso (1), Ribeira do Amparo (1), Rodelas (1), Ruy Barbosa (1), Santa Bárbara (2), Santa Cruz Cabrália (2), São Félix (1), Senhor do Bonfim (2), Serrolândia (1), Tanque Novo (1), Teolândia (1), Tucano (3), Ubatã (1), Varzedo (1), Vereda (1), Vitória da Conquista (2) e Wenceslau Guimarães (3).

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O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Adolfo Menezes (PSD), é de estilo comedido, mas, nesta segunda-feira (9), subiu o tom ao criticar a nova carga de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) à credibilidade do sistema eleitoral brasileiro. Segundo Adolfo, o comportamento do chefe do Executivo é vexatório para todo o país.

Na avaliação do parlamentar baiano, as suspeitas contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são infundadas e servem apenas à estratégia do governo Bolsonaro de desacreditar as instituições do país, prevendo grandes chances de derrota na tentativa de reeleição do presidente da República.

– É vergonhosa a situação do nosso país. O presidente da República busca desvalorizar o TSE e levar ao descrédito todo o processo eleitoral brasileiro, conhecido pela lisura do seu pleito, eficiência e segurança das urnas eletrônicas. Acredito na força das instituições, que saberão impedir tantos descalabros do chefe da nação – disse o presidente da Alba, no auditório da Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), em Salvador, onde participou de solenidade ao lado do governador Rui Costa (PT), deputados, prefeitos e vereadores baianos.

“MAIOR GOVERNADOR DA HISTÓRIA DA BAHIA”

Na solenidade, Rui Costa assinou 128 convênios com 110 prefeituras baianas, assegurando a construção ou reforma de unidades de saúde, educação e esporte. Segundo o governador, o investimento previsto é de R$ 170 milhões.

Ainda afastado do comedimento habitual, Adolfo Menezes rasgou elogios ao aliado petista, a quem atribuiu o título de “maior governador da história da Bahia”.

“O êxito desse projeto que governa a Bahia há 15 anos mudou a vida dos baianos. Toda semana, dezenas de municípios são favorecidos com obras que melhoram a vida de nossa gente. Nenhum governador na história da Bahia entregou tantas obras. Como o governo federal não faz nada pela Bahia, Rui tem que fazer ainda mais. E a Assembleia Legislativa, na esteira dessa correria, segue firme fazendo o seu papel de apreciar e aprovar os projetos”, concluiu.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, fez discurso enfático em defesa da confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro
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Nesta quinta-feira (12), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, fez uma defesa enfática da confiabilidade das urnas eletrônicas e da lisura das eleições brasileiras. Também anunciou aos ministros e à sociedade uma série de medidas para aumentar a transparência e a publicidade dos mecanismos de auditabilidade do sistema eletrônico de votação. Confira o discurso do ministro na abertura da sessão plenária.

INSPEÇÃO 

Barroso informou que os códigos-fonte – programas inseridos na urna para permitir a votação e a totalização dos votos – serão abertos aos partidos e técnicos das legendas a partir do dia 1º de outubro deste ano, com seis meses de antecedência do prazo legal. Agora, as legendas terão um ano para avaliar os softwares que rodam no aparelho.

Barroso explicou que a elaboração dos programas é o único momento em que há manipulação humana nos sistemas eleitorais e convidou as agremiações para participar do processo desde o início.

“A realidade é que os partidos não compareciam nem indicavam seus técnicos. Assim foi nas Eleições de 2016, nas Eleições de 2018, nas Eleições de 2020: nenhum partido compareceu para fiscalizar. Alguém poderia imaginar que é desídia dos partidos, mas não. Era a confiança que tinham no sistema e, por isso, nem se sentiam obrigados a vir aqui ver como estava sendo feito”, afirmou.

INTRODUÇÃO DOS PROGRAMAS

O ministro reforçou o convite aos partidos para que participem da introdução dos programas da urna. O objetivo, segundo Barroso, é verificar se os softwares inseridos são os mesmos que foram assinados digitalmente e lacrados.

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Você se sente preparado ou preparada para identificar falácias nos discursos? E para se defender delas? Compartilhe seu pensamento crítico para que possamos fomentar debates e evoluir enquanto sociedade.

Mariana Ferreira

É curioso como estamos vivendo um período que mais parece um looping eterno de falta de nexo e falsos dilemas, alimentado por uma sequência de narrativas generalistas e irracionais que, de tempos em tempos, somem e “de repente” voltam em forma de discursos teimosos e aleatórios, numa clara tentativa de mudar de assunto. Cloroquina, desobrigação de máscara, fraude eleitoral, voto impresso, pandemia acabou… Você se lembra de mais alguma?

A mim, esse looping sempre cansa, e vejo muita gente se contorcer também, mesmo de dentro do grupo daqueles que inicialmente apoiavam tais teorias. Mas as estórias se repetem tanto, sem lógica e comprovações, que eles mesmos já as abandonaram. E aí eu te pergunto: essa espiral não te faz se sentir um tanto manipulado ou manipulada? Não te dá a sensação de estar sendo enganado ou enganada a todo tempo, subestimado ou subestimada em sua capacidade de discernimento e construção da sua própria opinião?

Se há fraude eleitoral em função da urna eletrônica, por exemplo, por que o maior expoente dessa acusação venceu cinco eleições de sete para deputado e conseguiu chegar ao Palácio do Planalto por meio desse mesmo sistema? E por que ele ainda não provou sua tese? Você já deve ter percebido que ele inverte o ônus da prova, ou seja, ele joga para quem discorda dele a obrigação de provar que ele está errado, quando, na realidade, a verdade já estava posta desde o princípio e quem precisa provar algo é ele. Mas você sabe por que essa inversão acontece? Porque, nesse caso, quem acusa é a parte mais fraca da argumentação.

Pelo bem da nossa própria existência nesse mundo cada vez mais beligerante, devemos exercitar mais a nossa capacidade crítica sobre o que nos é apresentado, e não aceitar qualquer teoria que chegue aos nossos ouvidos, mesmo que aparentemente não mirabolante, sem buscar saber se aquilo tem consistência e provas, afinal, é assim que nos protegemos de fake news e manipulações.

Em homenagem ao tema de hoje, indico o livro Persuasão, onde a comunicóloga e professora Maytê Carvalho habilmente compilou uma série de conceitos sobre o assunto, desde Aristóteles, e montou uma espécie de guia. Agora, para encerrar, te faço somente mais duas perguntas: você se sente preparado ou preparada para identificar falácias nos discursos? E para se defender delas? Compartilhe seu pensamento crítico para que possamos fomentar debates e evoluir enquanto sociedade.

Mariana Ferreira é comunicóloga.

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Gilmar Mendes vota a favor do voto impresso || Foto Antônio Cruz/AB

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes votou hoje (6) pela validade uso do voto impresso nas eleições de outubro. A Corte começou a julgar a questão nesta tarde, a partir de um pedido liminar da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender a impressão. Mais dez ministros devem votar sobre o tema na sessão de hoje.
No entendimento de Mendes, a exigência do voto impresso não é inconstitucional, mas deverá ser implantada gradualmente pela Justiça Eleitoral, conforme a disponibilidade de recursos. Em seu voto, o ministro também criticou pessoas que contestam a segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas.
“Há uma ideia de que a votação, toda ela, no Brasil, é fraudada, e que o eleitor vai ter o voto impresso e vai levar para casa, vai colocar no bolso e vai levar para casa. Daqui a pouco, farão uma apuração particular. Vende-se um tipo de ilusão. Beira ou já ultrapassou os limites do ridículo”, afirmou.
AUDITORIA DA URNA
A implementação do voto impresso foi prevista na Lei 13.165/2015 (minirreforma eleitoral). Apesar de ser chamado de voto impresso, o mecanismo serve somente para auditoria das urnas eletrônicas, e o eleitor não ficará com o comprovante da votação.
Ao entrar na cabine, o eleitor digitará o número de seu candidato. Em seguida, um comprovante para conferência vai aparecer no visor da urna. Se a opção estiver correta, o eleitor confirma o voto, e a impressão será direcionada para uma caixa lacrada, que será analisada posteriormente pela Justiça Eleitoral. A fiscalização deverá confirmar se os votos computados batem com os impressos.
Na ação julgada pelo STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, autora da ação direta de inconstitucionalidade (ADI), sustenta que o voto impresso “causará transtornos ao eleitorado, aumentará a possibilidade de fraudes e prejudicará a celeridade do processo eleitoral”, sendo inconstitucional também por ter o potencial de comprometer o sigilo do voto.
O TSE assinou, em 30 de abril, um contrato de R$ 57 milhões para instalar impressoras em 30 mil urnas eletrônicas, o que representa 5% do total.