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Prefeitura não renovou convênio que ajudava a manter a Casa
Prefeitura não renovou convênio que ajudava a manter a Casa

A Casa dos Artistas de Ilhéus, uma das poucas instituições que mantêm viva a cultura na cidade, estará de portas fechadas durante o mês de junho. Toda a programação foi suspensa e as atividades ficaram restritas ao chamado expediente interno.
Essa situação é mais uma consequência da morosidade do governo baiano para pagar o que deve, combinada com a absurda insensibilidade do prefeito Newton Lima, que não manifesta interesse em renovar o convênio que ajudava a manter a Casa.
Para não se dizer que tudo está perdido, a Secretaria de Cultura da Bahia avisou que a instituição ilheense está quase na “boca do caixa”. É a quarta na fila para receber os recursos do Fundo de Cultura.
Quanto ao governo municipal, não existe a menor sinalização de que a torneira – assim como a mentalidade – vá abrir.

5 respostas

  1. Na verdade, não se sabe o que é pior: Se a instância municipal ou a estadual, …!!!
    Vai ver, não é nem tanto dinheiro assim para ficar nessa novela, …!!!
    O nome disso é incompetência generalizada, …!!!

  2. Newton, apesar de, dizem, ser formado em Direito, não é lá muito chegado à cultura. No máximo um livro de Jorge Amado, um gibi e uma ida, talvez semanal, ao Cine Santana Clara.
    Mas não entendemos como o Secretário de Finanças, Professor Gilvan, tão tirado a literato e acadêmico e realmente o DONO do dinheiro do município não libera os recursos necessários para a Casa dos Artistas.

  3. Governante,nenhum,nesse país,dá valor a educação
    e a cultura.
    Povo sem educação e sem cultura ‘rende’ bem mais…
    Agora,se fosse show para ganhar votos ou se promover,
    haja espaço pra isso.
    É uma vergonha!

  4. Vão ter que fazer muita arte prá pagar as contas, né? Artista e mendigo tá virando quase a mesma coisa. O suíço deu a casa, só não ensinou como seria mantida. E o pobre do Romualdo fica prá cima e prá baixo… tadinho! No mundo tem sido assim. Na europa os ricos tem tanto dinheiro que, não tendo onde enfiar, viram marchands. Aqui a “viúva” nem pode ter crise, tem que resolver, afinal é a casa dos artistas. E bote artista nisso…

  5. Amigos do blog Pimenta na Muqueca, este artigo de vocês é a mais pura verdade, de fato estamos vivendo momentos muito difíceis, desde o início deste ano, quando o recurso de manutenção da Casa dos Artistas acabou. É bom que fique claro como funciona isso. O convênio com o Estado, como qualquer convênio com os poderes públicos, tem rubricas específicas para pagamento de luz, telefone, funcionários, internet, segurança eletrônica, contabilidade e para publicação dos folhetos informativos da Programação e de banners. Além disso, tínhamos recurso até dezembro do ano passado, através de convênio com a Secretaria de Governo do Município para a programação, quer dizer, nós saíamos para apresentar num bairro ou distrito e o recurso era utilizado para o pagamento de cachês, transporte e divulgação. O recurso da Prefeitura também era utilizado para manter a programação, produção de eventos específicos como o “Improviso, oxente!”, o projeto “Teatro de Grupo – estratégias de sobrevivência”, que trouxe ano passado importantes dirtores de teatro do Brasil para três dias de debates, dentre outros projetos. O que de fato fazíamos era investir em nossas montagens, nos equipamentos da Casa, etc, porque os atores, depois de receber os cachês, em várias ocasiões (também por serem remunerados pelo convênio do Estado) doavam para investimentos específicos na Casa. Com isso, tínhamos recurso para quase tudo, além de participarmos de editais diversos à nível Nacional para realização de outros projetos. Acontece que em dezembro do ano passado o convênio com a Prefeitura foi encerrado e nos indicaram não cobrar o saldo devedor de R$ 6 mil, para fazermos um novo convênio. Com a crise, a quebradeira, nosso Plano de Trabalho ficou suspenso até a última semana, quando o Prefeito incubiu o Secretário de Assistência Social de criar conosco um Projeto que permita o repasse de recursos para o Teatro Popular de Ilhéus e seja executado no âmbito do Programa Pró-Jovem. Já estive com Augusto Macedo e definimos a realização de oficinas de teatro, dança, música e audiovisual para todos os adolescentes e jovens atendidos pelo programa. No âmbito do Estado é isso que vocês falaram, somos o 4º da fila, e não existe previsão nenhuma de repasse porque, segundo eles, dependemos do que a Fazenda deposita na conta do Fundo. Enquanto isso, suspendemos a programação da Casa, não como protesto, estamos cansados demais para protesto, mas para conter os gastos mesmo e esperar quietinhos a chegada da Coelba com um alicate bem grande para cortar a nossa energia elétrica. Muito obrigado pela divulgação de sempre.
    Romualdo Lisboa

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