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Borges: voto útil para ser reeleito (Foto Pimenta).

Sentido bafejo indesejado dos adversários Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), tal a proximidade nas pesquisas, o senador César Borges antecipou ao Pimenta qual será a sua estratégia para reverter, nesta reta final, a queda de nove pontos nas pesquisas Datafolha e Ibope.
– Vou lutar pelo voto útil, pois não vale a pena [para o eleitor] votar em candidatos que tenham oito ou dez pontos e não chegarão (a ser eleitos). A disputa vai ser travada hoje em meu nome e nos candidatos do governo (Lídice e Pinheiro).
Por esse raciocínio, Borges “Come-Come” avançará sobre o eleitorado do seu companheiro de chapa, Edvaldo Brito (PTB), e também dos candidatos José Ronaldo e José Carlos Aleluia, ambos do DEM, e que se situam entre 6% e 10% nas pesquisas de intenções de voto divulgadas durante as duas últimas semanas. Nestas eleições, serão escolhidos dois nomes ao Senado.
A entrevista de Borges, gravada, foi concedida na sua visita a Itabuna, ontem ao final da tarde, quando recebeu o apoio do prefeito José Nilton Azevedo (DEM), em um evento que também contou com a presença do candidato Edvaldo Brito e do ex-prefeito Fernando Gomes – este teria cobrado de Azevedo o apoio a Borges.
PESQUISAS E CRÍTICAS A LULA E DILMA
Sobre a sua queda nas pesquisas, ele atribui ao fato de, no início da corrida eleitoral, ainda não ter adversários fortes, ao contrário desta reta final. “Tinha 39% porque praticamente não havia adversários. Hoje são, pelo menos, oito candidatos”. Disse que, apesar disso, tem liderado em todas as pesquisas. A vantagem de Borges, no entanto, é de 1 ponto no último Datafolha (29% ante 28% de Lídice e 27% de Pinheiro).
Na entrevista, Borges criticou o presidente Lula e a presidenciável Dilma Rousseff por quebrar suposto compromisso de neutralidade  nas disputas ao governo e ao Senado na Bahia.
– Vejo isso como uma quebra de compromisso, porque o PMDB, assim como o PR, se coligaram (nacionalmente) com o PT. Nós, do PR e do PMDB, mantemos os nossos compromissos [com Dilma]. Vamos mantê-los, porque achamos que são os melhores para o país. Quem tem que explicar quando quebra os compromissos e quem os quebrou.
O senador acredita na possibilidade de um segundo turno na sucessão baiana. Para ele, o desequiilíbrio notado até aqui em favor de Jaques Wagner (53% ante 16% de Paulo Souto e 11% de Geddel) se deu porque “faltou que o presidente Lula e Dilma cumprissem o compromisso de isenção na disputa na Bahia”. Mas Borges vê “voto silencioso” no interior do estado e crê em segundo turno.

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Por conta do comportamento dos peemedebistas, imagem de Geddel é mais associada à de Serra

É fácil compreender a principal razão que leva a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, a rejeitar o peemedebista Geddel Vieira Lima (confira).
Tudo tem a ver com a esdrúxula situação do candidato ao Governo da Bahia, que pretende ser amigo do PT de Brasília, sendo ao mesmo tempo inimigo do PT no Estado. É uma situação complicada e que não se sustenta bem na prática política.
Para ficar mais claro, enquanto Geddel diz estar com Dilma, lideranças que o apoiam e até alguns de seus coordenadores de campanha têm verdadeira ojeriza à petista. Tome-se como exemplo o caso do coordenador da campanha geddelista no sul da Bahia, o ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes. É Serra e não tem conversa.
É esse tipo de coisa que fez entrar água na estratégia de dois palanques para Dilma na Bahia. Hoje, a petista tem um palanque só: o de Jaques Wagner.

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A rápida passagem da presidenciável Dilma Rousseff (PT) por Salvador não foi boa para o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). Há pouco, ela fez a sua escolha nessa reta final ao dizer que apoia a reeleição de Jaques Wagner ao governo baiano. E ressaltou que Geddel tem seu apoio, mas está mal nas pesquisas e a disputa se dá entre Wagner e o segundo colocado, Paulo Souto.
A entrevista deixou ainda mais evidente as suas diferenças com o candidato peemedebista baiano. Nos bastidores, a versão corrente é a de que Dilma não suporta Geddel.
Na visita ao estado para gravar cenas para o seu programa de tevê, a petista ainda abordou a crise na Casa Civil. Dilma disse que não foi sua a indicação do nome de Erenice Guerra para a sua sucessão no ministério, apesar da mídia insistir no contrário.

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Após escalar a tabela de classificação da Série B e atingir o topo, movimentos do Bahia fizeram publicar anúncio agradecendo ao governo estadual pela reforma do Estádio de Pituaçu. O reclame diz que saiu da condição de “sem estádio”, que vivia “vagando” e precisava de uma estrutura “moderna e confortável”.
Quem está feliz da vida com o anúncio (clique na imagem abaixo para ampliá-la) é um dos mais ilustres torcedores do clube – o governador Jaques Wagner.
O anúncio é publicado no dia em que o clube põe a liderança em jogo. Enfrenta o Vila Nova-GO, no Pituaçu, às 19h30min. Quase todos os ingressos já foram vendidos. É bom o tricolor-de-aço vencer. Do contrário…

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Marco Wense

Como andam as intenções de voto, aqui no sul da Bahia, principalmente nas cidades de Itabuna e Ilhéus, nos candidatos Jaques Wagner (PT), Paulo Souto (DEM) e Geddel (PMDB)?
Como não tem uma pesquisa registrada e publicada na imprensa, a confusão é geral, com cada partido dizendo que seu candidato está bem na frente do outro.
Uma coisa é certa: a vinda do presidente Lula para lançar a pedra fundamental da ferrovia Oeste-Leste e a autorização do serviço de duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna vai acrescentar uns pontinhos na cada vez mais provável reeleição de Wagner no primeiro turno.
MUTIRÃO
A justiça eleitoral, através da sua instância maior (TSE), em parceria com outros tribunais, tem que julgar todas as pendências que se encontram “sub judice”. É bom lembrar que daqui a dois anos teremos a sucessão municipal.
Do contrário, o lenga-lenga vai continuar: Fulano pode ser candidato hoje, amanhã não pode mais. Cicrano é ficha suja hoje, amanhã é ficha limpa. O pobre do eleitor, coitado, fica como cego em tiroteio.
O cidadão-eleitor-contribuinte, como diria o irreverente jornalista Eduardo Anunciação, ainda corre o risco de votar em um candidato que pode ter seu diploma cassado. Essa instabilidade prejudica o Estado democrático de Direito.
NA VITRINE

