Tempo de leitura: 2 minutosMarco Wense
Todas as pesquisas eleitorais visando o Palácio de Ondina, encomendadas pelos dois lados, oposição e situação, apontam ACM Neto em uma posição privilegiada.
E mais: a diferença de Neto para a turma do governo, sob a batuta do governador Jaques Wagner, é considerável. Outro detalhe é que Paulo Souto e Geddel, segundo e terceiro colocados, são oposicionistas.
A fila segue com Lídice da Mata, Wálter Pinheiro, Otto Alencar, Rui Costa e Marcelo Nilo, respectivamente na quarta e oitava colocações. Todos da base de apoio ao governo estadual.
O engraçado no traiçoeiro e movediço jogo sucessório, quase sempre marcado por desconfianças recíprocas, fica por conta da senadora Lídice da Mata.
A ilustre parlamentar, que é presidente estadual do PSB e líder da legenda no Senado, quer o apoio do governador Jaques Wagner independente do cenário nacional.
“Se Eduardo Campos for candidato não impede que o governo me tenha como candidata”, diz a senadora. Campos é governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB.
Pois é. Lídice quer um palanque diferenciado, sem a presença de Dilma, que busca a reeleição, e de Lula. Quer se fortalecer com o apoio de Wagner para pedir votos para Eduardo Campos.
Lídice também criticou a articulação política do governo Dilma: “Ninguém imaginava Cézar Borges como ministro e Otto Alencar como vice de Wagner. O PT se misturou”.
Se o saudoso Gonzaguinha estivesse vivo, diria que o governador Jaques Wagner não tem “cara de panaca” e “jeito de babaca”.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.