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internação compulsóriaNuma entrevista concedida ao PIMENTA em fevereiro, o prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, se disse favorável à internação compulsória de dependentes químicos. E justificou o seu apoio ao afirmar que, “em alguns casos, o viciado já perdeu o equilíbrio e não manda mais nele [próprio]; é a droga que manda”.
Confira aqui a entrevista
Além do prefeito, 67,6% dos itabunenses ouvidos pela Sócio-Estatística no início deste mês afirmaram que são favoráveis à medida adotada em casos extremos, quando a vida do dependente ou de próximos está ameaçada. São Paulo foi o primeiro estado brasileiro a adotar a medida.
A pesquisa foi feita de 1 a 8 de março e ouviu 808 eleitores itabunenses acima dos 16 anos. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
O levantamento também apurou que 30,9% são contra a internação involuntária e 1,5% não opinaram. De acordo com as estatísticas da polícia, chega a até 90% o percentual de homicídios que têm relação com o uso e o tráfico de drogas em Itabuna.
O sociólogo Agenor Gasparetto, da Sócio-Estatística, diz que é necessário definir, claramente, o que vem a ser “dependente químico”. E faz um alerta: “O pressuposto da internação compulsória é a garantia de um tratamento digno aos que precisam dela, a ponto de serem privados de sua liberdade no ato da internação e subsequente tratamento”.
Os dados relacionados à internação compulsória fazem parte de uma pesquisa em que também foram apurados desde aprovação aos governos federal, estadual e municipal a avaliações sobre a economia e os principais problemas locais. Parte dos resultados do levantamento estão disponíveis no blog de Gasparetto.