Homens foram assassinados em Itabuna nesta segunda-feira || Fotomontagem Verdinho Itabuna
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Dois homens assassinados, na manhã desta segunda-feira (5), na Rua A, no Loteamento Italamar, no bairro Santo Antônio, em Itabuna, foram identificados. José Roberto Soares, o “Bugiganga”, e Fábio Bispo Gonçalves, o “Perninha”, ambos de 37 anos, foram mortos a tiros.

José Roberto e Fábio Bispo ainda tentaram fugir, mas foram cercados e atingidos com vários disparos. As primeiras informações são de que os criminosos fugiram num carro de placa ainda não identificada. Os dois homens mortos também teriam passagens pela polícia, que ainda investiga a motivação para o duplo homicídio.

Ruan foi assassinado no bairro Mangabinha, no domingo

Foi o terceiro assassinato em Itabuna nas últimas 24 horas. No domingo (4), na Mangabinha, Ruan Nascimento de Jesus, de 22 anos, foi morto a tiros. Morador de Ilhéus, o jovem estava em Itabuna participando de uma cerimônia de casamento, quando teria sido levado por homens armados e morto. O jovem trabalhava numa oficina mecânica na Avenida Ubaitaba, em Ilhéus. Familiares afirmam que Ruan Nascimento nunca se envolveu com “coisas erradas”. Atualizado às 22h10min.

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Foi sepultado na tarde desta sexta-feira (27), em Itabuna,  o corpo do garçom Jackson Souza Oliveira, mais conhecido como Keno, de 43 anos. Ele estava desaparecido desde terça-feira (24),  e foi encontrado na manhã de hoje. O corpo estava em uma corva rasa, numa área de bambuzal, entre os bairros Vale do Sol e Alto da Conquista.

De acordo com a  Polícia Civil, testemunhas relataram ter ouvido tiros naquela região do bambuzal na madrugada de quarta-feira (25). Informaram ainda que o rapaz, que não tinha passagem pela polícia e era muito querido, vinha recebendo ameaças, possivelmente de um homem com quem teria desentendido, no bairro Conceição.Por causa das ameaças, a vítima teria mudado de endereço pelo menos duas vezes nos últimos dias.

O garçom Jackson Souza foi torturado antes de ser morto. A perícia encontrou um pedaço de madeira enfiado no olho do rapaz, que estava amordaçado. Além disso, existem indícios de que a vítima recebeu pauladas na cabeça.

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ÍNDICE DE HOMICÍDIOS É SUPERIOR AO DA CAPITAL BAIANA

Polícia técnica em frente a uma oficina onde ocorreram dois assassinatos na Avenida Juracy Magalhães (Foto Pimenta).

Assim como em 2010, Itabuna fechou 2011 com a triste marca de 147 homicídios. E, ao contrário dos anos anteriores, a escalada de mortes violentas se deu no segundo semestre.
Enquanto nos seis primeiros meses do ano passado houve queda de 33% do número de homicídio (67 ante 100 registrados em 2010), nos últimos seis meses de 2011 ocorreram 80 mortes.
Com estes números, a cidade atinge média de 71,35 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. A maioria dos homicídios está relacionada ao tráfico de drogas (75%). Jovens na faixa de 15 a 25 anos são maioria das vítimas.
MAIS VIOLENTA QUE SALVADOR
Itabuna registrou em 2011 percentual de 71,35 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes, enquanto Salvador cravou 53,51. A capital, aliás, conseguiu reduzir o percentual. Em 2010, eram 61,26 homicídios (queda de 12,65%). Itabuna é apontada como oitava mais violenta do país, segundo levantamento do Ministério da Justiça e Instituto Sangari (relembre aqui).
Apesar de Itabuna possuir índice de homicídio por 100 mil habitantes mais elevado que Salvador, o governo baiano tem priorizado a capital baiana na inauguração das primeiras bases comunitárias.
Até agora a polícia sinaliza com a construção de uma Base Comunitária de Segurança na região do Monte Cristo, apontada pela polícia como a área mais violenta do município.

