Tempo de leitura: < 1 minuto

Bem interessante a carta da direção nacional do PMDB, que convida os dois melhores quadros do partido – os senadores Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos – a bater em retirada, por conta das críticas que vêm fazendo às “orgias” com o dinheiro público promovidas pelo presidente da casa, José Sarney.

Ao pretender livrar-se daqueles que prestam, o PMDB emite para a sociedade um sinal claro de que opta pela corrupção e abona todos os atos secretos e imorais de Sarney à frente do Senado.

E o partido ainda diz que, sem Vasconcelos e Simon, vai ficar mais “coeso e musculoso”. Só faltou acrescentar que a liga dessa coesão é o fisiologismo e a musculatura é fruto de anos e anos sugando as tetas de uma generosa, mas já exaurida, “vaca leiteira”.

Ao PMDB, os parabéns por finalmente revelar-se sem sutilezas como um partido feito sob medida para políticos do tipo de Sarney e terreno inóspito para os que pregam um mínimo de decência na política. A carta aberta, assinada por Michel Temer e pela presidente em exercício da legenda, Íris Araújo, diz tudo.

0 resposta

  1. Parabéns ao pessoal do Pimenta pela reportagem. Ao que parece agora o PMDB está se definindo como partido. O importante para a democracia é que os partidos tenham um identidade, quer gostemos ou não da ideologia. Esses homens que o PMDB está querendo ver longe do partido já não cabem dentro da lata de lixo que se transformou a legenda. Que eles saiam e fundem outro partido, para o bem do PMDB e principalmente para o bem do Brasil

  2. No Brasil, levar vantagem em tudop virou virtude. Quem opta pela honestidade e ética é taxado de otário. O PMDB acaba de institucionalizar de uma vez por todas essa marca (infelizmente) registrada do País.

  3. Sempre quando surgem denúncias de corrupção, logo aparecem dois grupos: as vestais, os varões de Catão, as puras e imaculadas, erigindo seus dedos e bradando por Justiça; de outro aqueles com seus discursos de lógica permissiva, ” todo mundo faz”. O Simon que lá no Senado urge pela saída de Sarney, é o mesmo que apóia o governo enlameado e soçobrante da Yeda Crusius. O tal do Jarbas foi o mesmo que disse estar sendo grampeado por colegas de partido em reportagem para a Veja, mas na hora que foi convidado a depor na CPI dos grampos, avisou pra “deixar pra lá” e que também não iria cobrar providências do Senado, além de ser um aliado do governador inescrupuloso José Serra. Como diria o saudoso Bezerra da Silva: “se gritar pega ladrão não fica um, meu irmão”.

  4. Quem no Brasil não conhece Sarney? Quem na imprensa brasileira não conhecia as maracutais do sr. Sarney? É bom lembrar que durante muito tempo Sarney teve o apoio de quem hoje o denuncia. A midia brasileira nunca queixou-se de Sarney quando ele apoiava FHC. Bastou ele se colocar contra a candidatura Serra, para a imprensa brasileira “descobrir” que Sarney é um grande corrupto.
    Quanto a Simom e Jarbas, só quem não os conhece é quem os compra. Como bem disse o Diego, o governo do Rio Grande tá mergulhado em corrupção e o sr. Simom não abre a boca. Aliás, abre sim, para defender o governo da Yeda.

Deixe aqui seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *