ACM Neto critica avanço da criminalidade na capital baiana || Reprodução/Instagram
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Candidato derrotado ao governo da Bahia em 2022 e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto usou as redes sociais para criticar a “escalada assustadora” da criminalidade em municípios baianos. A reação do político ocorreu horas depois de a estudante universitária Camila dos Santos, de 23 anos, morrer ao ser atingida por bala perdida. Os disparos seriam de um confronto entre facções rivais na capital baiana.

“No interior, a realidade não é diferente: uma criança de 10 anos foi assassinada em Juazeiro e uma família foi sequestrada em Jequié. Isso, inclusive, afeta a educação de crianças e jovens porque 46 escolas, somente em Salvador, foram obrigadas a suspender as aulas este ano por causa da violência”, disse ACM Neto.

De acordo com o político, que também preside da Fundação Índigo, do União Brasil, nas estatística apresentada por ele, houve 300 tiroteios na capital baiana e Região Metropolitana de Salvador, provocando 229 mortes em dois meses. Na quarta e na quinta-feira (12 e 13), episódios de criminalidade na capital baiana foram ao ar no Jornal Nacional, da Rede Globo, canal aos quais as emissoras de TV da família do ex-prefeito são afiliadas (Rede Bahia), mostrou duas matérias sobre a criminalidade na capital baiana (veja aqui).

A CULPA É DE QUEM?

Ele aproveitou para retomar as críticas ao PT. “São 17 anos de governo do PT, 17 anos de inércia, 17 anos em que as famílias perderam a condição de viver em paz. E a pergunta que fica é: o que o governo estadual está fazendo? Quais as medidas tomadas pelo governador Jerônimo Rodrigues para conter a escalada de violência? E a resposta é: nenhuma medida foi tomada. Pelo contrário, o que o governo faz é negar, é procurar culpados e desculpas, é empurrar a responsabilidade para os outros”.

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O secretário da Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, acusa o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, de espalhar fake news sobre o uso dos repasses feitos pelo Governo Federal para a área de segurança pública na Bahia. Torres acusou o Governo da Bahia de não aplicar dinheiro enviado pela União.

Segundo Mandarino, dos valores destinados pelo Fundo Nacional de Segurança Pública nos últimos três anos, cerca de R$ 88 milhões, R$ 28 milhões estão bloqueados devido ao atraso do Ministério na avaliação dos projetos enviados pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Dos R$ 60 milhões disponibilizados até o momento, ainda de acordo com o titular da pasta, 50% já foram aplicados e os outros 50% estão dentro prazo estabelecido para uso do recurso.

“É lamentável que, em pleno ano eleitoral, pessoas públicas se utilizem das fake news para desinformar a população. A SSP da Bahia está em dia com a aplicação do investimento enviado pelo Fundo Nacional e mais do que isso. O Governo do Estado está fazendo o maior investimento da história da Segurança Pública na Bahia. Estamos investindo, com recursos próprios, quase R$1 bilhão em tecnologia e melhoria nas estruturas físicas das polícias”, afirmou.

RECONHECIMENTO FACIAL 

Do valor citado por Mandarino, R$ 665 milhões são investidos na expansão do Sistema de Reconhecimento Facial, que chegará a outros 77 municípios da Bahia. Presente em Salvador há três anos, a tecnologia já auxiliou na captura de mais de 240 foragidos da Justiça.

Sobre os investimentos em estrutura física das unidades, a SSP possui 191 obras, entre construções de novas sedes, reformas e manutenções, em 100 cidades baianas. Cerca de R$ 260 milhões são investidos no Projeto de Modernização das Estruturas Físicas da Segurança Pública, projeto dividido em três fases. No total, pouco mais de 100 municípios são beneficiados.

ÍNDICES CRIMINAIS

O titular da SSP da Bahia também rebateu as declarações do ministro sobre o estado ser o mais violento do Brasil. “Só quem não conhece a realidade do país pode falar uma coisa dessas. Infelizmente, não há uma padronização nacional na forma de contabilizar esses crimes, logo, é impossível criar um ranking que seja fiel aos fatos. A violência é um problema nacional, mas querer vender a ideia de que a Bahia é o estado mais violento do país, não cola”, continuou.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, com o fechamento do mês de abril, a Bahia completou sete meses de reduções sucessivas no número de Crimes Violentos Letais Intencionais – homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte. Só em 2022, 250 vidas foram preservadas em relação ao período entre janeiro e abril de 2021.

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Daniel Thame | www.danielthame.blogspot.com

O assassinato do secretário de Economia Solidária de Camamu, Fabrício Matogrosso, exige uma posição rigorosa do governador Jaques Wagner no sentido de se promover uma apuração rápida e eficiente, que leve aos que atiraram e eventualmente aos que mandaram atirar.

Os cinco tiros que mataram Fabrício têm todas as características de um crime de mando, hipótese reforçada pela conhecida atuação dele em favor de assentados e agricultores familiares na região do Baixo Sul da Bahia; embora também se trabalhe com a possibilidade de uma reles briga de trânsito, o que torna o crime ainda mais tolo.

Uma atuação que certamente gerou descontentamento para muita gente, que ainda se julga nos tempos do coronelismo, da truculência e impunidade.

Um tipo de gente que acredita na violência como única alternativa para rebater eventuais interesses contrariados.

O dado preocupante é que Fabrício é a terceira liderança popular assassinada na Bahia nos últimos seis meses.

Em setembro de 2009, o presidente e o diretor do sindicato dos professores de Porto Seguro, Álvaro Henrique Santos e Elisney Pereira, foram mortos numa emboscada, em plena campanha salarial da categoria.

Neste caso, a polícia e o Ministério Público agiram com eficiência e apontaram o envolvimento de policiais militares nos assassinatos e o secretário de governo de Porto Seguro como mandante. Todos tiveram as prisões preventivas decretadas pela Justiça.

Não pode ser diferente em relação a Fabrício Matogrosso.

O Governo da Bahia precisa deixar claro que os tempos são outros e que não há crime sem punição.

É o único caminho para se evitar uma nova onda de sangue, a exemplo do que ocorreu nos anos 1990, em que 10 profissionais de imprensa foram assassinados, metade deles comprovadamente no exercício da profissão, sem que um único mandante fosse importunado.

No mais, além de apurar com rigor e punir assassinos e mandantes, é garantir a segurança do cidadão, incluindo aqueles que, por idealismo e convicção, arriscam suas vidas para melhorar a vida de pessoas mais humildes.

E que, se pudessem escolher antes que os tiros lhes tirassem a vida, certamente dispensariam a condição de mártires.

Daniel Thame é jornalista.

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O secretário de Economia Solidária da prefeitura de Camamu, Fabrício Matogrosso, foi assassinado com cinco tiros, há pouco, em Valença, município localizado no baixo-sul baiano.

As informações são de que Fabrício havia acabado de participar de uma reunião em Valença. Os disparos fatais ocorreram quando a vítima adentrava uma padaria.

As características do crime são de emboscada. Fabrício Matogrosso era liderança comunitária de Camamu, onde tornou-se secretário na gestão da petista Ioná Queiroz.

Atualizada às 17h51min