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O domingo ainda não acabou mas Itabuna registra um dos finais de semana mais violentos de 2011. Desde a tarde da última sexta-feira (16) ocorreram quatro homicídios. O primeiro teve como vítima o estudante Gileard Trindade da Cruz Sampaio, no bairro São Lourenço, no início da tarde de sexta (reveja aqui).
O segundo homicídio foi registrado em um bar no Jorge Amado, ontem à noite, quando o idoso Valdemir da Silva, 73, matou Aldo Oliveira, 24, a golpes de faca. Os dois teriam discutido. O jovem agrediu Valdemir, que vingou-se desferindo vários facadas no algoz.
Os outros dois assassinatos ocorreram neste domingo. Pela manhã, um trabalhador rural, nu, foi encontrado morto na Volta da Cobra. A vítima foi identificada como Joelson dos Santos Batista, 34.
No início desta tarde de domingo, a quarta morte violenta: Davi Oliveira estava na calçada da rua Castro Alves, quando um homem apareceu deflagrando vários tiros contra ele. A polícia não descobriu qual a motivação do crime.
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Manuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Peguei-me pensando a que ponto nós chegamos, ao observar a população agindo com as próprias mãos.

Noite fria e chuvosa de sábado, 30 de julho, e eu estava tentando escrever alguma coisa sobre o aniversário de Itabuna. Na verdade, já vinha rabiscando desde o início da semana, mas não consegui. Em primeiro lugar, não me senti à vontade para criticar a cidade que vivo justamente nos dias de comemoração pelo seu aniversário. Comparo com alguém que aproveita um evento familiar para “lavar roupa suja” com algum parente, deixando de ser sincero para ser deselegante. Por outro lado, a sua infraestrutura está decadente, e seria hipocrisia vendar os olhos diante de tudo e escrever um texto com votos de felicitações, como já fiz tempos atrás.
Escutei o som de um tiro. Não sei dizer quantos foram, mas o estampido de um tiro é inconfundível. Ao chegar à porta de casa, deparei-me com o fato em si: um ladrão, ao assaltar um estabelecimento comercial próximo, foi contido pela população. Torna-se desnecessário descrever detalhes do assalto ou da forma como o meliante foi pego. Atenho-me, neste momento, ao que me parece ser o grave e considerável problema: somos nós, cidadãos itabunenses e baianos, que estamos cuidando da nossa segurança!
Somos nós que estamos contratando seguranças particulares para as empresas e residências. Somos nós que denunciamos. Somos nós que fiscalizamos. E assim, vivemos acuados, com medo. Peguei-me pensando a que ponto nós chegamos, ao observar a população agindo com as próprias mãos.
É lamentável a atual situação. Estamos desprotegidos, desamparados, abandonados, vulneráveis. Não frequentamos praças e não caminhamos nas avenidas com tranquilidade. São assaltos, agressões e mortes gratuitas. O tema bate recorde nos noticiários e os índices já não nos assustam mais. A segurança pública está gritando, e os governantes fingem não escutar!
Manuela Berbert é jornalista e colunista da Contudo.

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A polícia corre atrás de dois homens novos que saíram de uma boate na avenida José Soares Pinheiro juntos com Manuela Néri Oliveira, 27, estuprada e morta a pauladas na madrugada do sábado (19).

Um depoimento colhido pela polícia pode ser a chave para desvendar o caso e chegar aos autores do crime. Os dois jovens foram definidos por uma testemunha como “bem vestidos” e os três estariam na boate.

O crime chocou Itabuna pela violência como a vítima foi morta. Parte da face de Manuela ficou totalmente dilacerada pela sequência de pauladas. O reconhecimento de Manuela foi feito pela família nesta tarde. O assassinato ocorreu no loteamento Teclo Conrado.

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Há mais de uma semana o PIMENTA revelou aqui os dados assustadores sobre o número de homicídios em Itabuna no ano passado e neste início de 2011. A cidade apresentou média de homicídios por grupo de 100 mil habitantes superior à de Salvador (73 contra 61) em 2010. O post comparativo repercutiu forte e chamou a atenção de alguns dos principais veículos do estado.

Estreando na Assembleia Legislativa, o deputado Gilberto Santana (PTN), que é coronel da polícia militar, usou estes dados publicados pelo blog para cobrar mais atenção do governo baiano a Itabuna e ao sul da Bahia. Itabuna, oficialmente, registrou 143 assassinatos em 2010 e já neste ano foram contabilizados 31. 75% das mortes violentas estariam relacionadas ao tráfico de drogas.

O deputado acredita que mais policiamento nas divisas da Bahia com os estados do Sudeste brasileiro e investimentos em inteligência vão possibilitar uma reversão de quadro. O policiamento nas divisas inibiriam, diz ele, o movimento de migração do crime do Sudeste para a Bahia.

Para Santana, que não esconde a vontade de aproximação com o governo baiano, são positivas as mudanças feitas pelo governador Jaques Wagner na área de segurança pública em 2011. Além de trocar o comando da Secretaria de Segurança Pública, a gestão estadual promoveu mudança em toda a cúpula da polícia civil baiana.