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 Marco Wense
Com quem o PMDB vai ficar na sucessão presidencial de 2010? Nem o próprio PMDB sabe. O partido está dividido entre o apoio a Dilma Rousseff, pré-candidata do PT, e José Serra, do PSDB.
Se a lei permitisse, o PMDB, pragmático do jeito que é, indicaria o vice de Dilma e o de Serra. Ficar de fora das benesses do poder e das mordomias inerentes a ele, nem pensar. Seria agonizante. 
Mais cedo ou mais tarde, o peemedebismo vai ter que tomar uma decisão. Não vai ficar a vida toda agradando o PT e o PSDB. Não se faz política sem definição, tapeando gregos e troianos.
Já disse aqui, nesta modesta coluna, que o PMDB é uma agremiação partidária que vive o dilema de ser, simultaneamente, forte e fraca. Ou seja, o maior partido do Brasil não tem pré-candidato à presidência da República. Nem mesmo para blefar.
E o ministro Geddel Vieira Lima, como fica nesse emaranhado processo político? É ou não candidato ao Palácio de Ondina? Vai com a petista Dilma ou com o tucano Serra?
O problema de Geddel, sem dúvida uma inquestionável liderança do PMDB nacional, não é o governador Jaques Wagner e, muito menos, o PT. É Lula. O ministro deve sua ascensão política ao presidente da República.  
Geddel sabe que Lula não abre mão do apoio do PMDB baiano à reeleição do governador Jaques Wagner.  É bom lembrar que Geddel Vieira Lima é ministro da Integração Nacional graças ao ok do governador Jaques Wagner.
É aí que entra o plano B do PMDB. E o protagonista desta estratégia é o prefeito João Henrique, que passaria a ser o candidato do PMDB na sucessão de 2010 com o apoio do DEM, PSDB e do PR.
Como contrapartida, recebendo o apoio dos democratas, tucanos e republicanos, o prefeito de Salvador apoiaria a candidatura de José Serra. O ex-governador Paulo Souto e Geddel seriam os dois candidatos ao Senado na chapa majoritária.
E o senador César Borges? Como não tem nenhuma chance de reeleição, sairia candidato a deputado federal e indicaria o vice de João Henrique.
É evidente que esse plano B, com o aval das executivas nacionais dos partidos envolvidos, só seria viabilizado com o fracasso da candidatura da ministra Dilma Rousseff.
Aliados de verdade do presidente Lula, independentemente de conchavos e negociações, do troca-troca, do toma-lá-dá-cá, só dois partidos: PT e PCdoB. Todos os outros, sem nenhuma exceção, vão caminhar de acordo com as circunstâncias políticas. 
Marco Wense é comentarista político do jornal Diário Bahia.

2 respostas

  1. Quando houver uma união de Paulo Souto, Geddel Vieira, Cesar Borges, ACM Neto, João Henrique, a coisa vai ficar difícil para Jaques Wagner.
    A data folha fez uma pesquisa citando alguns nomes de candidatos a governador; ACM Neto, Paulo Souto, Cesar Borges, Geddel Vieira. Só que nas pesquisas a data folha para tentar confundir os eleitores não colocou na pesquisa 1, o nome de ACM Neto, Paulo Souto, Senador Cesar Borges e Geddel Vieira., O instituto fez foi uma forma para enganar o eleitor. Pois se fizesse da forma correta o eleitor iria perceber se houver união desses politicos a pesquisa vai ser empate técnico. Praticamente são politicos de partido diferente.

  2. É de ficar com o queixo caído essa dúbia vida do PMDB. Tão horroso esse comportamento que o dep. Veloso se quer consegue decifrar o significado da SIGLA. Como votar num monstrengo desses? e se formos pensar bem, qual o MOVIMENTO BRASILEIRO de hoje?? esse partido defende o que mesmo, fora o que o senador JARBAS VASCONCELOS disse com toda PROPRIEDADE? aonde estiver esta sigla é preciso todo cuidado. Que diga o GAROTINHO.

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