O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, adora aparecer no noticiário político com declarações polêmicas. Essa doentia obsessão termina criando problemas para a campanha da candidata Dilma Rousseff.
Dirceu anda dizendo, só para citar um exemplo mais recente, que o PT vai ficar duas vezes mais forte com a eleição de Dilma. Insinua, nas entrelinhas, que o PMDB não terá os mesmos espaços que tem no governo Lula.
Agindo assim, em plena efervescência eleitoral, Dirceu cria uma perspectiva de que o relacionamento de Dilma com o pragmático PMDB será o pior possível. Suas intempestivas previsões só fazem alimentar o discurso da oposição de que Dilma terá dificuldades no trato com os partidos aliados e, principalmente, com o peemedebismo.
Além do PSDB, do DEM e das denúncias que pipocam por todos os lados, a campanha de Dilma tem o José Dirceu. O Zé inconsequente. O Zé incendiário.
PT versus PSDB
A coordenação política da campanha de Dilma Rousseff já decidiu que não vai entrar no jogo do PSDB de nivelar o processo eleitoral por baixo.
Algumas lideranças petistas, no entanto, contrariando a decisão já tomada, começam a defender o uso da reportagem da revista Carta Capital no horário eleitoral da televisão e do rádio.
A reportagem diz que a empresa Decidir.com, que tem como sócias Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, alvo de investigação pela Polícia Federal, suspeito de cometer vários crimes contra a economia, conseguiu ter acesso aos sigilos bancários de 60 milhões de brasileiros.
Sobre o assunto em tela, a inquestionável sabedoria popular costuma dizer duas coisas: 1) quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado do vizinho. 2) macaco não olha para o próprio rabo.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Avaliando o debate de ontem à noite, na TV Aratu, o governador Jaques Wagner afirmou que a discussão foi boa, apesar dele ter “passado 80% do tempo sendo atacado”. O governador disse ainda que sobraram “chavões”, com denúncias de corrupção sem provas.
Em sua defesa, Wagner mencionou ações que realizou no combate à corrupção, como parlamentar e no governo. “Fiz a CPI dos Anões do Orçamento e em meu governo criei o Portal da Transparência”, enfatizou o petista, citando também as operações Nêmesis, que apurou desvios na área de segurança pública, e a Expresso, responsável por investigar irregularidades entre empresas de ônibus e a Agerba.
Sobre a campanha, o petista afirmou que a militância não deve se acomodar com as pesquisas de intenção de voto e pediu que seus eleitores “trabalhem diariamente” para garantir a sequência do atual governo.

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"Volta, vem viver outra vez ao meu lado…"

Logo após o debate de ontem (19), na TV Aratu, o candidato do PMDB ao Governo do Estado, Geddel Vieira Lima, foi interpelado por jornalistas acerca da possibilidade de recompor com Jaques Wagner, caso um deles chegue à vitória.
A resposta de Geddel (“só não é possível recompor quando há ofensas pessoais”) foi interpretada como um discreto “sim” e sinaliza que o peemedebista já busca o caminho de retorno.
De acordo com o site Bahia Notícias, Geddel e Wagner tiveram uma conversa reservada ontem à noite, mas o que falaram não foi revelado à imprensa.

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Cinco dos sete candidatos ao governo baiano participam do debate da TV Aratu, neste domingo (19), às 20 horas. Jaques Wagner (PT), Paulo Souto (DEM), Geddel Vieira Lima (PMDB), Luiz Carlos Bassuma (PV) e Marcos Mendes (PSOL) terão dois blocos reservados para perguntas entre si.
O debate será dividido em cinco blocos e tem previsão de durar duas horas. Perguntas também serão formuladas pela plateia e pelos jornalistas Aguirre Peixoto, d´A Tarde, Osvaldo Lyra da Tribuna da Bahia, Jairo Júnior, do Correio da Bahia, e de Bob Fernandes, do site Terra Magazine, além de Malu Fontes.

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Mais um prefeito de partido aliado a Geddel Vieira Lima adere à candidatura do petista Jaques Wagner à reeleição para o governo da Bahia. A bola da vez é o gestor de Casa Nova, Orlando Xavier, membro do PR do senador César Borges.
Ontem, durante evento político naquele município, Xavier proclamou o seu apoio a Wagner, afirmando que “o governador tem uma postura democrática e está unindo a Bahia com um projeto de desenvolvimento social independente de filiações partidárias”.
De quebra, o prefeito levou a reboque o vice Piro Viana, que elogiou as ações do governo baiano relacionadas ao projeto Luz para Todos.
Detalhe: Viana é “tucano”.

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Souto obtém 16% e Geddel, 11%

Pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 17, revela que o governador e candidato à reeleição Jaques Wagner (PT) subiu cinco pontos em relação ao levantamento do último sábado e agora atinge 53%, enquanto Paulo Souto caiu de 18% para 16% e Geddel Vieira Lima caiu de 14% para 11%. A pesquisa tem margem de erro de 3 pontos.
A vantagem de Wagner sobre o segundo colocado aumentou de 30 para 37 pontos percentuais e estaria reeleito no primeiro turno até sem considerar apenas os votos válidos. O levantamento foi feito nos dias 13 e 14 e ouviu 1.100 eleitores em 43 municípios baianos.
Luiz Bassuma (PV) e Marcos Mendes (PSOL) aparecem com 1%, cada. O percentual de indecisos é de 12% e o daqueles que pretendem votar em branco ou nulo atinge 5%. Os outros dois candidatos – Professor Carlos (PSTU) e Sandro Santa Bárbara (PCB) – não chegaram a 1% das intenções de voto.
De acordo com o Datafolha, Wagner cresceu sete pontos na pesquisa espontânea e atinge hoje 38%. Souto e Geddel oscilou para 7% e 6%, respectivamente. Desde o dia 21 de julho, Wagner cresceu nove pontos e Souto perdeu sete na pesquisa estimulada.

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Depois de assimilar o golpe do “sai pra lá com essa preguiça”, de Geddel, a campanha de Wagner arranjou um jeitinho “povão” de enquadrar o adversário. E no ritmo do arrocha (eca!).
O “clip” é uma direta no ex-aliado Geddel Vieira Lima (PMDB). A letra diz que tem candidato que só sabe criticar, falar mal da Bahia e querer pongar no (apoio do) presidente Lula. “Vive de olho gordo// Não merece confiança”, reforça a letra. Acompanhe, no melhor estilo Casseta&Planeta.

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Recomenda-se Fosfosol ao deputado federal José Carlos Aleluia, candidato a senador pelo DEM.
Com a intenção de constranger seus adversários Jaques Wagner, Walter Pinheiro e Lídice da Mata, o deputado os desafiou a levar algum parente a um hospital público da Bahia. E agora alardeia que nenhum dos oponentes encarou a parada.
Ora, antes de mais nada é preciso saber se os desafiados por Aleluia estão no momento com algum parente necessitando de cuidados médicos, já que hospital não é nenhum shopping center, onde se vai só por querer.
Além do mais, há que se perguntar ao ilustre deputado se no tempo do falecido ACêMê os hospitais públicos da Bahia eram essas maravilhas todas. A mesma indagação vale para outros setores que, conforme os carlistas procuram fazer crer, tinham nível de primeiro mundo na era Malvadeza.
Ou Aleluia perdeu a memória, ou imagina serem os baianos os esquecidos…

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Souto desidrata e perde para Wagner: 28% a 62%.

A pesquisa Datafolha aplicada nos dias 8 e 9 de setembro revela que o governador Jaques Wagner (PT) ampliou vantagem sobre o ex-governador Paulo Souto (DEM). No final de agosto, Wagner aparecia com 58% das intenções de voto e Souto, 29%. Agora, Wagner salta para 62% num eventual segundo turno. Souto oscila para 28%.
O levantamento apurou que existem 5% de eleitores pensando votar em branco ou nulo e 6% ainda indecisos. A pesquisa ouviu 1.114 eleitores em 43 municípios baianos e tem margem de erro de 3 pontos percentuais.
No primeiro turno, o Datafolha apurou 48% para Wagner, 18% para Souto e 14% para Geddel (PMDB), além de 1% para Bassuma (PV) e Marcos Mendes (PSOL), cada. Por estes números, Wagner seria reeleito com 58% dos votos válidos. Souto teria 22% e Geddel, 17%.

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Do Tempo Presente, d´A Tarde
Pesquisas em série, como as que estão sendo feitas agora por Ibope, Datafolha e Vox Populi, são indicativos razoavelmente seguros das tendências dos humores do eleitorado.
Em 2006, por exemplo. De início, Paulo Souto tinha 62% caindo aos pouquinhos, mas sempre caindo. Wagner, ao inverso, sempre subindo. O resultado final foi imprevisto, mas a tendência estava explícita.
Em 2008 idem, idem com João Henrique.
Tinha uma rejeição de 64% e aceitação de 11%.
Confira as pesquisas: rejeição sempre baixando e a intenção subindo devargazinho, dentro da margem de erro, mas para cima.
E o que as de 2010 estão dizendo? Para o governo: Jaques saiu de 38% e estabilizou se em 49% na ponta de cima, e Geddel de 9 para 14, também cresce lentamente, enquanto Paulo Souto está descendo a ladeira devagar e sempre.
Senado: César Borges, que era absoluto nos seus 35% a 38%, está caindo (29% no Ibope de sexta) e embolou na disputa com a dupla Lídice e Pinheiro. Note-se que Zé Ronaldo, antes na faixa de 9%, subiu a 14% no Ibope, e Aleluia subiu de 7% para 11 no Datafolha.
A tendência pró-governistas é nítida. Dizem os oposicionistas que a circunstância é ditada pelo efeito Lula, mas o governo já botou todo o gás, e a ‘tempestade’ tende a amainar. Dizem os governistas que eles estão ganhando um jogo que ainda está sendo jogado e o placar pode aumentar.

