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Uma quadrilha que monopolizava serviços funerários em Porto Seguro, Eunápolis e outros seis municípios do extremo sul baiano, desmontada pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Civil, tinha a cobertura de políticos da região. Os nomes ainda não foram divulgados, mas pelo menos um secretário municipal de Porto Seguro “caiu”: Robson Roberto Santana, da Agricultura.

A “máfia das funerárias” era integrada ainda por mais outras cinco pessoas, dentre elas o policial civil Cláudio dos Santos Bispo. De acordo com as investigações da polícia e do Ministério Público, o esquema foi montado em 1999 e usava como fachada as empresas Salmo 23 Indústria e Comércio Distribuidora Ltda., Funerária Eterna Saudade, Mercolbrasil Comércio e Distribuidura Ltda. (nome fantasia Califórnia) e Funerária Universal, todas sediadas em Porto Seguro.

Além de cobrar “valores exorbitantes” das prefeituras por serviços funerários, os abutres ainda recebiam o mesmo valor de familiares dos mortos. O policial civil flagrado no esquema, o Cláudio dos Santos Bispo, acionava as funerárias amigas tão logo ocorria um óbito. Se a família era carente, o secretário municipal de Porto tratava de garantir que o serviço fosse executado pelas funerárias do esquema.

Os integrantes do esquema são acusados de formação de quadrilha, concussão, violação de sigilo funcional, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

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