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Wagner vê armação e intenção da Lava Jato de prejudicar pessoas || Foto Pimenta

O vazamento de conversas de procuradores federais e o ex-juiz Sérgio Moro revela, na opinião do senador Jaques Wagner (PT-BA), uma armação e atropelo da lei de atores da Operação Lava Jato para prejudicar, deliberadamente, algumas pessoas, dentre elas o ex-presidente Lula.

Wagner esteve na abertura do Festival Internacional do Chocolate e Cacau, em Ilhéus, nesta quinta (18). Os diálogos de procuradores com o ex-juiz e hoje ministro da Justiça no Governo Bolsonaro vêm sendo revelados em reportagens do The Intercept, Folha de São Paulo e a revista Veja, além da Rádio Band.

Para o ex-governador baiano e senador, a revelação das conversas de procuradores federais, como Deltan Dallagnol, com Moro deixa claro que “a lei foi atropelada” e a “armação” contra pessoas, notadamente políticos do PT ou próximos à legenda. Ontem (18), novos trechos de diálogos de Moro e procuradores revelam a interferência do ex-juiz e hoje ministro na negociação de delações, segundo a Folha.

O senador citou, ainda, a tentativa de Dallagnol de promover uma operação da Lava Jato contra ele, às vésperas do segundo turno da eleição presidencial do ano passado, para prejudicar o petista Fernando Haddad.

– Não tenho nenhuma dúvida de que todo esse processo foi feito para prejudicar algumas pessoas e não para fazer justiça –  disse ao PIMENTA durante a visita ao festival em Ilhéus, no sul da Bahia.

Para o senador baiano, com o que já foi divulgado das conversas, mostrando diálogos de combinações entre procuradores federais e o então juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro,  a Justiça não terá outra opção a não ser soltar o ex-presidente Lula. “Esses fatos são inquestionáveis”, afirmou Wagner.

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Moro terá licença de uma semana do cargo || Reprodução

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, se afastará do cargo por uma semana, de acordo com publicação no Diário Oficial da União desta segunda (8), para tratar de “assuntos particulares”. O período de afastamento vai de 15 a 19 de julho. Segundo a assessoria do ministro informou ao Estadão, a licença será não remunerada, já que o mesmo ainda não completou um ano no cargo.

A licença de uma semana no cargo coincide com o período mais críticos das denúncias de que Moro agiu ativamente para auxiliar a acusação a alvos da Lava Jato no período em que ele era juiz federal e julgou vários dos condenados, dentre os quais o ex-presidente Lula. A assessoria do ministro, porém diz que a licença estava prevista desde quando o ministro assumiu o cargo. Moro é alvo da “Vaza Jato”, série de reportagens divulgadas por veículos como Folha, Veja e The Intercept na qual aparece atuando de forma considerada irregular para um magistrado.