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Marco Wense
A eleição de Jaques Wagner para o Palácio de Ondina, derrotando o governador Paulo Souto, candidato à reeleição pelo então Partido da Frente Liberal, o “saudoso” PFL, provocou uma reviravolta no cenário político.
Muitos prefeitos, carlistas de carteirinha, viraram Wagner desde criancinha. Alguns, no maior cinismo do mundo, disseram até que votaram no petista, que terminou liquidando a fatura logo no primeiro turno.
Com a vitória de Wagner, o PT pós-eleição só não ficou abarrotado de chefes de Executivo porque é o PT. Se abrisse a porta para qualquer um, o petismo estaria inchado, desfigurado e deformado.
Com receio de passar por um inevitável constrangimento, recebendo um “não” avermelhado como resposta para um pedido de filiação, os alcaides, de olho na sobrevivência política, procuraram o PMDB de Geddel Vieira Lima.
No PMDB, os gestores públicos estariam bem próximos do candidato eleito, já que a legenda, além de ter um peemedebista como vice-governador, seria contemplada com importantes cargos no primeiro escalão.
O PFL, atrás de uma nova roupagem, se transformou no DEM. Hoje, os democratas dão graças a Deus que ainda controlam 44 prefeituras. O PMDB, por sua vez, diz que comanda 116 Centros Administrativos.
Ao romper com o governador Wagner, o ex-ministro Geddel começa a sentir na própria pele o pragmatismo inerente ao peemedebismo. A debandada de prefeitos do PMDB para a campanha do candidato do PT é cada vez mais intensa e escancarada.
O ex-conselheiro do TCM, Otto Alencar, candidato a vice-governador na chapa da reeleição, com o intuito de jogar mais lenha na fogueira da infidelidade partidária, acredita ter arregimentado 100 prefeitos para Wagner.
É evidente que a debandada para o lado de Wagner não é porque sua barba é branquinha como a de Papai Noel. Toda essa corrida em direção ao petista é fruto da possibilidade de uma vitória no primeiro round.
Uma coisa é certa: o pragmatismo do PMDB continua fazendo bons alunos. O feitiço vira contra o feiticeiro. A criatura contra o criador. Ninguém quer ficar de fora das benesses do poder.
PÉSSIMO EXEMPLO
George Gurgel apoia a decisão do Partido Popular Socialista de Ilhéus (PPS) de colocar a legenda a serviço de Augusto Castro, candidato do PSDB a deputado estadual.
Se Gurgel fosse um simples filiado do PPS, tudo passaria despercebido. Ninguém, muito menos a imprensa, especificamente os analistas políticos, estaria comentando sobre um tal de Gurgel e sua preferência política.
O Gurgel, no entanto, não é, digamos, um Gurgel qualquer. Um simples filiado do PPS. O Gurgel é o presidente estadual da legenda. É a maior autoridade do PPS na Bahia.
Mas o Gurgel, dando uma explícita demonstração de que outros interesses estão acima do PPS, resolveu ficar do lado do diretório municipal em detrimento do ex-vereador César Brandão, candidato do partido ao parlamento.
Um presidente que detona uma candidatura do próprio partido e empurra a legenda para apoiar um candidato de outra agremiação partidária é “persona non grata”. Não tem mais condições de presidir o PPS.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.